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CENTRO TECNOLÓGICO
MESTRADO PROFISSIONAL DE SISTEMAS DE GESTÃO
Niterói
2005
MÁRCIO ANTONIO MIRANDA DO REGO
Orientador:
Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc.
Niterói
2005
MÁRCIO ANTONIO MIRANDA DO REGO
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________________
Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc. - Orientador
Universidade Federal Fluminense
_________________________________________
Prof. Fernando Toledo Ferraz, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense
_________________________________________
Prof. Paulo José Adissi, D.Sc.
Universidade Federal da Paraíba
Dedico este trabalho
À minha mãe, Dilma Carvalho de Miranda e aos meus padrinhos, in memorium, Alfredo
Gabriel de Miranda e Cinira Paula de Carvalho, pelos exemplos de dignidade,
responsabilidade, religiosidade, ética, trabalho e perseverança, valores estes que me foram
passados com muito amor e carinho, e que através de seus ensinamentos fazem hoje parte da
minha cultura e prática de vida.
À minha companheira amada Beatriz, pelo tempo de abdicação dos muitos momentos não
compartilhados, vividos à frente de livros, “papers”, apostila, palestras, cursos e
principalmente, de um teclado de computador, buscando alcançar a realização de um trabalho
acadêmico e acima de tudo, de um grande sonho pessoal.
AGRADECIMENTOS
A DEUS,
Pela minha saúde física e mental, pelas experiências vividas, pelas possibilidades e caminhos
que me ofereceu, pelas inúmeras oportunidades no campo pessoal e profissional e por tudo
que ainda há por vir.
Ao meu orientador, professor Gilson Brito Alves Lima, que me possibilitou através de seus
ensinamentos o incentivo necessário para a escalada de inúmeros caminhos profissionais.
Ao Engenheiro Leandro Erthal, pela oportunidade que me foi concedida na busca pelo
conhecimento e melhoria contínua profissional e pessoal.
Embora o conceito de risco esteja ainda bastante associado a perigos e impactos negativos,
cresce a necessidade das empresas de buscarem através de um controle de perdas a
transformação dos riscos em ganhos potenciais para a organização. Nesses últimos anos, está
se despertando a consciência de se obter como boa prática de gestão empresarial, um
elemento essencial na desenvoltura da Governança Corporativa: um planejamento adequado
para gerir os riscos que ameaçam a corporação. Em meio a um conjunto de normas
certificáveis e outras que contribuem para a gestão de aspectos relativos à qualidade,
segurança, meio ambiente e saúde, é de fundamental importância o tratamento específico dos
riscos de processo, através de um sistema de gestão, de forma que este não somente venha
subsidiar os demais sistemas de gestão corporativos , bem como manter a interação entre eles.
Neste aspecto, a proposta ora apresentada, está fundamentada em práticas internacionais e em
recomendações técnicas vigentes, sendo que os maiores enfoques foram dados: a API RP 750
(Recommended Practice 750 do American Petroleum Institute): Management of Process
Hazards , a AS/NZS 4360 (Standards Austrália and Standards New Zealand, a BS 8800
(British Standard 8800), a ISO 14001 e a OHSAS 18001 e, através de seus elementos
estruturais, objetiva contribuir , no sentido de organizar e gerir as respectivas ações
necessárias à prevenção de eventos indesejados e à redução de suas conseqüências, no
contexto de um processo estruturado. Como resultado do estudo é apresentado uma proposta
de metodologia qualitativa para subsídio à Gestão de Riscos Operacionais de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde (SMS).
Although the concept of risk is closely associated with hazards and negative impacts, the
necessity of the companies in searching for the transformation of the risks into potential gains,
through a loss control, has increased.
Lately has been arousing the conscience in obtaining , as a good practice of business
management, an essential element in the Corporative Govern self-confidence: a suitable
planning to run the risks that have threatened the corporation.
Among a group of certified rules and other ones that contribute to the management of aspects
relating to quality, security, environment and health, it is extremely important the specific
treatment of the risks of the process, by a management system, not aiming only the other
corporative management systems, but keeping the interaction among them.
On this aspect, the proposal however presented, is based on practical international and
recommendations effective techniques , being that the biggest approaches had been given:
API RP 750 (Recommended Practice 750 of the American Petroleum Institute): Management
of Process Hazards, the AS/NZS 4360 (Standards Australia and Standards New Zealand, BS
8800 (Standard British 8800), the ISO 14001 and 18001 OHSAS e, through its structural
elements, objective to contribute, in the direction to organize and to manage the respective
necessary actions to the prevention of undesired events and the reduction of its consequences,
in the context of a structuralized process. As result of the study is presented a proposal of
qualitative methodology for subsidy to the Management of Operational Risks of Security,
Environment and Health (SEH).
1 INTRODUÇÃO 15
1.1 APRESENTAÇÃO 15
1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA 18
1.3 OBJETIVO 20
1.4 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO 21
1.5 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO 21
1.6 QUESTÕES DA PESQUISA 22
1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO 22
2 O RISCO E SEUS FATORES 24
2.1 PERIGO 24
2.2 RISCO 25
2.3 EXPOSIÇÃO AO RISCO 26
2.4 PERCEPÇÃO DE RISCO 27
2.5 ACIDENTE 27
2.6 IMPACTO OU DANO 30
2.7 GERÊNCIA DE RISCOS 31
2.8 A INDÚSTRIA E A GESTÃO DE RISCOS 37
3 SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCOS 42
3.1 SISTEMA 42
3.2 GESTÃO 42
3.3 O PDCA – FERRAMENTA DA QUALIDADE 43
3.4 COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS DE GESTÃO E SEUS
ELEMENTOS 45
3.5 DIRETRIZES CORPORATIVAS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE
E SAÚDE DA PETROBRAS 48
3.6 PROGRAMA DE SEGURANÇA DE PROCESSO – PSP 48
4 METODOLOGIA 50
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA 50
4.2 ROTEIRO DO DESENVOLVIMENTO 51
4.2.1 Pesquisa Exploratória 51
4.2.2 Pesquisa bibliográfica 51
4.2.3 Delimitação do universo 51
4.2.4 Observação do sistema 52
4.2.5 Coleta de dados 53
4.2.6 Análise dos dados 53
4.2.7 Aplicação e análise crítica do modelo proposto 53
5 MODELO PROPOSTO 57
5.1 INTERAÇÃO DOS SISTEMAS 57
5.2 FORMATAÇÃO DO SGR – ELEMENTOS 59
5.3 CARACTERIZAÇÃO DO MODELO PROPOSTO DE SGR 60
5.3.1 Visão 60
5.3.2 Planejamento (Fase 1) 60
5.3.2.1 Política, liderança e responsabilidade (Elemento nº1) 61
5.3.2.2 Identificação, análise, avaliação e tratamento de riscos (Elemento nº2) 63
5.3.2.3 Requisitos legais e outros requisitos (Elemento nº3) 78
5.3.2.4 Programa (Elemento nº4) 79
5.3.3 Execução (Fase 2) 79
5.3.3.1 Conscientização e treinamento (Elemento nº5) 79
5.3.3.2 Documentação, registro e comunicação (Elemento nº6) 80
5.3.3.3 Atendimento e resposta em emergências (Elemento nº7) 81
5.3.3.4 Operação, manutenção e modificações (Elemento nº8) 82
5.3.4 Avaliação (Fase 3) 83
5.3.4.1 Monitoramento e medição de desempenho do sistema (Elemento nº8) 83
5.3.4.2 Investigação e análise de desvios, incidentes e acidentes (Elemento nº10) 84
5.3.4.3 Auditoria do sistema (Elemento nº11) 85
5.3.5 Ajuste (Fase 4) 86
5.3.5.1 Análise Crítica e Ajuste (Elemento nº12) 86
6 APLICAÇÃO DO MODELO PROPOSTO 88
6.1 PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS 88
6.2 MATRIZ DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE
SIGNIFICÂNCIA DOS RISCOS 91
6.3 MONITORAMENTO 93
6.4 TRATAMENTO DO RISCO 93
7 CONCLUSÕES 95
REFERÊNCIAS 97
GLOSSÁRIO 100
APÊNDICE 107
ANEXOS 120
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
A humanidade está pagando, e possivelmente poderá pagar um preço muito alto para
aprender a lidar com toda tecnologia que foi adquirida ao longo de pouco mais de duzentos
anos, e que até hoje exerce efeitos devastadores sobre o equilíbrio ambiental do planeta. O
que se tem verificado em décadas recentes, é a presença de erros que resultaram em acidentes
ambientais de grande proporção, provocando fatalidades nas comunidades, tanto internas
como externas, das organizações, perdas financeiras elevadas e até mesmo o desaparecimento
de empresas que antes eram sólidas e líderes no mercado.
Para muitas pessoas ligadas à área de seguros, a Gestão de Riscos é a ciência que se
ocupa basicamente dos chamados riscos seguráveis e da redução dos custos de
seguros. Para profissionais da área financeira, o gerenciamento de riscos consiste no
uso de técnicas sofisticadas de “hedging” (proteção de ativos financeiros), no
manejo adequado de taxas de juros e, mais recentemente, em boas práticas de
governança corporativa, incluindo comitês de auditoria e controles contábeis
internos. Para muitos analistas sociais, acadêmicos e políticos, representa o controle
de situações que afetam ou podem afetar o meio ambiente, e que são decorrentes do
crescente e desordenado avanço tecnológico. Já para administradores hospitalares,
por exemplo, pode significar o mesmo que garantia da qualidade dos serviços
prestados aos pacientes. E, para os profissionais da área de segurança, traduz-se
fundamentalmente na redução de doenças e acidentes do trabalho e de acidentes com
danos à propriedade e ao meio ambiente.
Não há dúvida, que todos esses enfoques sobre Gestão de Riscos, apesar de corretos
não completam toda a idéia sobre o tema, que é muito vasto e complexo.
Na verdade, a existência dos riscos advém sobretudo das crescentes incertezas que nos
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cercam. O que faz com que tenhamos a necessidade de administrar nossas vidas e nossas
empresas de forma mais inteligente e responsável frente às incertezas, ameaças, oportunidades
e fraquezas.
Algumas normas como: NBR ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental, OHSAS
18001 – Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, BS 8800-Guia para Sistemas
de Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança, a norma experimental espanhola UNE 81900 –
Guia para a implementação de um Sistema de Gestão da Prevenção de Riscos Laborais, a
norma australiana AS/NZS 4360- Sistema de Gestão de Riscos e a API 9100B -
Recomendação sobre o Gerenciamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional;
especificam os requisitos para um sistema de gestão de Segurança, Meio Ambiente, e Saúde
Ocupacional, permitindo a uma organização formular uma política e os objetivos que levem
em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos significativos de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).
1.3 OBJETIVO
Um sistema de gestão deve ser percebido pelos gestores e a Alta Administração, como
um processo capaz de identificar as fontes de perigo: comportamento humano, fenômenos da
natureza, circunstâncias políticas, relações comerciais, gestão do processo, tecnologia e
equipamentos e gerenciá-las através da implementação de fatores de controle, que visem a
redução do potencial de causar danos às pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio da
organização.
Não se pretende neste estudo, fazer o detalhamento das técnicas de avaliação de riscos,
bem como a abordagem da avaliação quantitativa de risco, limitando-se a identificar as
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técnicas necessárias conforme a etapa do processo da Unidade. Outros aspectos que não serão
avaliados neste trabalho serão: o fator humano, a análise de sensibilidade dos parâmetros
utilizados nas etapas de análise e avaliação do risco, e a análise de custo/ benefício do modelo
aplicado.
No quarto capítulo, sob o título de Metodologia, será apresentada a maneira pela qual
o estudo foi sistematizado, a fim de se transformar em modelo proposto.
2.1 PERIGO
2.2 RISCO
No contexto do Seguro, segundo Mehr, Cammack et Rose (1985 apud LIMA, 2001),
risco “é incerteza no que concerne a perda. A definição contem dois conceitos: incerteza e
perda” .
Na perspectiva da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), risco é
Em geral, as pessoas subestimam os riscos por acreditar que estão seguras e que são
invulneráveis, não se sentindo, portanto, obrigadas a fazer algo a respeito. Há diferenças entre
as avaliações técnicas e as avaliações do público quanto à identificação dos riscos mais
importantes. O estudo sobre a percepção de risco indica que os especialistas geralmente
definem o risco de uma forma técnica e limitada enquanto que o público julga o risco a partir
de uma série de fatores psicológicos, sociais, institucionais e culturais.(SLOVIC P. 2000)
2.5 ACIDENTE
No conceito legal, a atual lei n° 8213 de 20/07/91, que dispõe sobre o Seguro sobre
Acidentes do Trabalho, define que:
28
Portanto, no raciocínio da existência de mais de uma causa, foi que James Reason
(1990), deu origem a sua Teoria de Múltiplas Causas: “É a mais popular das teorias e sugere
que um acidente resulta da complexa interação de inúmeras causas ou eventos causais”.
Segundo Reason (1990 apud BARRETO, 2004):
ACIDENTE
Falhas latentes
e ativas
Defesas
Inadequadas
Atos
Falhas ativas Perigosos
De acordo com a definição de Ropper (1999 apud CALDAS ,2003, p.9), impacto é “o
montante ou a quantia resultante de um dano ou perda”.
Na visão de Gómez – Merello (2000 apud CALDAS, 2003, p.9), “ é toda variação real
ou suposta, que um bem experimenta quando sofre uma diminuição de seu valor ou preço. Se
caracteriza pelo agente causador, sua forma de manifestação e suas conseqüência negativas”.
• Identificação de riscos
De acordo com De Cicco e Fantazinni (1985),
Para melhor cumprir essa tarefa, o gerente de riscos deve, antes de mais nada, obter
informações que lhe permitam conhecer em profundidade a empresa. E para isso, algumas
ferramentas poderão ser utilizadas: “Checklists” e roteiros; Inspeção de Segurança;
Investigação de Acidentes e Fluxogramas.
• Análises de Riscos
Conforme comenta Souza (1997), “a análise e avaliação de risco é um exercício
orientado para a quantificação da perda máxima provável que dele possa decorrer, ou seja, da
quantificação da probabilidade de ocorrência desse risco e de suas conseqüências e/ou
gravidades”.
Segundo Espinosa (2004) as análises de riscos podem ser obtidas por uma ou mais das
seguintes ferramentas:
• Avaliação de riscos
A B C D E
IV
SEVERIDADE
III
II
DESPREZÍVEL
MENOR
MODERADO
SÉRIO
CRÍTICO
Uma vez definida a tolerabilidade do risco, os riscos que estiverem fora da faixa de
tolerabilidade definida pela organização ou gestor de riscos, deverão ser tratados, tal como
define melhor o item a seguir.
• Tratamento de riscos
Após a avaliação de riscos a decisão por algumas formas de controle que deverão ser
aplicadas, seguem quatro alternativas:
Eliminação: geralmente é a opção preferida, mas nem sempre é possível, pois às
vezes nem todos os riscos podem ser eliminados.
Tratamento: muitos perigos podem ser tratados para reduzir o seu risco inerente. Um
método para tratamento dos riscos é aplicar controle através da utilização de
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Segundo De Cicco e Fantazinni (1985), “o tratamento dos riscos vem a ser as ações
tomadas para a prevenção (eliminação ou redução do risco) ou financiamento do risco através
da retenção (auto-adoção ou auto-seguro) e da transferência (sem seguro ou por intermédio de
seguro)”.
De Cicco e Fantazinni (1985), definem o tratamento de riscos, utilizando-se dos
seguintes conceitos:
cada uma das partes. Isto é comum ocorrer com contratantes importantes que, ao
definirem as suas condições, determinam a transferência à contratada dos riscos
inerentes ao contrato.
Nos casos de transferência consciente, é de suma importância que o gestor de riscos
participe da elaboração dos termos contratuais, de forma a analisar e definir se o
custo-benefício da transferência é favorável à empresa.
Por seguro: é o processo mais comum para a transferência dos chamados riscos
puros e, em alguns casos, até dos riscos especulativos.
T R A T A M E N T O D E R IS C O S
P R E V IN IR F IN A N C I A R E V IT A R
E L IM IN A R R E D U Z IR
RETER T R A N S F E R IR
:
Figura 3 - Tratamento de riscos
Fonte: Adaptado de COUTINHO (1997).
Ao longo dos anos, os ensinamentos resultantes dos acidentes fizeram com que as
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Tal como preconiza VALLE e LAGE (2003) com relação à abordagem preventiva:
Prevenir um acidente será sempre mais barato e seguro do que remediar seus efeitos.
Essa mudança de postura, observada ao longo das duas últimas décadas, já permite
constatar uma sensível redução no número de acidentes industriais noticiados e, em
especial, dos grandes acidentes, bem mais freqüentes até a década de 1980.
Para que a empresa moderna possa estruturar a sua gorvernança corporativa, ela
precisa conhecer e gerenciar os riscos que ameaçam os fatores: sociais, econômicos, políticos
e tecnológicos que compõe os ativos da organização.
• Ativos da Organização
Os Ativos Fixos da empresa são formados, cada vez mais, por instalações muito
sofisticadas, computadores eletrônicos, robôs, processos novíssimos, utilização maciça de
energia; em suma, instalações completas, porém dispendiosas, mais concentradas em valor e
de maior importe global em seu custo, (LIMA, 2001).
O Fator Humano, é seu mais importante ativo. Os riscos puros, a que está submetido o
homem na empresa, são variados: acidente de trabalho, enfermidade comum, doença
profissional, acidente doméstico ou de transporte, perda do homem-chave, acúmulo de
viagens coletivas e riscos de higiene industrial, fundamentalmente (LIMA, 2001).
O Ativo Imaterial da empresa é formado sobre seu nome, sua imagem, experiência e o
conjunto desse “halo histórico” que permite que um produto seja aceito pelo usuário porque
oferece garantia de seriedade por parte do fabricante (LIMA, 2001).
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Conforme define De Cicco e Fantazinni (1985) ”os riscos puros (ou estáticos) são
também chamados de riscos negativos pois envolvem somente chances de perda associada ao
processo, já os riscos especulativos (ou dinâmicos) que são também chamados de riscos
positivos , envolvem uma possibilidade de ganho, em função do controle dos riscos
associados ao processo ”.
• Ocorrências
O ativo imaterial, pode ficar seriamente prejudicado como conseqüência de
reclamações judiciais, por parte dos próprios trabalhadores, em casos de acidentes de trabalho
onde for caracterizada a negligência da empresa (falta de medidas de segurança), por
reclamações de terceiros prejudicados por qualquer atividade da empresa em seu próprio
desenvolvimento, ou pelos próprios clientes ao consumir ou usar produtos (LIMA, 2001).
• Conseqüências
Qualquer dano pode originar uma paralisação na empresa, o que por sua vez, causa
uma importante perda econômica. O lucro cessante pode significar muito mais para a empresa
que o próprio dano físico direto
Dentro de todo este contexto que envolve a organização e seus riscos, a figura 4,
melhor diagnostifica os conceitos anteriores.
GESTÃO CORPORATIVA
FATORES Econômico-
Ambientais Tecnológicos Sócio-Políticos
QUE Financeiro
COMPÕE O
ATIVO
Danos Materiais Responsabilidades: Produtividade
Propriedades Acidentes Pessoais Geral Rentabilidade
CONSEQÜÊNCIAS Interrupção Patronal Solvência
Produtos Imagem Pública
Fenômenos Acidentes
OCORRÊNCIAS Atos Maldosos Oferta
Naturais Operacionais
Responsabilidades Procura
Riscos
RISCOS
Riscos Puros
Especulativos
Tal como comenta Morgado (2001), normalmente a Gestão de Riscos trata apenas de
questões relativas à prevenção e financiamento dos riscos puros. Entretanto vale mencionar
que muitas técnicas podem ser aplicadas aos riscos especulativos.
9 Para que a organização possa estruturar a sua governança corporativa, ela precisa
conhecer e gerenciar os riscos que ameaçam os fatores: sociais, econômicos,
políticos e tecnológicos que compõe os ativos da organização;
3.1 SISTEMA
A teoria Geral de Sistemas, conforme observa Campos (2000), preconiza que todo
sistema é constituído de partes interligadas com uma função específica. O conceito de “partes
interligadas” faz com que o significado de “sistema” seja similar ao de “processo”. A função
específica de um Sistema de Gestão é produzir resultados, atingir metas ou resolver
problemas, o que é tudo a mesma coisa (gerenciar é resolver problemas). Portanto, o Sistema
de Gestão é constituído de partes interligadas com a função específica de produzir resultados
para a organização.
3.2 GESTÃO
As funções da gestão segundo Henri Fayol (1841-1925 apud VIÉGAS, 2002), são
definidas através dos aspectos: previsão, planejamento, organização, comando, coordenação e
controle.
Referente à importância dos sistemas de gestão, observa Viégas (2002), que estes
sistemas ajudam a manter a consistência. “Quando os gerentes são substituídos, o sistema
permanece para garantir a continuidade durante a transição. Os sistemas de gestão também
oferecem caminhos estruturados para alcance dos objetivos, desenvolvimento das pessoas,
melhoria das comunicações e dos processos comerciais”.
Campos (2000) comenta: “o bom senso não é suficiente para garantir uma
administração eficiente de seu negócio. O segredo do gerenciamento competente está no
método. E ainda são necessárias disciplina e sistema para estabelecer e cumprir metas”.
O PDCA é uma das ferramentas do Sistema da Qualidade, que tem como objetivo
visualizar o processo de melhoria contínua dos sistemas, através de seus elementos:
P(Planejamento), D(Execução), C(Verificação), A(Atuação). O dinamismo do ciclo é que
caracteriza a melhoria do sistema.
O Ciclo PDCA é projetado para ser usado como um modelo dinâmico. A conclusão de
uma volta no ciclo irá fluir no começo do próximo ciclo, e assim sucessivamente, seguindo os
requisitos definidos nas respectivas etapas do ciclo:
Aplicando tais conceitos, o método do PDCA, será utilizado no referido estudo, com a
aplicação do Modelo de Gestão de SMS do API – API 9100B, objetivando organizar e
sistematizar a aplicação dos elementos do modelo proposto, conforme será apresentado na
figura 6 do capítulo 5.
45
• EPA 40 CFR (Agência de Proteção do Meio Ambiente- USA): Provê orientações para
um programa de gerência de risco.
GESTÃO
DE
OSHA29 CRR
OHSAS 18001
AZ/NZS 4360
EPA 4O CFR
API RP 750
UNE 81900
API RP 75
ISO 14001
API 9100B
BS 8800
CCPS
CMA
ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DE RISCOS
ESTABELECIMENTO DO CONTEXTO
ESTRATÉGICO, ORGANIZACIONAL E X
DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS X X X
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS X X X X X X
CONTROLE DO RISCO X X X X X X
INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA E MEIO
X
AMBIENTE
INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PROCESSO X X X X
GERENCIAMENTO DA MUDANÇA X X X X X X
ANÁLISE DE RISCO X X X X X X X X
AVALIAÇÃO DOS RISCOS X X X X X X X X
TRATAMENTO DE RISCOS X X X X X X X
MONITORAMENTO E REVISÃO DOS RISCOS X X
COMUNICAÇÃO E CONSULTA X X X X X X
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS X X X X X X
PRÁTICAS SEGURAS DE TRABALHO X X X
TREINAMENTO X X X X X X X X X X X
SEGURANÇA DA QUALIDADE E INTEGRIDADE
X X X X X X
MECÂNICA DOS EQUIPAMENTOS CRÍTICOS
Continuação...
OSHA29 CRR
OHSAS 18001
SISTEMAS
AZ/NZS 4360
EPA 4O CFR
GESTÃO
API RP 750
UNE 81900
API RP 75
ISO 14001
DE
API 9100B
BS 8800
CCPS
CMA
ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE
X X X X
GESTÃO DE RISCOS
CENÁRIOS PROVÁVEIS DE LIBERAÇÕES X X
CENÁRIOS DOS PIORES CASOS DE LIBERAÇÃO X X
PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS X X
CONTRATADOS X X X X
PERMISSÃO DE TRABALHO À QUENTE X
SEGREDOS DE COMÉRCIO X X
REVISÃO DE PROJETO X X
FATORES HUMANOS X
GARANTIA DA QUALIDADE DE PROJETO X
MONITORAMENTO E MEDIÇÃO DE
X X X X
DESEMPENHO
CONSEQÜÊNCIAS EXTRA-MUROS X
Quadro 6 – Quadro comparativo dos Sistemas de Gestão e seus elementos
Cabe ressaltar ainda, que os demais elementos dos sistemas avaliados não tenham sido
contemplados como elementos principais da metodologia proposta, alguns deles poderão ser
utilizados como subsídio na etapa de implementação dos controles no processo operacional,
durante a etapa de avaliação do risco. E para ratificar este raciocínio, foi colocada no anexo J,
a prática recomendada do Instituto de Petróleo Americano (API) RP 750.
48
Segundo o Diretor da época, Irani Carlos Varella, para sua criação foram consultadas
as diversas esferas operacionais da empresa, que enviaram suas contribuições. Também foram
analisadas as normas vigentes nas principais companhias petrolíferas do mundo.
As diretrizes foram concebidas para ser uma nova e eficiente ferramenta a ser utilizada
em cada unidade para desenvolver, corrigir e aprimorar suas próprias dinâmicas de SMS.
• Responsabilidade de linha;
• Tratamento de desvios;
4 METODOLOGIA
Segundo Gil apud Heerdt (2000), a pesquisa tendo em vista seus objetivos pode ser
classificada como uma pesquisa exploratória, uma vez que foi feito um levantamento
bibliográfico para o levantamento de dados em função do tema analisado e a observação para
a detecção do problema.
Segundo Lakatos e Marconi (1995, p.106 apud HEERDT, 2000), os métodos podem
ser subdivididos em métodos de abordagem e métodos de procedimentos, sendo assim, o
método de abordagem utilizado nesta pesquisa foi o indutivo, uma vez que os aspectos
estudados através da pesquisa bibliográfica partiram de constatações abrangentes para planos
cada vez mais particulares.
E finalmente a análise e interpretação dos dados, segundo Triviños (1996, p.161 apud
HEERDT, 2000), “é o processo de análise de conteúdo, e pode ser feito através da pré-análise
e organização do material, categorização dos dados e interpretação referencial”. Este tópico
pode ser evidenciado na formatação dos capítulos 1, 2 e 3.
51
Utilizando-se o método indutivo, esta pesquisa serviu como insumo para o estudo
aplicado aos capítulos: Capítulo 2 – O Risco e Seus Fatores , Capítulo 3 – Sistemas de Gestão
de Riscos e Capitulo 5 – Modelo Proposto, onde os dados obtidos puderam ser avaliados e
confrontados com as legislações e práticas que abordam o referido assunto, originando desta
forma massa crítica de dados para a elaboração do modelo proposto.
Portanto, como a Petrobras busca aplicar estes novos programas em todos os seus
seguimentos, o enfoque da delimitação foi dada a uma de suas Unidades, que é o CENPES.
Segundo Yin (2001 apud MENDONÇA; MAIA; GÓES, 2004) a observação pode ser
utilizada como o método que examina o fenômeno de interesse em seu ambiente natural, pela
aplicação de diversas metodologias de coleta de dados, visando obter informações de
múltiplas entidades.
Nesta etapa, foi feita primeiramente a avaliação da Diretriz Corporativa de SMS n°3, e
buscou-se verificar a sua implementação no CENPES. Através da avaliação realizada pela
empresa contrata DU PONT, coordenada pela gerência de SMS, pôde-se avaliar a aderência
do CENPES à Diretriz Corporativa de SMS nº 3 – Avaliação e Gestão de Riscos, e a partir daí
traçar um diagnóstico, representado nos quadros 1 e 2 do capítulo 1 deste estudo, que
representa o ponto de partida da pesquisa caracterizado pela situação problema.
53
Na etapa inicial , que inclui a de delimitação das áreas, processos e tarefas: o trabalho
inicia com a identificação das gerências, suas respectivas áreas de trabalho e determinação de
todos os processos e tarefas associados. Conforme sugere este modelo, a responsabilidade
deste levantamento é do gerente da UO, que pode designar tal atividade aos seus
colaboradores (facilitador ou RG). Nesta etapa, com auxílio do gestor do sistema e do SMS, a
UO deve ainda classificar os aspectos/perigos e impactos/danos relativos aos seus processos e
tarefas. Os registros são efetuados na planilha de avaliação de risco, que é apresentada no
anexo deste estudo.
• Análise de risco: neste item o risco é analisado através dos fatores de risco
associados aos aspectos/perigos e dos fatores de riscos associados aos
impactos/danos; e para tal, o critério da análise é feito a partir do somatório dos
fatores de risco, obtendo-se a classificação do risco pelo produto dos dois
conjuntos de fatores de riscos relativos a aspectos: fatores dos aspectos (freqüência
de exposição, controle e percepção do perigo e fatores dos impactos (efeito do
impacto, mitigação e repercussão.
• Avaliação do risco: este item é elaborado a partir dos dados de análise do risco,
pois o risco é o produto da probabilidade de ocorrência pela severidade do
impacto. Sendo assim é obtida a matriz de classificação a partir dos dados de
análise do risco, e a partir dela é feita a classificação de significância do risco.
Podem ser utilizadas para auxiliar no plano de tratamento do risco, tabelas de ação de
controle baseadas na BS 8800 e em metodologias de gestão de qualidade (análise de
gravidade, urgência, tendência, custo e aplicabilidade).
5 MODELO PROPOSTO
AS/NZS 4360
EPA 40 CFR
UNE 81900 ELEMENTOS DO MODELO
CCPS PROPOSTO
OHSAS 18001
ISO 14001 SGR
API RP 75
PSP
DIRETRIZES
SMS
GESTÃO DE RISCOS
A idéia apresentada pela figura 6, significa dizer que a obtenção dos elementos do
modelo proposto a partir da avaliação dos sistemas estudados no capítulo 3 – quadro 6,
originaram a formatação do Sistema de Gestão de Risco- SGR (modelo proposto), e que este
58
por sua vez, interage diretamente com a demanda de requisitos legais e demais programas e
diretrizes da companhia.
Como a API 9100B será adotada neste estudo como aplicação do PDCA para o
gerenciamento do SGR proposto, segue a definição de sistema de gestão proposta pela norma,
onde um sistema é definido como: “uma série de passos para assegurar que objetivos
pretendidos sejam obtidos”.
Um sistema típico inclui considerar quatro características básicas: (1)escopo e
objetivos, que definem a fronteira do sistema, (2)procedimentos documentados e
responsáveis, que prestam contas de suas ações, (3)para implementação e execução, uma
verificação ou processo de medição para determinar se os resultados estão sendo atingidos,
(4)feedback ou mecanismos de análise e revisão que levam ao aperfeiçoamento contínuo do
sistema de gestão.
Estas características principais oferecem a estrutura básica para um enfoque de
sistemas de qualidade, freqüentemente mencionada como “planejar, fazer, avaliar e ajustar” .
Os passos típicos ou elementos do SGR são mostrados no quadro 7.
FASES ELEMENTOS
PLANEJAR 1- Política, Liderança e Responsabilidade
2- Identificação, Análise, Avaliação e Tratamento de riscos
3- Requisitos legais e outros requisitos
4- Programa
FAZER 5- Conscientização e Treinamento
6- Documentação, Registro e Comunicação
7- Atendimento e resposta à emergências
8- Operação, Manutenção e Modificações
AVALIAR 9- Monitoramento e Medição do desempenho do Sistema
10- Investigação e Análise de acidentes, incidentes e desvios
11- Auditoria do Sistema
AJUSTAR 12- Análise Crítica e Ajuste
Quadro 7 - Elementos Básicos do SGR
Fonte: Adaptado da API 9100B
59
Visão
AJUSTAR PLANEJAR
12- Análise crítica e Ajuste 1- Política, Liderança e
Responsabilidade
2-Identificação,Análise,
Avaliação e Tratamento de
riscos
3- Requisitos legais e outros
requisitos
4- Programa
Aperfeiçoamento contínuo
AVALIAR FAZER
9- Monitoramento e Medição 5- Conscientização e
10- Investigação e Análise de Treinamento
Acidentes, Incidentes e 6- Documentação, Registro e
Desvios Comunicação
11- Auditoria do Sistema 7- Atendimento e resposta
em emergências
8- Operação, Manutenção e
Modificações
Para melhor compreensão dos elementos que estruturam o modelo proposto, no item
5.3 será feito o desdobramento de cada elemento.
60
5.3.1 Visão
Linha
Modelo de Gestão
DIRETORI Modelo de Gestão -
A Cenpes
SMS
Corporativo COMITÊ DE
NEGÓCIOS
Comitê de
AN`s / Gestão SMS
Serviços/
Subsidiárias /
Controladas
SMS das (G t ) Gerente da
UN Gerentes
ANs/Serviço
das UOs
/Subsidiárias
/
Comitê Subcomitês de
de Avaliação e
Unidade SMS Gestão de Riscos
SMS da
Organizacio
Unidade
Organizaciona nal Nível 1
l Comitê
Nível 1 de SMS Subcomitês de
Avaliação e Gestão de
Unidade Riscos da UN/US
• Novos produtos desde a fase de concepção e durante todo o seu ciclo de vida;
NÃO SIM
O Risco é Reter
tolerável?
Para cada processo e tarefa analisados deve ser incluído um registro no SGR.
SITUAÇÃO DESCRIÇÃO
Regime Normal de Operação (N) São aspectos que ocorrem quando as tarefas rotineiras ou
não rotineiras são executadas.
Regime de Emergência (E) São aspectos que não deveriam ocorrer durante a execução
normal de uma tarefa, podendo causar impactos de SMS.
Quadro 9 -Caracterização dos Aspectos/Impactos quanto a Situação Operacional
Fonte: Adapatada da BS 8800
Para cada tarefa dos processos em análise, devem ser identificados os aspectos e seus
impactos associados, podendo existir vários aspectos para uma mesma tarefa e vários
impactos para cada aspecto.
Análise de Riscos
A Análise de Riscos é o processo que determina o impacto que um risco pode ter
(conseqüência) e a probabilidade de sua ocorrência. O modelo proposto irá apresentar para
efeito da análise do risco, os seguintes parâmetros como fatores de risco: Freqüência de
67
Cabe lembrar, que se for necessário, poderão ser usadas outras técnicas mais
estruturadas de avaliação de risco, dispostas no Anexo I, ficando à critério do gestor do SGR,
tal decisão.
BAIXA Mais de 1 (uma) vez por ano e menos de uma vez por mês. 2
B
MÉDIA Mais de 1 (uma) vez por mês e menos que 1 (uma) vez por semana. 3
C
- Provoca morte ou lesões graves em uma ou mais pessoas (na força de trabalho e
/ou em pessoas extra-muros) 5
Extremamente
A tabela acima foi adaptada dos conceitos da BS 8800. E para auxiliar na qualificação
dos itens de controle relativos aos impactos, foram elaboradas tabelas baseadas nos conceitos
da norma API RP 750, e adaptadas para esta etapa de análise. Estas tabelas encontram-se no
Anexo J, e têm a finalidade de auxiliar o avaliador na análise do processo, quanto à eficácia
dos meios de controles existentes.
Avaliação de riscos
A avaliação do risco deve ser feita a partir da classificação do risco segundo a análise
já realizada, dos fatores de probabilidade de ocorrência e das conseqüências do impacto. Essa
classificação deve ser realizada através de uma matriz, cujos valores são obtidos pelo produto
dos valores resultantes da análise da probabilidade e da severidade.
A avaliação do risco deve ser feita através de faixas de classificação, na qual será
consolidada a matriz de classificação de significância do risco.
3 4 5 6 7 8 9 10 11
FATORES DE RISCO
3 9 12 15 18 21 24 27 30 33
4 12 16 20 24 28 32 36 40 44
5 15 20 25 30 35 40 45 50 55
6 18 24 30 36 42 48 54 60 66
7 21 28 35 42 49 56 54 70 77
8 24 32 40 48 56 64 72 80 88
9 27 36 45 54 63 72 81 90 99
10 30 40 50 60 70 80 90 100 110
11 33 44 55 66 77 88 99 110 121
73
intolerável de 98 a 121
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA
Efeito do Mitigação
impacto do impacto Repercussão
1;2;3;4;5 1;2;3 1;2;3
• Se o risco for não significativo, deve ser registrado no sistema para consulta e
apenas monitorado pelo gestor do sistema.
• Se o risco for significativo, deve ser registrado no sistema com a devida classe de
significância, e deve seguir o tratamento necessário, que deverá ser efetuado pelo
gerente da UO, com assessoria do SMS.
Tratamento de riscos
A tabela com descritores para cada elemento, foi adaptada para este estudo e encontra-
se no Anexo J deste modelo.
9 Evitar o risco: mediante a decisão de não prosseguir com uma atividade que possa
gerar riscos. Deve-se aplicar ao tratamento dos riscos substanciais e intoleráveis.
Portanto no modelo proposto, a sugestão é de que seja utilizado como insumo para
tratamento do risco, os elementos da norma API RP 750, que encontram-se no anexo J.
75
9 Transferir o risco: a transferência do risco para outro lugar, ou seja, retirar o risco
da organização, talvez não diminua o nível de risco geral para a sociedade, além de
demandar uma responsabilidade solidária na ação.
A transferência do risco, basicamente pode ser feita a terceiros de duas formas: sem
seguro, e por seguro.
Por seguro: é o processo mais comum para a transferência dos chamados riscos puros
e, em alguns casos, até dos riscos especulativos.
9 Reter o risco: após a redução e transferência dos riscos, poderão haver ainda riscos
residuais que foram retidos. Devem ser implementados planos para gerenciar as
conseqüências desses riscos, caso ocorram, incluindo a identificação de meios para
financiá-los. A retenção de riscos pode ser por omissão, isto é, quando a
organização falha em identificar e/ou transferir apropriadamente ou tratar de
alguma outra forma os riscos.
adicionais de controle financeiro interno. Se não existir um plano financeiro para faze face às
perdas, a empresa estará utilizando, consciente ou inconscientemente, o método de auto-
adoção.
O critério adotado para a priorização das ações para tratamento dos riscos será através
da aplicação da matriz GUTIF (Gravidade, Urgência, Tendência, Investimento e Facilidade),
obtida pela adaptação da já conhecida matriz GUT , associada aos parâmetros de investimento
e facilidade de aplicação dos controles necessários ao processo. O quadro 10, apresenta os
critérios adotados para a matriz GUTIF.
Pontos G U T I F
Gravidade Urgência Tendência Investimento Facilidade
Se nada for
Os prejuízos ou Grande facilidade ou exeqüibilidade
É necessária feito, o
dificuldades são Mínima utilização de implantação da solução, com
5 uma ação agravamento
extremamente de recursos. total domínio da “Tecnologia”
imediata da situação
graves requerida
será imediato
Boa facilidade ou
exeqüibilidade, dependendo
entretanto de tecnologia externa,
Com alguma Vai piorar a Alguma utilização
4 Muito Graves mas de relativa disponibilidade no
urgência curto prazo de recursos.
mercado.
77
Caso haja algum risco residual após o tratamento, a organização deve decidir entre
reter o risco ou repetir o processo de tratamento do risco.
O elemento nº 4 do SGR, Programa, adotado no modelo proposto deve estar estruturado nas
seguintes expectativas:
9 Na etapa de análise de risco do SGR, foram inseridos nas tabelas dos parâmetros
de avaliação, pesos, com o objetivo de se obter maior representatividade na etapa
de avaliação dos riscos;
Para melhor compreensão do modelo proposto, este capítulo apresentará dois casos,
onde serão aplicados os conceitos estudados, a fim de demonstrar na prática a aplicação da
metodologia qualitativa proposta.
90
91
3 4 5 6 7 8 9 10 11
3 9 12 15 18 21 24 27 30 33
4 12 16 20 24 28 32 36 40 44
5 15 20 25 30 35 40 45 50 55
6 18 24 30 36 42 48 54 60 66
7 21 28 35 42 49 56 54 70 77
8 24 32 40 48 56 64 72 80 88
9 27 36 45 54 63 72 81 90 99
10 30 40 50 60 70 80 90 100 110
11 33 44 55 66 77 88 99 110 121
Classificação da significância
Trivial até 24
NÃO SIGNIFICATIVO
Tolerável de 25 a 49
moderado de 50 a 73
substancial de 74 a 97 SIGNIFICATIVO
intolerável de 98 a 121
92
Será apresentada a seguir uma tabela adaptada à tabela 10, com a finalidade de facilitar
o entendimento da definição e cálculo do índice de risco aplicado aos processos operacionais
avaliados em uma gerência.
Caso 2: Suponhamos que durante a avaliação de riscos dos processos de uma gerência
qualquer da organização, foram identificados 50 riscos, conforme discriminados na tabela 13.
Calculando-se o % Riscos relativos da tabela 13, tem-se, de acordo com a classificação dos riscos:
Como síntese da tabela 13, temos que nos processos avaliados foram encontrados:
9 01 risco intolerável
9 02 riscos substanciais
9 15 riscos moderados
9 20 riscos toleráveis
9 12 riscos triviais
93
O ideal de um processo é que se tenha IRS= 0%, ou seja, que os riscos avaliados no
processo, se houver, sejam todos não significativos.
6.3 MONITORAMENTO
Segundo a tabela 12, os riscos triviais e toleráveis, embora não necessitem de nenhum
controle adicional, devem ser monitorados para assegurar que os controles estejam sendo
mantidos. Já os riscos moderados, devem atender à redução ou eliminação do risco, que
caracterizam à fase de prevenção.
O tratamento dos riscos moderados, após a aplicação da tabela 12, deverá ser
estruturado em um plano de ação para a gerência.
94
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BERNSTEIN, Peter L. Desafio aos deuses: a fascinante história do risco. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1997. 389p.
BIRD, Frank E.; LOFTUS, Robert G. Loss control management. Logranville: ILCI, 1976.
215 p.
CARPES JUNIOR, Widomar P.; SELL, Ingeborg. O produto como causador de acidentes.
Revista Produção Online, Rio de Janeiro, v.4, n.2, 2003 Disponível em
http://www.producaoonline.inf.br/v04n02/artigos/PDF/073_2003.pdf . Acessado em
25/12/2004.
LEES, Frank Pearson. Loss Prevention in the Process Industries. Hazard Identification,
Assessment and Control. Volume.1. First published 1980, reprinted 1986.
LIMA, Gilson B.A. Uma Abordagem Multicritério para a Avaliação do Grau de Risco dos
Ramos de Atividade Econômica. Tese (Doutorado em Engenharia apresentado ao Programa
de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal Fluminense) – Universidade
Federal Fluminense, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 2001.
MENDONÇA, Ana Lúcia; MAIA, Marta de Campos; GOÉS, Paulo. Estudo de uma
metodologia de capacitação de professores no uso de tecnologias educacionais. 2004.
Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/015-TC-A2.htm . Acesso em
16/04/2005.
OCCUPATIONAL HEALTHY AND SAFETY. Briths Standard BS 8800: guia para gestão
da segurança e saúde no trabalho, Londres, 1996. 64 p.
SILVA, Luiz Antônio Viégas da. Programa de controle de perdas, com enfoque na gestão de
segurança e saúde ocupacional: uma proposta metodológica. Dissertação (Mestrado em
Sistema de Gestão) - Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2002.
STANDARDS AUSTRÁLIA. AS/NZS 4360. Risk Management. Australia Standards and New
Zealand Standards, 1999.
VALLE, Cyro Eyer; LAGE, Henrique. Meio ambiente, acidentes, lições e soluções. São
Paulo: SENAC, 2002.
100
101
GLOSSÁRIO
Análise de risco: Uso sistemático de informações para identificar fontes e estimar o risco.
Aspecto de SMS: Elemento das atividades, produtos ou serviços do Sistema Petrobras que
pode interagir com a segurança, o meio ambiente e a saúde. Os aspectos ambientais definidos
de acordo com a NBR ISO 14001 incluem-se nos aspectos de SMS.
Atividade: Conjunto de tarefas que, sendo parte ou não de um processo, visam atender a um
objetivo específico
Avaliação de risco: Processo global de estimar a magnitude dos riscos, e decidir se um risco
é ou não tolerável.
Desvio: Qualquer ação ou condição, que tem potencial para conduzir, direta ou indiretamente,
danos a pessoas, ao patrimônio (próprio ou de terceiros), ou impacto ao meio ambiente, que se
encontra desconforme com as normas de trabalho, procedimentos, requisitos legais ou
normativos, requisitos do sistema de gestão ou boas práticas.
Evitar o risco: Decisão de não se envolver numa situação de risco ou ação para se retirar
dela.
103
Força de Trabalho: Pessoas que executam atividades para o Sistema Petrobras incluindo
empregados próprios, estagiários, prestadores de serviço caracterizados como autônomos,
cooperativados de cooperativas contratadas, empregados de outras empresas que prestem
serviços ou executem atividades contidas no objeto do contrato com a empresa contratada.
Impacto: Qualquer modificação no meio ambiente e/ou das condições de saúde ocupacional e
segurança industrial, adversa ou benéfica, que resulte no todo ou em partes dos processos,
tarefas e produtos desenvolvidos pela organização.
Incidente: Evento imprevisto e indesejável que poderia ter resultado em dano à pessoa, ao
patrimônio (próprio ou de terceiros) ou impacto ao meio ambiente.
Parte envolvida: Qualquer indivíduo, grupo ou organização que possa afetar, ser afetado ou
imagine que possa ser afetado por um risco.
106
Perigo: Situação com potencial de provocar lesões pessoais ou danos à saúde, ao meio
ambiente ou às propriedades, ou a uma combinação destes.
Representante do gerente: Pessoa designada pelo gerente da UO, para viabilizar as tarefas
necessárias a realização da identificação de aspectos/impactos da tarefa.
Risco: Medida de perda econômica, humana, e/ou ambiental, resultante da combinação entre
freqüência esperada e conseqüência destas perdas.
Risco tolerável: Risco que foi reduzido a um nível que pode ser suportado pela organização,
levando em conta suas obrigações legais e sua própria política de SSO.
APÊNDICE
APÊNDICE A - Planilha de identificação de aspectos/perigos e impactos/danos
108
111
DESCRITORES: AVALIAÇÃO
(As UOs possuem os seguintes itens?) NA; D=3;
R=2; E=1
- Planta de situação geral , de locação e layout
- Fluxogramas de processo (indicando os parâmetros operacionais
considerados críticos)
- Balanços de material e de energia
- Fluxogramas de engenharia
- Descritivo das malhas de intertravamento e parada, atualizados
- Planta de classificação de áreas
- Adequação dos equipamentos e instalações à classificação de áreas
- Manuais e documentações técnicas de equipamentos
- Sistemas de alívio e despressurização adequados para a máxima
pressão de operação
- Sistemas de alívio e despressurização , aferidos/calibrados
- Lista de intertravamentos, chaves, indicadores e alarmes associados
aos parâmetros operacionais críticos
- Utiliza e atualiza método estruturado (SMSNet) para coleta e
organização das informações sobre perigos dos produtos e materiais
manuseados e processados
- Possui FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos
Químicos) de todos os produtos manuseados e processados
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Análise de riscos de processo (ARP)
- Registro de seus empregados treinados nas técnicas de ARP e HAZOP
- Procedimento para realização das ARPs
- Controle da periodicidade com que são realizadas as ARPs
- A metodologia de ARP adota critérios para hierarquização dos riscos
- As medidas mitigadoras recomendadas nas ARPs são verificadas
quanto à sua conformidade
- Critério para hierarquização das medidas mitigadoras
- Acompanhamento da implementação das recomendações oriundas
dessas ARPs
- Comunicação aos empregados e à força de trabalho dos riscos
avaliados e seus respectivos monitoramentos.
3- Gerenciamento de modificações
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Metodologia para identificar modificações no processo
- Procedimento formal para gestão de modificações
- Metodologia para identificar modificações na força de trabalho
- Procedimento formal para gestão de modificações
- Metodologia para registrar e tratar os aspectos/impactos destas
modificações
- Procedimento de verificação, garantindo que a modificação está de
acordo com o projeto
- Em função da modificação, há revisão dos procedimentos operacionais
- Treinamento da força de trabalho envolvida na mudança, em função das
modificações efetuadas
- Divulgação dos procedimentos revisados
- Critério formal que faça a distinção entre o que é mudança de pequeno
porte, grande porte e manutenção normal.
- Procedimento formal que contemple o projeto das mudanças propostas.
- Procedimento formal que contemple a documentação técnica antes de
implementar a modificação
- Autorizações gerenciais necessárias, inclusive obtenção de licenças
113
4- Procedimentos de Operação
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Procedimentos de operação formais
- Procedimentos de operação focando aspectos como: malhas de
controle, segurança de processo, limites de operação para os parâmetros
de processo, etc.
- Procedimentos de operação que explicitam: cargo e nível de
responsabilidade da força de trabalho, instruções de operação claras,
condições de operação para partida normal, operação temporária,
emergência , parada, etc.
- Critérios de revisão dos procedimentos operacionais
- Procedimentos de operação que envolvam nos parâmetros de processo:
desvios operacionais, ações de correção para evitar desvios
operacionais,
- Procedimentos de operação que envolvam nos parâmetros de processo:
sistemas de controle e dispositivos de segurança e suas funções,
- Procedimentos de operação que envolvam nos parâmetros de processo
propriedades e riscos de todos os produtos utilizados no processo, ações
necessárias para prevenção contra os riscos
- Procedimentos que contemplem o uso de EPIs(Equipamento de
proteção individual)/EPCs (Equipamento de proteção coletiva), para a
operação
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Procedimento formal para gerenciar as práticas de trabalho seguro
- Identificação e controle das práticas de trabalho seguro em vigor, e suas
abrangências
- Elaboração, implantação e atualização das práticas de trabalho seguro
- Metodologia para permissões de serviço
- Treinamento da força de trabalho nas práticas de trabalho seguro
- Procedimento para manuseio, armazenagem e transporte de produtos
perigosos
- Procedimento para as atividades/tarefas que envolvam risco
ocupacional
- Registro e controle de estoque e consumo de produtos químicos
utilizados no processo
6- Treinamento
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Política de treinamento e qualificação da força de trabalho,
contemplando treinamento inicial e de reciclagem
- Compromisso efetivo da liderança ao designar a força de trabalho com a
efetiva utilização dos conhecimentos e habilidades adquiridas
- Procedimento de treinamento com conteúdo programático compatível
com as necessidades e responsabilidades da força de trabalho.
- Procedimento de treinamento que compreenda o treinamento requerido
por mudanças introduzidas na instalação.
- Procedimento formal para avaliação da eficácia do treinamento
- Processo de comunicação aos gerentes das UOs , dos resultados
obtidos pelo treinamento da força de trabalho
- Período de reciclagem para a força de trabalho.
115
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Programa de qualidade e integridade mecânica de equipamentos
críticos, desde seu projeto
- Procedimento formal para contolar a qualidade dos materiais utilizados
nos equipamentos críticos objeto do programa, e verificar se foram
utilizados de acordo com as especificações do projeto
- Procedimento inserido no programa, que defina e identifique os
equipamentos críticos existentes na UO
- Procedimento inserido no programa, que contemple a garantia de
qualidade, manutenção, inspeção e teste dos equipamentos críticos
- Metodologia para inspeção e teste nos equipamentos, e respectiva
periodicidade
- Critério de aceitabilidade para inspeção e testes nos equipamentos
- Procedimento implantado baseado em Manutenção Centrada em
Confiabilidade e Inspeção Baseada em Riscos.
- Treinamento da equipe de manutenção e inspeção, e respectiva
periodicidade
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Plano de controle de emergências implantado, para os seus processos
- Revisão do Plano de controle e periodicidade
- A elaboração do plano está baseada em referenciais legais
- A UO tem conhecimento do Plano de Contingência (PC) da UM
- A UO está inserida no PC da UM
- Tem treinamento da força de trabalho, relativo ao PC
- Participa de exercícios, treinamentos e simulados de emergência
9- Investigação de acidentes
AVALIAÇÃO
DESCRITORES: NA; D=3;
(As UOs possuem os seguintes itens?) R=2; E=1
- Procedimento implantado para apurar e registrar acidentes
- Procedimento implantado para a comunicação de acidentes dentro da
UN e para a companhia
- Procedimento implantado para registrar e atuar nas ações de controle
dos acidentes
- Procedimento formal para investigação de acidentes
- Participa de comissão de investigação para investigar causas e as
conseqüências do acidentes
- Critério para avaliação de custo/benefício na implementação de
recomendações oriundas da comissão de investigação do acidente
- Procedimento formal que contemple as providências a serem tomadas
no sentido de evitar a ocorrência de um novo acidente
117
ANEXOS
123
1961 EUA Três técnicos morrem em uma acidente com um reator nuclear
expermental em Idaho Falls.
1965 Japão O navio-tanque Heimvard lança cerda de 50.000 t de óleo
próximo à ilha de Hokkaido.
1966 Mar do Norte O navio-tanque Anne Mildred Broving lança cerda de 20.000 t
de óleo no mar.
1966 México Navio desconhecido lança cerca de 35.000 t de óleo na baía
de Campeche, próximo de Vera Cruz.
1. Liderança e Responsabilidade
A Petrobrás, ao integrar segurança, meio ambiente e saúde a sua estratégia
empresarial, reafirma o compromisso de todos os seus empregados e contratados com
a busca de excelência nessa área.
• Difusão e promoção em todos os níveis, da política corporativa de SMS, seus
valores e metas;
• Exercício da Liderança pelo exemplo, de modo a assegurar o máximo
comprometimento da força de trabalho com o desempenho em SMS;
• Responsabilidade em cada unidade pelo seu desempenho em SMS, o qual será
avaliado por meio de indicadores e metas;
• Definição clara, em cada unidade, das atribuições e responsabilidades relacionadas
ao desempenho em SMS;
• Integração em casa unidade, do desempenho em SMS às suas metas de produção
e rentabilidade;
2. Conformidade Legal
As atividades da empresa devem estar em conformidade com a legislação vigente nas
áreas de segurança, meio ambiente e saúde.
• Verificação permanente do atendimento à legislação e adoção quando necessário,
de medidas destinadas à pronta correção de eventuais não-conformidades;
• Acompanhamento das mudanças que venham a ocorrer na legislação relacionada a
SMS, de modo a promover a adequação das atividades da empresa, bem como permitir
a identificação de novos cenários;
• Atendimento aos preceitos legais e regulamentares durante todo o ciclo de vida das
instalações e operações da empresa, bem como verificação de seu cumprimento por
parte dos contratados, fornecedores e parceiros;
• Manutenção de uma política de cordialidade e colaboração com os órgãos
competentes
• Difusão de valores que promovam a qualidade de vida da força de trabalho, dentro e
fora da empresa.
3. Avaliação e Gestão de Riscos
Riscos inerentes às atividades da empresa devem ser identificados, avaliados e
gerenciados, de modo a evitar a ocorrência de acidentes e/ou assegurar a minimização
de seus efeitos.
• Implementação de mecanismos que permitam, de forma sistemática, identificar e
avaliar a freqüência e as conseqüências de eventos indesejáveis, visando a prevenção
e/ou máxima redução de seus efeitos;
• Implementação de mecanismos para a priorização dos riscos identificados, bem
como a documentação, comunicação e acompanhamento das medidas adotadas para
controlá-los;
• Incorporação de processos de avaliação de risco a todas as fases dos
empreendimentos e produtos, incluindo os relacionados à proteção da força de trabalho,
comunidades vizinhas e consumidor final;
• Realização de avaliações de risco periódicas ou à medida que se identifiquem
mudanças nos processos;
• Implementação de gestão de riscos de acordo com a natureza e magnitude, nos
diversos níveis administrativos.
4. Novos Empreendimentos
Os novos empreendimentos devem estar em conformidade com a legislação e
incorporar, em todo o seu ciclo de vida, as melhores práticas de segurança, meio
ambiente e saúde.
131
11. Contingência
As situações de emergência devem estar previstas e ser enfrentada com rapidez e
eficácia visando à máxima redução de seus efeitos.
• Garantia de que os planos de contingência de cada unidade estejam avaliados,
revisados e atualizados, bem como integrados aos planos de contingência regionais e
corporativo da empresa;
• Desenvolvimento de programas de esclarecimento e treinamento junto às
comunidades potencialmente expostas a riscos, visando sua incorporação aos planos de
contingência;
• Adequação dos planos de contingência às variações de risco eventualmente
identificadas;
• Consideração, nos planos de contingência, dos impactos sociais, econômicos e
ambientais decorrentes de possíveis acidentes;
• Implementação de mecanismos que assegurem a atualização, divulgação e pronto
acesso aos planos de contingência por parte da força de trabalho, órgãos
governamentais e não-governamentais comunidades e demais partes interessadas;
• Realização periódica de treinamentos e exercícios simulados, com a participação de
todos os envolvidos, e posterior avaliação dos resultados.
12. Relacionamento com a Comunidade
A empresa deve zelar pela segurança das comunidades onde atua, bem como mantê-
las informadas sobre impactos e/ou riscos eventualmente decorrentes de suas
atividades.
• Avaliação dos eventuais impactos que as atividades da empresa possam causar as
comunidades, tanto do porto de vista de SMS como social e econômico, de modo a
evitá-los ou reduzir ao máximo seus efeitos indesejáveis.
• Garantia de que essa avaliação acompanhe todo o ciclo de vida das atividades.
• Manutenção de canais de comunicação com as comunidades vizinhas, de modo a
mantê-las informadas sobre planos de contingência, considerando, nesse processo,
opiniões, sugestões e preocupações por elas manifestadas.
• Implementação de programas de esclarecimento e treinamento junta as
comunidades potencialmente expostas a riscos, de modo a estimular seu
comprometimento com as medidas de prevenção e contingência.
• Implementação de programas de saúde e educação ambiental junto às
comunidades vizinhas, bem como de ações que promovam seu desenvolvimento
sustentável.
13. Análise de Acidentes e Incidentes
Os acidentes e incidentes decorrentes das atividades da empresa devem ser
analisados, investigados e documentados, de modo a evitar sua repetição e/ou
assegurar a minimização de seus efeitos.
• Implementação de procedimentos que permitam a identificação, registro e análise
das causas dos acidentes e a quantificação das perdas.
• Implementação de procedimentos que permitam a identificação e tratamento de não-
conformidades eventualmente capazes de causar acidentes.
• Obrigatoriedade de comunicação imediata de acidentes e de pronta atuação sobre
suas conseqüências.
• Obrigatoriedade do registro de acidentes no respectivo indicador de desempenho.
• Incorporação às atividades da empresa das lições extraídas dos acidentes visando à
melhoria constante dos sistemas de prevenção.
• Acompanhamento das medidas corretivas e/ou preventivas adotadas, de modo a se
certificar de sua eficácia.
• Garantia de que, em acidentes graves, a investigação tenha participação externa à
da unidade onde ocorreu e da área corporativa de SMS.
14. Gestão de Produtos
A empresa deve zelar pelos aspectos do segurança, meio ambiente e saúde dos seus
produtos, desde sua origem até a destinação final, bem como empenhar-se na
constante redução dos impactos que eventualmente possam causar.
• Incorporação a todos os produtos da empresa de valores relacionados a SMS,
desde a escolha de materiais, produção, embalagem e transporte até seu destino final.
134
Conseqüências
trófic
a
1 2 3 4
A – Quase
certo A A E E E
B – Provável
M A A E E
C- Possível
M A E E
B
D- Improvável
B B M A E
E- Raro
B B M A A
• planos de contingência;
• providências contratuais;
• condições de contrato;
• características de projeto;
• plano de recuperação de desastres;
• engenharia e barreiras estruturais;
• minimização da exposição a fontes de risco;
• separação ou realocação de uma atividade e recursos.
TÉCNICAS UTILIZADAS
FASES DO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
EMPREENDIMENTO
EVTE R M R
Projeto Conceitual R M R
Projeto Básico/Bases M M R R R M R
Projeto
Projeto de Detalhamento M M R R R M M
Construção e Montagem R M R
Comissionamento R M
Operação R M R M R R R M R
Ampliação/Modificação R M R M R R R M R
Descomissionamento R R M
Fonte: PETROBRAS
1 - Análise Histórica.
2 - Lista de Verificação ("Checklist").
3 - APR (Análise Preliminar de Riscos).
4 - E se...? (“What if...?”)
5 - HAZOP (Estudos de Perigos e Operabilidade).
6 - FMEA/FMECA (Análise dos Modos e Efeitos de Falhas).
7 - Análise por Árvore de Falhas.
8 - Análise por Árvore de Eventos.
9 - Análise de Conseqüências.
10 - Avaliação Quantitativa de Riscos.
141
FREQÜÊNCIA
A B C D E
IV M M C C C
SEVERIDADE
III NC M M C C
II NC NC M M M
I NC NC NC NC M
Fonte: Espinosa (2001)
Severidade Freqüência