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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DE MARKETING
3. MARKETING INTERNACIONAL
• Ambiente econômico
Segundo Kotler e Armstrong (1998), a economia de cada país deve ser estudada pelos
profissionais de marketing. Existem dois fatores que refletem a atratividade do país como
mercado: a estrutura industrial e a distribuição de renda.
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A estrutura industrial do país molda suas necessidades e serviços, níveis de renda e
níveis de emprego.
Existem quatro tipos de distribuição de renda: rendas familiares muito baixas; rendas
em sua maioria baixas; rendas muito baixas e muito altas; rendas familiares baixas, médias e
altas; e rendas familiares em sua maioria médias.
Os profissionais de marketing lidam com muitos desafios ao tentarem entender como o
ambiente econômico irá afetar as decisões sobre em que mercado entrar e como.
• Ambiente Político-legal
• Ambiente Cultural
Para Kotler e Armstrong (1998), cada país possui seus próprios costumes, valores,
crenças e atitudes. Antes de planejar um programa de marketing, cada vendedor deve analisar
o modo como os consumidores dos países em geral pensam e utilizam os produtos.
Sabe-se que os fatores culturais fazem parte do conjunto de características que influem
no comportamento do consumidor. Segundo Kotler e Armstrong (1998) o profissional de
marketing, principalmente o profissional de marketing internacional, deve compreender qual
papel a cultura exerce no comportamento do consumidor.
Temos que todo grupo ou sociedade tem sua cultura, e os comportamentos culturais
variam de país para país. Se o marketing de uma empresa não se adaptar a essas diferenças,
qualquer programa de marketing será ineficaz.
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§ Cultura
A cultura, segundo Engel et. al. (2000), refere-se a um conjunto de símbolos
significativos que auxiliam os indivíduos a se comunicar, compreender e a avaliar como
membros da sociedade.
A cultura tem o efeito profundo em por que as pessoas compram, ou seja, tem um
impacto significativo na forma como os consumidores se percebem, nos produtos que
compram e usam, nos processos de compra e nas empresas das quais compram. Por causa
desse efeito, cada vez mais os profissionais de marketing se preocupam em entender o geral
ou as macroculturas, seja para o marketing internacional ou para o marketing doméstico.
De acordo com Engel et. al. (2000), no sentido de tentar compreender as culturas de
cada país, Hostede descobriu que quatro dimensões na cultura são comuns entre 66 países:
b) Evitação de incerteza: a evitação de incerteza consiste nas maneiras diferentes pelas quais
as sociedades reagem às incertezas da vida. Algumas sociedades precisam de regras e
rituais bem-definidos para guiar os comportamentos.
Existem vários fatores que tornam o mercado internacional atrativo aos olhos de uma
empresa. Os concorrentes globais podem oferecer produtos melhores a menores preços, e a
empresa pode querer contra-atacar vendendo produtos nos países de origem das empresas
concorrentes. Ou a empresa pode descobrir mercados estrangeiros promissores, ou até mesmo
pode querer diminuir sua dependência de um único mercado. (KOTLER E ARMSTRONG,
1998)
Uma das razões para uma empresa internacionalizar é aumentar vendas e lucros, no
entanto, segundo afirma Weinstein (1995), muitas empresas evitam oportunidades
internacionais por falta de informações acerca dos consumidores, e variáveis incontroláveis.
(ambiente político, econômico, tecnológico e competitivo)
Segundo o autor há três motivos que levam as empresas a buscar mercados globais:
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3) A tecnologia tornou o mundo menor: os mercados internacionais não estão mais divididos
apenas por barreiras políticas, culturais ou de linguagem, mas também por dimensões de
estilos de vida e utilização.
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3.4. Decidindo como entrar no mercado
Logo depois que empresa decide entrar no mercado internacional, deve determinar a
maneira como entrar nele. Dentre as alternativas, as mais comuns são: exportação, Join
Ventures e investimento direto.
• Exportação
• Join Ventures
Segundo Kotler e Armstrong (1998), a Join Venture é o segundo método para entrar
no mercado estrangeiro. Difere da exportação pelo fato da empresa se unir a um sócio para
vender ou fazer seu marketing no exterior. Existem quatro tipos de Join Ventures:
licenciamento, contrato de fabricação, contrato de administração e propriedade conjunta.
O licenciamento é uma maneira simples de entrar no mercado externo. A empresa faz
um acordo com um possível licenciado no mercado externo, concedendo o direito de usar uma
marca registrada, uma patente ou qualquer outro item de valor.
Um contrato de fabricação é um contrato estabelecido com fabricantes no mercado
externo para eles produzirem os produtos e prestarem os serviços da empresa.
No contrato de administração a empresa nacional exporta serviços administrativos no
lugar de produtos, a empresa estrangeira entra com o capital.
A sociedade de propriedade conjunta consiste na associação da empresa com
investidores estrangeiros para criar uma nova sociedade empresarial local, onde dividem a
propriedade e o controle.
• Investimento Direto
As empresas que atuam no mercado externo devem decidir em que extensão adaptar
seus compostos de marketing às condições locais. Existem empresas que, em um extremo,
empregam um mix de marketing padronizado no âmbito mundial e outras que, no outro
extremo, empregam um mix de marketing adaptado. (KOTLER E ARMSTRONG 1998)
• Produto
Para Kotler e Armstrong (1998), existem cinco estratégias que permitem a adaptação
do produto e promoções a um mercado externo. São elas: extensão direta do produto,
adaptação do produto e criação do produto.
Extensão direta do produto: significa lançar o produto no mercado externo sem
nenhuma preocupação em adaptá-lo.
Adaptação do produto: envolve a modificação do produto a fim de atender as
condições locais.
Criação do produto: consiste em criar um produto novo para o mercado estrangeiro.
Esta estratégia pode assumir duas formas. A primeira forma é reintroduzir as formas
anteriores do produto, que já foram lançadas no mercado doméstico, e a segunda é criar um
novo produto para atender a uma necessidade em um país.
• Promoção
• Preço
• Canais de distribuição
A empresa internacional deve adotar uma visão geral do canal de distribuição de seus
produtos para os consumidores finais. Existem três principais elos entre a empresa e o
consumidor final. O primeiro, o setor responsável pelo marketing internacional faz parte do
próprio canal e supervisiona os canais. O segundo, há um transporte de produtos dos canais
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internacionais até os países estrangeiros. E terceiro, os canais nacionais levam os produtos até
os consumidores finais. No entanto, o trabalho não termina assim que o produto deixa a
empresa. As empresas devem prestar atenção ao tratamento dado aos seus produtos dentro dos
países estrangeiros. (KOTLER E ARMSTRONG, 1998)
4. ESTUDO DE CASO
Para melhor entender o marketing internacional, foi tomado como exemplo a empresa
ESMALTC S/A, uma empresa do Grupo Edson Queiroz, que segundo dados obtidos pelo
Centro Internacional de Negócios, está entre as maiores exportadoras do Estado do Ceará.
4.1. Histórico
O Grupo Edson Queiroz iniciou suas atividades no ramo de metalurgia com duas
empresas: a Tecnomecânica Norte Tecnorte (fabricando recipientes para GLP), fundada em
23 de outubro de 1963 e a Estamparia Esmaltação Nordeste Esmaltec (fabricando fogões
domésticos), fundada em dezembro do mesmo ano.
A Tecnorte, no primeiro ano de operação, produziu 64.956 botijões e, em 1965,
187.893 unidades. A fábrica, aos poucos foi ampliando sua capacidade para acompanhar o
crescimento do mercado. Em 1982 sua produção atingiu 1.500.000 botijões, além dos outros
produtos que constam de sua linha de fabricação, como tanques e tambores. A partir de 1965,
a Tecnorte ampliou sua linha de produção além dos botijões. Passou a produzir também
tambores e tanques para derivados de petróleo, tambores tipo O.T.S., silos e minissilos para
cereais, caçambas basculantes, carros de mão e estruturas metálicas.
Dois meses depois da inauguração da Tecnorte, em dezembro de 1963, foi inaugurada
a Esmaltec, com apenas 122 empregados e o primeiro produto da empresa foi o fogão
Jangada. A produção das duas empresas era voltada para o mercado interno e a partir de 1965
também foi destinada aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ainda em
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1965, aproximadamente 20.000 botijões para GLP foram embarcados à África, e iniciaram-se
transações comerciais com Porto Rico, para exportação não apenas de botijões, mas também
de fogões. Em 1966, a Esmaltec produziu 100.000 fogões, em 1980, produziu nada menos
que 450.221 fogões e atingindo 600.000 em 1982, já com novos modelos, que foram
resultados do avanço tecnológico. Iniciando sua produção com o Jangada, a Esmaltec logo
diversificou suas linhas de fogões, colocando no mercado marcas que se tornariam famosas
como o Alvorada, o Ipanema e o Columbia, todos em vários modelos. De uma linha de
produtos basicamente populares, os quadros técnicos e de marketing da Esmaltec sugeriram e
o Sr. Edson Queiroz concordou em lançar produtos gradativamente mais avançados, como os
da linha Tropicana Quartz, no início da década de 70, fogões esmaltados, com acabamento
luxuoso, queimadores de chama concentrada e um sistema pioneiro de acendimento
automático. Mas sua produção não se restringia mais apenas aos fogões, pois em 1981 já se
começava a vender, em todo o Brasil, as pias Esmaltec: produtos esmaltados que teriam
ampla aceitação no mercado, já se preparando também para a fabricação de refrigeradores,
freezers e outros eletrodomésticos.
Em março de 1984, ambas as empresas, Estamparia Esmaltação e Tecnomecânica
Norte foram incorporadas pela Tecnomecânica Esmaltec Ltda. A Tecnomecânica Esmaltec
Ltda. fabricava fogões, refrigeradores, bebedouros elétricos, freezers, recipientes para GLP e
também garrafões plásticos em policarbonato para água mineral. A Tecnomecânica Esmaltec
Ltda foi a primeira indústria do estado do Ceará a conquistar o Certificado ISO 9002 e
também conquistou o selo PROCEL de Economia de Energia com sua linha de freezers.
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Em relação aos fatores culturais, a empresa não teve quaisquer obstáculos
significativos, visto que o produto que exportam é um produto de fácil aceitação, pois
exportam basicamente fogões. Apesar disso, existe um interesse da empresa em entender as
necessidades do cliente final antes de entrar em qualquer mercado, isso inclui fatores
culturais, econômicos e político-legais. Nesse sentido, André Sobral ressaltou que devido a
crise econômica dos últimos meses, a empresa decidiu estrategicamente interromper o
fornecimento de produtos para a Rússia por um período de tempo até que a estabilidade
econômica torne viável a exportação desses produtos.
Segundo André Sobral, a decisão de operar internacionalmente, partiu da idéia de uma
inglesa, contratada para atuar no departamento de exportação. A empresa Esmaltec foi
motivada a iniciar suas operações de exportação por dois motivos: a exportação surgiu como
uma segunda opção de escoamento de produtos, e também como a chance da empresa de se
tornar conhecida no mercado exterior e obter ganhos em transações com moedas estrangeiras.
Antes de entrar em qualquer mercado, em geral, a organização procura administrar da
melhor forma possível a quantidade de importadores por país/região, a fim de evitar quaisquer
conflitos comerciais entre eles. É feita uma busca de informações das empresas que buscam
importar da empresa antes de confirmar a primeira venda. Além disso, a empresa costuma
avaliar o desempenho dos importadores nos mercados que os mesmo trabalham, através de
análises estatísticas.
A empresa, como dito anteriormente, começou a exportar para o continente Africano,
logo depois iniciou a exportação para outros países. Atualmente a empresa Esmaltec exporta
para mais de 50 países na América do Sul, América Central, Caribe, África e Ilhas do
Pacífico. Apesar de tudo, há alguns países em que a empresa encontra barreiras para a entrada
de seus produtos. Um exemplo é a Argentina que por algum tempo importava fogões, mas
esse fornecimento foi interrompido por causa das novas especificações exigidas pelo país.
Outro caso são os países do leste europeu, em que pelo mesmo motivo a empresa não
conseguiu entrar nesses mercados. No entanto, a Esmaltec tem interesse em desenvolver essas
certificações específicas a fim de obter vantagem competitiva, visto que no mercado exterior
como um todo, os produtos chineses são os principais concorrentes dos produtos da Esmaltec.
Isso explica o fato de que a empresa exporta essencialmente fogões, pois a China domina o
mercado de produtos como bebedouros.
No sentido geral, quando um produto brasileiro ainda não existe em determinado
mercado, a empresa realiza uma análise junto ao importador com relação aos custos de
entrada, normas técnicas exigidas pelo país, custo de adaptação dos produtos a essas normas e
por fim a análise da viabilidade da negociação. Depois dessas etapas, a empresa decide se tem
ou não interesse em entrar nesse novo mercado.
A segmentação do mercado é realizada buscando informações a partir da análise de
dados estatísticos de exportação (ALICE WEB, DATAMAR, MDIC), participação em feiras
internacionais a fim de obter informações sobre o mercado internacional, bem como a análise
da própria demanda existente por produtos de linha branca no mercado externo. Depois de
coletados todos os dados e analisadas as informações obtidas a empresa avalia em quais
países existe a possibilidade de entrar.
A forma como a empresa decidiu entrar no mercado foi através da exportação direta e
indireta. No sentido da exportação indireta, André Sobral afirma que os produtos são vendidos
para agentes e distribuidores, esses últimos se encarregaram de fazer a divulgação nos meios
de comunicação dos produtos. Em relação a exportação direta, a própria empresa, muitas
vezes manda representantes para os outros países a fim de comercializar o produto.
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A empresa realiza as transações de exportação através de um departamento de
exportação, visto que ela não possui um departamento exclusivo para o marketing
internacional.
A Esmaltec iniciou suas exportações com pequenos volumes, mas atualmente não tem
limitações com relação a isso. Esse volume foi decidido de forma estratégica pela empresa.
Para a Esmaltec as vendas no exterior se tornaram tão importantes quanto as vendas internas.
O processo de comunicação com os clientes potenciais inicia-se com o contato via e-
mail e/ou fax, tais clientes são definidos em pesquisas na internet, via Câmaras de Comércio,
Embaixadas e viagens de prospecção. Os clientes potenciais também contatam a empresa
através do website da mesma na Internet. Após a definição dos clientes potenciais, a empresa
troca informações sobre os produtos, preços, custos de embarque, valor de frete, quantidade
de produtos por container, formas de pagamento e outros assuntos pertinentes à negociação.
§ Produto.
Essencialmente a empresa exporta a linha de fogões, e um volume pequeno de
bebedouros e freezers horizontais. Segundo André Sobral, a empresa busca seguir os mesmos
padrões dos produtos nacionais para os produtos exportados. No entanto, muitas vezes se
torna necessário a adaptação desses produtos, como alterações técnicas ou a inclusão de
alguns acessórios específicos que são exigidos por determinados países. Estas exigências
podem ser se acordo com as normas técnicas de cada país ou meramente estéticas, seguindo
tendências do local. Exemplos desse fato são que em alguns países, como nos Estados
Unidos, os fogões são vendidos sem a tampa de vidro; em outros lugares são vendidos com
uma base para tornar os fogões mais altos; da mesma forma também são colocados injetores e
conexões de gás diferentes dos padrões brasileiros; e em outros casos, como no mercado
africano, é incluída uma bandeja no forno para o cozimento de alimentos diretamente na
mesma.
De alguma forma, a empresa cria produtos exclusivos para o mercado externo, pois,
apesar de baseados sempre que possível nos padrões nacionais, os produtos exportados são,
muitas vezes, alterados de tal forma que a venda dos mesmos não se torna necessária para o
mercado interno, visto que o mercado doméstico não demanda tais alterações no produto.
§ Promoção
Em relação à maneira como os programas de marketing são adaptados ao mercado
externo, visto que existem diferenças significativas nos países para os quais a empresa
exporta, segundo André Sobral, as atividade de programas de marketing para o consumidor
final são realizados pelos próprios clientes/distribuidores. Em alguns casos, apesar de não ser
uma prática comum, a empresa Esmaltec fornece aos clientes/distribuidores incentivos para
atividades mercadológicas. Apesar disso, a empresa abre uma exceção, visto que
normalmente o departamento de marketing prepara fotos dos produtos e acessórios em alta
definição e envia aos clientes para que os mesmos possam trabalhar com seus catálogos e
folders. Outra forma de promover seus produtos no exterior são as feiras internacionais em
que empresa participa sempre que possível e quando se faz necessário.
§ Preço
Para a exportação, os preços praticados pela empresa variam bastante no mercado
externo, pois há a inclusão de todas as despesas de exportação, como frete, tarifas
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alfandegárias e a própria margem de lucro do importador, visto que a empresa não costuma
vender diretamente para o consumidor final.
§ Canais de distribuição
Em relação aos canais de distribuição, a empresa não acompanha o fluxo de seus
produtos no país de destino, visto que as informações sobre esse fluxo são fornecidas pelos
próprios clientes/distribuidores.
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Website: www.esmaltec.com.br
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