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ONDULATÓRIA
RENATO G. CASTANHEIRA
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Tecnologia
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
- 2008-
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1- CONCEITOS BÁSICOS ....................................................................... 1
direção perpendicular é FY .
W F .d . cos W F. cos.d Fx .d W Fx .d
Veja que ao elevar o corpo de uma altura h, o seu peso (força) realiza o trabalho :
W P h P.h. cos180º m.g.h (considerando m e g constantes)
Observações:
para elevar um corpo, é necessário aplicar uma força para vencer o peso e realizar
trabalho. Repare que esta quantidade de energia (potencial gravitacional) fica
armazenada no corpo e se o corpo for solto e cair, ele a devolve, ocorrendo uma
conservação da energia;
a energia potencial gravitacional é armazenada no corpo, em função da sua altura
e, quanto mais afastado estiver um corpo da superfície de referência (mais alto),
mais energia potencial gravitacional ele armazena. Na figura 1.4, o corpo azul não
armazena energia potencial (altura nula), enquanto o corpo verde armazena a
maior energia potencial (maior altura);
m m
EpG 4 10 16 640 J ( N kg 2
e kg m N.m J )
s s2
Se o corpo cair até o chão, o seu peso vai realizar um trabalho igual a 640J.
F k.x ,
Onde:
x a deformação da mola.
F N
Veja que: k (unidade SI)
x m
É importante ressaltar que, ao esticarmos uma mola, aparece sempre uma força
tentando retornar a mola ao comprimento original. Esta força é denominada força
restauradora. É representada por:
F k.x
6
Determinar:
a constante da mola ( k );
Considerar: g 10 m/s².
10
F m.g 1 10 10 N k 200 N/m
(0.17 0.12)
2 10
l l0 x x 0.10 m l 0.12 0.10 0.22 m (22 cm)
200
Repare que a força F k.x desloca seu ponto de aplicação de uma distância igual a
x, realizando o trabalho ( W ):
x x
1 2
W k.x.dx k. x.dx W .kx
0 0
2
1 N
E PE .k.x 2 m 2 N.m J (Joule)
2 m
Exemplo – Qual deve ser a distensão de uma mola com uma constante elástica de
100 N/m, para que seja armazenada uma quantidade de energia igual a 2 J ?
k.x 2 2.E PE 2 2
E PE x 0.20 m (20 cm)
2 k 100
Sejam:
p – pressão;
F – força;
A – área;
V- volume.
Veja que:
F N
p Pa 2
A m
N
p.V 2
m3 N.m J (energia)
m
movimento de translação:
O movimento de translação se caracteriza pelo fato de que todos os pontos de um
corpo em translação têm a mesma velocidade (conceito vetorial)
1 m2 m
ECT .m.v 2 kg 2 kg 2 m N.m J (Joule)
2 s s
movimento de rotação:
O movimento de rotação se caracteriza pelo fato de que todos os pontos de um
corpo possuírem a mesma velocidade angular ( ). As velocidades tangenciais
variam com o raio de rotação.
rd 2 (m rd )2 m2 m
kg m2 2
kg 2
kg 2
kg 2 m N.m J (joule)
s s s s
9
Esfera 2
.m.R 2
5
Anel (aro) m.R 2
Cilindro 1
.m.R 2
2
roto-translação:
O corpo é dotado de translação e rotação simultaneamente.
1 1
ECRT .m.v 2 .I0 . 2
2 2
1.4 ATRITO
Na figura 1.13, percebemos que, inclinando a rampa, o bloco não se move até que
se atinja uma certa inclinação limite, representada pelo ângulo . Porém qualquer
inclinação, por menor que seja, acima da inclinação limite, faz com que o bloco
comece a escorregar rampa abaixo. Para inclinações, inferiores à inclinação limite, o
bloco não escorrega, o que indica a existência de uma força tangente à superfície da
rampa e oposta ao sentido do movimento. A esta força damos o nome de força de
atrito estático ( FA ).
10
Da figura 1.13:
FA
tg FA tg.N
N
tg FA .N
Onde:
FA força de atrito de estático;
coeficiente de atrito;
N reação normal da superfície da rampa ao peso do corpo.
Repare na figura 1.15, que a força de atrito desloca o seu ponto de aplicação de
uma distância d, realizando trabalho. Observe que o vetor deslocamento e o vetor
força de atrito têm sentidos opostos.
WFA FA d FA .d. cos180 WFA FA .d WFA 0 (trabalho negativo)
Veja que a energia proveniente do trabalho realizado pela força de atrito ( WFA ) não é
armazenada na forma de energia potencial. Não pode mais ser recuperada, pois é
dissipada (perdida) na forma de calor.
12
1.5 RESISTÊNCIA DO AR
O ar, como qualquer fluido, resiste ao movimentos realizados dentro dele. É graças a
isso que o pára-quedas funciona. Quando o paraquedista salta, ele é submetido a
uma força de resistência exercida pelo ar. Ela se manifesta como um vento forte
para cima que vai aumentando a medida que ele cai. A velocidade de queda
também aumenta até atingir um valor limite.
Se, neste caso, a força de resistência é útil, há outras situações em que procuramos
evitá-la. É o caso do projeto de carrocerias de automóveis. Dependendo do formato
que um veículo tiver, ele sofre uma força de resistência do ar maior ou menor. Os
veículos mais modernos têm um formato mais aerodinâmico, diminuindo a
resistência do ar. Isso melhora o desempenho do veículo, propiciando maior
velocidade final e economia de combustível.
Porém a força de resistência não depende apenas da forma do objeto. Vários outros
fatores influem. Um deles é a área do objeto voltada para o movimento. Ela está
relacionada ao tamanho do objeto. Um pára-quedas grande, por exemplo, sofrerá
uma resistência maior do que um pequeno. Um guarda-chuva, se usado como um
paraquedas teria um efeito desastroso, porque sua área é muito pequena e a força
de resistência será insuficiente para diminuir a velocidade de queda de uma pessoa
até um valor seguro.
Para determinar a área, devemos verificar qual é o lado do objeto que está voltado
para o movimento, e a partir daí, descobrir em que ponto essa área é maior. Veja a
figura 1.16, onde é mostrada a área de um automóvel voltada para o movimento.
A velocidade relativa entre o fluido e o corpo também influi. Quanto maior for a
velocidade do carro, maior é a força de resistência que ele sofre. Se um passageiro
colocar o braço para fora, sente um pequeno vento na mão quando a velocidade é
baixa. Mas quando ela é alta, o vento empurra fortemente sua mão para trás. Essa é
a força de resistência do ar, que aumenta com a velocidade. Esta é a razão para o
aumento no consumo de combustível de um automóvel, quando se trafega em alta
velocidade.
A figura 1.16 mostra um corpo em queda livre. Repare que a força de resistência do
ar é uma força dissipativa, ou seja, realiza trabalho negativo, dissipando energia na
forma de calor.
dv
Da dinâmica: F m.a m. ( F força resultante)
dt
dv dv m.g k.v 2 k
F m.g k.v 2 m. g .v 2 (variação da velocidade)
dt dt m m
dv k
Para velocidade constante 0 g .v 2 0
dt m
Um corpo em queda livre, depois de um certo tempo, cai com uma velocidade
constante, chamada de velocidade limite (VL ), que pode ser calculada pela equação:
m.g
VL
k
15
EM EPG EPE EC
Como exemplo, analisemos o caso teórico que ocorre com a energia mecânica de
um corpo em queda livre, sem resistência do ar, após ser abandonado de uma altura
( h ), acima do solo, como indica a figura 1.19.
EMINICIAL m.g.h
No instante em que atinge o solo (referencial) o corpo não tem mais energia
potencial gravitacional, pois a sua altura é nula, possuindo apenas energia cinética,
devido à sua velocidade. A energia cinética é proveniente do trabalho realizado pelo
peso do corpo, ao deslocar o seu ponto de aplicação durante a queda.
1
E MFINAL .m.v 2
2
Como o sistema é conservativo, pois não foi considerada a resistência do ar, que é
uma força dissipativa:
1
EMINICIAL EMFINAL m.g.h .m.v 2 v 2.g.h (não depende da massa)
2
k .x 2
E MFINAL (energia potencial elástica)
2
k .x 2 2.m.g 2.P 2 10
Então: m.g.x x 0.40 m (40 cm)
2 k k 50
1
E MB .m.v B 50.m v B 2 50 10 m/s (cinética)
2
2
1
EMC 10 3.2 m .m.vC 50.m v C 6 m/s (potencial gravitacional + cinética)
2
2
18
1
Perdas E MINICIAL E MFINAL 60 10 50 60 202 18000J (18 kJ) Calor
2
dv
Veja que: F(t ) m.a m. F(t ) .dt m.dv
dt
Supondo que a velocidade varie de v 1 a v 2 , enquanto o tempo varia de t 1 a t 2 .
t2 v2 t2 v2
t2
Considerando: I F( t ) .dt Impulso para uma força variável com o tempo.
t1
v2
Temos então: I m. dv I mv2 mv1 I q 2 q1 I q
v1
Exemplo – A força que atua sobre um corpo de 10 kg varia com o tempo, conforme
mostra o gráfico abaixo. Calcular o impulso nos 5 segundos iniciais.
5 5
52 02
I q 2.t.dt 2. t.dt 2 [ ] Área do diagrama = 25 N.s
0 0
2 2
Exemplo – Um jogador chuta uma bola de 0,4 kg, parada, imprimindo-lhe uma
velocidade de módulo 30 m/s. Se a força sobre a bola tem uma intensidade média
de 600 N, qual é o tempo de contato do pé do jogador com a bola ?
m.v 0.4 30
F.t m.v t 0.02 segundos
F 600
21
CAPÍTULO 2 OSCILAÇÕES
Como as equações do movimento periódico são expressas a partir das funções seno
e coseno, ele também é chamado movimento harmônico.
Neste tipo de movimento atua uma força, denominada restauradora, que sempre
conduz o móvel para a posição de equilíbrio. Desta forma é definido o sentido do
vetor aceleração (sempre orientado para a posição de equilíbrio).
O movimento mostrado na figura 2.1 pode ser decomposto nas seguintes etapas:
etapa 1:
o móvel se desloca da posição de equilíbrio (O) até a extremidade (A) em
movimento retilíneo uniformemente retardado, atingindo a extremidade (A) com uma
velocidade nula;
etapa 2:
o móvel se desloca da extremidade (A) para a posição de equilíbrio (O) em
movimento retilíneo acelerado, atingindo a posição de equilíbrio (O) com a
velocidade máxima;
etapa 3:
o móvel se desloca da posição de equilíbrio (O) até a extremidade (B) em
movimento retilíneo uniformemente retardado, atingindo a extremidade (B) com uma
velocidade nula;
etapa 4:
o móvel se desloca da extremidade (B) para a posição de equilíbrio (O) em
movimento retilíneo acelerado, atingindo a posição de equilíbrio (O) com a
velocidade máxima.
Sequência:
O A AO O B BO O A AO O B BO O A AO O B BO
Veja que:
1 segundo _____________________________ f ciclos
T (s) _____________________________ 1 ciclo
1 1
Então: T .f 1 f ou T (são grandezas inversas)
T f
A figura 2.2 mostra um sistema formado por uma mola e uma massa (m),
movimentando-se de forma harmônica. Não são consideradas as perdas causadas
pela resistência do ar e pela deformação da mola (sistema conservativo).
dv d 2 x(t )
Veja que: F m.a F m. F m. F m.x(t )
dt dt 2
d 2 x(t )
2
2 .x (t ) 0 ou x(t ) 2 .x(t ) 0
dt
Veja que:
x(t ) A. cos(.t )
Onde:
A amplitude do movimento
k
frequência angular
m
k constante da mola;
m massa.
Constante :
se no instante em que t 0 , a massa estiver em x A (posição de largada):
x( 0 ) A A cos( 0 ) A cos 1 0 rd (radianos).
( t 0 ).
25
A figura 2.3 mostra uma partícula descrevendo um movimento circular uniforme, cuja
trajetória tem raio igual a (A). Repare que o movimento descrito pela projeção da
partícula sobre o eixo vertical é um movimento harmônico, tal qual o sistema
formado pela massa e a mola, analisado anteriormente, pois também pode ser
descrito pela equação x(t ) A. cos(.t ) , que caracteriza o movimento harmônico.
2. 2.
Veja que: .T 2. T ou
T
27
Então:
k 2. m
T T 2. . (Período do movimento)
m k k
m
1
f 2. .f (frequência angular – Unidade SI : rd/s)
T
f (frequência do movimento – Unidade SI : Hz)
2.
A
x2( t ) A. cos(.t ) rd x2( 0 ) A. cos( )
3 3 3 2
A figura 2.8 mostra os gráficos para dois movimentos harmônicos com a seguintes
equações:
2.2.3.5 Frequência
x2( t ) A. cos(2.t ) ( 0 )
1 1 1 1 1 1
Veja que: f1 3.f2 . T1 .T2 T2 3.T1
f1 3.f2 f1 3 f2 3
29
Repare que, enquanto o movimento (2) representado pela curva vermelha realiza um
ciclo, enquanto o movimento (1) representado pela curva azul realiza três ciclos
Espaço (posição)
x(t ) A. cos(.t )
Velocidade
d d
Veja que: (cos u( x ).dx ) sen(u( x ) ). (u( x ) )
dx dx
d d
v (t ) x ( t ) x ( t ) A.[ sen(.t )]. (.t )
dt dt
v (t ) .A, sen(.t )
Aceleração
d d
Veja que: (senu( x ).dx ) cos(u( x ) ). (u( x ) )
dx dx
d d
a(t ) v (t ) v (t ) .A.[cos(.t )]. (.t )
dt dt
2.2.3.7 Energia
Veja que:
dv
F m.a m. e F k.x
dt
dv dx dv dx dv dv dv
a , v . (regra da cadeia) v.
dt dt dt dt dx dt dx
dv
m.v . kx 0 m.v.dv k.x.dx 0.dx (multiplicar todos os termos por dx)
dx
v x x
m.v 2 k.x 2
Integrando: m. v .dv k. x.dx 0.dx constante, então:
0 0 0
2 2
Energia cinética
1 1 1
EC .m.v 2 .m.[ .A.sen(.t )] 2 EC .m. 2 .A 2 .sen 2 (.t )
2 2 2
1 k k k
EC .m. .A 2 .sen 2 (.t ) ( 2 )
2 m m m
k.A 2
EC .sen 2 (.t )
2
1 1 k.A 2
E PE .k.x 2 .k.[ A. cos(.t )] 2 E PE . cos2 (.t )
2 2 2
Energia mecânica
k.A 2
EM EC EPE E M .[sen 2 (.t ) cos2 (.t )]
2
1
k .A 2
EM (constante - não depende do tempo)
2
31
Responda:
x(t ) A. cos(.t )
v (t ) 0.756.sen(7.56.t ) (m/s)
Voltando ao problema:
O espaço percorrido é igual a metade da amplitude: x(t ) 0.05 m
1 0.70 ( 0.656)2
EC (0.139 ) .m.v
2
0.15 J
2 2
1 40 0.05 2
E PE (0.139 ) .k.x 2 0.05 J
2 2
1 40 0.10 2
E M .k.A 2 0.20 J (Veja que: 0.15 0.05 )
2 2
33
Tem-se:
Força restauradora na mola: FR k.x
dx
Força de amortecimento: FA C.v C. C.x , onde:
dt
C constante de amortecimento (unidade SI: kg/s);
v velocidade.
C k
Escrevendo a equação do movimento: m.x C.x k.x 0 ou x .x .x 0
m m
A equação pode ser escrita na seguinte forma: x 2. .x .x 0 , onde:
2
C C k
2. ou e 2
m 2.m m
Da matemática obtém-se a seguinte solução:
.t
a amplitude diminui com o tempo até se anular. O termo A.e é chamado de
fator de amplitude.
C 0 0 0
0 frequência menor.
k 8
5.33 rd/s (sem amortecimento)
m 1.5
kg
C 0.23 1
0.08 s-1 ( s )
2.m 2 1.5 kg s
CAPÍTULO 3 ONDAS I
3.1 DEFINIÇÃO
Denomina-se onda, ao movimento causado por uma perturbação que se propaga
através de um meio. A figura 3.1 mostra o exemplo da onda gerada por uma pedra
jogada (perturbação) na água (meio de propagação).
3.2.1.1 Mecânicas
Precisam de um meio material para propagar-se. Não se propagam no vácuo. Como
exemplos de ondas mecânicas, temos as cordas vibrantes (violão), a pedra na água
(figura 3.1) e a onda sonora (som).
3.2.1.2 Eletromagnéticas
São geradas por cargas elétricas oscilantes e não necessitam de um meio material
para se propagar. Se propagam no vácuo. Como exemplo, temos as ondas de rádio,
de televisão, a luz, os raios X, os raios laser, as ondas de radar, a radiação solar,
etc.
37
Campo
elétrico
Campo
magnético
3.2.3.2 Bidimensionais
Propagam-se em uma superfície plana. Como exemplo, temos uma onda se
propagando na superfície de um líquido, mostrada na figura 3.6.
3.2.3.3 Tridimensionais
Propagam-se em todas as direções. A onda sonora e a onda luminosa emitidas por
fontes puntiformes são exemplos clássicos de ondas tridimensionais. A figura 3.7
mostra as emissões esféricas de uma fonte puntiforme (pontual).
A figura 3.8 mostra as frentes de onda e os raios para uma onda plana emitida por
uma fonte puntiforme (pedra na água),
A figura 3.9 mostra as frentes de onda, quando a fonte está muito distante. Neste
caso, os raios podem ser considerados paralelos (figura 3.9)
A figura 3.10 mostra frentes de onda para uma emissão esférica. Repare que as
frentes de onda são superfícies esféricas concêntricas (figura 3.7).
Superfícies
esféricas
Superfícies
planas
Observações:
Como a rolha não é arrastada, concluímos que a onda não transporta matéria, mas
como ela se movimenta podemos concluir que uma onda transmite energia sem
transportar matéria (movimento);
Na posição inicial: x m
Veja que m( x,t ) apesar de ser função das variáveis x e t tem sempre um valor
Repare que:
aumentar, para que m( x,t ) mantenha seu valor constante, ou seja, a onda se
para que m( x,t ) mantenha seu valor constante, ou seja, a onda se propaga para a
esquerda;
44
d dm
Derivando em relação ao tempo: ( x c.t ) 0
dt dt
dx dx
c 0 c x velocidade de propagação da onda.
dt dt
Repare que y f ( x, t ) deve ser uma função das variáveis posição ( x ) e tempo ( t ).
Tem-se então:
1
Então: c.T c f c .f
T T
2
y ( x,t ) f ( x c.t ) A.sen[ .( x c.t )]
2 2 2 2
y ( x,t ) A.sen[ .x .c.t ] A.sen[ .x . .t ] ( c .f )
T T
2 2
y ( x,t ) A.sen( .x .t )
T
Fazendo:
2
k número de onda (rd/m)
2
2 .f frequência angular (rd/s)
T
Equação da onda em seno: y ( x,t ) A.sen(k.x .t )
2
y ( 0,0 ) A.sen( ) A
2
Veja que: seno( ) sen . cos sen . cos cos , então:
2 2 2
y ( x,t ) A.sen(k.x .t ) A. cos(k.x .t )
2
Veja que uma onda também pode ter a sua equação representada também pela
função coseno. É importante ressaltar que duas ondas, com a mesma constante de
fase ( ), estão defasadas de rd, quando representadas em seno e coseno.
2
48
Amplitude (A):
Na figura 3.23, a onda (1) é apresentada na cor azul e a onda (2) na cor vermelha.
Frequência angular ( ):
2.f (rd/s)
Frequência (f):
f (Hz)
2
Veja que ondas com o mesmo valor da frequência angular ( ) têm a mesma
frequência (f).
Na figura 3.24, a onda (1) é apresentada na cor azul e a onda (2) na cor vermelha.
Repare que enquanto a onda (1) realiza um ciclo, a onda (2) realiza quatro ciclos.
49
Nº de onda (k):
2
k número de onda (rd/m)
Veja que ondas com o mesmo valor de (k), têm o mesmo comprimento de onda
frequência ( ).
Observe que se duas ondas têm os mesmos valores para e k, elas se propagam
com a mesma velocidade ( c .f ).
Constante de fase ( ):
Na figura 3.25, a onda (1) é apresentada na cor azul e a onda (2) na cor vermelha.
y1( x,t ) A.sen(kx .t ) ( 0) e y 2( x,t ) A.sen(kx .t ) ( )
2 2
Veja que: y1( 0,0 ) A.sen(0) 0 e y 2( 0,0 ) A.sen( ) A
2
Veja, na figura 3.25, que a onda (2) está adiantada de , em relação à onda (1).
2
a) Amplitude = 1,5 cm
A 0.015 m
1 1
f 2.5 Hz
T 0.4
c 0.8
c .f 0.32 m
f 2.5
2 2
k 19.635 rd/m
0.32
0.0075
Em t 0 x 0 e y 0.75 sen() 0.5 0.524 ( rd)
0.015 6
Equação da onda:
y( x,t ) 0.015.sen(19.635.x 15.708.t )
6
51
CAPÍTULO 4 ONDAS II
4.2 REFLEXÃO
4.2.1 Reflexão especular (caso teórico)
Representa um caso ideal, onde a superfície refletora é um espelho perfeito.
4.3 REFRAÇÃO
Representa a mudança sofrida na direção, quando a onda muda de meio de
propagação. É frequente, em acústica, o som mudar de direção quando atravessa
regiões com temperaturas diferentes.
54
A figura 4.7 mostra uma onda representada pela frente AB , inicialmente mostrada na
posição A1B1 , deslocando no meio (1) com uma velocidade c1 . Quando o ponto A
atinge a interface que separa os meios (1) e (2), ocupando a posição ( A2 ), o ponto
sen1 c1 1
( c .f )
sen 2 c2 2
Onde:
c1 velocidade de propagação no meio 1;
c 2 velocidade de propagação no meio 2;
- comprimento de onda.
55
4.4 DIFRAÇÃO
Difração é o fenômeno pelo qual uma onda é distorcida por um obstáculo. Este
obstáculo pode ser um pequeno objeto que bloqueia a passagem de uma parte da
frente de onda ou uma fenda estreita que permite a passagem de apenas um ponto
da frente de onda.
A difração pode ser observada em uma cuba de ondas, por exemplo, obstruindo-se
a passagem das ondas com duas lâminas metálicas separadas por uma abertura
entre elas e, provocando ondas planas numa das regiões assim definidas. Quando a
abertura tem dimensão muito maior que o comprimento de onda das ondas que se
propagam na água da cuba, as ondas quase não se propagam atrás dos obstáculos,
como mostrado na figura 4.9.
c f (elasticidade, inércia)
Na figura:
c velocidade de propagação;
t tempo.
F S S.v
Por semelhança: F
v .t c.t c
m
Seja: (densidade linear de massa massa por unidade de comprimento)
l
m massa da corda;
S.v
I F.t I .t (impulso)
c
S.v S
Então: .t .c.t.v S .c 2 c
c
S.l
ou: c (velocidade da onda em uma corda)
m
3 800
c 200 m/s
0.06
Tem-se: FT F.sen
59
y
sen ; cos 1 tg sen tg tg [ y f ( x, t ) ]
x
y
Então: FT F.tg FT .F (repare que 90 tg 0 )
x
W F .d
Sabe-se que: P F .v (F - força ; v - velocidade), então:
t t
y
Sabe-se que: v ( y f ( x, t ) )
t
y y
A potência transmitida pela onda: P( t ) F .v F . .
x t
y
A. cos(k.x .t ).k k.A. cos(k.x .t )
x
y
A. cos(k.x .t ).( ) .A. cos(k.x .t )
t
t T t T
Então: PCICLO F.k..A .cos (k.x .t ).dt PCICLO F.k..A cos (k.x .t ).dt
2 2 2 2
t t
60
O valor médio para a função cos2 é obtido através da divisão em áreas iguais, o
que é obtido através da linha reta y 0.5 . Então:
1
[cos 2 ( k .x .t )] MÉDIO
2
Como o valor médio da função cos2 (k.x .t ) é igual a 1 , para um ciclo, tem-se:
2
F .k..A 2
PCICLO
2
2 1 2
Considerando: k ; f ; 2 .f ; c .f , pode-se escrever:
T T
F
.2. 2 .f 2 .A 2 PCICLO C1.f ou PCICLO C2. A ( C1 e C 2 - constantes).
2 2
PCICLO
c
y RESULTANTE y 1 y 2 ... y n
2
Onde:
T
62
4.7.3 Interferência
C B C B
Da trigonometria: senB senC 2.sen( ). cos( )
2 2
y ( x,t ) 2.A. cos( ).sen(kx .t )
2 2
Fazendo: A' 2.A. cos( ) (amplitude variável A' f ( ) )
2
y ( x,t ) A'.sen(k.x .t ) , onde: A( ) ' ( A1 A2 ). cos( )
2 2
Exemplo: y1( x,t ) 3.sen(kx .t ) (azul) e y 2( x,t ) 3.sen(k.x .t 0.1) (vermelho)
0.1
Veja que: 0.1rd (pequeno) A'( 0.1) (3 3) cos( ) 6 2.A
2
A onda resultante está representada na cor verde, na figura 4.17.
y 2( x,t ) 5.sen(k.x .t ) - ( rd) - (vermelha)
2 2
A' (3 5). cos( ) 5.66 5 3
(
2
) 4
A onda resultante está representada na cor verde.
A( ) ' (4 4). cos( ) 0 (amplitude nula)
2
A luz que sai de S1 interfere com a que sai de S2 ou seja, vão existir pontos nos
quais a intensidade da luz vai ser aumentada e outros nos quais pode ser até
anulada. Nos pontos em que duas cristas se encontram, a intensidade é reforçada
(interferência construtiva), enquanto que, quando uma crista encontra um vale, a
intensidade da luz pode até ser anulada (interferência destrutiva).
A figura 4.21 mostra os resultados obtidos por Young com seu interferômetro de
fenda dupla
Exemplo.
Componentes harmônicas:
y1( x,t ) 4.sen(k.x .t ) (azul) e y2( x,t ) 4.sen(k.x 3..t ) (vermelho) ( f2 3.f1 )
C B C B
senB senC 2.sen( ). cos( ) C k.x .t e B k.x .t
2 2
C B k.x .t k.x .t
k.x
2 2
C B k.x .t k.x .t
.t
2 2
Veja que:
3.
Veja que: k.x , ,.......
2 2
Fazendo:
2
k.x1 x1 , mas k x1 (primeiro valor de x)
2 2.k 4
3. 2 3.
k.x 2 x2 , mas k x2 (segundo valor de x)
2 2.k 4
3.
x x 2 x1
4 4 2
Fazendo:
k.x1 0 x1 0 (primeiro valor de x)
2
k.x 2 mas k x2 (segundo valor de x)
2
x x 2 x1 0
2 2
Observações:
O intervalo entre dois nodos consecutivos (meio comprimento de onda)
2
O intervalo entre dois antinodos consecutivos (meio comprimento de onda)
2
A figura 4.30 mostra que o intervalo entre um nodo e um antinodo consecutivos é
igual a (quarta parte do comprimento de onda)
4
4.10 RESSONÂNCIA
4.10.1 Frequência natural
Vamos tomar como exemplo as cordas de um violão. Cada corda, quando excitada,
tem uma frequência própria de vibração (fundamental). Pode-se dizer que cada
corda de um violão tem a sua própria frequência de vibração, ou seja, sua
frequência natural.
Da mesma forma que a corda do violão, outros objetos tem as suas próprias
frequências de vibração. A corda do violão é um caso simples, pois a frequência
natural é a fundamental. Outros objetos, como um tambor, uma mesa, um prédio,
uma ponte ou até mesmo nosso corpo podem vibrar em muitas frequências
diferentes. Se dermos uma pancada em uma mesa, ouviremos um som que é
resultante do conjunto de modos de vibração naturais da mesa.
4.10.2 Ressonância
Quando um corpo recebe energia vibratória e passa a vibrar com amplitude máxima,
diz-se que entrou em ressonância.
Por exemplo, para manter um sistema mola-massa vibrando você precisa fornecer
energia balançando a mão. Se não fizer isso, o sistema amortece e pára.
Balançando a mão devagar, com baixa frequência, a amplitude do sistema se
mantém, mas é sempre pequena. Na figura 4.31, se a frequencia f é diferente da
natural (f0), a mola não vibra com amplitude máxima.
Quando o objeto é excitado por algum agente externo em uma de suas frequências
naturais dá-se a ressonância e o objeto vibra nessa frequência com amplitude
máxima, só limitada pelos inevitáveis amortecimentos.
Cada onda de rádio e TV que viaja pelo espaço tem uma frequência característica
de vibração. E a onda de cada emissora tem uma frequência própria, diferente da
frequência das demais emissoras. Os rádios tem um botão destinado a sintonizar as
emissoras. Sintonizar uma emissora significa fazer seu receptor de rádio ou TV
entrar em ressonância com a onda da emissora. O botão de sintonia serve para
modificar a frequência natural de vibração do circuito eletrônico de seu receptor.
Essa vibração não é mecânica, como nas molas, mas uma rápida variação nas
correntes elétricas que percorrem o circuito. Na ressonância, o receptor capta
energia da onda de rádio ou TV com eficiência máxima e o sinal da emissora é
reproduzido pelo receptor em volume máximo. As ondas das outras emissoras, com
frequências diferentes, não estão em ressonância com o receptor e passam, sem
interagir com ele (exceto as rádios piratas).
Esse caso pode ser só lenda, mas, uma ponte nos Estados Unidos desabou quando
entrou em ressonância com o vento. A ponte sobre o Estreito de Tacoma, logo após
ser liberada ao tráfego, começou a balançar sempre que o vento soprava um pouco
mais forte.
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Um estádio de futebol deve ser construído levando em conta a vibração das torcidas.
Se todo mundo começar a pular e bater os pés pode surgir uma ressonância com as
estruturas das arquibancadas e acontecer uma tragédia.