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Aconselho a todo estudante de direito que leia a Apologia de Sócrates, escrita por Platão, obra que já
mereceu várias edições em língua portuguesa, sendo a mais acessível, a publicação da EDIOURO. Seria
interessante também ler O julgamento de Sócrates, de I.F. STONE, publicado pela Companhia das Letras,
com tradução de Paulo Henriques Britto. Stone é um reconhecido jornalista americano que, após dez anos de
pesquisas e estudos (ele aprendeu o grego antigo para pesquisar em fontes originais) publicou, em 1988, essa
obra interessantíssima.
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Texto elaborado pelo professor João Virgílio
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PLATÃO, o PLATÃO – Atenas – 427-347 a.C.
discípulo de
Sócrates e
mestre de
Aristóteles.
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Aristóteles: o ARISTÓTELES – 384 a.C. – Estagira (Macedônia)
discípulo de 322 a.C. – Cálcis (Eubéia) a.C.
Platão que
seguiu rumo
próprio.
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Publicado por Guimarães Editores, de Lisboa, com o título Organon, I Categorias.
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Publicado por Guimarães Editores, de Lisboa, com o título Organon, II Periérmeneias.
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Quanto aos Analíticos Anteriores e Posteriores, eu não encontrei nenhuma edição portuguesa (a edição de
Guimarães Editores está esgotada). Pedi a importação de uma edição espanhola, através da Livraria Cultura.
Muitos estudiosos de lógica expuseram a teoria de Aristóteles sobre o silogismo, definição etc., nos seus
tratados. Eu vou citar apenas três obras que dão acesso à teoria aristotélica, nesse assunto:
COPI, Irving M. Introdução à lógica. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou, 1978.
NAPOLI, Ioannes Di. Manuale Philosophiae: ad usum seminariorum. Roma: Marietti, 1963. Vol. I
MARITAIN, Jacques. A ordem dos conceitos: lógica menor. 13ª ed. Trad. Ilza das Neves. Rio de Janeiro:
Agir, 1994.
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Publicado pela Abril Cultural na coleção Os pensadores.
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• Prática dialética: regras para a interrogação.
f) Elementos sofísticos6 (tipos principais de argumentos
capciosos)
Estudo da 2. Obras dedicadas ao estudo da Natureza:
Natureza a) Física (examina conceitos gerais, relativos ao mundo
físico: natureza, movimento, infinito, vazio, lugar,
tempo etc...)
b) Sobre o Céu7
c) Sobre a Geração e a Corrupção dos Corpos
d) Metereológicos (sobre os fenômenos atmosféricos)
Estudo do 3. Obras referentes ao Mundo Vivo:
Mundo Vivo a) Tratado da Alma (sensação, memória, respiração
etc.)
b) História dos animais
Metafísica 4. Metafísica8
5. Obras de filosofia prática:
Filosofia a) Ética a Nicômaco9 (Aristóteles fala sobre a Virtude)
Prática b) Política10 (sobre as formas de governo e sobre o
melhor governo)
c) Retórica11 (sobre a arte da argumentação – pode ser
acrescentada aos Tópicos)
d) Poética12 (da qual restaram apenas fragmentos).
O que é o SER? Na sua Metafísica, Aristóteles ensina sobre o ENTE, que é tudo
aquilo que é, que tem ser. É a noção mais abrangente de todas.
O ENTE subdivide-se em dois grandes grupos:
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Publicado na coleção Os pensadores, tanto da Abril Cultural quanto da Nova Cultural.
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As obras b) e c) estudam o mundo sideral e sublunar.
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Sobre os primeiros princípios e as principais causas de toda a realidade. Recebem o nome de “metafísica”,
por estarem dispostos (na coleção organizada por seus discípulos) logo após aos tratados de física. No
entanto, na própria Antigüidade, essa denominação recebeu uma interpretação neoplatônica: são os livros que
abordam problemas situados além do mundo físico.
Parte dos livros I e II da Metafísica foram publicados na coleção Os pensadores da Abril Cultural
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Publicada em português na coleção Os pensadores, tanto da Abril quanto da Nova Cultural. Há uma Ética a
Eudemo, considerada uma publicação anterior à Ética a Nicômaco.
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Há uma edição da Ediouro de fácil acesso.
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Com tradução de Antônio Pinto de Carvalho, foi publicada pela Ediouro, juntamente com Poética, sob o
título de Arte retórica e arte poética..
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Além das Edições de Ouro, pode-se ler também A poética na coleção Os pensadores, da Abril e da Nova
Cultural.
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corpóreo. Alto ou baixo, grande, médio ou pequeno, gordo ou
magro.
b) qualidade – é um modo específico no qual se encontra a
substância. Cada substância possui um conjunto de qualidades
(cor, calor, inteligência, virtudes...)
c) relação – trata-se da referência ou ordenação de uma
substância a outra. A relação se compõe de um sujeito, um
termo, um fundamento e um laço que os une (criação,
filiação, fraternidade, empregado-patrão, senhor-escravo...).
d) ação – ser agente de um movimento num outro sujeito
(derrubar um copo, bater em alguém, beijar alguém...)
e) paixão – sofrer uma ação de um outro sujeito (ser derrubado,
apanhar, ser beijado...)
f) lugar – onde a substância está localizada, em relação a outras
substâncias (o aluno está na sala de aula, na cantina, na sua
casa estudando...)
g) posição – é o modo de estar no lugar. Trata-se da disposição
interna das partes do corpo (estar sentado, de pé, deitado...)
h) posse – ter ou possuir algo contínuo ou imediato (estar
vestindo uma túnica, usar uma arma...)
i) tempo – situação temporal da substância corpórea (há dez
dias eu estava na praia, hoje estou na escola...)
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Na escolástica da Idade Média, os acidentes foram ensinados em Latim, nos seguintes termos, seguindo a
mesma seqüência acima: quantitas, qualitas, relatio, actio, passio, ubi ou locus, situs, habitus e quando.
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Formal 2. Formal: responde à pergunta como uma coisa é feita?
É o ato ou perfeição pelo qual uma coisa é o que é.
Pode-se chamar também de essência.
b) extrínsecas (dinâmicas – explicam o vir a ser ou devir)
1. Eficiente: responde à pergunta quem fez? Trata-se do
Eficiente agente ou princípio do qual resulta a coisa.
2. Final: responde à pergunta para que é feita? Trata-se
do objetivo que move o agente a atuar sobre tal coisa.
Final Por exemplo: um machado feito de pedra (causa
material), com um lugar para prender o cabo e um corte
do outro lado (formal), feito pelo homem da caverna
(eficiente) para cortar a árvore e fazer utensílios para seu
cotidiano (final).
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Na linguagem comum, dizemos que houve uma mudança substancial quando houve uma transformação na
própria essência. Depois do casamento, diz a jovem casada, ele mudou substancialmente, para pior. Era
cavalheiro, tornou-se um grosso. Ele abria a porta do carro para eu entrar. Agora, ele nem me convida para
sair. Ele parece uma outra pessoa. Em linguagem psicológica, isso faz sentido. Mas, em linguagem
filosófica, a substância não muda. O único caso, aceito pelos católicos como um grande milagre, é o da
transubstanciação, ou “mudança do pão e do vinho em corpo e sangue de Cristo”. Aceita-se como um
milagre, pois não há explicação racional.
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Aristóteles está limitado pelos conhecimentos científicos do seu tempo.
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b) Supralunar – lá está o éter (também chamado de
“quinta essência), que é composto de 55 esferas
celestes, com as demais substâncias supra-sensíveis,
incorruptíveis, com movimento circular.
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Confira o Ementário do conteúdo programático das disciplinas fundamentais, no Manual do Estudante de
Direito das Faculdades COC, páginas 17 e ss.
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