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A Música Era Diferente

Certa vez, um velho fazendeiro foi passar um fim de semana na capital e no domingo, visitou
pela primeira vez uma grande igreja. Quando chegou em casa, a mulher lhe perguntou como
fora aquilo.

- Bem, - disse ele - gostei do culto deles, sabe? Mas eles fizeram uma coisa diferente. Em vez
de entoar hinos, cantaram músicas de louvor.

- Músicas de louvor? O que é isso?

- Não é nada ruim, sabe? Essas músicas são mais ou menos que nem hinos, só que diferentes.

- Diferentes de que jeito?

- Como é que vou explicar? Ah, já sei: Se eu dissesse para você: "As vacas invadiram o
milharal", isso seria um hino. Mas vamos imaginar que eu diga a você:

"Marta, Marta, oh! Marta, MARTA, MARTA,


As vacas, as grandes vacas,
as vacas marrons, as vacas pretas,
As vacas brancas, as vacas malhadas,
as VACAS, VACAS, VACAS
Invadiram o milharal, estão no milharal,
se encontram no milharal,
MILHARAL, MILHARAL, MILHARAL!"

Então, se eu repetisse tudo isso umas duas ou três vezes, a coisa seria uma música de louvor.

(Na mesma hora, estava acontecendo um caso paralelo...)

Um jovem cristão carismático foi visitar parentes e assistiu à pequena igreja de que eles
faziam parte. Quando voltou para casa, a mulher lhe perguntou como fora aquilo.

- Bem, - disse o jovem - gostei do culto deles, sabe? Mas eles fizeram uma coisa diferente.
Cantaram hinos, em lugar das músicas de louvor.

- Hinos?! - exclamou a esposa. - Que é que é isso?

- Não é nada ruim, sabe? Hinos são mais ou menos que nem músicas de louvor, só que
diferentes.

- Diferentes de que jeito?

- Como é que vou explicar? Ah, já sei. Se eu dissesse para você: "Marta, as vacas invadiram o
milharal", isso seria como uma música normal. Mas vamos imaginar que eu diga a você o
seguinte:

Marta, oh! Marta, escuta o clamor;


Inclina o ouvido às palavras da minha boca.
Volve o maravilhoso ouvir, agora e sempre,
Para a justa, a única, a gloriosa verdade.

Pois o caminho dos animais, quem o explicará?


Visto que em suas cabeças não se encontra sombra de juízo.
Declaro que os bichos, abaixo do sol de Deus ou da sua chuva,
Não sendo barrados, por cerca cabal, do suculento milho,
Sim, as mesmas vacas, buscando rebelde e bovino prazer,
Têm rompido os grilhões, desprezando o estábulo.
Instigadas por forças das trevas brumosas,
Devoraram, sem dó, o melhor do meu milho.

Marta, aguardemos o brilho feliz


Desse dia em que a Terra se renovará.
Nenhum bicho fará a minha alma chorar,
Pois vaca nenhuma no milho estará.

Aí, se cantássemos somente as estrofes um, três e quatro, isso seria um hino!

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