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Universidade Federal de São Carlos.

Pró-Reitoria de Extensão.
Núcleo de Extensão UFSCar-Empresa.

Como Abrir
uma
Empresa

Elaborado por:
LÉIA FERREIRA MARQUES.
Bolsista da Pró-reitoria de Extensão, é graduanda em Engenharia de Produção
Química pela UFSCar.
e-mail: leiamarqu@yahoo.com
Índice
Índice 02
Introdução 03
Conceito 03
Atividade Empreendedora 03
Empreendedor 03
Características Empreendedoras 04
Tipos de Sociedade 05
Procedimento para Abertura de uma Empresa 05
Escolha do Nome da Empresa 05
Contrato Social 06
Sociedade Civil 06
Documentos a serem apresentados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas 06
Documentos a serem apresentados na Receita Federal 07
Documentos a serem apresentados na Prefeitura 07
Sociedade Mercantil 07
Documentos a serem apresentados na JUCESP - Junta Comercial 07
Documentos exigidos pela Receita Federal, para a inscrição no Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica – CNPJ: 08
Passos para a inscrição na Secretaria da Fazenda (Estado de São Paulo): 08
Documentos a serem apresentados na Prefeitura 09
Firma Individual 09
Autônomo - Registro de Autônomo 09
Procedimento para Registro 10
Documentos Necessários para Inscrição Municipal (CCM) 10
Outras Providências 10
Tributações 10
Simples 10
Tributação Normal 12
Empréstimos 14
Banco do Brasil 14
Caixa Econômica Federal 15
Banco do Povo 15
Plano de Negócios 16
Definições 16
Detalhamento 16
O que fazer e não fazer 17
Referências Bibliográficas 18

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Introdução

Na crise em que o país se encontra a abertura de novas empresas é muito importante


para a geração de novos empregos, além de contribuir para o crescimento econômico e
tecnológico ao país.
Esta cartilha tem por objetivo trazer ao conhecimento do novo empresário, os aspectos
e fases que envolvem a abertura de uma empresa, assim como a legislação pertinente, e as
forma de se obter capital necessário para instalação e operação do empreendimento.
Destaca-se que todas as informações aqui presentes foram consultadas nas seguintes
instituições: Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas; Receita Federal; Junta
Comercial; Secretaria da Fazenda (SP); Prefeitura de São Paulo.

Conceitos

1. Atividade Empreendedora
Existe uma grande variedade de motivos que levam as pessoas a ter seu próprio
negócio, como por exemplo, a intenção de montar e conduzir um negócio lucrativo ou a
ambição de ganhar mais do que seria possível na condição de empregado e construir um
patrimônio para si e sua família. O desemprego também estimula os indivíduos a
enfrentarem o mercado na condição de empreendedor aplicando nesse desafio suas
economias.
Para aqueles que decidem viver diretamente de seu trabalho como empreendedores e
também para os executivos que atuam em empresas, o desenvolvimento de novos
empreendimentos torna-se fundamental. Isto porque as empresas precisam manter sua
vitalidade empreendedora desenvolvendo novos negócios a fim de continuarem a crescer.

2. Empreendedor
Utilizando a definição de Bygrave (1994) “o empreendedor é alguém que percebe
uma oportunidade e cria uma organização para aproveitá-la”. Já para Degen (1989) “ser
empreendedor significa ter, acima de tudo, a necessidade de realizar coisas novas, pôr em
prática idéias próprias, ter características de personalidade e comportamento que nem
sempre são fáceis de se encontrar”.

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3. Características Empreendedoras
De acordo com SEBRAE (1997) algumas características chaves que um indivíduo deve
apresentar (ou desenvolver) para se tornar um empresário de sucesso são:
Ø Disposição para Assumir Riscos:
O empreendedor, deve assumir riscos e seu sucesso depende de sua capacidade de
conviver com os mesmos e sobreviver a eles. É precisos aprender administrá-los, já que os
riscos fazem parte de qualquer negócio.
Ø Identificar Oportunidades:
O indivíduo dito empreendedor de sucesso apresenta-se sempre atento, sendo capaz
de perceber no momento certo as oportunidades de negócio que o mercado oferece. Eles
não se cansam de pesquisar, nas compras, nas férias, lendo revistas, jornais ou vendo
televisão. Prestam atenção àquilo que ainda os outros não viram, podendo atuar de forma
eficaz, rápida e lucrativa.
Ø Conhecer o Ramo:
O conhecimento do ramo em que um indivíduo pretende atuar é primordial para o
sucesso do negócio. Este conhecimento pode ser adquirido pela própria experiência de
empreendedor, em informativos especializados, em contato com empreendedores do ramo,
associações, sindicatos, visitas a centros de tecnologias.
Ø Ser Organizado:
A organização é fator de sucesso para qualquer empreendimento. Possuir os melhores
recursos não é suficiente se não houver uma integração deles de forma lógica e
harmoniosa, fazendo com que os resultados sejam melhores.
Ø Ser Líder e Saber se Comunicar
Antes de mais nada, o empresário de sucesso é um líder. Liderar é saber conduzir os
esforços das pessoas sob coordenação em direção a um objetivo e redirecionar quando
necessário, mantendo assim a motivação de seus funcionários. Ter a capacidade de expor e
ouvir idéias é saber se comunicar e conviver com outras pessoas, dentro e fora da empresa.
Ø Aptidões Empresariais
É uma habilidade natural do empreendedor que sabe identificar uma oportunidade,
aproveitá-la e conduzi-la ao sucesso. Ele nunca se acomoda, procurando sempre
novidades. É dinâmico, fazendo com que seu espírito empreendedor não se enfraqueça.
Ø Ter Iniciativa e Ser Independente:
Essas características, que são intimamente ligadas ao espírito empreendedor, levam as
pessoas a trocar o "hollerith" pelo risco de um negócio próprio, buscando assim, sua
realização pessoal e sua independência.

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4. Tipos de Sociedades
Antes de se abrir uma empresa, é preciso definir como será a constituição da
mesma. Segundo informações obtidas no SEBRAE, há empresas que constituem firma
individual ou aquelas que são autônomas, as que são do tipo sociedade mercantil e ainda,
as que são sociedade civil.
Ø Sociedade Civil (S/C Ltda)
É uma sociedade constituída com o objetivo de prestação de serviços e que serão
reguladas pelo Código Civil, não podendo praticar atos de comércio. Possui o contrato social
registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Ø Sociedade Mercantil (Sociedade Comercial por Quotas de Responsabilidade
Limitada (Ltda)
É uma sociedade constituída com o objetivo de exercer atividades de indústria e/ou
comércio. A responsabilidade de cada sócio é limitada à importância do capital social,
dividido em quotas e distribuído proporcionalmente entre eles. O contrato social deste tipo
de empresa é registrado na Junta Comercial.
Ø Firma Individual
É aquela constituída por uma única pessoa, onde o nome da firma será o do titular.
Este tipo de forma jurídica se aplica a atividades de indústria e/ou comércio e é registrada
na Junta Comercial. Destaca-se também que a Firma Individual não pode ser vendida, nem
admite sócios.
Ø Autônomo
O autônomo prestará serviço como Pessoa Física e deverá registrar-se como
Autônomo na Prefeitura local. Ele pode emitir recibo próprio como profissional autônomo ou
nota fiscal tributada, caso a prefeitura local autorize, além de estar sujeito ao Imposto Sobre
Serviços (ISS), ao recolhimento previdenciário para o INSS através de carnê e ao Imposto
de Renda de Pessoa Física.

Procedimentos para a abertura de uma empresa

1. Escolha do nome da Empresa


O primeiro passo para se abrir a empresa é a escolha do nome, ou seja, o nome de
registro da Firma.
Antes de registrar a empresa, é necessário verificar se já existe outro negócio com o
nome comercial escolhido. Caso haja, deve-se escolher novo nome.

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Nos casos de Firma Individual e de Sociedade Mercantil, a consulta é feita à Junta
Comercial. Enquanto que, para a Sociedade Civil, a consulta deverá ser feita ao Cartório de
Registro de Pessoas Jurídicas.
2. Contrato Social
Para criar uma sociedade, os sócios devem fazer um Contrato de Constituição, que,
segundo SEBRAE, deve conter as seguintes cláusulas contratuais:
Ø Nome da sociedade, que deverá, de alguma forma, constar a finalidade da
sociedade;
Ø Endereço onde irá funcionar;
Ø Identificação dos sócios;
Ø Capital e sua divisão entre os sócios;
Ø Prazo de funcionamento da sociedade;
Ø Foro para discussão de eventuais problemas entre os sócios;
Ø Objetivo Social;
Ø Data em que devem ser lançados os balanços;
Ø Forma de distribuição dos lucros;
Ø Outras normas acertadas entre os sócios.

Sociedade Civil (Registro da Pessoa Jurídica)


A sociedade civil adquire a personalidade jurídica com o registro de seus atos
constitutivos no Cartório de Registro de Títulos e Documentos das Pessoas Jurídicas.
Deverão também ser providenciadas junto à Receita Federal, a inscrição do CGC (Cadastro
Geral dos Contribuintes) e, junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a
inscrição no INSS.

1. Documentos a serem apresentados no Cartório de Registro Civil


de Pessoas Jurídicas:
Ø Quatro vias de contrato social, com todas as folhas autenticadas pelos sócios, devendo a
última ser assinada por todos os sócios e por duas testemunhas, com as firmas
reconhecidas;
Ø Cópia do RG e CIC dos sócios;
Ø Comprovante de pagamento da taxa de Constituição da sociedade (conforme capital
social).

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2. Documentos a serem apresentados na Receita Federal:
Ø Consulta prévia, da situação dos sócios, em impresso próprio da Receita;
Ø Contrato Social Registrado;
Ø CIC e RG dos sócios (cópias autenticadas);
Ø FCPJ – Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica;
Ø Quadro Societário;
Ø Ficha Complementar;
Ø Comprovante de residência dos sócios (1 cópia e o original) ou Declaração de residência;
Ø Comprovante de entrega da Declaração do Imposto de Renda ou Declaração de Isenção;
Ø Fotocópia autenticada do IPTU da sede.
3. Documentos a serem apresentados na Prefeitura
Esses dados são válidos para a Prefeitura de São Paulo. No caso de outro Município,
consultar a Prefeitura local.
Ø Guia de Dados Cadastrais (GDC) para obtenção da Inscrição Municipal (CCM);
Ø Contrato Social registrado;
Ø CIC e RG dos sócios (cópia autenticada);
Ø IPTU da sede da empresa (cópia autenticada, frente e verso);
Ø Registro do sócio responsável no Conselho Regional, quando a atividade exigir;
Ø Livros Fiscais (Livro Modelo 51 e 57)
Ø Requerimento para obtenção do Alvará de Funcionamento.

Sociedade Mercantil
Sociedade Mercantil é registrada na Junta Comercial, onde já é feita
automaticamente, a inscrição no CGC (Cadastro Geral dos Contribuintes) e no INSS.

1. Documentos a serem apresentados na JUCESP - Junta Comercial


Ø Contrato Social assinado por um advogado, em três vias, onde todas as folhas deverão
ser rubricadas e a última folha deverá ser assinada pelos sócios e testemunhas;
Ø Ficha de cadastro (FC): folhas 1 e 2 ( duas vias de cada);
Ø Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica (FCPJ);
Ø Requerimento padrão da Junta Comercial (capa);
Ø Declaração de Microempresa, em três vias;
Ø Fotocópia autenticada do CPF e RG dos Sócios;
Ø Fotocópia autenticada do comprovante de endereço dos Sócios (conta de luz, com no
máximo 60 dias da data);

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Ø IPTU da sede da empresa (cópia autenticada, frente e verso);
Ø Pagamento da taxa da JUCESP;
Ø Comprovante de pagamento da taxa de constituição da sociedade (DARF cód. 6621).
2. Documentos exigidos pela Receita Federal, para a inscrição no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ:
Ø Solicitação de Consulta prévia, da situação dos sócios, em impresso próprio da Receita;
Ø Contrato Social Registrado, original e fotocópia;
Ø CIC e RG dos sócios (cópias autenticadas);
Ø FCPJ – Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica, em duas vias;
Ø Quadro de Sócios e Administradores, em duas vias;
Ø Ficha Complementar; em duas vias;
Ø Comprovante de residência dos sócios (fotocópia autenticada) ou Declaração de
residência;
Ø Comprovante de entrega da declaração de IRPF dos sócios dos últi mos cinco anos ou
declaração de isenção;
Ø Fotocópia autenticada do IPTU da sede.
Obs: O pedido de inscrição será deferido quando não constar nos registros do CNPJ
qualquer pendência em relação aos sócios da pessoa jurídica. Constatada a inexistência de
pendências, será concedido o Comprovante Provisório de Inscrição no CNPJ, com validade
por sessenta dias.
3. Passos para a inscrição na Secretaria da Fazenda (Estado de
São Paulo):
A inscrição na Secretaria da Fazenda é necessária ao contribuinte do ICMS e deve
ser feita no Posto Fiscal da Jurisdição do estabelecimento. Serão solicitados os seguintes
documentos:
Ø Declaração Cadastral (DECA) em cinco vias;
Ø Declaração para Codificação de Atividade Econômica (DECAE);
Ø Folha de codificação que acompanha a DECAE;
Ø Livro Fiscal modelo 6 - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termo de
Ocorrência
Ø Contrato Social Registrado, original e fotocópia, registrado na JUCESP;
Ø Original e fotocópia do CNPJ;
Ø CIC e RG dos sócios (cópias autenticadas);
Ø Fotocópia autenticada do IPTU da sede, ou contrato de locação do imóvel devidamente
registrado em cartório ( frente e verso )

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Ø Comprovante de residência dos sócios (fotocópia autenticada) ou Declaração de
residência;
Ø Para estabelecimentos relacionados à saúde: segunda via do Requerimento para Alvará
de Funcionamento;
Ø Para estabelecimentos Industriais: cópia da "Licença de Instalação" ou primeira via do
"Parecer de Dispensa de Licença de Instalação";
Ø Comprovante de pagamento da taxa de inscrição.
4. Documentos a serem apresentados na Prefeitura
Esses dados são válidos para a Prefeitura de São Paulo. No caso de outro Município,
consultar a Prefeitura local.
Ø Guia de Dados Cadastrais (GDC) para obtenção da Inscrição Municipal (CCM);
Ø Contrato Social registrado;
Ø CIC e RG dos sócios (cópia autenticada);
Ø IPTU da sede da empresa (cópia autenticada, frente e verso);
Ø Registro do sócio responsável no Conselho Regional, quando a atividade exigir;
Ø Livros Fiscais (Livro Modelo 51 e 57)
Ø Requerimento para obtenção do Alvará de Funcionamento.

Firma Individual
O interessado em obter personalidade jurídica como firma individual deverá seguir os
mesmos passos relacionados no processo de constituição de uma sociedade mercantil,
ressaltando-se as seguintes diferenças:
Ø Não terá elaborado um contrato social e sim deverá ser entregue em quatro vias,
Declaração de Firma Individual;
Ø O requerimento padrão (capa da JUCESP), deverá ser apropriado à constituição de uma
firma individual. Deve-se salientar que a responsabilidade da empresa perante terceiros é
ilimitada quanto à pessoa do titular, ou seja, o titular da firma individual responde
ilimitadamente com seus bens pessoais pelas obrigações assumidas. Este tipo de
empresa não admite sócios, é constituída somente pelo seu titular

Autônomo – Registro de Autônomo


Inicialmente, cumpre esclarecer, que exerce a atividade de autônomo, aquele que
presta serviços em caráter pessoal, com independência.

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1. Procedimento para Registro:
O profissional autônomo, necessita apenas do registro na Prefeitura Municipal. Nesta
condição não terá cartão de CNPJ. Poderá solicitar a confecção de Notas Fiscais que
comprovem a prestação de serviços e que servirão como base para a apuração dos tributos
devidos.
Profissionais autônomos, em geral, deverão cadastrar-se no INSS e poderão ter no
máximo três funcionários (Município de São Paulo). Existe a obrigatoriedade, por parte dos
Autônomos mesmo que isentos, da entrega da Declaração de Impostos de Renda da
Pessoa Física.
2. Documentos necessários para inscrição Municipal (CCM)
Ø Guia de Dados Cadastrais – GDC;
Ø Cópia do IPTU do imóvel com o endereço do interessado;
Ø Cópia do CPF e RG.

Outras Providências
Cumpridos os passos anteriores, é obrigatório atentar aos registros complementares,
conforme o ramo da atividade, necessários à perfeita regularização da empresa:
Ø Alvará de Funcionamento (perante à Prefeitura Municipal);
Ø Alvará de Funcionamento do estabelecimento na Vigilância Sanitária ( solicitada junto à
Secretaria Estadual da Saúde);
Ø CETESB – Licença de Funcionamento de acordo com a Lei n° 997 de 31/05/76 e Decreto
n° 8468 de 08/09/76
Ø Corpo de Bombeiros – visto atualizado;
Ø Registro no INSS (até trinta dias após o registro no CNPJ);
Ø Registro no Sindicato patronal ( até trinta dias após o registro no CGC);
Ø AVS – Auto de Verificação de Segurança;
Ø Alvará de Instalação de Tanques e Bombas;
Ø Registro de produtos, industrializados ou importados, na Vigilância Sanitária, tais como:
alimentos e medicamentos de uso humano, saneantes, imunológicos, cigarros, etc.

Tributações
1. Simples
Por meio do SIMPLES (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições), estabelecido pela Lei Federal 9317 de 5 de dezembro de 1996, as micro

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empresas e as empresas de pequeno porte passam a pagar vários impostos e contribuições
federais uma única vez e em uma única data durante o mês.
0 valor a ser pago no SIMPLES é calculado de acordo com a tabela aplicada sobre a
receita bruta mensal, que variam de acordo com o acumulado, entre as receitas de 0 a R$
1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais)
0 Simples possibilita a inclusão dos impostos estadual (ICMS) e Municipal (ISS),
desde que haja manifestação e aceitação por parte destes, fazendo assim que estes
impostos façam parte do SIMPLES, sendo um único imposto e uma única guia de
recolhimento.
0 Estado de São Paulo não fez adesão a esta lei federal, dando alguns benefícios às
micro e pequenas empresas através de uma Lei Estadual, tendo condições e restrições
próprias. Quanto aos Municípios do Estado de São Paulo poucos fizeram esta adesão ao
SIMPLES FEDERAL, dentre eles a Cidade de São Paulo.
Onde saber mais
www.pfe-fazenda.sp.gov.br
www.receita.fazenda.gov.br
Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica que:
Ø Na condição de micro empresa, tenha auferido no ano-calendário imediatamente anterior,
receita bruta superior a R$ 120.000,00;
Ø Na condição de empresa de pequeno porte, tenha auferido no ano-calendário
imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos
mil reais);
Ø Realize atividades no ramo financeiro;
Ø Que se dedique à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou construção de
imóveis;
Ø Que tenha sócio estrangeiro, residente no exterior;
Ø Constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administração
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
Ø Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país de pessoa jurídica com sede
no exterior;
Ø Cujo sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa, desde que a receita
bruta global não ultrapasse o limite de enquadramento do ano ( R$ 720.000,00);
Ø De cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica;
Ø Cuja receita da venda decorrente da venda de bens importados seja superior a 50% de
sua receita bruta total;
Ø Que realize operações relativas a:
a) importação de produtos estrangeiros;

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b) locação ou administração de imóveis;
c) armazenamento e depósito de produtos de terceiros;
d) propaganda e publicidade, excluídos os veículos de comunicação;
e) factoring;
f) prestação de serviço de vigilância, limpeza, conservação e locação de mã o de
obra.
Ø Que preste serviços profissionais específicos, ou assemelhados, e de qualquer outra
profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida;
Ø Que participe do capital de outra pessoa jurídica;
Ø Que tenha débito inscrito em dívida ativa da união ou do INSS, cuja exigibilidade não
esteja suspensa;
Ø Cujo titular, ou sócio, esteja inscrito em dívida ativa da união ou do INSS, cuja
exigibilidade não esteja suspensa;
Ø Que seja resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmemb ramento da pessoa
jurídica;
Ø Cujo titular ou sócio adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com
rendimentos por ele declarados.

2. Tributação Normal
Ø Tributos Federais.
As empresas (Pessoas Jurídicas) estão sujeitas, mensalmente, ao recolhimento de
Impostos que são calculados sobre sua receita total mensal. São eles:
a) Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) - Lei n° 9430 de 27/12/96; Lei
complementar n° 70 de 30/12/91 e decreto de Lei n° 1248/72;
b) Programa de Integração Social (PIS);
c) COFINS -
d) Contribuição Social Sobre o Lucro (CSL).
As empresas com atividades industriais ou a elas equiparadas, estarão sujeitas a um
imposto sobre sua produção, que varia de acordo com o tipo de produto, sendo: Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI)
As empresas com atividades de importação estarão sujeitas a um imposto, variando
de acordo com a mercadoria classificada conforme a NBM (Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias): Imposto sobre Importação (II)
Onde saber mais
www.receita.fazenda.gov.br
www.cef.gov.br

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As empresas e as pessoas físicas (empregados, autônomos e outros), recolhem
mensalmente, uma contribuição para Seguridade Social, sendo: INSS (Instituto Nacional de
Seguridade Social)
Onde saber mais
www.mpas.gov.br
Ø Tributos Estaduais
As empresas que atuam com compras, vendas ou transporte de mercadorias e
passageiros (intermunicipal e interestadual) estão sujeitos a um imposto que varia de 7 % a
25 %, de acordo com a operação realizada ou a mercadoria comercializada, sendo: ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual, IntermunicipaI e de Comunicação), conforme o artigo 54 do Regulamento do
ICMS.
Onde saber mais
www.pfe.fazenda.sp.qov.br
Ø Tributos Municipais
As empresas ou pessoas físicas (autônomos) que prestam serviços estão sujeitos
ao recolhimento mensal do imposto, que variam entre 0 e 5 %, de acordo com a atividade
desenvolvida e o Município no qual está instalado a empresa, ou seja, a residência da
pessoa (autônomo) , sendo:
a) ISS ( Imposto Sobre Serviços);
b) Contribuição Sindical.
A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma
determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do
Sindicato representativo da mesma categoria ou profissão e será recolhida, de uma só vez,
anualmente, sendo:
a) Empregados e Trabalhadores Avulsos: o recolhimento será efetuado no mês de
abril de cada ano (CLT, art. 583);
b) Trabalhadores Autônomos e Profissionais Liberais: o recolhimento será
efetuado no mês de fevereiro de cada ano (CLT, art. 583);
c) Patronal: Normalmente deverá ser recolhida até o último dia útil do mês de
janeiro de cada ano.
Recomenda-se, porém, a consulta ao respectivo Sindicato porque podem haver
variações ( CF, art. 80, inc. IV e CLT art. 578 e 579 ).
NOTA: As Contribuições Confederativa e Assistencial são obrigatórias apenas para os
filiados ao Sindicato (CF, art. 80, inc. IV)
Onde saber mais
www.mtb.gov.br

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d) FGTS ( Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): as empresas que têm
empregados estão obrigadas, mensalmente, ao recolhimento dos depósitos
para o FGTS.
Onde saber mais
www.cef.gov.br
www.mtb.gov.br

Empréstimos

1. Banco do Brasil
Ø Mipem FAT (investimento e capital de giro):
Finalidade: apoio a projetos que gerem empregos e renda
Valor: até R$50 mil
Prazo: - até 18 meses (para implantação de sistemas de gestão empresarial com
investimento fixo, sem capital de giro associado)
- até 36 meses (demais investimentos, inclusive capital de giro associado)
Taxas: TJPL + 5,33% ao ano
Garantia: no mínimo 143% do valor financiado. Pode ser real (hipoteca, penhor, caução) ou
pessoal (aval ou fiança)
Ø Mipem Investimento:
Finalidade: apoio a projetos de investimentos, prioritariamente em tecnologia e sistemas de
gestão empresarial
Valor: R$ 35 mil
Prazo: - até 18 meses (para implantação de sistemas de gestão empresarial)
- até 36 meses (demais investimentos , inclusive capital de giro associado)
Taxas: TR + 1% ao ano
Garantia: 143% do valor financiado. Pode ser real penhor, aval ou fiança
Ø Mipem Custeio:
Finalidade: suprimento de capital de giro, mediante abertura de crédito fixo
Valor: até R$ 10 mil
Prazo: - até 180 dias para operações com recursos de Poupança-Ouro
- 4 a 12 meses para operações com recursos do Pasep
Taxas: TR + encargos adicionais (variam de 3,7% a 4,3% ao mês)
Garantia: real e pessoal
Ø Pasep Giro:
Finalidade: para capital de giro, mediante abertura de crédito fixo

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Valor: limitado, cada caso é analisado separadamente
Prazo: mínimo de 4 meses e máximo de 12 meses, sem carência
Taxas: TR + encargos adicionais (variam de 3,7% a 4,3% ao mês)
Garantia: real e pessoal
2. Caixa Econômica Federal
Ø CEF Giro
Finalidade: financiamento de capital de giro
Valor: de R$ 800 a R$ 30 mil (microempresas)
Prazo: 12 meses
Taxas: TR + 12% ao ano
Garantia: 125% do valor financiado. Pode ser real ou aval
Ø Proger
Finalidade: apoio a projetos que proporcionem a geração ao a manutenção de emprego e
renda
Valor: - até R$ 30 mil (para microempresas)
- até R$ 50 mil (para pequenas empresas)
Prazo: - 36 meses (microempresas)
- 48 meses (pequenas empresas)
Taxas: - TJLP + 4% ao ano (microempresas)
- TJLP + 5% ao ano (pequenas empresas)
Garantia: 125% do valor financiado. Pode ser real ou aval
3. Banco do Povo
Finalidade: financiamento para pequenos empreendimentos em Santo André, Presidente
Prudente e Registro
Valor: de R$ 300 a R$ 5000
Taxas: de 1% a 1,5% ao mês
Garantia: deve ser apresentado um plano de negócios que será avaliando. Enquanto isso,
agentes de crédito do próprio banco fazem uma visita ao empreendedor e pergunta a
vizinhos e parentes se ele honra suas dívidas

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Plano de Negócios

1. Definições
Plano de Negócios consiste em um documento que reúne informações sobre as
características, condições e necessidades do futuro empreendedor, com o objetivo de
analisar sua potencialidade e sua viabilidade e facilitar sua implantação.
2. Detalhamento
0 Plano de Negócio não tem uma forma única, entretanto é importante destacar alguns
aspectos que devem ser seguidos, para qualquer que seja o tipo de plano.
Ø 0 plano deve ser sucinto, tendo entre 25 e 30 páginas, de modo que seu analisador não
perca tempo com informações irrelevantes;
Ø Deve ter informações de qualidade e relevantes;
Ø Deve ser capaz de proporcionar ao leitor uma visão geral do projeto, tendo, portanto, um
certo equilíbrio entre as partes de marketing, produção, finanças, etc; e
Ø Deve ter uma boa redação.
No Plano de Negócio, o empreendedor irá detalhar e analisar:
Ø Projeto (a idéia);
Ø Caminho escolhido para concretizar o projeto;
Ø Os recursos necessários.
Após este detalhamento, o empreendedor será capaz em decidir sobre, abrir o negócio,
reunir mais recursos e condições, ou ainda, desistir da idéia.
A seguir apresenta-se as diretrizes para elaboração de um plano de negócios de acordo
com Planellas (1996) e Bygrave (1994):
¬ Capa do Projeto
Nome da empresa;
Nome do empresário;
Formas de contato (telefone, fax, etc.); e
Opcionalmente pode-se colocar a foto do produto.
¬ Índice
Apresentação de cada seção com sua respectiva capa.
¬ Apresentação do Empresário
Currículo resumido do empresário e dos sócios caso existam
¬ Definição do Produto ou Serviço
Descrição do produto ou serviço,
Comparação com os já existentes no mercado;
Nível tecnológico atual e previsão de evolução,

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Desenvolvimento de novos produto
¬ Plano de Marketing
Definição do negócio;
Análise de mercado;
Estratégia mercadológica (mercado de atuação, previsão de vendas, os quatro P's -
Produto, Preço, Promoção e Ponto de Venda).
¬ Plano de Produção
Localização da empresa;
Recursos físicos e humanos necessários;
Capacidade de produção; e
Lay-out.
¬ Plano Orizanizacional
Estrutura organizacional da empresa;
Política de pessoal.
¬ Plano Financeiro
Balanço gerencial projetado;
Proteção de resultados;
Planejamento de caixa;
Análise do investimento.
¬ Forma Jurídica
Tipo de sociedade;
Patentes e marcas.
¬ Conclusões
Análise integrada das partes mostrando a viabilidade do negócio.
¬ Documentos Anexos
Curricular Vitae dos futuros empreendedores e da equipe gerencial;
Cartas de referência;
Cartas de interesse sobre encomendas;
Pesquisas de mercado;
Projeções financeiras detalhadas;
Organograma e descrição dos cargos da organização;
Contrato social;
Registro de marcas e patentes;
Contratos de aluguel ou escritura da propriedade; e
Outros documentos e informações relevantes ao plano do negócio.

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3. O Que Fazer e Não Fazer
Algumas dicas do que se deve ou não fazer, de acordo com Degen (1989), na
elaboração do plano de negócios, são apresentadas a seguir:
Ø Seja sucinto;
Ø Não diversifique;
Ø Não use jargões técnicos;
Ø Projete vendas com base no mercado, não na produção;
Ø Não faça afirmações vagas;
Ø Apresente e discuta todos os riscos;
Ø Não "chute" aspectos técnicos;
Ø Venda sua imagem como empreendedor.

Referências Bibliográficas
DEGEN, R. J. O Empreendedor. Fundamentos da Iniciativa Empresarial.
McGrill – Hill, 1989, São Paulo, 8° edição.
BYGRAVE, H. D. The Portable MBA in Enterpreneurship. John Willey e Sons,
1997
SEBRAE. Como Abrir sua Empresa. Série Manual Prático, 1997. São Paulo

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