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Direitos do Consumidor

Objetivo: Identificar aspectos essenciais da legislação relativa aos direitos do consumidor.

Seção - Aspectos Legais dos Direitos do Consumidor

As relações de consumo em um mundo cada vez mais mercantil e globalizado tendem a se


intensificar cada vez mais. Nessas relações o consumidor é, ao mesmo tempo, cliente e vítima,
vulnerabilizado principalmente devido a extrema e crescente desigualdade entre o indivíduo e
as grandes corporações comerciais, seus interesses e suas práticas nem sempre justas.

Nessa Unidade como na anterior, vamos fazer uma breve leitura de um resumo do Lei n. 8.078,
DE 11 de setembro de 1990 que dispõe sobre a proteção do consumidor e dó outras
providências.

As relações de produção e consumo se iniciam a partir da atividade dos fornecedores, que são
empresas ou pessoas que produzem, montam, criam, constróem, transformam, importam,
exportam, distribuem ou vendem produtos ou serviços.

Produto é qualquer bem de consumo (carros, ferramentas, eletrodomésticos, móveis etc.) ou


imóvel (casa, terreno, apartamento etc.).

Serviço é qualquer trabalho prestado, a título oneroso, tais como conserto, reformas, inclusive
serviços públicos, bancários, financeiros, de crédito e de seguros etc.

Por sua vez, serviços públicos são aqueles que atendem à população de modo geral, tais quais
o de transporte, água, esgoto, telefone, luz, correios, e geralmente prestados por empresas
públicas.

Como teremos a oportunidade de observar, os consumidores podem ser uma ou várias


pessoas (condomínios, associações etc.) ou ainda empresas que compram ou utilizam
produtos e serviços para uso próprio.

Veremos ainda, que são direitos do consumidor: a proteção da vida e da saúde; a educação
para o consumo; a escolha de produtos e serviços; a informação; a proteção contra publicidade
enganosa e abusiva; a proteção contratual; a indenização; o acesso à Justiça; a facilitação de
defesa de seus direitos e a qualidade dos serviços públicos, dentre outros.

Se constitui, portanto, em direito do consumidor, a informação sobre a quantidade, as


características, composição, preço e riscos que porventura o produto apresente.

O Código de Defesa do Consumidor, denominação conferida à Lei 8.078/90, proíbe ainda a


publicidade enganosa ou abusiva.

A publicidade enganosa é aquela que contém informações falsas sobre o produto ou serviço,
quanto a: características; quantidade; origem; preço; propriedades; ou quando omitir dados
essenciais. Já a publicidade será considerada abusiva quando: gerar discriminação; provocar
violência; explorar o medo e a superstição; aproveitar da falta de experiência da criança;
desrespeitar valores ambientais; induzir a um comportamento prejudicial à saúde e á
segurança.

Identicamente não são permitidas cláusulas que diminuam a responsabilidade do fornecedor no


caso de dano ao consumidor; proíbam o consumidor de devolver o produto ou reaver a quantia
já paga em função de um produto ou serviço defeituoso; restabeleçam obrigações para outras
pessoas além do fornecedor e do consumidor; coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada; autorizem o fornecedor a alterar o preço; possibilitem ao fornecedor modificação de
qualquer parte do contrato, sem a autorização do consumidor; estabeleçam a perda das
prestações já pagas por descumprimento de alguma obrigação do consumidor, quando já
estiver prevista a retomada do produto.

Os produtos ou serviços devem ser oferecidos ao consumidor com as informações claras e


completas em língua portuguesa, com os seguintes dados: as características do produto ou
serviço; suas qualidades; quantidade; composição, ou seja, ingredientes utilizados; preço; a
garantia; o prazo de validade; o nome do fabricante e o endereço; os eventuais riscos que
possam apresentar á saúde e segurança dos consumidores.

Você verá que o consumidor tem direito de se arrepender da compra ou contratação no prazo
de 7 (sete) dias, contados a partir do recebimento do produto ou assinatura do contrato. No
caso de arrependimento, o consumidor deverá devolver o produto ou suspender o serviço e
terá direito á devolução do valor pago, com correção monetária.

Na impossibilidade de identificação do fabricante, produtor, construtor, ou do importador, o


responsável passa a ser o comerciante.

O Código de Defesa do Consumidor não permite que o fornecedor faça escândalos na porta da
casa do consumidor ou tenha qualquer outra atitude que exponha o consumidor ao ridículo.

O Código de Defesa do Consumidor facilita e amplia as maneiras para o consumidor defender


e fazer valer os seus direitos perante a Justiça. Uma delas é a inversão do ânus da prova. De
um modo geral, na Justiça, a obrigação de provar é sempre da pessoa que reclama, ou seja
daquele que processa alguém. Ele deverá sempre apresentar, no processo, provas de que foi
prejudicado. Essas provas podem ser: documentos, fotografias, testemunhas etc.,

Pela nova lei, essa obrigação poderá, a critério do juiz, ser invertida. Quer dizer, a obrigação de
provar será do fabricante do produto ou do prestador do serviço e não daquele que reclama.

O chamado Código de Proteção ao Consumidor é, portanto, um manual de consulta


permanente, um instrumento capaz de assegurar os direitos de cada indivíduo perante as
relações de consumo.

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