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Educação Física

Corrupção Desportiva

Trabalho elaborado por:

 Ana Santos, Nº80049

12º TOO

Lisboa, 29 de Março de 2011


Índice

Introdução…………………………………………………………………………………………………….. 2

I. Desenvolvimento

1.1 Corrupção desportiva………………………………………………………………….. 3

1.1.1 Formas de Corrupção………………………………….…………………….. 5

1.2 Doping…………………………………………………………………………………….…... 6

1.2.1 Drogas e Métodos……………………………………….………………… 7

1.2.2 Casos famosos……………………………………………………………. 10

1.3 Fair-Play………………………………….…………………………….…………………… 11

Conclusão…………….………………………………………………………………..….……………….. 12

Bibliografia…………………….……………………………………………………………….…………… 13
Introdução

Os assuntos que se pretendem tratar neste trabalho é a


corrupção desportiva, o dopping, que pode ser considerada uma
forma de corrupção, e por último o fair-play, ou o espírito desportivo.
Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de Educação Física,
com o objectivo de dar a conhecer quais as implicações da corrupção
no desporto e o papel do fair-play no desporto.

O espírito desportivo começa desde logo pelo respeito integral e


constante das regras que regulam as diferentes modalidades
desportivas, se inserirmos o fair-play tanto no desporto, como na
nossa vida social, poderemos desfrutar da verdadeira essência das
coisas. Em vez de nos focarmos na corrupção, como meio de
alcançar-mos os nossos objectivos, prejudicando quem faz as coisas,
e ganha por mérito.

Espero que este trabalho seja apelativo e informativo, e


espero também explicar e tratar o melhor possível estes temas
controversos, para a nossa sociedade.
I. Desenvolvimento

1.1 Corrupção desportiva

A corrupção desportiva não é um fenómeno recente, o primeiro


caso desta, remonta aos jogos Pan-Helénicos da Grécia antiga.

Para haver corrupção, existe sempre um comportamento,


verificado ou prometido, ou a ausência deste, que, numa dada
circunstância, constitui a prática criminosa.

Entre os desportos e organizações onde os casos de corrupção


se têm manifestado com maior frequência destacam-se as
modalidades como o futebol, o boxe, as corridas de cavalos, o
basebol e o ciclismo.

Já nas organizações desportivas destacam-se principalmente a


entidade que tutela os Jogos
Olímpicos, diversas ligas e clubes de
futebol e diversas ligas que
organizam competições de boxe.

Um dos casos mais recentes de


corrupção desportiva é o caso “Apito
Dourado”, que envolve presidentes de
clubes de futebol.

É importante perceber por parte de todos os intervenientes no


fenómeno desportivo que a corrupção só leva há perda de
credibilidade do próprio desporto, assim sendo “passará a estar em
jogo” o futuro e sobrevivência do mesmo.

Desta forma, podemos afirmar que a corrupção implica:

• Uma acção ou omissão;

• A prática de um acto lícito ou ilícito;


• A contrapartida de uma vantagem indevida para o próprio ou
para um terceiro;

Prevenir a corrupção subentende uma cultura de confiança de


transparência, mas esta, exige, uma capacidade repressiva eficaz.

Por último, o cidadão deve denunciar qualquer situação de


corrupção de que tenha conhecimento às autoridades competentes.

E se os responsáveis, forem capazes de assumir na sua plenitude


os deveres que lhes cabem, ter-se-á uma sociedade e uma
Administração Pública mais sensíveis a este fenómeno.
1.1.1 Formas de Corrupção

Existem diversas formas de corrupção desportiva, mas principalmente


esta divide-se em duas grandes áreas:

• Corrupção ao nível dos resultados desportivos, manifestando-


se sob a forma de suborno dos intervenientes directos (árbitros,
atletas, treinadores, etc.);

• Corrupção extra-competições, manifesta-se sob a forma de


subornos aos intervenientes indirectos do fenómeno desportivo
( agentes de jogadores, desempenham cargos em comissões
que avaliam desempenhos).
1.2 Doping
O doping, não é mais que um termo
inglês que designa o uso de drogas ou
substâncias que aumentam as capacidades
físicas de atletas desportivos. O doping
pode também ser considerado o uso de
certas técnicas ou métodos que alteram o
estado físico do desportista para aumentar
o seu rendimento desportivo. Também é
considerado doping, o uso de substâncias que disfarçam outras
substâncias dopantes, como é o caso dos diuréticos.

Em 1904, Thomas Hicks ganhou a maratona recorrendo a


doses enormes de conhaque e estricnina, para conseguir aguentar
o desgaste físico da corrida. Como resultado, desmaiou assim que
ganhou a maratona, tendo sido necessário várias horas para que
ele fosse reanimado e recuperasse os sentidos.

Pensa-se que esta prática começou-se a desenvolver


intensamente a partir do momento em que começaram a haver
grandes eventos desportivos, onde vários países competiam entre
si.

Por volta de 1936, pensa-se que os atletas da Alemanha Nazi


já usavam os primeiros esteróides à base de testosterona. Em
1954 houve rumores que durante o campeonato do Mundo de
levantamento de pesos os desportistas soviéticos usavam
injecções de testosterona. Mas só foi por volta de 1960, é que se
iniciou a era moderna do doping, quando o ciclista dinamarquês
Knut Jensen morreu durante o Giro de Itália, uma das mais
importantes provas de ciclismo do mundo.

Depois deste acontecimento o Comité Olímpico Internacional


decidiu adoptar medidas anti-doping em todas as provas oficiais e
principalmente nos Jogos Olímpicos. Desde então tanto as técnicas
como os meios de procura de doping têm evoluído, ainda que as
técnicas dopantes estejam a evoluir mais rapidamente que os
testes anti-doping.

A prática de doping pode assumir muitas formas e existem


inúmeras maneiras de aumentar as várias capacidades físicas
humanas, dependendo do desporto em causa. Para quem não
sabe, hoje em dia já existem práticas de dopagem para desportos
como o xadrez e outros desportos mentalmente muito exigentes.

1.2.1 Drogas e Métodos

Neste trabalho irei apenas de alguns tipos de drogas e


substâncias dopantes, sendo estas:

- Estimulantes

- Analgésicos

- Diuréticos

Estimulantes

Os estimulantes são substâncias que


estimulam e aceleram a actividade cerebral,
o que faz com que a resposta nervosa seja
mais rápida, aumento a actividade dos
atletas e diminuindo o seu cansaço.

O uso de estimulantes é muito


frequente entre os atletas, que tomam
drogas como anfetaminas, estricnina, ou cafeína, para reduzirem o
cansaço e aumentarem a sua resposta cerebral. Os estimulantes
podem ser tomados por via oral, em pó, através da inspiração
nasal, injecções e podem mesmo ser fumados.
Este tipo  de drogas é proibido numa grande panóplia de
desportos e actualmente pensa-se que já existe consumo de
estimulantes nervosos em desportos como o xadrez, que requer
uma grande actividade cerebral durante torneios de vários dias.

Estas drogas são proibidas, pois dão uma vantagem injusta


aqueles que as usam, pois o seu sistema nervoso está muito mais
activo e além disso podem também ter outras consequências, tais
como:

 Aumento da pressão arterial;


 Perda de peso excessiva;
 Destruição de células nervosas;
 Insónias;
 Euforia;
 Alterações comportamentais;
 Tremores;
 Respiração acelerada;
 Confusão cerebral;

 Ataques cardíacos e overdoses.

É de salientar que Portugal foi o primeiro país a implementar


medidas anti-doping nas competições de xadrez.

Analgésicos

Analgésicos são drogas


calmantes muito frequentemente
usadas em quase todos os
desportos fisicamente exigentes
nos quais se pretende diminuir a
dor.
Podem ter como efeito, por exemplo, reduzir a dor de certas
lesões ou actividades, fazendo com que o atleta aguente mais
tempo e que aguente mais dor, aumentando a sua resistência
natural, sendo por isso muito utilizados em desportos como a
maratona e o triatlo.

Exemplos de analgésicos: Morfina, Metadona, Petidina.

Os analgésicos apresentam alguns perigos para o organismo


pois o seu uso, ao reduzir a dor sentida, pode:

 Fazer com que um atleta agrave uma lesão;


 Levar à perda de equilíbrio e coordenação;
 Náuseas e vómitos;
 Insónias e depressão;
 Diminuição da frequência cardíaca e ritmo respiratório;

 Diminuição da capacidade de concentração.

Diuréticos

Os diuréticos, são outro grande grupo de substâncias


proibidas. Este tipo de substâncias tem como função aumentar a
quantidade de urina produzida, o que leva a alterações no controlo
desta, visto que a maior parte das substâncias é ilegal quando
detectada em concentrações elevadas.

Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de


substâncias dopantes vão diminuir, não podendo por isso serem
consideradas dopantes abaixo de certos níveis. Além desta função,
os diuréticos são também usados para perda de peso,
nomeadamente em desportos divididos por categorias de peso ou
até mesmo para que certas substâncias sejam expulsas
rapidamente do organismo. Os principais diuréticos usados são o
Triantereno e a Furosemida.
Como efeitos secundários prejudiciais, os diuréticos podem
causar:

 Desidratação;
 Cãibras;
 Doenças renais;
 Perda de sais minerais;
 Alterações no volume do sangue e no ritmo cardíaco.

Se os problemas cardíacos e renais tornarem-se muito graves,


podem mesmo levar à morte do atleta.
1.2.2 Casos Famosos

Por fim, vou abordar alguns casos famosos de atletas que usaram
a prática do doping:

 Por volta do século VIII a.C. os atletas olímpicos da Grécia


comiam testículos de carneiro, fontes de testosterona. Por
volta de III a.C. sabe-se que também já tomavam cogumelos
alucinógenos, que possuem propriedades estimulantes.

 Em 1967 Tom Simpson desmaiou durante a volta França,


morrendo antes de chegar ao hospital de helicóptero. Foram
encontrados 2 tubos de anfetaminas cheios mais um vazio no
seu fato de treino...

 Durante as décadas 70 e 80 os países da antiga URSS foram


acusados de várias práticas anti-doping, confirmadas anos
mais tarde quando alguns documentos foram encontrados
relativamente a esse assunto. Pensa-se que, de entre as
práticas usadas, as nadadores femininas da URSS foram
masculinizadas, assim como a maior parte dos desportistas
que precisavam de massa muscular tomaram esteróides
anabolizantes; também se pensa que em categorias como a
ginástica, as atletas femininas tinham a sua puberdade
retardada de forma a terem menos massa óssea e como tal,
menos peso.

 Em 1998 a equipa de ciclismo Festina foi excluída depois de


terem sido encontradas várias drogas dopantes num carro da
equipa.
 Roberto Heras, vencedor da Volta a Espanha em 2005,
perdeu o seu título e foi suspenso por 2 anos depois de
acusar EPO.

 Em 2006 o ciclista Floyd Landis


foi acusado por apresentar um
ratio
testosterona/epitestosterona
muito elevado. No entanto,
parece que o ciclista apresenta
deficiência nos níveis de
epitestosterona. A decisão de lhe retirar o título está neste
momento por decidir.

 Ainda no mesmo ano, a equipa de ciclismo Liberty Seguros


teve o seu director geral e outros funcionários presos depois
de um alegado escândalo de doping.

Mesmo em Portugal, já foram registados casos de doping. Por


exemplo, o caso do Nuno Assis, do Abel Xavier ou do Fernando
Couto, jogadores de futebol apanhados a usar substâncias
dopantes.
1.3 Fair-Play
O fair-play, significa
muito mais que o simples
respeitar das regras,
englobando as noções de
amizade e de respeito
pelo outro e representa
também um modo de
pensar e não
simplesmente um
comportamento. No entanto este é muitas das vezes esquecido com o
calor e a vibração do entusiasmo competitivo.

Ter espírito desportivo é, em primeiro lugar e acima de tudo,


observar estritamente todas as regras. É procurar nunca cometer
deliberadamente uma falta. Para respeitar o árbitro é necessário
espírito desportivo, a presença deste ou do júri revela-se essencial
em todas as competições. E aceitar todas as decisões do árbitro sem
pôr em causa a sua integridade demonstra a presença de fair-play.

Para reconhecer com dignidade a excelência do adversário na


derrota deve-se ter fair-play e deve-se também aceitar a vitória com
modéstia e sem chacotear o adversário. Ter fair-play é querer
competir na igualdade com um oponente, e utilizar apenas o seu
talento e habilidade para obter a vitória.

Deve-se recusar ganhar através de meios ilegais e violentos.


Para o árbitro, ter fair-play, é conhecer bem todas as regras e aplicá-
las imparcialmente.
Os desportistas devem manter a dignidade em todas as
circunstâncias, ter o domínio sobre eles próprios e recusar que a
violência física ou verbal tome conta deles.

E estas não são regras difíceis de apreender, nem difíceis de


cumprir pois, não passam de regras da boa educação de uma
sociedade. O desporto é uma actividade que serve para manter a
mente e o corpo sãos, e não uma actividade violenta.
Conclusão
No término deste trabalho concluí, que no desporto existem
aspectos menos bons, como é o caso da corrupção desportiva, e
aspectos mais benéficos como é o caso do fair-play. Temos de
respeitar os outros, para que estes nos respeitem, tanto no desporto
como na nossa vida em sociedade.

Por fim, concluí que a corrupção desportiva é um crime que


sempre existiu e que não é agora com a sociedade que temos que se
vai extinguir, no entanto se tomarmos certas medidas, poderá ser
suavizada. Contribuindo assim para o bem do desporto e da
sociedade.
Bibliografia

 http://arbitrosbeja.blogspot.com
 http://reflexoesdodesporto.blogspot.com/2008/01/corrupo-
desportiva.html
 http://ainanas.com/must-see/desporto-must-see/espirito-
desportivo/
 http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?
content_id=1496771&seccao=Convidados
 http://prolongamento.x-centrico.com/?p=6
 http://flairplay11.blogspot.com/
 http://www.omundodacorrida.com/epo.htm
 http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Doping
 http://www.saude.inf.br/cebrid/cestero.htm
 http://almutxiki.blogspot.com/
 http://k7btt-team.blogspot.com/2011/01/o-doping-outra-
vez.html
 http://www.toonpool.com/cartoons/doping_39531

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