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NOTICIA:

JUIZ DR. GABRIEL ANULA DECISÃO DA PREFEITA CRISTINA MALCHER SOB SUSPEITA DE FRAUDE EM
LICITAÇÃO NA PREFEITURA NO VALOR DE 2 MILHÕES E 600 MIL REAIS.

O juiz da Comarca de Rondon do Pará, doutor Gabriel Costa Ribeiro, atendendo mandado de segurança do
Posto e Hotel São Francisco contra a Prefeitura Municipal, mandou suspender e paralisar, por meio de liminar,
a decisão da prefeita Cristina Malcher que anulava a licitação para aquisição de combustíveis, lubrificantes e
filtros pela prefeitura, no valor de 2 milhões e 676 mil reais.

O juiz vislumbrou indícios de fraude no processo licitatório com o objetivo de favorecer o Posto Avenida, de
propriedade do empresário Ênio, esposo da Secretária Municipal de Saúde, Ângela Sicilia. Ainda na decisão,
proferida nesta terça-feira, dia 22, o juiz estabeleceu uma multa diária de R$ 267 mil, caso a prefeita Cristina
Malcher descumpra suas ordens.

O mandado de segurança foi impetrado pelo empresário Adalberto, proprietário do Posto e Hotel São
Francisco que se sentiu prejudicado com a anulação da licitação. Durante a realização da licitação, foi
constatado que a empresa concorrente, J. E. Auto Posto Limitada, conhecida comercialmente como Posto
Avenida, não apresentou a documentação exigida por lei no edital. Mas mesmo que a documentação tivesse
sido apresentada, ainda assim o Posto e Hotel São Francisco, apresentou o menor preço para fornecer
combustível para a Prefeitura.

A empresa perdedora entrou com recurso pedindo anulação da licitação, no que foi prontamente atendida
por parecer favorável do assessor jurídico da Prefeitura e pela prefeita Cristina Malcher. Essa decisão, com a
qual o Posto e Hotel São Francisco discordou, levou com que entrassem com o mandado de segurança junto
ao Poder Judiciário, onde afirmou que a decisão de anular a licitação ia contra as normas do edital e que a
anulação era "apenas o preparatório para realização de outra licitação, com o mesmo objeto, para que a
empresa J. E. Auto Posto Limitada, seja beneficiada, vencendo a licitação, realizando-se com ela o contrato
administrativo de fornecimento de combustível e lubrificantes em detrimento da lisura do processo licitatório
e do direito da empresa vencedora”.

Em sua decisão, o juiz doutor Gabriel afirmou que há contradição entre o parecer inicialmente elaborado pela
assessoria jurídica do Município com o segundo parecer em que anula o procedimento. Segundo o juiz o edital
é lei, devendo ser fidedignamente seguido, em nome da segurança jurídica e demais princípios que norteiam
a administração pública, como se presume ser (ou ao menos deveria ser) do conhecimento de todos os
envolvidos no procedimento licitatório, desde a elaboração até sua conclusão.

Ainda segundo o juiz, doutor Gabriel, a empresa vencedora, Posto São Francisco, afirmou nos autos, mediante
a apresentação de documentos, que a decisão de anular o pregão tem como objetivo favorecer o marido da
secretária de saúde do município, que seria o administrador do J. E. Auto Posto Limitada, conhecido como
Posto Avenida. “Consta na petição inicial afirmações graves, dentre elas a de que a real intenção dos
envolvidos é de se fraudar a licitação, em um simulacro de se reconhecer uma nulidade não existente, com a
finalidade de favorecer posto pertencente “de fato” ao marido da sra. secretária municipal de saúde, Ângela
Sicília, que inclusive administraria o estabelecimento, conforme cheques assinados por este em nome da
pessoa jurídica”, afirma o juiz no despacho.

Esta notícia está no site do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (www.tjpa.jus.br) e está sendo repercutida
nacionalmente pela imprensa paraense e por blogs de diversos jornalistas e analistas políticos e jurídicos.

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