Dê um descarte certo para
eletroeletrônico em prol do planeta?
seus eletrônicos
O problema é sempre o mesmo:
os eletroeletrônicos facilitam nossa vida,
mas, quando perdem a utilidade, viram um
“trambolho” dentro de casa – ou, pior ainda,
são descartados de forma indevida, o que
representa sérios riscos à saúde do homem e
da natureza.
Mas, então, o que fazer com eles? Que tal
enviá-los para a Descarte Certo e deixar que
eles tomem a atitude correta por você?
Recém-criada no Brasil, a empresa vende o
serviço decoleta domiciliar de eletroeletrônicos
e emite o certificado de garantia de destinação
ambientalmente correta – o que garante que
seu lixo receberá tratamento adequado.
Depois de recolher os equipamentos, a
Descarte Certo encaminha
para reciclagem todos os materiais que
podem retornar ao processo produtivo – o que
reduz a extração de recursos da natureza. O
que não puder ser reaproveitado, a empresa
garante que é descartado com segurança, em
lugares apropriados, para evitar contaminação.
O serviço é pago e o preço varia de acordo
com a região que você mora e o tipo de
eletroeletrônico que você quer descartar. No
site, é possível calcular o valor da entrega e,
ainda, conferir a lista de aparelhos que a
empresa aceita. Por enquanto, a Descarte
Certo trabalha em todo o Estado de São Paulo
e em cidades do Paraná, Rio de Janeiro e
Minas Gerais. Mas a empresa promete ampliar
cada vez mais o serviço.
Você toparia pagar pelo descarte de um custo sócio-ambiental.
Considerando tudo isso, o movimento Lixo
O que fazer com o lixo Eletrônico defende a urgência da criação de
uma legislação nacional específica para o
eletrônico brasileiro? assunto e, por isso, está fazendo um manifesto
on line para pressionar a Câmara dos
A pergunta estava prestes a ter uma resposta Deputados a incluir, novamente, os
bem satisfatória, com a PNRS – Política eletroeletrônicos no artigo 33 da PNRS e,
Nacional de Resíduos Sólidos que está sendo assim, colocá-los no processo de logística
definida pelo Projeto de Lei – PL 203/91, mas reversa e reciclagem obrigatório das
tudo não passou do “quase”. indústrias.
A versão preliminar do relatório previa que No site, a equipe do Lixo Eletrônico ainda
vários resíduos sólidos deveriam passar a ser disponibiliza a lista de e-mail dos deputados
recolhidos depois de serem usados pelo envolvidos na questão, para que as pessoas
consumidor – entre eles, as lâmpadas possam escrever cobrando uma atitude dos
fluorescentes e os eletroeletrônicos –, mas políticos. Afinal, eles alegam que os
uma alteração feita no final de junho no PNRS eletroeletrônicos foram excluídos do PNRS por
mudou a redação do relatório e excluiu esses pressão da indústria. Mas cadê a pressão da
dois produtos da lista de itens que devem ter sociedade?
retorno compulsório às empresas fabricantes.
Agora, apenas agrotóxicos, pilhas e baterias,
pneus e óleos lubrificantes serão obrigados a
fazer parte do processo de logística reversa
das indústrias.
No entanto, a produção de lixo eletrônico no
país é crescente e representa um grande
problema não só para o meio ambiente, mas
também para a saúde da população e dos
animais. Segundo estudo do PNUMA –
Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, a maioria desses produtos contém
substâncias tóxicas – como mercúrio, chumbo
e cádmio –, que ao serem manipuladas de
forma errada geram consequências de alto