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ALEATÓRIOS OU COMUTATIVOS
Essas formas de classificações são restritas aos contratos
bilaterais e onerosos, sendo embasadas no conhecimento, ou
não, pelas partes, na época da celebração do contrato, das
obrigações advindas.
Aleatório é adjetivo daquilo “1. que depende das circunstâncias
, do acaso; causal, fortuito, contingente 1.1. que depende de
ocorrências imprevisíveis quanto a vantagens ou prejuízos...”
REAIS OU CONSENSUAIS
PRINCIPAIS OU ACESSÓRIOS
TÍPICOS OU ATÍPICOS
PESSOA PRESENTE
Deixa de ser obrigatória, quando feita sem prazo, não for
imediatamente aceita;
O que vale dizer que, se prazo foi concedido para a resposta, o
policitante só se desvincula de sua oferta após o transcurso
desse prazo, sem aceitação.
PESSOA AUSENTE
Deixa de ser obrigatória quando:
- Formulada sem prazo, houver decorrido tempo
suficiente para chegar a aceitação ao conhecimento do
proponente;
- Se havendo concessão de prazo para a resposta, este
se esgotar sem que a aceitação seja expedida;
- Antes da proposta, ou simultaneamente com ela,
chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do
proponente;
ACEITAÇÃO
A proposta representa o reflexo da vontade de uma das partes,
a aceitação é o reflexo da vontade da outra parte;
É a manifestação da vontade, expressa ou tácita, da parte do
destinatário de uma proposta, feita dentro do prazo, aderindo a
esta em todos os seus termos, tornando o contrato
definitivamente concluído.
Consiste na formulação da vontade concordante do oblato, feita
dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta
recebida.
Requisitos:
- Se formulada dentro do prazo;
- Adesão integral da proposta;
Caso a manifestação da vontade do aceitante não se submeta
a tais requisitos necessários, não se tratará de aceitação, mas
de nova proposta, que não gerará os efeitos daquela, pois o
primeiro proponente ficará desvinculado da obrigação de
contratar.
Aceitação pode ser:
Expressa, em regra;
Tácita (art.432 CC);
O principal efeito da aceitação é não apenas vincular o
aceitante, como também prender o proponente, que a partir
desse momento se encontra ligado a um contrato.
Aceitação deixará de aperfeiçoar o contrato, quando:
• Aceitação embora expedida a tempo, por motivos
imprevistos chegar tarde ao conhecimento do policitante –
Comunicar o aceitante (art. 430 CC);
• Se antes da aceitação, ou com ela, chegar ao proponente
a retratação do aceitante (art. 433 CC).
Aceitação entre presentes
• Se não houver prazo para a aceitação, deve ser
manifestada imediatamente;
• Se, houver prazo, deverá ser pronunciada, dentro do
mesmo;
Aceitação entre ausentes
• Existindo prazo, este deverá ser observado, mas se a
aceitação se atrasar, sem culpa do oblato, o proponente,
deverá dar ciência do fato ao aceitante, sob pena de
perdas e danos;
• Se não tiver prazo, deverá ser manifestada dentro de
tempo suficiente para chegar a resposta ao proponente;
MOMENTO DE CONCLUSÃO DO CONTRATO
Entre presentes:
As partes se encontrão vinculadas no mesmo instante em que
o oblato aceitar a proposta; só então o contrato começará a
produzir efeitos;
Entre Ausentes:
O Código Civil acolheu a teoria da agnição, na forma de
expedição (art. 434 CC). Contendo exceções.
TEORIAS
Teoria da congnição: o contrato só se aperfeiçoa no momento
em que o policitante toma conhecimento da aceitação;
Teoria da agnição: o contrato se forma pela declaração do
aceitante. Três subteorias – Declaração, Expedição e
Recepção.
Exceções aceitas pelo Código Civil:
• O contrato não se considerará concluído, a despeito de
expedida a aceitação, se antes desta ou com ela cegar ao
proponente a retratação;
• Se o proponente haver-se comprometido a esperar a
resposta;
• A aceitação não chegar no prazo convencionado;
Lugar da Celebração do Contrato
• Art. 435 CC – no lugar em que for proposto;
• Art. 9º, § 2º LICC – Direito Internacional – no lugar que
residir o proponente a obrigação resultante do contrato;
CONTRATO SOBRE HERANÇA DE PESSOA VIVA
Art. 426 CC – a sucessão de pessoa viva representa apenas
perspectiva futura e distante de um bem.
Ver. Art. 1.668, IV, 546 e 2018 CC.
Art. 314 CC/16
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
Conceito e extensão
Teoria da declaração
a) de caráter subjetivo:
Art.438CC
- A faculdade de substituição concedida ao estipulante
independe, para o seu exercício, de qualquer consentimento de
terceiro, como ocorre no contrato de seguro de vida, em que o
segurado, em qualquer tempo, pode modificar o nome do
beneficiário.
A substituição do beneficiário não exige forma especial,
permitindo a lei que se faça por ato inter vivos ou mortis causa
(testamento).
Contrato com pessoa a declarar
Neste tipo de contrato, uma das partes tem a faculdade de, nos
termos estipulados no instrumento contratual ou na lei, indicar
outra pessoa que irá adquirir direitos ou assumir obrigações
nele previstas, desde o momento em que foi celebrado.
Entretanto, caso não haja indicação de terceira pessoa ou a
indicação não seja aceita por ela ou, ainda, se a pessoa
indicada for incapaz no momento da indicação, o contrato
somente produzirá efeitos entre os contratantes originários.
CONTRATOS ALEATÓRIOS
Nos contratos que têm por objeto a coisas futuras, o risco pode
referir-se:
CONTRATO PRELIMINAR
DOSVÍCIOSREDIBITÓRIOS
arts. 441 a 446 CC
É o defeito oculto que desvaloriza ou torna a coisa imprópria ao
uso.
O defeito oculto da coisa que dá ensejo à rescisão contratual,
por tornar o seu objeto impróprio ao uso a que se destina, ou
por diminuir o seu valor de tal modo que, se o outro contratante
soubesse do vício, não realizaria o negócio pelo mesmo preço.
Fundamento Jurídico
O fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitórios
encontra-se no princípio de garantia, segundo o qual todo
alienante deve assegurar, ao adquirente, a título oneroso, o uso
da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada.
O vício redibitório se distingue do defeito visível, aparente ou
ostensivo, por um lado, e do erro, vício da vontade, por outro.
Somente após a ação do evictor contra o adquirente é que este pode agir
contra o alienante, pois antes não existia o pressuposto necessário para a ação do adquirente
contra o alienante.
Classificação
Prevê assim o Código Civil vigente quatro hipóteses distintas, que são as
seguintes:
O bem que sofreu a evicção pode ter sido deteriorado pelo adquirente
culposamente ou em virtude de força maior. Se o adquirente tiver auferido vantagem das
deteriorações e não pagou uma indenização por elas ao evictor, as quantias recebidas serão
descontadas da indenização que o adquirente deve receber do alienante, pois senão receberia uma
indenização superior ao prejuízo sofrido.
EVICÇÃO - resumo
Direito do evicto:
RESCISÃO
Primeiro é a aferição da existência, ou não de culpa que
acarrete o evento extintivo do negócio jurídico.
Ocorre a ruptura do negócio jurídico sem o cumprimento
integral das obrigações, questionando se a causa da rescisão
pode ser unilateral ou também bilateral.
Rescisão é a ruptura do contrato por culpa de um dos
contratantes, causando dano ao outro.
Requisitos
1. Existência do contrato válido;
2. Nexo de causalidade entre fato e o dano produzido;
3. Culpa;
4. Prejuízo ao credor.
Conseqüências
a) Extinção retroativa do contrato;
b) Ressarcimento das perdas e danos;
c) Incidência da cláusula penal, se convencionada.
RESILIÇÃO
• inexecução não culposa voluntária;
A resilição pode ocorrer por vontade bilateral dos contraentes,
recebendo o nome de DISTRATO; ou por um dos contraentes
apenas, sendo nesse caso RESILIÇÃO UNILATERAL.
DISTRATO
Consiste em um acordo liberatório das partes, por meio da
queda do vínculo contratual, deliberada por ambas os
contraentes, sendo um contrato que extingue outro, causando
efeitos ex nunc. Art. 472 CC.
RESILIÇÃO UNILATERAL
Nos casos em que a lei expressamente a permita ou quando
não proíba, somente por meio de cláusula expressa no
contrato, podendo ser:
Revogação, renúncia e Resgate.
RESOLUÇÃO
Causa de inexecução não culposa involuntária do contrato,
para situação em que as partes gostariam de cumprir as
prestações até o final. Contudo ocorrem fatos supervenientes,
imprevisíveis e inevitáveis que fazem escapar ao poder da
parte o cumprimento das prestações:
1 – Caso fortuito ou força maior;
2 – Onerosidade excessiva;
Caso fortuito ou força maior
É uma exceção ao princípio pacta sunt servanda, visto não
incidir perdas e danos ou qualquer sanção, já que a quebra do
liame obrigacional deu-se por fato estranho à vontade dos
contratantes. Muito embora seja desnecessária qualquer
intervenção judicial para declarar a resolução, será
imprescindível a intervenção do juiz para exigir e obrigar o
contratante a restituir o que recebeu, ante a necessária
retroatividade;
Exceção, responsabilidade é integral, não se eximindo da
indenização nem o caso fortuito ou força maior:
• Acordo expresso entre as partes, art. 393 CC;
• Mora do devedor, art. 399 CC;
• Mandato personalíssimo;
• Princípio genus non perit, art. 246 CC.
• Responsabilidade na relação de consumo.
Onerosidade excessiva
1. Vigência de um contrato bilateral (sinalagmático),
comutativo, execução continuada;
2. Alteração radical das circunstâncias econômicas objetivas
no momento da execução em confronto com as condições
do instante de sua formação;
3. Onerosidade excessiva para um dos contraentes e
benefício exagerado e injusto para o outro;
4. Situação externa ao contrato, superveniente, em virtude de
acontecimento imprevisíveis e extraordinários.
COMPRA E VENDA
• o contrato de compra e venda é aquele em quer uma
pessoa (vendedor) se obriga a transferir a outra
(comprador) o domínio de uma coisa corpórea ou
incorpórea, mediante o pagamento do preço em dinheiro
ou valor fiduciário correspondente.
Características
• 1 – Consensual ou solene;
• 2 – Bilateral ou sinalagmático;
• 3 – Oneroso;
• 4 – Comutativo ou aleatório;
• 5 – Translativo do domínio.
Elementos
• Objeto;
• Preço;
• Consentimento.
1 – Objeto
• Existência
• Art. 483 CC
• Determinabilidade
• Art. 104, II CC (determinável).
• Art. 243 CC
• c) Comerciabilidade
• d) Transferibilidade
• são excepcionais quanto à transferibilidade e merecem
melhor análise:
– d.1.) Venda a non domino
• Art. 1.268, § 1º CC
• Art. 1.268, caput,CC
• Art. 1.827 CC)
– d.2.) Venda de coisa litigiosa
• Art. 42 CPC
– d.3.) Pactos sucessórios
2 – Preço
• a) pecuniaridade
• b) seriedade
• c) certeza
• Art. 489 CC. Abrandamentos:
– c.1.) Arbítrio de terceiro
– c.2.) Taxa de mercado
• Art. 486 CC
– c.3.) índices ou parâmetros
• Art. 487 CC
– c.4.) Regras costumeiras
• Art. 488 CC
3 – Consentimento
• Outorga uxória ou marital
• Art.1.647, caput e I CC.
• Art. 1.656 CC.
• Art. 1.649 CC.
• Compra e venda entre cônjuge
• Art. 499 CC.
• c) Compra e venda entre ascendentes e descendentes
• Art. 496 CC
• As pessoas que têm dever de proteção não podem
adquiri bens dos protegidos
• Art. 497 CC.
• e) Direito de preempção:
– e.1.) O condômino voluntário – art. 504, parágrafo
único
– e.2.) O inquilino também tem direito de preferência
sobre a coisa alugada, porém deverá registrar o
contrato de locação no cartório de registro de imóveis
pelo menos trinta dias antes da alienação.
– e.3.) O condômino no condomínio decorrente do
direito sucessório também terá preferência na
alienação das cotas hereditárias antes da partilha.
Efeitos jurídicos
• 1 – Obrigação do vendedor de entregar a coisa e do
comprador de pagar o preço convencionado – (art. 491
CC)
• 2 – Responsabilidade das partes por riscos e despesas
• Art. 492 e 494 CC
• Sistematicamente:
• a) até a tradição, os riscos sobre a coisa são do vendedor;
• b) depois da tradição, os riscos sobre a coisa são do
comprador;
• c) estando a coisa à disposição do comprador, os riscos
correm por sua conta;
• d) estando em mora o comprador quanto ao recebimento,
os riscos correm por sua conta;
• e) a remessa da coisa para lugar diverso do
convencionado, por ordem do comprador, transfere para si
a responsabilidade pelo fortuito;
• 3 – Responsabilidade pelos vícios da coisa
• 4 – Compra e venda por amostragem
• Art. 484 CC
• 5 – Venda de bens imóveis ad corpus e ad mensuram
• Arts. 500 a 502 CC
• Ex: Resp 618.824;
TJRS: Acs – 70027080977; 70031597842; 70032794638.
COMPRA E VENDA
Conforme disciplina o art. 481 do CC, o contrato de compra e venda é
aquele em quer uma pessoa (vendedor) se obriga a transferir a outra (comprador) o domínio de
uma coisa corpórea ou incorpórea, mediante o pagamento do preço em dinheiro ou valor
fiduciário correspondente.
Características
1 – Consensual ou solene
2 – Bilateral ou sinalagmático
3 – Oneroso
4 – Comutativo ou aleatório
5 – Translativo do domínio
O contrato de compra e venda é o mais importante titulus adquirendi,
ou seja, o mais importante fato gerador da propriedade, muito embora, não transfira a propriedade
por si só, já que isso ocorre pela tradição ou registro.
Elementos constitutivos
1 – OBJETO
d.1.) Venda a non domino – é a venda por quem não é dono. Condua
a anulabilidade da venda, porém em duas circunstâncias esta será valida. A primeira é a da
aquisição superveniente por parte do vendedor (art. 1.268, § 1º CC). A segunda é da proteção ao
terceiro de boa-fé (art. 1.268, caput,CC), quando a ele era impossível saber que o vendedor não
era dono da coisa, gerando uma situação aparente em que não se podia exirgir outra conduta por
parte do adquirente. Art. 1.827 CC)
2 – PREÇO
3 – CONSENTIMENTO
EFEITOS JURÍDICOS
Sistematicamente: