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CAMPUS EAD
CURSO DE FILOSOFIA
BAURU
2009
LEANDRO SERRANO GOMES DA SILVA – 177065
MARIA TEREZINHA PIRES MACHADO - 179032
GENI APARECIDA MIGLIANI - 182814
TALITA PALMA HERMOSO - 182313
DANILO PINHEIRO - 182312
PLANEJAMENTO SEMANAL 3.5
BAURU
2009
LEANDRO SERRANO GOMES DA SILVA – 177065
MARIA TEREZINHA PIRES MACHADO - 179032
GENI APARECIDA MIGLIANI - 182814
TALITA PALMA HERMOSO - 182313
DANILO PINHEIRO - 182312
Resultado: _____________________.
SUMÁRIO
Durante o século XX, frente aos acontecimentos históricos: duas guerras mundiais,
sistemas políticos totalitários, genocídio, guerras locais nas periferias do mundo sob
influência direta de grandes potências, estados de exceção adotados por Hitler e pelos
Estados Unidos (camuflado pela alcunha de combate ao terrorismo) após o evento que
ficou conhecido por “11/09” põe em discussão a crença sustentada por parte dos
pensadores políticos de que as sociedades ocidentais eram sociedades democráticas
governadas por um estado de direito reconhecido pelos seus membros.
Diante desse quadro não se concebe um pensamento político seguindo os mesmos
conceitos das filosofias políticas tradicionais onde a ordem política é como um contrato
jurídico entre os indivíduos que cedem seus direitos naturais em favor de um poder
soberano cuja tarefa é protegê-los da ameaça de morte vinda dos seus semelhantes e
assegurar a liberdade civil de todos.
fazendo questionar o que representa uma decisão política, e traz à tona uma maior a
aversão pela política, na medida em que a mesma é identificada como violência, como
domínio desenfreado de uns sobre os outros norteado por interesses egoístas e
mesquinhos, e a medida em que se evidencia que todo poder absoluto corrompe ainda
mais, nos resta a passividade civil, a apatia dos indivíduos, a renúncia ao exercício da
cidadania, a fuga e impotência das populações.
Partindo do pressuposto, do pensamento de Hannah Arendt de que política não é
domínio, de que não se baseia na distinção entre governantes e governados e nem na
violência, mas sim de ação em comum acordo, ação em conjunto, sendo “reflexo da
condição plural do homem e da busca pela preservação da vida e liberdade” somos
obrigados a perguntar se esses juízos naturalizados não seriam falsos e perigosos por
desconhecer a verdadeira política e confundir aquilo que seria o fim da política com a
política em si?
Temos então uma situação onde o totalitarismo pode ser justificado, e pode ser
demonstrado mesmo entre os principais defensores da “democracia” moderna: os
Estados Unidos da América.
Temos o início de um possível estado de exceção nas duas leis promulgadas pelos
EUA logo após os acontecimentos de 11/09 onde foi anulado radicalmente todo estatuto
jurídico do indivíduo, sob alegação de combater o terrorismo, tornando-o um ser sem
identidade, inclassificável.
No filme Fahrenheit 11/9, Michael Moore aponta as interferências políticas dos EUA
nos diversos países, ora como aliado ora como inimigo variando conforme interesses e de
forma inconseqüente. Temos nele retratado um país que espalha terror e violência em
meio a povos que se recusam a se submeter, e que cria jovens sem perspectiva e
oportunidades que são facilmente ludibriados e enviados para batalhas, tendo seus
corpos como escudo. Talvez, a diferença entre esse jovem na linha de frente e o homem
bomba é que um morre pela fé a uma causa enquanto o outro pela descrença de alguma
possibilidade de melhoria, respeito e dignidade de vida.
Podemos citar ainda o filme “A Revolução Não Será Televisionada” que mostra
claramente a interferência dos EUA na Bolívia ao tentar mostrar Hugo Chaves como
ameaça ao mundo. É o jogo do poder, da manipulação dos meios de comunicação, a
disputa pelas riquezas de um lado e de outro a resistência, a crença, a busca pela
liberdade e a defesa dos direitos de um povo. E a nação dominante invade, seqüestra,
mata.
É inadmissível em tempos em que se prega a idéia da Democracia, aceitar que um
governante coloque seus interesses econômicos acima de toda uma nação, que entenda
política como “amigos e inimigos” e com isso financie guerras objetivando seus interesses
particulares, estimulando a propaganda do terrorismo como manobra política e atacando
tardiamente os suspeitos que nunca encontra, destruindo o Iraque como estratégia para
dominar o petróleo daquele país.
Esse mesmo Estado que nos obrigou a assistir impotentes um governante que
passou por cima de tratados ambientais, assistiu a destruição do patrimônio da
humanidade pelos talibãs (e em princípio lhes deu armamento e poderio militar para tal),
ignorou a ONU, tudo em nome de uma máscara democrática que ocultava a face de um
verdadeiro totalitarismo absoluto.
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REFERÊNCIAS
“Estado de Exceção”; AGAMBEN, Giorgio. Tradução de Iraci Poletti. São Paulo: Boitempo,
2004.
“Fahrenheit 9/11”; MOORE, Michael. Lions Gate Entertainment e IFC Films. 122 min.
Canadá/EUA. 2004.
“A Revolução Não Será Televisionada - Chávez: Bastidores do Golpe”; BARTLEY, Kim &
O'BRIAN, Donnacha. 2002. (Disponível em http://video.google.com/videoplay?docid=-
3258871973505291549# acesso em 12/11/2009).