Afinal, O Que Deu Errado Na Criação de Deus

Afinal, o que deu errado na criação de Deus?
Josué da Silva Matos 1
Afinal,
O Que Deu
Errado Na
Criação de
Deus?
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Afinal, o que deu errado na criação de Deus? Josué da Silva Matos - 2
Sobre o Autor
Nascido em um lar em que ambos os pais eram salvos pela graça de Deus, aos 18
anos obteve sua salvação pessoal. Arrependeu-se dos seus pecados, e creu no Senhor
Jesus Cristo para o descanso da sua alma.
Hoje mora em Sombrio – SC, onde vive com sua esposa e dois filhos.
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Afinal, o que deu errado na criação de Deus? Josué da Silva Matos 3
Índice
1- Introdução.....................................................................Página 4
2- Afinal, O Que Deu Errado?..........................................Página 6
3- O Que é o Pecado?.......................................................Página 10
4- Pecado & Pecados........................................................Página 13
5- Lúcifer, Filho da Alva; Antes e Depois do Pecado.......Página 22
6- Adão; Antes e Depois do Pecado..................................Página 28
7- O Pecado no Homem Natural.......................................Página 38
8- O Pecado na Vida do Crente........................................Página 51
9- Deus e o Pecado............................................................Página 69
10- Jesus e o pecado............................................................Página 73
11- Espírito Santo e o Pecado.............................................Página 79
12- O Mundo e o Pecado.....................................................Página 83
13- A Bíblia e o Pecado.......................................................Página 92
14- A Vitória Final Sobre Todo o Pecado...........................Página 96
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Capítulo 01
Introdução
O objetivo principal deste livro, é levar ao leitor uma percepção maior sobre o
grande mal que afeta esta humanidade criada à imagem e semelhança de Deus. Algo
saiu errado no universo perfeito criado por Deus: entre os anjos como entre os
homens. Mas afinal: o que deu errado?
Embora o título “Afinal, Que Deu Errado na Criação de Deus?”, possa transmitir
uma idéia de que vamos descobrir neste livro alguma falha, defeito, ou, algo que saiu
fora do controle de Deus na criação, é muito pelo contrário. Pois, espero que ao final
deste livro você esteja mais convencido que: “...sempre seja Deus verdadeiro, e todo
homem mentiroso;...” (Romanos 3:4)
Em nossos dias, são poucos os que podem responder satisfatoriamente às
perguntas humanas e as ansiedades naturais.
Informam demasiadamente o povo do remédio (Cristo) e esquecem de proclamar
aos gritos a sua doença (o pecado).
O motivo é que muitas vezes nem sabem para si mesmos e como falariam à
outros.
O pecado é o problema e a doença mais terrível que você pode conhecer ou
imaginar. Pois fez arruinar e cair um dos anjos que estava no cargo mais elevado no
céu; e com ele milhões de outro anjos foram arrastados à desgraça e prisões eterna.
Foi o pecado que separou o homem de Deus, a ponto de ser expulso e impedido
de voltar para o jardim que tinha sido preparado especialmente para ele; e com ele
trouxe consigo a ruína e a corrupção sobre toda a criação que desde então geme
esperando a libertação.(Romanos 8:21)
E para Deus, este assunto não ficou menos peculiar; pois o envolveu de tal
maneira que custou a vida, e os incalculáveis sofrimentos de seu Amado Filho sobre
a horrível cruz. Pois, “Cristo morreu por nossos pecados.” (Romanos 15:3)
Neste livro, você não vai encontrar todas as respostas para todas as perguntas e
anseios humanos; mas procurarei chegar o mais perto da verdade de Deus.
Livro e mais livros foram escritos ao passar dos séculos sobre estes assunto. E
isto é uma prova que estamos entrando num mar imensurável, e que somente a
eternidade à de completar a sua resposta.
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“Afinal, Que Deu Errado na Criação de Deus?”, tem por objetivo principal
engrandecer ao nosso Soberano, Onisciente e Onipotente Deus. E mostrar que no
desenrolar da história, mesmo que aparentemente algo deu errado por culpa de Deus;
Ele aparecerá no final e mais do que nunca, como O Ser mais Sábio e Santo que
conhecemos.
Que Deus seja louvado! Amém!
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Capítulo 02
Afinal, O Que Deu Errado?
Com este título, a princípio, os leitores poderiam pensar num milhão de coisas que
começaram bem, mas afinal deu errado. Pois hoje em dia há problemas, falhas e
imperfeição por toda parte, seja no mundo como um todo que há classe sociais e
raciais, há fome, miséria, doenças, há terremotos, maremotos, vulcões em erupção,
tornados e enchentes; ou, no governo que há imoralidade, corrupção, falta de ética;
ou, até na sociedade que há orgulho, vaidade, individualidade, prostituição,
assassinos, roubadores, loucura; e também na família que não há mais respeito pelos
pais, amizade, pudor, verdade, não há mais casamentos como até então era
conhecido, com fidelidade e amor. Enfim, problemas não faltam para nossa mente
imaginar em qual destes, o autor vai tratar?!
Mas o que tenho para lhes informar de início, é que todos estes males tem uma
única raiz, e queira você aceitando ou não, o pecado é que está deteriorando o
mundo e a raça humana, e é o que vou provar no decorrer deste livro.
Não é tão fácil responder a esta pergunta. Pois para termos uma resposta ampla e
satisfatória, devemos antes considerar alguns pontos no contexto da história dentro
da palavra de Deus.
Na palavra de Deus, a Bíblia Sagrada; Deus se revelou à nós. Não somente nos
informando da criação mas revelando-nos intimidade ocorridas mesmo antes de
nada existir. Deus quer que saibamos de seu propósito, seu objetivo, seu alvo. E não
devemos ficar admirados se não podemos entender tudo agora. Mas que devemos ter
sempre em mente é que : “ Verdadeiramente bom é Deus...,”(Salmos 73:1)
É difícil para nós imaginar um tempo na eternidade em que nada existia; exceto o
Deus tri-uno. E também quando o pecado nem se quer tinha possibilidade de se
manifestar tanto na sua forma abstrata como concreta.
Esses fatos estão longe de passar pela mente do homem natural, e muitas vezes
nem são percebidas pelos crentes.
Antes de mais nada, vamos esclarecer que Deus não sofre de solidão. Pois se
alguém pensa que Deus criou alguma coisa, primeiramente os anjos e depois os
homens porque se sentia muito só, está redondamente enganado. E muito menos, os
criou porque sentia necessidade de ser adorado por seres inferiores e limitados.
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Os planos e propósitos de Deus, estão acima destes pensamentos carnais e

terrenos.
Deus é satisfeito e completo consigo mesmo. Nada fora da sua pessoa é capaz de
aumentar ou acrescentar algo que Ele ainda não possua.
Então, o pecado só começou a existir na sua forma má, depois da criação. E Deus
sabia e permitiu que o mal aparecesse e seguisse o seu curso nas esferas angelicais e
humana.
Mas talvez ficamos mais assombrados ainda ao saber que Deus teria um custo
incalculável quando permitiu que o pecado se manifestasse. Pois lhe custaria o maior
de todos os sacrifícios que poderia realizar: a morte de Seu Filho.
Com isto, não podemos supor que algo deu errado e fugiu do controle de Deus. E
muito menos formarmos um idéia de que Deus não foi capaz de evitar que o pecado
entrasse no universo, ou que Ele não possa acabar com ele quando bem quiser.
Em primeiro lugar, as Sagradas Escrituras não nos permite pensar assim; e em
segundo lugar; mesmo acusando Deus de que a culpa é dele como fez Adão: no
nosso interior sabemos que Deus não age desta maneira.
Mas afinal: o que deu errado, e de quem é a culpa?
Gostaria de salientar quatro pontos em que Deus está soberano e dominador sobre
o pecado. E que Ele pode usar os meios, para alcançar os fins:
1) De modo algum Deus está sendo usado pelo pecado contra Sua vontade
ou permissão.
Deus não foi surpreendido pelo pecado. Pois a Sua presciência, que é o
conhecimento dos fatos antes mesmos de acontecer, não nos deixa chegar a esta
conclusão.
Deus não teve que mudar seus planos em última hora; muito menos aplicar
o plano “B”, como uma válvula de escape.
Por isto que, mesmo nossas mentes finitas não alcance a sabedoria de Deus,
devemos estar cônscios de que tudo estava sobre controle. Deus não é influenciado
por nada, Ele é livre para fazer e não fazer. Pois, “Quem guiou o Espírito do
Senhor? Ou, como seu conselho, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para
que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo e lhe ensinou
sabedoria e lhe desse compreensão?” (Isaias 40:13,14)
Aquele que na eternidade passada reinou poderoso e supremo; ainda reinará na
eternidade futura com todos seus inimigos debaixo dos seus pés.
02) Deus é santo e não faz acordo com o Pecado.

Mesmo Deus sabendo da realidade inevitável do pecado antes mesmo de criar
qualquer coisa, não torna o pecado existente. Deus sempre soube do bem e do mal.
Mas o pecado somente tomou forma depois da criação. Pois é impossível Deus
cometer pecado.
O caráter Santo, Bom e Justo de Deus, O impossibilitava até mesmo de um
pensamento pecaminoso. A forma ativa do pecado não teve lugar enquanto somente
existia a Divindade.
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E quando o pecado surgiu, Deus não desfez toda a criação angélica ou

humana; nem passou a mão sobre o pecado ou fez qualquer acordo com ele. Pois
seus atributos divinos não O permitiria.
Não, Deus foi além de qualquer expectativa ou plano que possamos imaginar.
Pois Ele viu no mau que assolava e destruía por onde passava; a brecha para
introduzir o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apocalipse 13:8)
Deus é Santo, e não compactua com o pecado. Ele pode adiar sua sentença
sobre o pecado pela sua misericórdia; pode investir em um dispendioso sacrifício
para salvar os que foram atingidos pelo pecado através do sangue de seu Filho; mas
com certeza, a santidade de Deus há de prevalecer em todo o universo, e o pecado
já não terá mais o seu lugar.
03) O pecado está no universo com todo o seu terror sobre os seres criados.
Nem sempre o pecado é visto pelo seu lado mau. Para nossa sociedade hoje
em dia, o mau está nos que procuram descaradamente os cultos satânicos ou no
coração dos homicidas e ladrões. O pecado já é tão comum na vida das pessoas, que
muitas delas nem o percebem.
O homem natural não percebe que o pecado os corroe como um câncer e que
tudo a sua volta está desmoronando por causa do pecado e que ele já não está mais na
UTI, e sim no necrotério.
Por onde o pecado passa e em tudo o que o pecado toca, não dá para se fazer
um remendo, um curativo, um torniquete. “ Porque o salário do pecado é a
morte,...” (Romanos 6:23) Seu pagamento é cruel, sem piedade, sem atraso, e sem
desconto. Ele é implacável, não tem acordo, nem redução de pena; vem sem avisar, e
quando menos se espera.
A humanidade sem Deus por séculos tem procurado colocar um pano quente
sobre o problema. Para todos os seus males, faz pilha e mais pilha de soluções que
não passa de esparadrapos. Prometem soluções para nossa sociedade, cura para a
solidão, depressão, desvio sexual, problemas conjugais, doenças mentais, crime,
guerra, alcoolismo, e para o terror dos terrores do homem; a morte. Mas tudo tem
sido em vão; pois o aguilhão do pecado tem conseguido com sucesso seu objetivo
final, a morte. (I Coríntios 15:55)
04) O terror e prejuízos do pecado, vão além do nosso tempo presente; pois vai
continuar por toda eternidade sobre alguns que deixam de abraçar a graça
redentora que há em Cristo Jesus.
Os estragos do pecado, são incalculáveis. E é muito comum ouvirmos em
nossos dias de pessoas ignorantes a seguinte frase: “aqui na terra estamos pagando
por nossos pecados!”
Com esta frase, estas pessoas estão declarando duas grandes coisas: a
primeira é que elas estão longe de avaliar a gravidade e os horrores do pecado na sua
totalidade. E em segundo, o pecado os afastou tanto de Deus, que os impossibilitam
de avaliar a santidade de Deus e a Sua oposição ao pecado.
Mas afinal, que deu errado?
Depois de ter ocupado os leitores numa breve avaliação do pecado e seus efeitos.
Acho que já está na hora de responder a esta pergunta sendo direto e objetivo.
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O que deu errado, estragou e separou a criação tanto angélica como humana de
Deus, foi o pecado.
Tanto o pecado do anjo mais elevado no céu, como o pecado do primeiro homem
criado a imagem e semelhança de Deus aqui na terra foram o mesmo, o ORGULHO.
Sim, ambos desobedeceram a palavra de Deus; mas o que estava em seus
corações era a ganância, a inveja, a soberba, a insatisfação do lugar que Deus os
tinha colocado.
Dando lugar em seus corações ao pecado e adornando-o com sua prática, abriram
um abismo debaixo de seus pés, e arrasaram com a formosura das coisas que Deus
tinha criado para ambos.
Os estragos do pecado não tem limites, não tem barreiras, por onde passa deixa
seu rastro de destruição, desolação e miséria. O pecado estragou as coisas mais belas
que Deus tinha criado. Mesmo Deus tendo conhecimento do bem e do mal, antes
mesmo de tornar existente sua criação. Ele não os induziu, nem ao menos é culpado
de sua queda.
Mas, vamos ver o que realmente aconteceu, e o que é o pecado na sua íntegra.
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Capítulo 03
O Que é o Pecado?
Primeira Parte.
Por séculos o homem tem se esforçado para descobrir quem ele é.

E o resultado deste penoso trabalho, resultou em milhões de livros escritos sobre
sua religião, cultura, arte, filosofia, educação, civilização, economia, auto-ajuda,
psicologia para os anseios da alma, etc.
É natural do ser humano ir em busca de respostas. E às vezes, suas descobertas os
torna mais sábio, mais preparado, mais independente.
Mas tudo isso nos leva para onde? De uma coisa podemos ter certeza, vai nos
servir somente para esta vida. Somente até a morte.
As descobertas humanas, pode servir muito bem para nossa vida presente. Mas
nossa vida não está limitada somente a este planeta. E quando saímos fora do âmbito
carnal e terreno e entramos na esfera espiritual, o homem só faz suposições. E para
uma mente sábia, suposições não é garantia de nada. Tanto pode da certo como pode
não dar.
Então neste assunto, Deus é a fonte da informação segura. Ninguém melhor do
que Ele para falar a nosso respeito. Pois Ele nos criou, soprou em nosso nariz o
fôlego da vida, e assim nos fez alma vivente.(Gênesis 2:7)
O homem quando passa à avaliar-se a si próprio, tende a achar dignidade e
excelência na sua condição. E quando passa esta informação de lisonja, e louvores de
seus poderes naturais para outros, acha ouvidos prontos para crer. Pois é natural do
ser humano achar-se superior a tudo e a todos inclusive a Deus.
Segundo seu julgamento da carne, o homem pensa que se conhece bem. Ele se
anima com os próprios poderes mentais e intelectuais do coração. E com isto, parte
para pratica de suas virtudes, à fuga do vício, o respeito, a busca desenfreada por
tudo que bom e honroso.
No entanto, consideremos o que Deus diz a nosso respeito:
“...; porque não há diferença. Porque todo pecaram e carecem da glória de
Deus;...”(Romanos 3:22,23)
Esta avaliação feita por Deus mesmo à nosso respeito, nos deixa sem eira e nem
beira. Não nos dá chance de defesa. Ele nem ao menos quer saber da enorme força
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que estamos gastando para nos regenerar, para ser perfeitos; ou da ponte que estamos
contraído para chegar até Ele.
É um processo já julgado e arquivado! Não temos a mínima chance de barganha!
Mas então, o que é o pecado que nos estraga tanto diante de Deus, e em nós
mesmos?!
O pecado na Bíblia, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento,
significa errar o alvo, falhar em alcançar um padrão, falhar em obedecer a
autoridade.
O Novo Testamento emprega cinco palavra gregas principais para o pecado, as
quais juntas retratam os seus aspectos variados, tanto passivo como ativo. Cada caso
subentende um critério objetivo, um padrão a que falhamos em atingir ou uma linha
que deliberadamente cruzamos.
a) Hamartia: é a mais comum dessas palavras, e descreve o pecado como um não
atingimento do alvo, ou fracasso em alcançar um objetivo.
b) Adikia: que é iniquidade, fala-nos de uma corrupção ou perversão de caráter.
c) Poneria: é o mal de um tipo vicioso ou degenerado.
d) Paraptoma: uma transgressão, é o ir além de um limite conhecido.
e) Anomia: falta de lei, é o desrespeito ou violação duma lei conhecida.
Mas que alvo temos que atingir, que padrão é este que não alcançamos, que lei é
esta estabelecida que não obedecemos?
Talvez antes da mais nada, devemos conhecer Quem estabeleceu o alvo, Quem
determinou a vereda para seguir, e Quem pronunciou a lei que devemos obedecer?
Seja qual for o nosso pecado, ele atinge primeiramente a Deus, lhe ofende, nos afasta
dele, provoca sua ira contra nós.
Vamos ver como isso funciona.
Segunda Parte.
Estando eu na casa de um irmão um final de semana, ele me contou uma

experiência vivida com sua filhinha de três anos: “ Cheguei na cozinha um certo dia,
e notei que uma xícara das que estava em cima da mesa, estava no chão quebrada.
Como só havia minha filha de três anos na cozinha, perguntei para ela quem havia
feito aquilo?! E mais que depressa ela respondeu: - Não fui eu pai!”
A conclusão deste incidente, é que o pecado já faz parte da nossa vida desde a
infância, que muitas vezes não percebemos nem resquício do pecado em nossos atos
cotidiano.
Davi disse: “ Eu nasci na iniquidade, e em pecado concebeu minha mãe”.
(Salmos 51:5)
Mas quando surgiu o primeiro pecado?
Na sua forma ativa, o pecado surgiu quando o maior dos anjo que Deus tinha
criado, conspirou em seu coração ser igual ou superior a Deus.
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Deus não criou satanás como ele é hoje; Ele criou um anjo que estava acima dos
demais, era perfeito em seus caminhos, até que se achou iniquidade nele. Pecou
opondo-se à vontade de Deus.
O primeiro pecado registrado na criação de Deus, ocorreu antes da criação
humana. Foi cometido por uma anjo que estava muito superior em poder e glória em
relação ao homem.
Mas mesmo estando tão perto de Deus, e tendo acesso a sua presença não o
isentou de ser julgado por seu pecado.
Deus é extremamente santo. E Deus percebeu o pecado deste anjo.
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Capítulo 04
Pecado & Pecados
Se o caro leitor é uma pessoa acostumada a ler também a Bíblia, deve ter notado
que às vezes cita ou ressalta sobre o pecado no singular, e outras vezes fala dos
pecados no plural. Isso não são palavras soltas ao ar, têm o seu significado, têm o seu
o propósito e o seu porque de estar escrito assim. Veja!
O Senhor Jesus em uma certa vez, saindo de Betânia, teve fome.
E, vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia
alguma coisa para comer. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas. (Marcos
11:12 à 14)
Este é um quadro perfeito que representa o capítulo que vamos estudar agora.
O pecado na sua forma singular, é a figueira com as folhas.
Mas agora, quando falamos dos pecados, no plural, são os frutos que a figueira
produz.(Que no caso de Jesus, não encontrou naquela figueira).
Geralmente quando a Bíblia se refere ao pecado no singular, ele está falando do
estado em que o homem se encontra, sua natureza, a raiz. Esta natureza má, as vezes
também é chamada de carne, velho homem, pecado ou pecado na carne.
E como a figueira que Jesus avistou ao longe seria algo natural encontrar nela
figo; assim também o homem com a sua raiz pecaminosa, é natural para ele produzir
muitos pecados.
A natureza de Adão.
Quando o homem desobedeceu a palavra de Deus, e pecou pela primeira vez,

descarrilou sobre ele uma série de maldições, que desde então só tem ido de mal à
pior.
Não é assunto deste capítulo o que Adão perdeu com a queda. Mas sim o que ele
ganhou.
E o que ele ganhou e passou a todos os homens, não é nem um pouco plausível ou
bem recebido.
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Pois com a desobediência de um só homem, entrou o pecado no mundo, e pelo

pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens.
Quando o ser humano é gerado no ventre de sua mãe, este ser já traz consigo a
natureza pecaminosa, a raiz do mal.
E como não há necessidade de ensinar a uma macieira produzir maçãs e não figo,
assim também não é preciso incentivar as crianças a mentir, brigar, fingir, roubar,
etc., pois é de sua natureza produzir estes frutos.
E esta raiz é tão má, que Deus não permitiu que o homem continuasse no jardim
do Éden. Antes pelo contrário, os expulsou, e colocou querubins ao oriente do Éden e
o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
(Gênesis 4:24)
Deus não queria que este segundo ato(comer da árvore da vida, agora pecador),
fizesse ficar o estado do homem pior do que o primeiro. Pois se o homem comesse da
árvore da vida neste estado, ficaria perdido para sempre. E Deus ainda tinha planos
para recuperar o homem para sua glória.
Qual a solução para o pecado, e os pecados do homem?
Temos a resposta completa para esta pergunta, nos primeiros oito capítulos de
Romanos.
Depois da saudação e introdução inicial do capítulo 1:1 à 17. Paulo passa a
mostrar nos capítulos 1:18 à 3:20, o homem totalmente corrupto e perdido seja quais
forem as circunstância em que se encontrem.
Sem lei, o homem se achava num estado de pecado desenfreado, com sua vã
filosofia e inteligência natural, ele julgava o mal, o erro, o desvio, mesmo
cometendo-o.
Sob a lei, ele transgredia e violava essa lei, mesmo vangloriando-se de possuí-la. E
assim, desonrava o nome d’Aquele de cuja glória ele viera. Pois, como Solidário,
Deus tinha dado esta lei aos seus antepassados; que por sinal, foram como povo
pertencente a Ele, e que d’Ele receberam esta lei.
Então, do capítulo 3:21 à 5:11 de Romanos, Paulo nos mostra como Deus na sua
infinita graça sanou pelo sangue de Cristo os nossos “pecados” e nossa culpabilidade
individual.
E por fim, do capítulo 5:12 à 8:39, o apóstolo trata do “pecado”, do nosso estado
atual. O “pecado” na carne e a morte ao “pecado”.
Tendo colocado uma visão panorâmica do assunto pecado e pecados, gostaria

agora de esmiuçar melhor este tema:.
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a) Os nossos pecados e a paz interior.
Os frutos do pecado, já aparecem logo após a queda de nossos primeiros pais Adão
e Eva, quando Caim, o filho mais velho do casal matou a seu irmão Abel. E de lá
para cá, os pecados se tem multiplicado; tanto através dos nossos membros, como
também em nossos corações.
Nossos membros: “ Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem
faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é um sepulcro aberto; com a
língua, tratam enganosamente, veneno de víbora estão debaixo de seus lábios, a
boca eles a têm cheia de maldição e amargura; são os seus pés velozes para
derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconhece o
caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Romanos 3:12 à 18)
Nossos corações, nossa mente: “ Cheio de toda injustiça, malícia, avareza e
maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo
difamadores, caluniadores, aborrecedores de Deus, insolentes, soberbos,
presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem
afeição natural e sem misericórdia, adultério, prostituição, furto, falsos
testemunhos, blasfêmias”. (Romanos 1:29 à 31, Mateus 15:19)
Agora me diga você. Como recuperar algo assim? Como recuperar pessoas neste
estado, e deixa-las em paz; sem que a culpa por estes atos cometidos, as persiga por
toda vida?
Bem que podemos tentar por nossos meios. E é o que o homem tem feito por
muitos anos, mas sem sucesso.
O máximo que podemos fazer é domar, adestrar, ensinar, e domesticar o leão.
Mas não podemos mudar a sua natureza, nem apagar seu passado de rebeldia,
matança e ferocidade. E nem tão pouco tirar a culpa que carrega consigo de todos
estes atos.
Para resolver o problema dos pecados, teria que ser algo que primeiramente,
satisfizesse e aplacasse a ira e justiça de Deus, tirasse de sobre nós nossa culpa
pelos pecados cometido, e desse-nos uma nova vida para continuar nossa jornada.
E é justamente aí que a obra de Cristo na cruz entra. Pois, quando nos
encontrávamos na rua da amargura, como sepulcros caiados; que são tão belos por
fora, mas por dentro há todo tipo de imundícia e podridão, o seu sangue foi
derramado, a obra foi consumada, a salvação foi preparada.
Primeiramente, para resolver o problema dos nossos pecados; tínhamos que fazer
acerto de contas com quem estava mais ofendido por eles, Deus.
Os nossos pecados atraia a ira de Deus; a sua justiça assim exigia condenação,
pagamento da dívida.
Deus não podia fazer um acordo com os pecados cometido, nem esquecer.
Então a solução única, exclusiva e capaz, apareceu. Cristo por meio da sua morte,
tomou o lugar do pecador, e recebeu sobre si a ira, o juízo, a condenação. Pois Ele
era capaz de suportar todo o peso da ira que nossos pecados mereciam, e deixar a
justiça de Deus plenamente satisfeita.
Em segundo lugar, temos a nossa culpa interior pelos pecados dantes cometido
sob a paciência de Deus.
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A nossa consciência é algo que nunca morrerá, nem se extinguirá. Em Lucas

16:19, temos o registro da história de um homem que morreu, foi sepultado e ao abrir
o seus olhos estava no inferno. Vemos que sua consciência funcionava perfeitamente.
Pois ele se lembrava que aqui na terra era judeu, e vemos isto quando se dirigiu a
Abraão chamando de pai.
Se lembrava do nome e do mendigo(Lázaro) que sempre estava na porta da sua
casa para esperar as migalhas que caiam da sua mesa.
Lembrava-se da casa do pai, e dos cinco irmãos e a vida que eles levavam; pois os
conduzia para o mesmo lugar que ele.
A nossa consciência e algo que nos atormenta, nos corrói, nos mata de desgosto
por aquilo que cometemos.
Mas, “justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo;” (Romanos 5:1) Paz é tudo que nossa alma precisa para termos uma
consciência tranqüila, sem culpa, sem pesar.
Deus tira um fardo tão enorme de nossas costas quando nossos pecados são
perdoados.
Mas tem mais, Deus derrama do seu próprio amor, em nossos corações. Nos dá o
Espirito Santo para morar em nós. E agora, aqueles que antes estava separados da
glória de Deus; se gloriam na esperança da glória de Deus.(Romanos 5:2,5)
Onde nossa mente se ocupava com a culpa de nossos pecados, agora acha milhões
de motivos para ter paz e alegria no Espirito Santo.
Pois quem nos condenava, agora nos diz que: “...de nenhum modo me lembrei de
seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre.” (Hebreus 10:19)
Que Deus seja louvado por isso!
Em terceiro lugar, depois de Deus ternos aceitos no Amado, nossas culpa terem
sido tiradas e enchidos com o Amor e o Espírito de Deus. Temos uma vida toda pela
frente ainda aqui no mundo.
E ai como fica; Não pecamos mais; Deus não fica mais irado conosco; não temos
mais culpa pelos pecados agora cometidos?
Para responder a estas perguntas, vamos dar mais um passo na carta aos Romanos
e entrar no capítulo 5:12 em diante.
Daqui em diante o assunto não é mais os pecados que estão sendo tratados mas
sim o pecado, a raiz.
b) Mortos para o pecado, mas vivendo para Deus.
Quando uma pessoa se salva, muitas coisas acontece. Não são obras e mudanças
feitas por ela mesma; mas Deus é quem faz toda a operação.
E como já vimos anteriormente, Deus ficou satisfeito com a obra de Cristo, sua
justiça pode nos aceitar como sem pecados, limpos, perdoados, pois tudo foi
cancelado.
16
Também nossa consciência de culpa, que nos acusava dos nossos pecados tanto
pela lei de Deus vinda por Moisés, como a lei gravada em nossos corações, ficou
purificada. Temos paz, e o amor de Deus foi derramado em nossos corações, como
também seu Espírito.
Mas isto não é tudo, a jornada apenas está começando.
A pergunta agora é: O que aconteceu com o pecado, com a raiz que provocava
toda ruína, todos os males?
Bem, talvez você vai ficar assombrado ao saber que permanece conosco.
Mas então você pode dizer: “Não adiantou nada, vai voltar tudo como era antes!”
Eu poderia dar toda razão para você se quando a pessoa foce salva ela continuasse
viva.
Mas veja só o que acontece quando uma pessoa é salva:
“ Como viveremos ainda no pecado, nós que para ele morremos? Ou, porventura,
ignorais que todo nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua
morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na sua morte pelo batismo; para que, como
cristo foi ressuscitado dentre os mortos para glória do pai, assim também andemos
nós em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele na semelhança da sua
morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo
isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do
pecado seja desfeito, e não sirvamos o pecado como escravos;”(Romanos 6:2 à 6)
O pecado que antes achava membros para colocar em prática suas obras, não
encontra mais. Pois estão mortos.
A mente que estava sempre livre para o pecado atuar, não está mais. Pois está
morto o dono da mente.
Deus preparou uma salvação tão geniosa, que só poderia ter nascido no coração
divino.
Mas você pode estar pensando: “ Mas comigo as coisas não são bem assim. Há
uma luta dentro de mim. Quero praticar o bem, mas as vezes não consigo. Tenho
pensamento que Deus não aprova. Então como é isto?”
A Bíblia diz que estamos mortos para o pecado. Mas não diz que o pecado está
morto em nós.
“ Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivo para Deus,
em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado sobre o vosso corpo morta, de
maneira que obedeçais às suas paixões;” (Romanos 6:11,12)
A palavra “considerai-vos” no versículo acima citado, dá-nos a chave, o segredo
de toda esta verdade. Pois, significa: “Faça isto continuamente,” ou “continue a
fazer isto”.
Na hora da conversão o que ocorreu foi o seguinte: Deus perdoou por completo
nossos pecados; como se de uma grande árvore com suas folhas e frutos fosse
podada bem rente ao chão. Mas a raiz continuasse ali.
Hoje depois da conversão, devemos continuar a fazer o que ocorreu no exato
momento da mesma. Estar mortos para o pecado!
Mas como?
Será que é ficando imóvel; Ou, fingindo-se de morto?
Mesmo a raiz estando em nós, não devemos deixar ela brotar e tomar o seu lugar
novamente. “ nem ofereçais cada um os membros de seu corpo ao pecado, como
17
instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurrectos dentre os

mortos, e os vossos membro, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado
não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei e sim da graça.”
(Romanos 6:13,14)
Aqui encontramos o segredo para vida abundante; Três coisas importantíssima
encontramos nestes versículos:
- Não ofereçais os membro de seu corpo ao pecado.

- Oferecei-vos a Deus.
- O pecado não terá domínio sobre vós.
Aqui está todo o segredo para termos vitória sobre o pecado:

Primeiro temos a nossa atitude negativa ao pecado. Não devemos ficar ocupados
com ele, nem pensando nele, e muito menos dar oportunidade para ele.
A Bíblia é muito bem clara a este respeito; pois ela nos ensina que devemos fugir
do pecado. Ela nos diz sim que devemos resistir ao diabo; mas quanto ao pecado, é
para fugir dele.
Fugimos não porque somos covardes, mas porque o terreno que estamos pisando
é possível achar valores que é do agrado da nossa carne. E a carne tem prazer no
pecado.
Cito dois exemplos na Bíblia que somos incentivados a fugir do pecado:
Paulo escrevendo a Timóteo disse-lhe: “ Foge também dos desejos da mocidade;
e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam
ao Senhor.” (II Timóteo 2:22) Note que é fugirmos do pecado, e apegarmos as coisa
de Deus.
A outra ocasião em que somos ensinados a fugir do pecado, está em (Gênesis
39:12,13): “ (José) Sucedeu que um certo dia veio à casa(do rei Faraó) para fazer o
seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali; E ela (mulher de Faraó) lhe pegou
pelo seu vestido, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou seu vestido na mão dela, e
fugiu, e saiu para fora,...”.
O pecado não é algo que possamos brincar. Fazer prova para vermos se já o
dominamos. Pois a Bíblia e os nossos dias, estão cheios de exemplos de homens que
pensávamos que estavam longe do alcance do pecado, e caíram de repente.
Mas em segundo lugar no entanto, não devemos também simplesmente fugir e
ficar desocupados, ociosos; temos o um incentivo positivo; que é oferecermos a
Deus, como pessoas que já não estão mais vivendo para o pecado; mas sim pessoas
que morreram para o pecado e ressuscitaram para ser usada por Deus e para Deus.
E a terceira, que é a mais maravilhosa de todas; é que o pecado definitivamente
não terá domínio sobre nós. Pois quando a lei chegar para nos condenar, vai encontra
pessoas mortas. A lei não pode aplicar sua justiça sobre um morto. Ele não pode
sofrer a pena que está proposta, e nem ao menos ouvir a sua sentença. “ Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo
Jesus nossos Senho.” (Romanos 6:23)
O poder do pecado que é a morte, não pode ser mais aplicada sobre os que já
morreram uma vez em Cristo Jesus. Mas no entanto a graça agora reina em nós e
sobre nós.
18
Somo chamados agora para viver exclusivamente para Deus.
bb) A Troca de Senhores.
Na primeira parte deste capítulo, consideramos a morte de Cristo em relação com

a justificação e com a vida prática. Cristo morreu por nossos pecados. A partir da
segunda parte deste mesmo capítulo, estando Cristo morto, nós nos consideramos
mortos para o pecado e vivos para Deus, por Cristo nosso Senhor. Mas resta ainda
um outro ponto a ser tratado, a saber: Que lugar tem a lei em relação ao cristão, visto
que Cristo ressuscitou; ou, para melhor dizer, visto que o crente tem parte em Cristo,
como num Cristo que foi morto e que está de novo vivo, qual é a força desta verdade
a respeito da lei? A lei não tem poder sobre um homem senão durante a tempo em
que ele vive. Portanto quando ele morre, a lei não tem influência alguma sobre ele.
Tal é nossa posição em frente a lei: estamos mortos e a lei já não pode nos atingir.
A nossa morte enfraqueceu sua autoridade? Não, porque nós dizemos que Cristo
está morto e que, por conseguinte, nós estamos mortos com Ele – e a lei não se aplica
a um morto.
O apóstolo se utiliza de um casamento para ilustrar o que ocorreu quando nos
convertemos.
“ Ora a mulher casada está sujeita pela lei ao marido, enquanto ele viver; mas, se
o mesmo morrer, desobrigada fica da lei conjugal. De sorte será considerada
adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o
marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim,
meus irmãos, também vós morrestes relativamente a lei, por meio do corpo de
Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, Aquele que ressuscitou dentre os mortos,
a fim de que frutifiquemos para Deus.”(Romanos 7: 2 à 5)
Não podemos servir a dois maridos ao mesmo tempo, isto é, ser da lei e ser de
Cristo.
A lei é santa; e o mandamento, santo , e justo, e bom. Mas em vez de nos dar força
para vencer o pecado que está em nós; ela punha em realce, trazia a tona, expunha ao
nossos olhos que os nossos membro estavam servindo ao pecado; e sendo assim,
frutificávamos para morte.
“ Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à
escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu modo de agir, pois
não faço o que prefiro, e sim o que detesto.” (Romanos 7:14,15)
A lei era um senhor impiedoso e sem acordos. Ela estabelecia o padrão, mas não
dava força e nem condições para alcançar. Ela não nos dava chance de servir a Deus;
pois nos mantinham ocupados com os resultados negativos de nossos esforços. E
sendo o homem pecador, ela colocava a alma sob a morte.
Além do mais, éramos carnais, prisioneiro da lei do pecado que estava em nossos
membros. O pecado(a raiz) estava em nós. Era normal os nossos membros praticar e
achar prazer no pecado.
Tínhamos que morrer para o pecado, e também morrermos para lei.
“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
(Romanos 7:24)
19
Como na lei do casamento, a solução era morrermos.

Sob o ensinamento da graça divina, o homem renovado tem aprendido três coisas:
Primeiro, descobriu que nele, isto , na sua carne não existe nenhum bem.
Segundo, aprendeu a distinguir entre ele próprio, que quer o bem, e o pecado, que
habita nele.
Terceiro, verificou que, quando quer o bem, o pecado é demasiado forte para ele.
Tendo aprendido assim o conhecimento de si próprio, não procura melhorar-se na
carne, mas procura a libertação e tem-na em Cristo. O poder vem depois.
bbb) A lei do Espírito da vida.
“ Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”

(Romanos 8:1)
Agora estamos fora de todo e qualquer julgamento que de Deus em nós se
aplicava. Pois Cristo esteve sob o efeito da condenação em nosso lugar.
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado e da
morte. Enfim o que a lei não podia fazer, Deus o fez.
Agora tomamos uma nova posição com Cristo. Somos como um homem associado
numa empresa, possuindo todas as vantagens que pertenciam a essa ocupação.
“ Estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”
(Gálatas 2:20) Se Cristo vive em mim, eu estou morto, porque Ele está morto. Eu
vivo agora num Cristo morto, mas também ressuscitado; e seus benefícios, são meus.
Somos perfeitos diante de Deus em Cristo, sem termos nenhuma justiça segundo a
lei, mas a lei se cumpriu em nós, que andamos segundo o Espírito, sem que sejamos
submetidos a lei.
Esta nova posição em Cristo, faz com que desfrutemos da companhia do Espírito
Santo; e não andamos mais segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Esta força interior, faz toda diferença. Agora perdoados de nossos pecados pelo
precioso sangue de Cristo; e mortos para a lei e o pecado; recebemos força para
viver numa nova vida.
Esta força que é o Espirito, é distinto de nós porque é o Espírito, o Espírito de
Deus. Todavia, Ele atua na vida, de modo que esta vida é praticamente nós mesmos,
pelo que é da vida de Jesus em nós.
Andar no Espírito, não se trata de dever, mas sim segundo a ação da natureza.
Porque esta tendência, esta afeição da natureza, tem o seu resultado infalível: O
pensamento da carne é a morte; o pensamento do Espírito é vida e paz – porque os
pensamentos da carne é inimizade contra Deus.
Deus é um Ser necessário. O Espírito de Deus embora vindo ao homem, não deixa
de ser Deus; e não faz com que o homem deixe de ser homem. Mas produz
divinamente no homem uma nova vida, um novo caráter, um estado de ser moral,
um homem novo, e, neste sentido, um novo ser, em virtude da purificação pelo
sangue de Cristo.
Tendo Cristo cumprido a obra de libertação de que o Espírito é o poder em nós, o
Espírito passa a habitar no crente, e assim o crente está em Cristo e Cristo nele.
20
E, é pelo Espirito, que vamos mortificar os feitos do corpo para vida.

Vemos até aqui o Espírito atuando no crente como vida; e de agora em diante
como poder.
“O próprio Espírito testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus.”
(Romanos 7:16)
O Espírito penetra em todo nosso ser moral, produzindo neles pensamento,
afeições, propósito, ações; ou, antes, cria em nós todas as coisas, sendo delas Ele a
fonte: Atua em nós, produzindo-as.
Como pessoas que viviam em pecados, glutonarias, bebedice, prostituição; são
agora filhos de Deus?! É que nascemos de novo pelo Espírito, e é Ele quem nos
ensina do mais fundo do nosso íntimo há ser e agir como filhos de Deus. Nós
gozamos desta relação de filhos em virtude da ação do Espírito.
Agora, fazendo parte da família de Deus, não vivemos em corda bamba, tendo o
nosso futuro como algo incerto. Não, porque já somos herdeiro de Deus e co-
herdeiro com Cristo. Tudo que seu Unigênito filho ganhar, nós desfrutaremos com
Ele. É o poder do Espírito que nos garante chegar tão alto.
“Também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do
Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.”(Romanos 8:26,27)
Gemidos, suspiros que substitui palavras, aquilo que é impossível de se falar, é
levado por Ele a Deus.
Graças damos ao nosso bondoso Deus, por preparar uma salvação verdadeira e
completa que temos por Cristo Jesus nosso Salvador.
Poderíamos continuar pensando sobre a atuação do Espírito em nós até a
eternidade, mas este não é o objetivo deste capítulo; pois ainda neste livro
chegaremos lá.
21
Capítulo 05
Lúcifer, Filho da Alva; Antes e Depois do Pecado
Três grandes erros ocorrem em nossos dias quando o assunto é o Diabo. O

primeiro, é negligenciá-lo por completo, como sendo mito; ou, tê-lo como conto da
carochinha. A segunda, que está no outro extremo, é ver diabo por todo lado. Como
se o diabo tivesse condições de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ou, que
nossas doenças psíquicas e mentais fossem autoria dele também. E também, temos
aquele grupo morno, acredita na existência dele, mas nunca vê suas obras, nem seus
ardis. Não faz questão de lutar e combater nada que tenha sintomas diabólico. Pelo
contrario, foge.
Minha intenção neste capítulo, é esclarecer um pouco mais onde o pecado teve seu
primeiro berço. E para isso, vamos entrar um pouco na vida deste ser maligno, que
um dia foi um anjo à serviço de Deus.
É muito significativo que as Escrituras nos mostra com detalhe e cuidado a
existência desta pessoa má e cruel desde a sua criação, sua carreira, sua queda, até
seu julgamento final.
Este poderoso anjo aparece na Bíblia com destaque, importância e poder logo
abaixo da Trindade.
É bom salientar que na Bíblia, os seres espirituais, tanto os santos como o as que
não são santos, foram chamados de anjos. (Apocalipse 12:7)
Só existe um diabo, como também só um arcanjo entre os demônios, que é o
diabo.
O chefe dos demônios aparece com mais de quarenta nomes diferentes, eis alguns:
“A serpente”, fala da sua astúcia.
“diabo”, caluniador, acusador.
“Satanás” , aquele se opõem.
22
“deus deste século”, está ligado com adoração e culto.

“príncipe deste mundo”, reino e governo terrestre.
“príncipe das potestades do ar”, reino e governo no mundo demoníaco.
“Lúcifer, o filho da alva”, seu conhecido nome antes da queda.
Também é chamado de: “acusador de nossos irmãos, Belzebu, Belial”. (Ap.
12:10; II Cor. 6:15; Mat. 12:24)
Mesmo sabendo que seja do interesse de todos um estudo mais profundo sobre os
anjos, procurarei seguir a linha deste livro que é, o primeiro pecado no universo
criado. E Para isto, convido a ler duas passagem bíblicas:
Ezequiel 28: 11 à 19
“ Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma

lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o
sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de
Deus; de todas as pedras criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da
guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das
pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado
até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o
teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte
de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.
Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria
por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te
contemplem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio,
profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te
consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te
contemplam. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens
a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.”
Isaias 14: 12 à 17
“ Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por
terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu;
acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no
mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-
te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o
mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava
ir para casa?”
23
a) Que ligação tem estas profecias?
Encontramos nestas duas profecias, um contexto que dá luz ao passado histórico

de Satanás. Mesmo que cada autor tenha escrito em época diferente e apresente
pontos de vista diferentes, eles concordam entre si. Ezequiel, viu em perspectiva o
final da carreira de Satanás; e nos conta com mais detalhes sua criação, seu estado
original e sua queda. Quando começa a descrever o santo e elevado estado deste anjo
que foi criado, ele se dirige a ele em nome de Jeová, chamando pelo seu título
terrestre, “rei de Tito”. Enquanto que Isaias, no final desta história registra em
retrospectiva do que viu. Ele da ênfase ao pecado de Satanás, a degradação deste ser,
dirige-se a ele usando seu nome celestial, “Lúcifer, filho da alva”. A visão de Isaias é
traçada de traz para frente; e maior parte destas predições ainda não se cumpriram na
sua medida completa.
E assim vemos que o mais alto poder criativo, foi reduzido a extrema degradação,
e sua expulsão do seu lugar.
b) Estas profecias, é ao “rei de Tiro”, ou, a “Satanás”?
O contexto imediato e ocasional apresenta um registro dos julgamentos divinos

dos inimigos de Israel e, Satanás está incluso a este grupo. “Então Satanás se
levantou contra Israel,” (I Crônicas 21:1)
Os versículos precedente são dirigidos ao “príncipe de Tiro”, uma alusão ao
personagem que Satanás levantará ainda, “o homem do pecado”, e o que segue é
uma palavra de Jeová ao “rei de Tiro”; Satanás.
Uma outra coisa que devemos notar, é são gastos dezessete versículos falando
sobre quatro nações, Amom, Moabe, Edom e Filístia; enquanto que as palavra de
Jeová dirigidas a cidade de Tito ocupam oitenta três versículos. Tiro era a grande
cidade comercial da época. E com isto notemos que nem sempre a nação ou cidade
que está crescendo é aprovada por Deus, tem as benção de Deus.
O contexto destas passagens nos levam além de simples considerações de Jeová
ao “rei de Tiro”:
i) Pelo seu cenário e linguagem não pode aplicar-se a algum filho do
homem pecado; é impossível.
ii) Portanto, necessariamente, refere-se a um espírito ou anjo.
iii) Este anjo ou espírito, seja quem for, foi pessoalmente a o corroa desta
primeira criação.
24
iv) Sua tarefa era proteger o Trono de Deus, proibindo a aproximação do

mal, e de qualquer injustiça.
v) Achou-se nele iniquidade e essa iniquidade foi sua auto-exaltação.
vi) Foi pronunciado a sentença da expulsão do seu lugar, embora não
tenha sido, pelos menos totalmente, executada.
Depois de uma minuciosa avaliação e estudo destas profecias, chegaremos a

conclusão que nenhum rei de Tiro atende a esta exaltada descrição. Nenhum homem
pecador pertenceu ao grupo de querubins, nem foi diretamente criado por Deus, nem
foi permitido que pisa-se no Monte Santo de Deus, e muito menos que tenha sido
perfeito desde de a sua criação. E para não falar que este ser foi um dia ornamento de
louvor.
c) Análise deste ser em sua criação, seu estado original, sua queda, o
desenvolvimento e a manifestação de sua autoridade seus vários julgamentos e o
seu confinamento no lago de fogo.
Segundo o Senhor Jesus Cristo mesmo, os anjos não se reproduzem, não se

propagam, não aumentam em números. Foram criados com propósitos específicos.
Eles receberam a autonomia de anjos, ficando assim a liberdade de escolha para
permanecerem ou não no estado de santidade que foram criados.
A revelação específica da criação de Satanás em um tempo ou período sem data,
fica num intervalo entre a criação dos céus e da terra naquela forma perfeita em
Gênesis 1:1, e um julgamento de Deus desolador, e transtornado de sua superfície,
dissipando assim seus moradores. (Gênesis 1:2; Isaias 24:1; Jeremias 4:23 à 26)
Este anjo era da ordem dos querubins, e estava relacionado com o Trono de Deus
para proteger e defender Sua Santidade. Ele foi “estabelecido” por Deus, e
“permanecia no Monte Santo de Deus”. Concluímos que este anjo foi criado acima
dos outros anjos para servir de protetor e defensor do Trono de Deus.
Vimos sua sabedoria e formosura antes da queda expressada pelo Senhor Deus ao
lhe dizer: “Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e perfeição.” E os
ornamentos de jóias sugere sua grande importância e o resplendor de sua aparência.
Assim cheio de resplendor ele foi apresentado no jardim do Éden; e agora se era o
Éden anterior ou o Éden de Gênesis 3 não posso afirmar. Mas vemos que quando em
Gênesis 3 ele aparece como a “serpente”, a palavra usada para este ser significa “o
reluzente”. Paulo nos fala da possibilidade de Satanás se transformar em “anjo de
luz”.(II Coríntios 11:14) Parece que ele perdeu sua santidade, sua posição, mas não
o seu poder.
Estas pedras preciosas que lhe cobria; o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o
ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes
e os ornamentos; o ornamentava manifestando assim seu resplendor. E estas pedras
preciosas, aparece somente em três ocasiões na Bíblia:
i) Encontramos neste grande anjo em sua vestimenta; sinal da sua posição

elevada na criação.
25
ii) Vemos também no peitoral do sumo sacerdote, sendo uma manifestação

característica da infinita graça de Deus para com o homem.
iii) E por último aparece na Nova Jerusalém, manifestando a Glória do
Grande Deus.
Estas pedras impostas sobre esta criatura, o distinguia e realçava sua pessoa. Mas
tudo isso foi dado e permitido por Deus que é conhecedor de todas as coisas; “... te
estabeleci”.
E como não podia faltar o louvor; ele também preenchia este requisito. Não que
ele precisa-se de um ou mais instrumentos para louvar a seu criador. Pois ele mesmo
era o ornato de louvor. Foi criado nele, “tambores” e “pífaros”. “ ...a obra dos teus
tambores e dos teus pífaros estavam em ti; no dia em foste criado foram
preparados.” (Ezequiel 28:13 –Ver. Corrigida)
Mediante a grandeza deste ser, Deus não nos deixa esquecer, ele foi “criado.”
(Ezequiel 28: 13 e 15)
Mas ao mesmo tempo que somos lavados para ver a glória, o poder, a formosura, a
sabedoria e o louvor deste grande ser; também somos informados do seu pecado, da
sua iniquidade, da sua queda.
Deus criou um anjo santo com poder de escolha entre o bem e o mal, e ele
escolheu o mal.
Sua queda foi um grande impacto até para Jeová; pois foi Jeová e não o profeta
que proclamava aquelas palavras sobre o “rei de Tiro”. Uma lamentação de intensa
angustia, seguida de gestos de bater no peito. Vemos a tristeza de Jeová derramada
sobre o pecador.
Como na pergunta de Deus ao homem depois da queda; para este anjo devia ser a
mesma: “Porque fizeste isto?” (Gênesis 3:13)
Por outras passagens Bíblica somos informados que Satanás peca desde o
princípio, e desde então não cessou de pecar. E creio pela revelação de Deus em sua
palavra, foi ele quem cometeu o primeiro pecado. Pecado “excessivamente
maligno.” (Romanos 7:13)
Seu pecado foi o ORGULHO; mas sua intenção não era ser igual a Deus no
sentido de poder e atributos, ou, auto-existência que ele bem sabia que só pertencia a
Deus. Satanás queria ser adorado pelos céus e terra, queria possuir as céus e a terra.
Tudo que devia ser para o Altíssimo, ele queria que fosse dirigida para ele. Não
estava satisfeito com o lugar que Deus o tinha colocado. E num propósito cego e
desenfreado se rebelou contra Deus. E parece que suas intenções, ele não guardava
só para si; pois em Ezequiel 28:16, a palavra “comércio” tem o sentido de “andar
por aí”. Nos parece que ele andava entre os anjos difamando, e assegurando a
fidelidade deles numa futura rebelião contra Deus.
Seu orgulho queria direitos no Céus e na Terra, reconhecimento messiânico, a
mais alta posição celestial e a glória que pertence somente a Deus.
Mas Deus que é Onisciente achou iniquidade nele, mesmo parecendo-nos que
Satanás pretendia manter isso em segredo, em secreto. “Tu dizias em teu
coração”(Isaias 14:13)
26
O juízo promulgado por Deus à Satanás, não se concretizou de imediato. Pois

desde a sua expulsão do seu lugar até ao lago de fogo, é muito longo. E assim de
imediato ele perdeu sua santidade original, sua posição celestial, mas conserva sua
sabedoria, e voltou a sua imensa capacidade para o mal e o seu entendimento foi
inflamado ao nível das fraudes, mentiras, ciladas, artifícios, homicídios, e muito
mais.
Talvez não podemos dizer que Satanás não tenha permissão de entrar no céu,
onde vive os anjos. Pois em Jó 1:6 e 2:1, vemos Satanás vir entre os filhos de Deus,
na presença de Deus para dar satisfação. Também em Lucas 22:31, o Senhor Jesus
disse a Pedro que Satanás esteve na presença de Deus para solicitar que Deus
permitisse que fossem peneirados como trigo. (esta é a idéia no original daquela
passagem) Em Efésios 6:11,12, Paulo fala que nossa luta é contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestiais.
Satanás pecou, não obteve perdão pelo seu pecado. Está com o seu destino traçado
por Deus, o confinamento eterno no lago de fogo. Desde sua queda, trabalha
ferozmente contra tudo que se declara de Deus.
O papel de Satanás na história que Deus tem para este mundo ainda para se
desenrolar, é marcante. Parece que ele está tão cego e convencido que ainda pode
fazer alguma coisa para ter o que sempre almejou, que trabalha constantemente
contra Deus.
Mas sua derrota por completo está chegando!
“ Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande
corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, e o prendeu por
mil anos; Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais
enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que
ele seja solto por pouco tempo.
Quando, porém, se cumprirem os mil anos, satanás será solto de sua prisão e
sairá a seduzir as nações que há nos quatro quantos da terra, a fim de reuni-las
para peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharão, então, pela
superfície da terra e sitiarão o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu,
porém, fogo do céu e os consumiu.
O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde
já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados
de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 20:1-3 e 7-10)
27
Capítulo 06
Adão; Antes e Depois do Pecado.
Sempre foi curiosidade humana saber sobre sua origem e seu destino. E desde
então, nasceu as mais diversas idéias e sugestões que em vez de satisfazer os seus
anseios, tem havido discordância que não leva a lugar nenhum.
Mas, indo direto ao ponto sem questionar ou colocar a prova as idéias e as mais
diversas sugestões criada pelo homem da sua origem e seu destino; dizemos que:
“ Criou Deus o homem.” (Gênesis 1:27)
A Bíblia gasta seus dois primeiros capítulos para descrever como Deus fez o
homem.
No primeiro capítulo, em termos gerais, o homem é descrito com as demais
criações de Deus, embora contendo detalhes importante que não é mencionado a
respeito da criação em geral. Já no segundo capítulo de Gênesis (que significa
“começo”) é dado detalhes de como o homem foi feito.
a) A Origem Humana; parte material.
É confortante saber que fomos criados por Deus. Pois não temos nossa origem no
acaso, e muito menos estamos indo para lugar nenhum. Deus na sua sabedoria e
imutabilidade nos criou com um objetivo, e não é pelo pecado humano que seu plano
foi arruinado.
O homem é uma obra prima de Deus. Parece-nos que todas as outras coisas foram
criadas pelas simples, mas poderosas, palavras de Deus. O homem no entanto, foi
criado do pó da terra.
Primeiramente Deus formou uma estrutura, depois soprou em seus narizes o hálito
das vidas (literalmente no plural), e o homem foi feito alma vivente.
28
O primeiro homem foi chamado de Adão(que significa solo). Talvez, indicando

para ele mesmo e para nós, de onde fomos tirados.
Cientificamente isto confere, pois, há dezesseis elementos encontrados no solo,
que encontra-se também no ser humano: cálcio, carbono, cloro, flúor, hidrogênio,
iodo, ferro, magnésio, manganês, nitrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, silício,
sódio, enxofre. Os minerais vitais são: cálcio, ferro, potássio, magnésio, sódio e
silício. Todos este minerais estão presentes na forma orgânica do ser humano e
compõem em torno de seis por cento, o restante porém é água, carbono e gases.
Então desta forma, a própria ciência confirma que o homem veio do pó da terra.
O corpo não foi feito para ser destruindo logo. E muito menos para voltar ao seu
lugar de origem. Foi somente com a entrada do pecado que estas coisas se tornaram
realidades ao corpo.
Há uma imensa diferença entre o corpo de um animal e o corpo humano. O corpo
do animal, está adaptada às atividades da vida animal. Onde seu lugar no mundo
criado por Deus, é menos exaltado do que o do homem. Em contra partida, o corpo
humano é preparado e adaptado tanto físico como anatômico à participações na
literatura, na ciência, nas artes, na religião, etc..
Na criação de Deus, este corpo foi feito para ser alimentado, para ser usado no
trabalho, para se reproduzir, para conviver em família. Entretanto, o corpo não sentia
dor, cansaço, suor, mau cheiro, doenças, não morria e não se decompunha.
Creio também que o corpo, mesmo antes da queda, trazia traços da fisionomia,
sendo diferentes uns dos outros. Nunca foi a intenção de Deus fazer todos iguais em
fisionomia.
A mulher, Deus a fez de uma das costelas de Adão. E disse: “ ...e serão ambos
uma só carne.” (Gênesis 2:24) Assim segundo os planos de Deus, a mulher seria
uma extensão do homem. Separada sim fisicamente, mas uma parte do homem Adão,
um ser igual.
Uma costela foi o suficiente para Deus preparar uma auxiliadora para Adão. Deus
não tirou parte da cabeça de Adão, para que ela fosse a chefe ou cabeça da casa ou
das decisões. Também não foi tirada dos pés, como que assim ocupasse um lugar
inferior, e possível de ser pisada pelo homem. Não, mas a mulher foi formada a partir
de uma costela tirada de Adão, denotando intimidade, amizade, uma que ajuda, que
auxilia, apoia. Uma que caminhasse junto com ele.
Pela leitura de Gênesis, dá-nos a entender que Adão só colocou o nome de Sua
mulher depois que pecaram e receberam a sentença de Deus. Ele a chamou de Eva,
que significa “vida, vivente; ou, mãe da vida”.(Gênesis 3:20)
c) A Origem Humana; parte imaterial.
“ E disse Deus: Façamos o homem à nosso imagem, conforme à nossa

semelhança:... E formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em
seus narizes (isto é na face) o fôlego das vidas (lit. no plural); e o homem foi
feito alma vivente.”(Gênesis 1:26 e 2:7)
29
A natureza dupla do ser humano (a parte material e a parte imaterial) está em

relevo nos primeiro dois capítulos de Gênesis. Para não mencionar o restante da
Bíblia.
Esta obra prima de Deus, primeiramente difere dos anjos; pois nunca lemos que os
anjos tenham sido criados à partir da matéria já existente. Eles foram criados seres
imateriais. Não se reproduzem, nem aumentam em número. Muito menos somos
informados que eles são o que são por um sopro de Deus. Temos provas na Bíblia
que os anjos são espectadores das atividade humana (I Coríntios 11:10 e Hebreus
1:14). E sendo o homem criado por designação Divina, o Senhor Deus deu uma parte
do universo para ele viver, explorar, cuidar, subjugá-la, e se reproduzirem. Sendo
assim, parece-nos que o homem foi exaltado a um lugar de dignidade e honra
superior.
Em segundo lugar o homem é superior aos animais. Tudo foi criado para beleza e
conforto do Homem, e não o inverso. Do homem foi dito por Deus: “ ...e domine
sobre todos os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a
terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.”(Gênesis 1:26) Além do
homem estar numa condição superior entre os animais colocada por Deus mesmo;
ele foi criado a imagem e semelhança de Deus. Recebeu em sua face o hálito de
Deus, de onde se tornou alma vivente.
O que Deus transmitiu ao homem, aquele ser formado do solo, quando assoprou
em sua face, vai além de uma simples vida para cumprir obrigações neste universo.
Deus soprou diretamente no narizes do homem a plenitude de sua personalidade. O
homem não é somente matéria criada e em movimento. Ele se tornou alma vivente
com uma vida eterna, quer fosse feliz ou infeliz. Esse hálito, lhe deu uma vida
infinita, uma vida não sujeita a morte, embora como penalidade pelo pecado, o corpo
morra. O homem é constituído da matéria corpo, mas também possui neste corpo
uma alma e um espírito. O corpo esta ligado com a humanidade e a cabeça da
criação, governado sobre a terra e as criaturas; já a alma e o espírito estão
relacionados ao lar que lhe foi providenciado, do trabalho que lhe foi confiado, dos
relacionamentos que lhe foram dados, e, finalmente, da lei moral sob a qual ela foi
colocada sobre seu relacionamento com Deus.
O imaterial do homem, não se originou como criação, mas como uma transmissão.
Deus transferiu ao homem algo dEle mesmo; uma comissão do Eterno.
Atrás das palavras imagem e semelhança, está um mar imensurável que se o
homem pudesse explicar, ele explicaria Deus. Tendo em vista que estas palavras não
se refere a espaço, nem altura, nem fisionomia como conhecemos; pois Deus é
espírito. Nada está num plano tão superior na criação de Deus, do que ser criado a
Sua imagem e semelhança. Quando entramos nesta esfera da criação, nada do que é
material será capaz de explicar a profundidade, a largura, a altura destas duas
palavras.
Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo se propuseram a fazer o homem a sua
imagem e semelhança. Isso envolve realidades divinas, estamos em algo mais
elevado, mais nobre e mais excelente, que não pode ser computado, assim como não
se pode calcular ou imaginar um pensamento, a mente ou o poder do pensamento.
Podemos traçar alguns pontos que nos aproxima do que Deus quis dizer: façamos
o homem a nossa imagem e semelhança.
30
Da sua criação humana Deus disse que era muito boa. Além de preencher os seus
propósitos e requisitos, Deus teve uma suprema e plena satisfação. Santidade
perfeita se encontrava naquilo que Deus tinha criado. Estavam em uma inocência
verdadeira e satisfatória para com o mal. Estavam num estado de justiça, retidão e
conhecimento. Tudo isso levava o homem a ter uma inclinação interior em agradar a
Deus que o criou, amar de uma forma suprema seu criador, ter zelo para serví-Lo e
um temor sensível de não ofendê-Lo em hipótese alguma.
Mas imagem e semelhança envolve mais coisas como:
i) Responsabilidade: Deus é um ser livre, soberano, poderoso e responsável.

Faz o que quer e como quer. Deus também nos fez seres responsáveis, com
livre escolha. Deu-nos o poder de escolher o bem e o mal. O homem não
tinha conhecimento do mal, mas sabia que o mal existia. Deus colocou em
sua mãos uma escolha; uma agradava a Deus, a outra ia contra a vontade e
palavra dEle. Escolhendo o bem, não comendo do fruto da árvore que Deus
tinha dito para não comer, estaria manifestando estar satisfeito com Deus e
com que Ele tinha dado para eles comer e viver; Mas escolhendo o mal,
comendo do fruto proibido, vinha sobre eles o castigo que Deus tinha falado
que viria. Eram responsáveis pela sua escolha.
ii) Existência Eterna: Deus é eterno, Pai da eternidade. Nuca houve um
tempo, um ponto no tempo em que Deus não estava lá. Deus fez também o
homem eterno, nunca vamos deixar de existir. Depois que uma criança nasce
neste mundo, ela está destinada a viver eternamente. A nossa eternidade foi
dada por Deus. Foi o seu propósito que vivêssemos para sempre. A nossa
eternidade difere quando dizemos que Deus é Eterno; pois a Ele nos
referimos que é o Pai da Eternidade, não teve princípio em nem terá fim. Nós
pelo contrário, tivemos um princípio; para Adão, foi quando Deus o criou e
soprou em seus narizes o fôlego de vida e se tonou alma vivente. Para todos
depois de Adão, nos tornamos eternos quando somos gerados. Nunca
deixaremos de existir.
iii) Tri-unidade. Nesta parte também somos imagem e semelhança de Deus. Pois
Deus é tri-uno. Existem três pessoas divinas – o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, e estas três são UM só Deus. Três pessoas distintas, mas que
concordam entre si. Tem os mesmos propósitos, trabalham para um mesmo
objetivo, ambos são eternos e tem o mesmo poder. O homem também é três
em um. Pois somos compostos de corpo, alma e espírito. Não podemos
confundir estas três parte, pois são distintas, mas juntas, formam um ser.
iv) Personalidade divina. Talvez você já tenha ouvido a expressão, referindo-se
a uma criança ou jovem: “É a cara do pai, ou, é o pai escrito.”. Quando uma
pessoa fala assim, ela está dizendo que aquela criança traz traços visíveis de
seu pai. Tanto pode estar se referindo a fisionomia corporal, como também a
personalidade. Nós também trouxemos traços de nosso criador, não
fisionomia física, pois Deus é espírito, mas sua personalidade; ou, pelo menos
a semente da sua personalidade. Num certo sentido, Adão vivia em santidade.
Bem, o hábito de santidade não será formado até que haja o principio que
possa levar ao hábito. Da mesma forma podemos dizer que Adão trouxe de
31
Deus o inicio do amor, justiça, retidão, conhecimento, inocência, zelo, temor.

O raciocínio de Adão devia ser claro, seu julgamento incorrupto e sua
consciência reta e sensível. Adão tinha a semente de tudo que é bom no seu
interior. E esta semente devia germinar, crescer, e dar muitos frutos; e assim
o conduziria à comer da árvore da vida para que vivesse eternamente, em vez
de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal para morrer
eternamente. Deus queria que no seu estado original alcança-se a perfeição.
Pois o que o homem no seu estado original não conseguiu, Deus está fazendo
na regeneração deste mesmo homem caído: “ Portanto, sede vós perfeitos
como perfeito é vosso Pai celestial”.(Mateus 5:48) “...segundo é santo
Aquele que vos chamou, tornai-vos santos vós mesmos em todo vosso
procedimento, porque está escrito: sede santo, porque eu sou santo.”(I Pedro
1:15,16)
Ainda que com a queda tenhamos perdido ou prejudicado o aspecto do homem

original na imagem e semelhança de Deus, hoje ainda trazemos traços destas
palavras. Em Gênesis 5:1-3, as palavra imagem e semelhança traz grande força e
significado: “ Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o
homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e
lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em foram criados. Viveu Adão cento e trinta
anos, e gerou um filho a sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou
sete”. Esta passagem traz uma verdade vital, isto é, que Adão, feito a imagem de
Deus, gerou a Sete nessa imagem. Seja lá o que tenha acontecido com a queda do
homem, mas com certeza, o homem caído, não regenerado traz a imagem do seu
criador.
“ Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu;
porque Deus fez o homem segundo a sua imagem”. (Gênesis 9:6) “ Com ela (a
boca) bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos aos homem, feito
a semelhança de Deus”. (Tiago 3:9) O homem deve respeitar o seu próximo, não por
causa do parentesco, mas por causa da nobre verdade que a vida humana pertence a
Deus. Prejudicar o homem é prejudicar aquele que traz a imagem e semelhança de
Deus.
c) O material e o imaterial depois do pecado.
Deus fez tudo do bom e do melhor para colocar suas criaturas, Adão e Eva, num
ambiente saudável, agradável, farto, feliz e diversificado; lhes deu trabalho,
companheirismo, prazer, beleza; e acima de tudo, tinha uma aproximação interrupta
com Deus seu criador. Nesta comunhão com Deus, havia liberdade, franqueza,
prazer, verdade, amizade e doce inocência. Tudo corria bem, o trabalho estava
progredindo, Deus vinha até o homem trazendo todo o animal do campo e toda ave
dos céus para que ele pusesse o nome; e a tudo que Adão chamou a toda a alma
vivente, isso foi o seu nome. Havia comunhão, havia diálogo, havia prazer.
De toda riqueza, poder e liberdade que Deus tinha dado ao homem, somente uma
exigência lhe fez: “...da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”(Gênesis 2:17)
32
As riquezas que Deus tinha dado para Adão eram incalculáveis, havia um rio por
nome de Pisom que nascia no Éden e rodeava a terra de Havilá, onde havia ouro. E o
ouro dessa terra era bom; também se encontrava lá o bdélio e a pedra de ônix.
Também o poder e o domínio que Deus tinha depositado nas mãos de Adão
alcançava toda a terra; todos os peixes do mar, e sobre todas as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Não tinha limites na esfera
terrena. Sua liberdade era também um outro fator que Deus tinha lhe dado somente
com um limite; não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Em meio a tanta beleza e perfeição, apareceu um certo dia para Eva uma serpente,
a mais sagaz dos animais selváticos que o Senhor Deus tinha criado. Por trás desta
serpente, estava Satanás para colocar a prova a palavra de Deus.
Satanás foi pelo mesmo caminho que o levou a queda. Primeiramente colocou
dúvida na palavra de Deus; em seguida apresentou um plano melhor que Deus sabia
existir mas que os estava privado de desfrutá-lo. A intenção de Satanás, era fazer o
que tinha conseguiu entre os anjos, levar a criação humana de Deus a uma rebelião
contra Ele.
E, sem ao menos saber da gravidade de sua desobediência, pois a Bíblia diz que
Eva foi enganada, Eva deu ouvidos a Satanás, e comeu do fruto da árvore proibida.
Adão tomando conhecimento dos fatos, aceitou o fruto oferecido por sua mulher e
comeu com ela.
Este pecado revela, uma insatisfação ao lugar que Deus os havia colocado.
Orgulho em seu corações em almejar ser como Deus em sua plenitude. Querer ser
Deus, e ter privilégios e horas que só pertencem a Ele.
Os resultados do pecado vieram em parte, de repente. (Acho que por isso que o
pecado na Bíblia é apresentado como a lepra; pois a lepra não matava o indivíduo na
mesma hora que era contagiado, mas ia consumindo aos pouco sua vítima;
primeiramente aparecia o sinal da lepra, depois caia a ponta do nariz, dos dedos, e
por fim a morte; a ponto desta pessoa ser chada ainda quando viva, de morta-viva) E
qualquer bom dicionário nunca vai explicar a morte como fim, término de
existência; mas vai traduzir como separação, afastamento. E é justamente isto que o
pecado fez com homem. Primeiramente perdeu seu estado de inocência e perfeição,
pois agora o homem está morto em ofensas em pecados e separado de Deus; ficou
sujeito a morte física que separa a alma e o espírito humano do corpo. E por fim a
separação eterna do homem de Deus como um todo, corpo, alma e espírito lançado
nas profundezas do lago de fogo para toda a eternidade.
O homem foi atingido em cheio pelas conseqüência de sua desobediência. Seu
corpo, sua alma e seu espírito ficaram contagiados e a mercê do pecado:
i) O Corpo: A Bíblia usa algumas expressões para descrever as conseqüências

do pecado sobre o corpo:
Corpo do pecado: Este corpo foi ciado e moldado por Deus para ser
depositado um tesouro “ o espírito do homem” (II Coríntios 4:7); foi criado
para cuidar e lavrar a terra que fora criada e ordenada por Deus. Enfim,
criado para servir a Deus e seus propósitos. Mas em Romanos 6:6, vemos que
este corpo é chamado de o corpo do pecado, porque é um corpo que serve ao
33
pecado. Agora emprega o seu corpo para o uso do pecado. O corpo agora e
controlado e condicionado pelo pecado. “Todos se extraviaram e juntamente
se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua
garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente;
peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de
maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em
seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da
paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos”. (Romanos 3: 12à 18) O
corpo do pecado é usado para prostituição, adultério, homicídio, bebedice e
cultos satânicos.
O corpo desta morte; ou, corpo da carne, : Aqui está em vista a natureza do
pecado, ou aquilo na carne, que se opõe a Deus. Adão e Eva se tornaram
pecadores, por conseguinte, a sua descendência nasceu com uma natureza que
deseja o pecado. O corpo que devia obedecer e agradar a Deus, agora satisfaz,
colocando em prática, os desejos da carne. A expressão, “o corpo do
pecado”, mostra o problema do lado exterior; enquanto que “o corpo desta
morte, ou, da carne” expressa o interior, a raiz de todo o mal. Vemos que
nosso corpo físico obedece com prazer os impulsos depravados desta
natureza perversa. (Romanos 7:15-25 e Colossenses 2:11).
Corpo de humilhação; ou, abatido: Como achamos lindo quando um bebê

nasce; tão perfeito tão saudável, tão promissor. Mas não vai muito longe para
descobrirmos que ele adoece, é limitado em sua força, cansa, soa, envelhece e
morre. Estamos num corpo que não temos motivo nenhum para nos orgulhar.
Queremos fazer mas não podemos; a precisão e a destreza já se foram; tudo
que nos resta é e esperar o esperado, a morte. “Toda a carne é como a erva, e
toda glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva e caiu a sua
flor.” (I Pedro1:24 e Filipenses 3:21)
Corpo mortal: Vemos aqui a profundidade que alcançou o pecado em nosso

corpo físico. Nascemos, estudamos, trabalhamos, fizemos planos,
compramos, ficamos ricos; e sem aviso, a morte nos arrebata sem ao menos
nos deixar desfrutar de todo nosso labor e conquistas. A Bíblia diz que a
morte é o terror dos reis; pois quem gostaria de deixar de seu reinado com
toda sua pompa e riqueza; ser arrancado do seu lugar sem deixar ao menos
haver um acordo, uma trégua, um adiamento. Com a morte não tem acordo,
ela leva seu corpo para a sepultura, e ai se decompõe, ajudado pelos vermes e
bichos que aceleram sua volta ao pó.
ii) A Alma: Nossa alma foi criada por Deus. E como tudo que Deus faz é perfeito
e tem sua utilidade, a alma também foi assim. A alma é à parte do homem que
dá conhecimento de tudo que vemos a nossa volta. É através da alma que
manifestamos nossas emoções. A alma sente: “ alma faminta”(Salmos
34
107:9), “alma cansada”(Jeremias 31:25), “a lama que se aborrece”

(Levítico 2611), “alma sedenta” ( Salmos 42:2), “Alma angustiada” (Jó
30:25), “alma que ama” (Cantares 1:7). No estado original a alma funcionava
em pleno acordo com o corpo e o espírito; e desta forma achava prazer em
tudo o que Deus criou; sentia alegria pela beleza vista na criação de Deus;
engrandecia a Deus seu criador; e O adorava por ser Ele um deu Santo,
bondoso, poderoso e seu criador. Mas o pecado atingiu a nossa alma,
mudando assim sua direção. Hoje ela tem prazer nas riquezas deste mundo,
um prazer obsessivo, materialista. Não encontra mais alegria nas coisas de
Deus, a ponto de nem ao menos O entender. “o homem natural(alma) não
compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; e não
pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Coríntios
2:14) A alma leva o homem para longe dos interesses de Deus. Ela é
materialista, sensual, terrena, animal e diabólica. A alma é dotada de
inteligência, mas usa para as riquezas e materialismo deste mundo; para os
prazeres da sensualidade e é também um terreno pronto para o diabo semear e
prender a mente humana nas coisas terrenas e ímpias. (Judas 19; Tiago 3:15; I
Coríntios 15:44). O fim da alma é a morte, e como já dissemos que a morte
não é o fim, então a lama deixa este corpo para existir em outro lugar que a
Bíblia chama de inferno. Também a Bíblia fala da segunda morte para a alma,
que é o lago de fogo onde ela há de sofrer eternamente por seus pecados
cometidos com seu pleno consentimento. (Apocalipse 20:14)
iii) O espírito: “ E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”(I Tessalonicenses 5:23) “ A palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes,
e penetra ate à divisão de alma e do espírito”(Hebreus 4:12) Comecei
citando estes versículos onde mostram que alma não é espírito; por haver
algum que confundem; ou, pensam que é a mesma coisa. Ainda que a Bíblia
mostre que o espírito sente emoções, causadas pelas circunstâncias pelas
quais passa, e tenha inteligência em si mesmo, não nos permite confundi-lo
com a alma. Pois o nosso espírito dá-nos conhecimento de nós mesmo, dá-nos
conhecimento de Deus e das coisas espirituais, e permite-nos ter comunhão
com Deus e adorá-Lo. (I Coríntios 2:11, 14,15 e Romanos 8:16). A alma
pelo contrário, dá-nos consciência das coisas terrenas e materiais e as aprecia.
Mas o pecado estragou também o espírito, o pecado é como a lepra, como um
câncer que invade e se alastra por todo o ser, alcançando as partes mais
íntimas e escondidas. Agora, o espírito que achava prazer e alegria em Deus
seu criador: está desviado e obscurecido do seu alvo. Tem se entregado a
adoração de ídolos e cultos a satanás. O espírito tem seguido os ditames da
alma, e assim tem se afastado de Deus. “O boi conhece o seu possuidor, e o
jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel(e serve para todos nós
também) não tem conhecimento, o meu povo não entende. Ai da nação
pecadora, do povo carregado da iniqüidade da semente de malignos, dos
filhos corruptores! Deixaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel,
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voltaram para trás. Porque seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis?
Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé
até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas
podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com
óleo”. (Isaias 1: 3-6)
O pecado humano teve efeitos extra pessoal. Quer dizer o homem quando pecou
não atingiu somente a si próprio. Mas todo o ambiente em que vivia. A terra, o mar,
o sol, a lua, as estrela, os animais, os repteis, os peixes, as plantas. Foi uma
devastação que até hoje ainda temos os seus efeitos.
Talvez alguém que esteja lendo este livro possa pensar ou sugerir:
- “ Mas que eu tenho a ver com o pecado de Adão; por que sou atingido por algo
que não foi eu quem pecou ou errou?”
- Bem, para lhe responder a isso, gostaria de contar uma história que li: “ Nos
tempos da escravidão, o velho Mouse cansou de trabalhar nas plantações de algodão
e de cortar lenha dia após dia, ano após ano. Certo dia, Mouse começou a pensar de
quem seria a culpa da triste sorte que lhe coubera. Depois de achar desculpas válidas
para todas as pessoas de quem se lembrava, chegou finalmente à conclusão que a
culpa toda era de Adão por ter comido aquele fruto. Por isso, o homem tinha sido
expulso de seu verdejante e tranqüilo jardim e era agora obrigado a trabalha os
campos com suor do rosto.
Quanto mais pensava sobre isso, mas furioso Mouse ficava com Adão.
Brandido seu machado sobre cada tora ele resmungava! “Adão, Adão”, dando
golpes violentos a cada resmungada.
Certo dia seu senhor se aproximou dele e ouviu suas queixas. Caminhou até
onde estava Mouse e pergunto-lhe o que queria dizer com aquilo.
“Bem”, disse Mouse, “se não fosse Adão, eu não estaria enterrado neste monte
de lenha, me matando de trabalhar o dia inteiro. Ficaria em casa, em sombra e
água fresca”.
O dono de Mouse pensou por um minuto e depois lhe disse: “ Venha comigo
para casa grande, Mouse. De hoje me diante você não precisa mais trabalhar
como escravo. Pode passar o dia inteiro na boa vida, fazendo o que quiser. Só
uma coisinha, porém. Está vendo aquela pequena caixa em cima da mesa? Não
quero que seja aberta, está bem? Agora aproveite!”.
Bem, nas semanas seguintes Mouse não cabia em si de contente com sua sorte.
Ele vagava pela casa grande, gozava a vida e tomava limonada.
Foi então que notou a caixa de que falara seu senhor. A principio, tudo que fez
foi olhar para ela. Mas à medida que os dias foram passando, a tentação de
toca-la ficava cada vez mais forte. Depois de alguns dias que ele apenas
apalpava e depois carregava a caixa, já não agüentava mais de curiosidade e
não podia imaginar que mal haveria se apenas desse uma olhadinha do que
estava lá dentro.
Ao abrir cuidadosamente um canto da caixa, um pedaço de papel lhe chamou
sua atenção. Sua curiosidade não se satisfez enquanto não pegou o papel e leu
o que estava escrito:
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“ Mouse, seu velho malandro, não quero ouvir você jogando toda a culpa em
cima de Adão. Se você estivesse no Jardim, Teria feito a mesma coisa que ele.
Por isso, volte imediatamente ao monte de lenha e comece a cortar de novo”.
A moral da História é mais do que evidente. Se você e eu estivéssemos no lugar de

Adão, teríamos tomado a mesma atitude. Deus é Onisciente, Onipresente, além de
tudo, é santo e justo. O pecado de Adão, foi prova suficiente para Deus, que todos
cairíamos no mesmo laço e pecado.
37
Capitulo 07
O Pecado no Homem Natural.
No capítulo anterior, procurei apresentar os efeitos do pecado no homem e de uma

forma mais teórica.
Este capítulo no entanto, o objetivo principal é apresentar: a degradação do
homem por inteiro e seu afastamento natural de Deus. Também vamos aprender:
para onde o homem em seus pecados está caminhado, qual será o seu fim, e a
salvação de Deus para este mesmo homem pecador.
a) A degradação do homem por inteiro e seu afastamento natural de Deus:
Deus responsabilizou o homem pelo seu pecado e tratou com cada um segundo a
sua desobediência. O apóstolo Paulo escrevendo à Timóteo disse: “Porque primeiro
foi formado Adão, depois Eva. E Adão, não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão.”(II Timóteo 2:13,14)
Parece-nos que por estas palavras; podemos imaginar que Adão comeu cônscio do
que estava fazendo. Não foi a mentira da serpente que o levou a comer o fruto
proibido. Mas vendo que a mulher tinha comido, ele comeu com ela. O que será que
o levou a praticar tal ação? Foi amor por sua mulher, foi curiosidade? Será que, Eva
comendo sozinha do fruto proibido, seriamos todos atingidos? Pois a Bíblia sempre
destaca o pecado entrando no mundo por Adão, e não por Eva. Mas seja lá o que for
que aconteceria, não tem mais volta. O pecado entrou no mundo por um só homem, e
pelo pecado a morte, por isso que todos pecaram.
O palco do julgamento e sentença de Deus sobre a desobediência do homem, foi
no jardim mesmo. A começar pela serpente, depois a mulher, e por último Adão:
“ Então disse o Senhor Deus à serpente: porquanto fizeste isto, maldita és entre
todos os animais domésticos e entre todos os animais selváticos: sobre o teu ventre
andarás, e pó comerás todos os dias de tua vida. E porei inimizade entre ti e a
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mulher, e entre a tua semente e a sua semente: esta te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:14,15)
A serpente parecia ser um animal muito esperto, inteligente, desembaraçado,
astuta e sagaz; creio que não devemos entender estas qualidades como negativas em
si mesma; mas que Satanás fazendo uso deste animal com seu brilhantismo, usou-o
para semear seu veneno.
Vemos que Deus não fez nenhuma pergunta para serpente. Foi logo dando sua
sentença. A sentença da serpente devemos entender de duas forma. A primeira,
devemos entender que foi para a serpente mesmo, o animal selvático que Deus tinha
feito. E a segunda, devemos compreender que se referiu a Satanás. Não é a única vez
que um ser maligno entra em um animal e é registrado na Bíblia. Em Marcos 5:1-14,
encontramos uma legião de demônios pedido para Jesus permissão para entrar em
uma manada de porcos que pastavam por ali pelos montes, e Jesus lhos permitiu.
Mas parece-nos que pela sentença de Deus, a serpente permitiu que Satanás fizesse
uso dela. Se isto é verdade, temos talvez uma rebelião na criação animal.
Sem dúvida a serpente ocupava um lugar de honra na criação: Seu andar, sua
esperteza à fazia distinta entre os animais (Gênesis 3:1). E vemos isso pela sua
primeira maldição, “sobre o teu ventre andarás”, pos não significaria nada para ela
se já andasse assim. “..., e pó comerás todo dia da tua via”. Agora ocuparia um lugar
mais baixo por toda a sua vida. Aquela que chegou para Eva como amiga e
conselheira, estavam destinas a serem inimigas, a ponto de alcançar seu descendente.
E por fim, “esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferira o calcanhar.” O poder da serpente
ficou reduzido à uma ferroada ao calcanhar, enquanto que de cima viria a sentença
fatal sobre sua cabeça.
Neste mesmo contexto do juízo de Deus sobre a serpente, vemos um julgamento
para Satanás. Pois era ele quem estava por trás de todo o cenário. E é de notar o peso
do julgamento dado por Deus sobre Satanás. Não há possibilidade de Satanás ser
amigo, sempre ele será inimigo do homem. E como oponente e inimigo do homem,
ele tem seu poder de ferir-nos, mas limitado; e pelo contrário, podemos feri-lo
fatalmente na cabeça com nossos pés. “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás
debaixo de vossos pés.”(Romanos 16:20)
O “descendente; ou, semente” da mulher descrito no verso 3:15, dá alusão ao
Senhor Jesus, seu nascimento aqui no mundo; sua morte na cruz(Satanás lhe ferindo
o calcanhar), e sua ressurreição: sua vitória sobre a morte, o pecado e
Satanás(Literalmente; “Ele” te ferirá a cabeça).
Para mulher Deus disse: “Multiplicarei grandemente a tua gravidez; em meio de

dores dará luz filhos; o teu desejo será para teu marido , e ele te
governará.”(Gênesis 3:16) Aqui vemos no horizonte a dor e a servidão. Aquilo que
antes era amor, caricias, auxiliadora idônea e companheira, passar para uma esfera de
“desejo e domínio”. Ainda que hoje o matrimonio pagão tente superar isso, o
principio do pecado está aí. Dando eco a uma sugestão selvagem. Os filhos que
deveria encher a terra como herança do Senhor, seriam concebido entre aflições,
sofrimento e morte.
E a Adão disse: “ Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da
árvore que te ordenei: Não comerás dela: Maldita é a terra por causa de ti; com dor
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comerá dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também te produzirá; e tu
comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes
a terra; porque dela foste tomado: Porquanto és pó, e em pó te tornarás.”(Gênesis
3:17-19) Vemos Deus responsabilizando integralmente Adão pela sua desobediência.
Primeiramente, dando ouvidos a voz da sua mulher, parte de si mesmo, uma igual,
sua extensão, e não a palavra do Deus criador de todas as coisas. Em segundo, comeu
o proibido por Deus. Voluntariamente Adão se rebelou contra Deus. Assumiu algo
que sabia estar em desaprovação por Deus. Não tinha desculpa para seu pecado! E
Deus, começando a sua maldição pela terra, estendeu-se ao corpo humano reduzindo-
o a suor, cansaço, fadiga e morte.
E hoje, a mais de seis mil anos que estas maldições foram preditas, temos visto na
historia da humanidade o rastro de dor, horror e morte deixadas pelo pecado
humano.
O pecado já faz parte da vida das pessoas que não o encaram mais como pecado,
mas como um problema social, educacional e político. Mas o pecado não pode ser
restaurado, concertado ou remendado. Não, ele tem que ser extinto. E isto está longe
dos recursos e possibilidades humanas.
Desde os tempos primórdios, o pecado foi algo que dominou o homem. A ponto
de Deus mandar o seu juízo através de um dilúvio de água sobre este mundo;
salvando-se naquela época somente oito pessoas, e os animais.
Mesmo o homem no jardim desobedecendo a sua palavra, e pecando contra Deus,
nunca foi a intenção de Deus exterminar com o homem. Mas tínhamos agora um
problema que se levantava no horizonte: Os nossos pecado eram contra Deus.
Deus é Santo, Ele não aceita o pecado. E o pecado, que é a raiz de todo o mal, está
em cada ser humano. Desta maneira, o homem seguiu a sua natureza pecaminosa,
afastando-se cada vez mais de Deus e da sua santidade.
O homem natural, está em duas condições deploráveis:
A primeira, é que ele se encontra escravizado pelo pecado, dominado pela carne e
o pratica naturalmente, segue com os demais o curso deste mundo.
Em segundo o diabo, o deus deste século, está trabalhando para manter o homem
ocupado com os pecados e os prazeres deste mundo. Mas não devemos nos enganar
pensando que o diabo só ocupa as pessoas com o pecado, a imoralidade, o homicídio,
a bebedice e pecados deste gênero. Não, ele atua também na área religiosa; pois nem
todo ser humano se presta a depravação e imoralidade. Há aqueles tem sua vida
moral em alta, e paralelamente para compensar sua insatisfação com sua natureza
pecaminosa, entrega-se ao culto religioso. E ai eles vão desde a idolatria ao
espiritismo.
Até hoje, como no jardim (Gênesis 3: 10), o homem foge de Deus. Primeiro,
porque está nú, não tem nada nele que possa agradar a Deus, seus pecados estão em
alto relevo, e na presença de Deus não podemos esconder nada. E em segundo lugar,
o homem é orgulhoso, não aceita o perdão de Deus, acha que não precisa de Deus, é
alto suficiente para construir a sua própria roupa, ainda que seja de folhas de figueira.
40
b) Para onde o homem em seus pecados está caminhado; qual será o seu fim?
Nesta lição, procurarei apresentar quatro classe de pessoas que vivem neste
mundo no domínio do pecado. Quero destacar nos três primeiros, o pecado fazendo
uso do corpo, do espírito e da alma. Cada um salientando uma destas partes. Mas
com isso não quero dizer que o pecado estará limitado somente a uma desta partes;
mas que em certas pessoas o pecado usa mais o copo, e em outras mais o espírito, e
em outras mais a alma. Pode também haver aquele pecador que vive seis dias da
semana entregando o seu corpo ao pecado, e no domingo pratica seus atos
religioso(idolatria, espiritismo), assim manifestando o pecado no seu espírito.
O homem depois da queda, sobre o domínio e poder do pecado, e também sobre a
manipulação do maligno “...todo mundo está no maligno”(I João 5:19) tem criado
caminhos para trilhar. Vemos que: 1) Há, aqueles que deliberadamente se entregam
aos prazeres do mundo, da carne e do diabo; 2) Vimos também aquele que mantém
uma aparência religiosa, mas que seus corações ainda são guiados pela carne e
prazeres secretos; 3) há também um terceiro grupo, que é aqueles que querem ficar
neutro, não estão atolados no pecado, vivem a sua vida social correta, tem um
passado religioso vindo de família, enfim, é um bom cidadão, ninguém tem queixa
deles. 4) O último grupo, que é totalmente distinto dos demais, são aquele que
reconhecem que são pecadores perante os olhos de Deus; reconhecem que são
merecedores do castigo Divino por causa dos seus pecados; também vêem que em
seus pecados é impossível agradar a Deus, e desta maneira prostram-se arrependidos
perante Ele.
Convido-os a examinar estes grupos:
1) Primeiro Grupo: aqueles que deliberadamente se entregam aos prazeres do

mundo, da carne e do diabo
“ E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do
Homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que
Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu a todos. Como também da mesma
maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam,
plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo
e enxofre, consumindo a todos.”(Lucas 17:26-29)
“ Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado
no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com
mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; e condenou à
subversão as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as para
exemplo aos que vivessem impiamente; e livrou o justo Ló, enfadado da vida
dissoluta dos homens abomináveis (porque este justo, habitando entre eles, afligia
todos os dias a sua alma justa, pelo que via e ouvia sobre as suas obras injustas).
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Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o

Dia de Juízo, para serem castigados,...” (II Pedro 2:4-9)
Vemos aqui o quadro do primeiro grupo de pessoas que vivem nesse mundo. São
pessoas que gastam seus dias somente nos prazeres da carne, do mundo e do diabo.
Manifestam bem que o pecado tem domínio sobre o seu corpo. Só querem trabalhar,
comer, beber, casar-se(quando casam) e dar-se em casamento. Mas vemos que Deus
não vai tolerar para sempre a vida de prazeres do pecador. E Pedro alerta, numa
série decrescente de juízos vindo sobre os pecados cometidos: os anjos que pecaram,
o mundo antigo nos dia de Noé, e as cidades de Sodoma e Gomorra.
Se o pecador quer viver somente uma vida mundana, usar seu corpo para os
prazeres da vida, pode esperar que cedo ou mais tarde, o juízo de Deus virá, e não
tardará.
2) segundo Grupo: aquele que mantém uma aparência religiosa, mas que seus
corações ainda são guiados pela carne e prazeres secretos
“ mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de

imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam
blasfemar das autoridades; enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder,
não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como
animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos,
blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o
galardão da injustiça; pois que tais {ou reputam por prazer o viver diariamente em
delícias;} homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas,
deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos
cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes,
tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o
caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o
prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento,
falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água,
nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas
eternamente se reserva;” (II Pedro 2:10-17)
Há um ditado popular, e creio encaixar-se bem neste contexto: “Quem vê cara,
não vê coração.” Deus já nos advertiu sobre o nosso coração: “ Enganoso e
perverso é o coração, mais do que todas as coisas; quem o conhecerá?!” Deus
Disse: “que Ele conhece o coração Humano e o esquadrinha”.
Estas pessoas descritas por Pedro nestes versículos, tem aparência de piedade, mas
negam a sua eficácia; não vivem o que dizem, nem o que pregam. Há hoje uma
grande massa de pessoas que estão trilhando este caminho.
O pecado está usando o espírito destes; tendo atos e aparências religiosas, mas
vivendo sobre o domínio do pecado.
Seus métodos são sutis sobre as almas inconstantes. Pedro diz que eles: andam em
concupiscências, pronunciam blasfêmia, seguem a natureza, vivem diariamente em
delicias, tem prazer nos deleites cotidianos, olhos cheios de adultério, coração
exercitado na avareza e por fim, deixaram o caminho direito.
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No versículo 13, Pedro deixa bem claro quem são estas pessoas: “deleitando-se
em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;” Não são pessoa que estão
falando mau de Deus, nem falando mal de Cristo, nem mal da palavra de Deus.
Estavam até entre o verdadeiro povo de Deus; comiam e andavam entre os santos.
Mas os pecados deles estava estampado em suas vidas. São conhecedores do
“caminho direito”, mas deixaram de escolher este caminho em seus corações para
agradar a si próprios e sua carne. São religiosos, mas não salvos; Conhecem a
verdade, mas as ignoram; Vão perecer com os demais pecadores sobre o juízo de
Deus.
Neste grupo, há aqueles que tentam se aproximar de Deus de uma forma errada,
querem colocar Deus a seu nível, e continuar a viver suas vidas de pecados e
prazeres: “ porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles,
porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu
eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem,
desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram
criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento
de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram
nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves,
quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas
concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura
em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1:19 – 25)
Para Deus, por traz de toda idolatria tem a mão do diabo: “ Que digo, pois? Que o
sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor?
Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não
a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios.” (I Coríntios
10:19,20)
3) Terceiro Grupo: aqueles que querem ficar neutros, não estão atolados no
pecado, vivem a sua vida social correta, tem um passado religioso vindo de família,
enfim, é um bom cidadão, ninguém tem queixa deles
Esta história que vou lhes contar, foi narrada pelo Senhor Jesus Cristo há dois mil
anos atrás. Ele relata a trajetória de dois homens que nesta vidas ocuparam lugares
diferentes na sociedade, e depois da partida deles deste mundo, continuaram a ocupar
lugares diferentes na eternidade.
“ Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que,
todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado
Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das
migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou
os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai
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Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do
dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém,
Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro
igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E,
além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque
tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para
este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-
nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles,
arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos
Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os
mortos.”( Lucas 19:16-31)
Estes dois homens, tiveram vidas totalmente opostas uma a outra: Um era rico, o
outro mendigo; um se vestia de purpura e de linho finíssimo, o outro mal cobria seu
corpo; um todos os dias se alegrava e se divertia com todo o seu luxo, o outro
ocupava-se com suas chagas e os cães que lhe lambiam as úlceras; um se sentava
perante uma mesa farta, o outro comia as migalhas. Assim se seguia a vida destes
dois homens até ambos morrerem.
Então foi ai que começou uma nova fase para estes dois. Pois a morte não foi o
fim para nenhum deles.
Enquanto o corpo do rico entre flores e perfumes era conduzido pelo carro fúnebre
e seguido por um lindo e grande cortejo para o cemitério, sua alma já estava no
inferno e em tormentos.
No entanto o mendigo, enquanto talvez seu corpo já meio putrificado pelas úlceras
era jogado em qualquer lugar, sua alma foi levada pelos anjos para o seio de Abraão.
Mas podemos nos perguntar, por que um foi para o céu e o outro para o inferno?
Por um ser pobre e outro rico?! Por um sofrer neste mundo e o outro ter uma vida
boa?!
Com certeza que não!
Podemos notar que este homem rico era uma pessoa materialista; vivia só para esta
vida; o prazer do seu universo era sua riqueza; sendo assim, vemos que ele era um
homem controlado pela sua alma. Enquanto viveu aqui neste mundo, ficou preso as
coisas materiais e sensuais. Não tinha nada para depois da morte.
Talvez não sabemos muito sobre este mendigo, a não ser da sua vida sofrida entre
dor e fome; mas no entanto, temos farta informações de quem foi Abraão.
Abraão que estava confortando o mendigo em seus seios, foi um homem muito
rico quando viveu neste mundo. Mas isto não o impediu de estar no paraíso de Deus.
Pois lemos que Abraão enquanto vivia aqui, “Creu em Deus, e isso lhe foi imputado
como justiça.”(Romano 4:2) Quer dizer: o que salvou Abraão de ir para o inferno
não foram suas obras, nem sua religião, nem o que seu dinheiro podia comprar; mas
unicamente Deus em que sua fé foi inteiramente depositada para perdão completo de
seus pecado. Também de Abraão lemos: “ Pela fé, Abraão, quando chamado,
obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem
saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia,
habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa;
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porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e

edificador.”(Hebreus 11: 8-10) Estes versículos nos mostram que Abraão viveu uma
vida de fé, e não uma vida materialista mesmo possuindo muita riqueza. Pois seus
olhos estavam postos acima das coisas terrenas; ele olhava para cidade futura que
tem fundamento, da qual Deus é o arquiteto e edificador.
Abraão teve uma vida bem diferente do que este homem rico agora no inferno.
O inferno é um lugar, ou estado como sugere alguns, criado temporariamente para
o homem natural que morre em seus pecados. O inferno é um lugar de sofrimento e
tormentos.
Enquanto o corpo do pecador está sendo velado e sepultado aqui na terra, sua alma
e espírito, a verdadeira pessoa que ocupou aquele corpo, já está com todos seu
sentido funcionando no inferno.
O inferno é algo temporário; não porque estão ali pagando seus pecados e vai
chegar o dia em vão passar dali para o céu. Mas estão ali esperando o julgamento
perante o grande trono branco, para então serem lançados no lago de fogo.
No inferno todos sofrem em um mesmo grau de castigo, e só se encontra ali a alma
e o espírito dos indivíduos. No lago de fogo, que fora criado para o diabo e seus
anjos mesmo antes do homem existir(Mateus 25:41), vai ser lançado o corpo, alma e
espírito, e juntos sofreram eternamente conforme suas obras. “ Vi um grande trono
branco e aquele(Senhor Jesus) que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra
e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes(Ricos) e
os pequenos(Pobres), postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda
outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas
obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos(corpos já
decompostos) que nele estavam. A morte(corpo) e o inferno(alma e espírito)
entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as
suas obras. Então, a morte(corpo) e o inferno(alma e espírito) foram lançados para
dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi
achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”
(Apocalipse 20:11-15)
Este é o fim para o homem que deseja viver em seus pecados. Para o homem que
deixa o pecado governar seu corpo sua alma e seu espírito.
4) Quarto Grupo: aqueles que reconhecem que são pecadores perante os olhos de
Deus; reconhecem que são merecedores do castigo divino por causa dos seus
pecados; também vêem que em seus pecados é impossível agradar a Deus, e desta
maneira prostram-se arrependidos perante Deus.
O homem foi criado por Deus com o propósito definido de ter comunhão com Ele.
Seu corpo, sua alma e seu espírito, um ser por inteiro para desfrutar das coisas
criadas por Deus, ter prazer e alegria naquilo que tudo de bom Deus lhe tinha dado, e
ter comunhão e adoração à Deus seu criado e Senhor. Mas como sabemos, tudo isso
foi cortado e obscurecido pelo pecado. O homem ficou perdido, confuso,
desnorteado e sozinho não achando mais o caminho devolta.
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Mas como o homem não perdeu por completo seus dons naturais dado por Deus, o
homem tem sentimentos e desejo de buscar e se aproximar de Deus; só que muitas
vezes O busca de maneira e sentimento errado. Para compreender-mos melhor,
vamos ler uma parábola contada por Jesus:
“ Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se

considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo
com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé,
orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou
como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este
publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O
publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este
desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será
humilhado; mas o que se humilha será exaltado. Traziam-lhe também as crianças,
para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam. Jesus, porém,
chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os
embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não
receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.”
(Lucas 18:9-17)
Temos nesta parábola o desmentir de um ditado usado pela maioria que: “Todos
os caminhos levam a Deus, e o importante é o sentimento”.
Estes dois homens tinham desejo de buscar a Deus, e foram ao lugar certo. O
fariseu derramou perante Deus suas qualidade e dotes adquiridos pelo decorrer dos
anos. O publicano no entanto, não tinha uma vida correta e santa perante Deus para
falar desta maneira. Mas tanto um como o outro nasceram neste mundo com uma
natureza pecaminosa; e será que a vida correta do fariseu isentava ou descontava
alguns de seus pecados? Vemos que não.
O fariseu por ter a sorte na vida de ser um conhecedor dos mandamentos de Deus,
de ter uma vida correta e de boas obras, não o isentava de seus pecados. E vemos
que a vida que ele levava o confundiu, pesando que estas coisas cobririam os seus
pecados perante os olhos de Deus.
O publicano não tinha nada para esconder, todos sabiam da sua vida pecadora de
trapaças, fraudes e enganos; ele chegou perante Deus vazio, trouxe somente uma
consciência pesada e culpada. Não tinha coragem nem de levantar os olhos, era
pecador e via que só Deus podia lhe perdoar.
No fim, um voltou para sua casa em seus pecados, mas com um alto conceito de si
mesmo; enquanto que o outro saiu dali justificado, limpo, perdoado; com
sentimentos de alivio, de limpeza, de nova vida.
Esta é a maneira correta de buscar a Deus; pois o homem foi lançado fora do
jardim, e fora da presença de Deus por motivo do pecado, e deve voltar arrependido,
esperando somente em Deus o perdão.
No próxima lição, vamos ver como Deus age e o que Ele espera do pecador.
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c) A salvação de Deus para o homem caído, abrange a sua alma, seu espírito e
seu corpo
Como no jardim do Éden, Deus sempre tomou a iniciativa de procurar o homem, e

de providenciar o remédio para seus males. E fez o Senhor Deus à Adão e a sua
mulher túnicas de peles, e os vestiu. Neste caso, um animal inocente foi morto e seu
sangue derramado para dar cobertura a nudez humana.
Este quadro da provisão divina ainda no jardim, nos leva dar louvor e júbilo ao
Senhor. Pois vemos que Deus não abandonou suas criaturas a própria sorte; não os
lançou fora do jardim nús, mas os vestiu, com veste feitas por Deus mesmo. E assim
podemos dizer como o apóstolo: “ Quem intentará acusação contra os escolhidos de
Deus? Se é Deus quem os justifica. Quem nos condenará? Pois é Cristo quem
morreu, ressuscitou e está a direita de Deus, e intercede por nós.” (Romanos
8:33,34)
Mesmo o homem sendo mau em seu coração, e fugindo de Deus por orgulho e
consciência de culpa, o Senhor Deus nunca os abandonou. Sempre fez provisões, e
estas apontavam para seu Filho Amado que havia de vir ao mundo para morrer por
nossos pecados. Pois desde a queda do homem, Deus nunca deixou de trabalhar em
prol da humanidade. Jesus disse: “ Mau pai trabalha até agora, e eu trabalho
também.” (João 5:17)
Quero agora convidar meus amados leitores, a verem em três parábolas contadas
por Jesus, a provisão divina para nosso resgate e salvação:
“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E
murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com
eles.
A ovelha perdida:
Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo
cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em
busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio
de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos
comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior
júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que
não necessitam de arrependimento.
A dracma(moeda) perdida:
Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia,
varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne
as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu
tinha perdido. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende.
O filho pródigo(esbanjador):
Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-
me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não
muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra
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distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter

consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar
necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o
mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava ele fartar-se das
alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em
si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro
de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o
céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos
teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe,
quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o
filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser
chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor
roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e
matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava
morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.” (Lucas
15:1-24)
Não precisamos de um estudo aprofundado para descobrir-mos que nestas três
parábolas, há algo perdido. E também nas três, há três pessoas envolvidas na busca
do que está perdido.
As coisas que se perderam, foram a ovelha, a moeda e o filho esbanjador. Está
mais do que claro que é uma referência ao homem caído.
Agora, as pessoas que estão envolvidas na procura: O Homem, A Mulher e O Pai
Amoroso, nos aponta para a Santíssima Trindade envolvidos num grande
empreendimento de buscar e salvar o perdido.(Lucas 19:10)
Nas duas primeira parábolas, vemos a ação total de Deus em buscar o perdido sem
a interferência ou ajuda humana; Deus atuando em graça, livre e poderoso para
buscar o fraco, o semi-morto, o perdido, o que está em trevas. Já na parábola do Pai
Amoroso que espera a volta do filho pródigo, vemos a parte humana em voltar-se
para Deus, enquanto pode acha-Lo.
Mas vamos estudar cada caso destas parábolas:
a) O homem procura a ovelha perdida:
Os dois primeiro versículos deste capítulo quinze de Lucas, nos dão a chave para
entender estas três parábolas. Pois vemos ali, dois tipos de pecador. Uns que se
achavam justos perante Deus(os fariseus e os escribas), e os outros, que eram tanto
tidos por pecadores pela sociedade como assumiam esta posição.
Mas Deus disse: “Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus”(Romanos 3:23) Mas nem todo ser humano, filho de Adão,
caído, pecador, aceita este lugar descrito por Deus. Por seus meios e artimanhas, o
homem tenta se justificar diante dos homem e de Deus. Só que o plano de salvação
que Deus preparou para a humanidade, é para os perdidos, ou melhor, os que se
acham perdidos. Pois nem todos aceitam este lugar, ainda que todos pecaram e
carecem da glória de Deus.
Mas notemos que todas cem ovelhas estavam no deserto, e o homem as observava.
Numa de suas conferências, notou que faltava uma delas e tinha se perdido.
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Mesmo o deserto não sendo um lugar bom para se ficar nem de dia nem de noite,
as noventa e nove ficaram lá enquanto o homem saia em busca da perdida. E
conforme o versículo sete, mesmo estando sem o homem para lhes cuidar, não se
achavam em perigo, ou perdidas.
O homem deixa tudo, e vai em busca da ovelha perdida. Este homem é um quadro
do Senhor Jesus Cristo, que sendo Ele Santo, Eterno, Onisciente e Onipotente,
Amado por seu Pai e servido pelos anjos, deixou tudo isto para nascer entre nós,
numa manjedoura. Ter uma vida pobre e humilde como qualquer um, trabalhar,
passar fome, ter sede, ter frio, ter sono. E por fim morrer numa cruz com apenas
trinta e três anos de idade.
Mas tudo isso era preciso. Pois Ele foi quem mais se compadeceu e se aproximou
do homem caído, quem sarou-lhes as feridas, quem colocou em seus ombros e
levou para uma estalagem. Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido.
A ovelha perdida estava aflita, fraca, cansada e sem condições de caminhar. Não
podia voltar por si mesma. Precisava de alguém que a carrega-se. Esta era a nossa
situação. “ Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos
ímpios.”(Romanos 5:6)
E logo que foi achada pelo bom homem, foi tirada do seu lugar de risco e levada
para casa para ser tratada e restaurada. Não voltou mais para o deserto onde ainda
estavam as noventa e nove agora perdidas. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo
no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento.
Todo o céu está envolvido na obra da salvação de um pecador.
Mas é triste olhar para humanidade perdida a nossa volta. Seguem suas vidas sem
se dar conta que estão num deserto a mercê do calor intenso do dia, e do frio
insuportável da noite, correndo o risco de a qualquer hora morrem sem o pastor de
suas almas, e irem para o inferno.
b) A moeda perdida é achada pela mulher:
A mulher no contexto desta parábola, é uma alusão a obra do Espírito Santo neste
mundo entre os pecadores. Duas coisas que é usado por esta mulher para encontrar a
dracma perdida, que também é usado pelo Espírito Santo no coração do pecador
perdido. Uma é a luz, e a outra é a limpeza.
A moeda é algo inanimado, estável, morta, não faz força alguma para ser achada.
Assim está o pecador perdido. Somente o Espírito Santo de Deus pode fazer a obra
de transformação na vida do pecador. Primeiro vem com a luz mostrando sua sujeira,
seus pecados, e o lugar perigoso em que se encontra; só então começa a limpeza,
remoção e transformação das trevas para luz, do poder de satanás para Deus.
Isto também é motivo de muita alegria perante os anjos de Deus.
c) O filho pródigo é aceito pelo Pai Amoroso.
No homem da primeira parábola, vemos Cristo baixando-se até onde se encontrava

o pecador perdido e o resgatando. Na mulher prudente, temos a vinda do Espírito
Santo e sua obra esclarecedora e regeneradora no homem caído.
49
Mas agora passamos para este pai amoroso, que é um quadro perfeito de nosso
Deus Pai.
Este pai, como Deus, se mantém em casa, esperando que o seu filho errante volte.
Ele não vai atrás, mesmo quando há fartura em sua mesa, e seu filho perece de fome.
Nisso tudo tem lição para nós; pois Deus não vai levar ninguém para o céu a força.
Mesmo o pecador sabendo que seus pecados só lhe tira, lhe rouba, e lhe mata; a
maioria das vezes prefere ficar ai do que se voltar para Deus.
Deus não vai se colocar aos pés do pecador e implorar que deixe sua vida de
pecado e venha para casa do pai. Não, ai entra a responsabilidade humana em ouvir a
vós do Espírito Santo, crer em Cristo para sua salvação, e assim começar uma nova
vida em direção à casa do pai.
Deus espera arrependimento da parte das suas criaturas caídas. Ele espera com
muita paciência por este dia. “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que
alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns
se percam, senão que todos venham a arrepender-se.”(2Pedro 3:9)
Mesmo que o filho esbanjador tenha gasto tudo: sua saúde, sua dignidade, o bom
nome de seu pai, sua esperança, sua felicidade e seu dinheiro. Quando ele ainda
voltava para casa arrependido, encontrou à caminho um pai amoroso, bondoso,
simpático e generoso. Deus também é assim conosco hoje: “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Mas Deus prova o seu amor para conosco
em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Aquele que nem mesmo a
seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará
também com ele todas as coisas?” (João 3:16-Romanos 5:8- 8:32)
E vemos que começaram a alegrar-se. Para aquele que antes tudo era dor, agora
havia alegria; antes vergonha e vitupério, agora a melhor roupa, anel e sandálias;
aquele que estava morto, agora reviveu; aquele que sua companheira era a fome,
agora deliciava-se todo o dia com o bezerro cevado.
“Louvado seja o nosso Deus nas maiores alturas, paz na terra e boa vontade
entre os homem do qual Ele quer bem!” (Lucas 2:14 Ver. Revista e Atualizada)
50
Capítulo 08
O Pecado na Vida do Crente.
Primeira parte.
A salvação que Deus preparou em Cristo Jesus é completa. Ela não faz um
remendo para chegarmos um pouco mais adiante. Não, quando Cristo salva uma
pessoa, ela está destinada ao céu. “ Porque os que dantes conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e
aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra
nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por
todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará
acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os
mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos
separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a
fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti
somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o
matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura,
nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Romanos 8:29-39)
Se esta salvação vem de Deus, nós não poderíamos esperar menos do que isso!
Esta salvação abrange todo o nosso ser: corpo, alma e espírito. Pois se o pecado
destrui-a tudo, a salvação veio para restaurar tudo, e num plano muito superior a do
jardim antes da queda. “...mas, onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
(Romanos 5:20)
51
Veja como esta salvação reflete na vida do cristão, no seu corpo, sua alma e seu
espírito:
a) Cristo o Salvado do Corpo:
Como já vimos em outro capítulo, o cristão ainda tem a raiz do pecado. E mesmo
que nosso corpo, nossa alma e nosso espírito vá ter um futuro glorioso livre de todo
mal; neste presente momento, ambos(corpo, alma e espírito) sofrem com os ataques e
conseqüências do pecado.
Nosso corpo sofre com doenças, fraqueza e morte; mas vem o dia que o que é
corruptível(corpo), se revestirá do incorruptível. E o que é mortal, da imortalidade. O
mesmo se dá com nossa alma e espírito.
“Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo
e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Coríntios 6:20)
A morte de Cristo sobre o calvário, foi também para salvar, comprar e resgatar
nosso corpo do pecado.
O corpo é para o Senhor:
“Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém,
aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão
para o Senhor, e o Senhor para o corpo.”(I Coríntios 6:13) O corpo de Adão antes
da queda era útil para Deus; porém aquele corpo tornou-se instrumento do pecado.
Agora com a salvação de Deus, novamente podemos ser úteis para o Senhor.
O corpo é membro de Cristo:
“Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os
membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.” (I
Coríntios 6:15) Cristo é a cabeça da igreja, e nós somos os membros deste corpo. Se
a cabeça é santa, os membros deste corpo também devem ser santos. Não são os
membros que mandam e governam a cabeça; mas sim a cabeça que dirige todos os
membros. O corpo não é somente para o Senhor, é do Senhor. É mais do que um
instrumentos que Deus possa usar; é algo que lhe pertence.
O corpo é o templo do Espírito Santo:
“Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós,
proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”(1 Corríntios 6:19) Muitos
conhece a história de Israel pelo deserto durante quarenta anos. Também sua chegada
e posse na terra de Canaã. Deus sempre esteve presente entre o povo de Israel. No
deserto, ele se fazia presente no Tabernáculo e quando chegaram em Canaã, Ele
estava no Templo construído por Salomão. Tanto o Tabernáculo como o Templo,
eram divididos em dois lugares, duas peça. Uma era o lugar Santo, a outra atrás do
véu, onde ninguém podia entrar, a não ser o Sumo Sacerdote uma vez por ano e com
sangue de um animal, o lugar Santíssimo; ou, o Santo dos Santos. A palavra
52
“templo” em nosso versículo, se refere a este segundo lugar. O nosso corpo é o Santo
dos Santos do Espírito Santo. Santidade absoluta convém a cada servo do Senhor.
O corpo e o Tribunal de Cristo:
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”(II Coríntios
5:10)
Como empregamos nosso corpo aqui no mundo, isso irá refletir na eternidade.
Deus quer usar nosso corpo para manifestar Cristo aos outros, e assim engrandece-
lo. Ele comprou nosso corpo, pela morte no calvário, e consequentemente, tem todo
direito sobre ele. Então como o apóstolo Paulo, eu também: “Rogo-vos, pois, irmãos,
pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”(Romanos 12:1) “...trazendo
sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a
vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos. E assim nós, que vivemos,
estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se
manifeste também em nossa carne mortal.”(II Coríntios 4:10) “...segundo a minha
intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a
confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja
pela vida, seja pela morte.”(Filipenses 1:20) “Antes, subjugo o meu corpo e o
reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma
maneira a ficar reprovado.”(I Coríntios 9:27) Assim vivendo podemos dizer: “...Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;...”.
(Gálatas 2:20)
O Tribunal de Cristo, não é o julgamento do crente para ver se ele vai para o céu
ou para o inferno. Não, pois isto já foi acertado na hora da salvação. “Na verdade,
na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou
tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”
(João 5:24) É sim o julgamento do nosso trabalho; e cada um receberá segundo o
bem ou mal que tiver feito por meio do corpo. “Se a obra que alguém edificou nessa
parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento;...”(I Coríntios 3:14,15)
O futuro do Corpo:
Quase que é inacreditável o futuro glorioso que aguarda nosso corpo. Mas
podemos ter toda confiança, pois é Deus quem fala em sua palavra deste futuro.
Gostaria com a ajuda de Deus, examinar alguns pontos da palavra de Deus, que
lança luz sobre o amplo futuro deste corpo.
i) Quando se dará isso?
A redenção feita pela morte de Cristo na cruz do calvário, inclui também o nosso
corpo. “...o qual(Cristo) se deu a si mesmo em preço de redenção por todos,...”(I
53
Timóteo 2:6) “...mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também
gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso
corpo.”(Romanos 8:23)
Mas podemos ver em nós mesmo, que esta redenção do nosso corpo é algo futuro.
Pois ainda ele esta sujeito as limitações impostas pelo pecado. Ele ainda sofre,
envelhece e morre, mas o cristão aguarda ansiosamente a chegada do grande dia de
completar a fase final da redenção do corpo, das conseqüências do pecado.
E isso acontecerá por ocasião do arrebatamento. “Não quero, porém, irmãos, que
sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os
demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-
vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda
do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do
céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”(I Tessalonicenses 4: 13-17) Isso se
dará: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados.”(I Coríntios 15:52)
ii) Como acontecerá isso?
“Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”(I
Corríntios 15:35)
Este corpo que para alguns alimenta o seu “ego” pela sua beleza facial e física, e
para outros é constrangedor por não serem tão belos; é corruptível, sofre deterioração
por causa do pecado.
Nós por natureza, trazemos a imagem do primeiro Adão: alma vivente, terreno,
animal(“animal” é um adjetivo, derivado do substantivo “alma”, da mesma forma
que “espiritual” é um adjetivo formado do substantivo “espírito”). Estamos limitados
a um corpo de corrupção, ignomínia e fraqueza . “... o espírito está pronto, mas a
carne é fraca.”(Mateus 26:41)
Mas nós em Cristo, no último Adão, por ocasião do arrebatamento, teremos um
corpo livre da corrupção, e voltará aquela condição original de existência eterna;
livre da ignomínia, corpo de humilhação e morte, pois a glória é o limite, e o prazer á
Deus é seu destino; livre da fraqueza, dependência e limites, pois agora é poder,
vigor e força em absoluto para servir a Deus; transformados há um corpo espiritual,
livre do domínio do pecado.
“O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.
Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os
celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a
imagem do celestial.”(I Coríntios 15: 47-49) O destino futuro do corpo do cristão, é
ser como o de Cristo. “E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem
herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo
54
um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,

num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto
que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte
na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a
Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Coríntios 15: 50-57)
Quão glorioso vai ser este dia para o cristão; pois estará eternamente servindo ao
Senhor com todo seu vigor com toda sua força, e livre de todo mal.
b) Cristo o salvador da alma:
Jesus disse: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a
sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16:26)
A salvação de Deus é verdadeira e completa. Já vimos como esta salvação reflete
sobre o corpo. Agora convido-os para darmos um passo a mais neste estudo: a
salvação da alma.
Como Jesus falou: não vale a pena perder a alma por todos os bens, riqueza, fama
e glória que este mundo possa dar. Mas o cristão, é animado por Pedro, que mesmo
ele perdendo tudo de valor em suas vida, e sendo colocado a prova a sua fé, ele se
alegre com gozo inefável e glorioso; pois ele vai alcançar o fim da sua fé, a salvação
da alma.(I Pedro 1:3-9)
i) A alma neste mundo:

A alma tem um futuro glorioso; mas enquanto estamos aqui no mundo, a alma
salva, sofre os efeitos do pecado, e ela pode prender o crente às coisas materiais e
sensuais, desviando-o de seu verdadeiro caminho. “Amados, peço-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que
combatem contra a alma,...”( I Pedro 2:11)
Então, enquanto andamos neste deserto, somos exortados a purificar nossos
almas. E isso fizemos, quando lemos e obedecemos a palavra do Senhor.
“Purificando a vossa alma na obediência à verdade,...” (I Pedro 1:22) “Pelo que,
rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra
em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma. E sede cumpridores da palavra
e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.”(Tiago 1: 21,22)
É uma luta constante, e não devemos desanimar, pois: “Nós, porém, não somos
daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a
conservação da alma.”(Hebreus 10:39)
Além do mais, temos a nosso favor: “o Pastor e Bispo da nossa alma.”(I Pedro
2:11) Ele não permitira que venha tentação maior do que possamos suportar; pois
55
com a tentação, também nos dará o livramento. “Portanto, também os que padecem
segundo a vontade de Deus encomendem-lhe a sua alma, como ao fiel Criador,
fazendo o bem.” (I Pedro 4:19) “E não temais os que matam o corpo e não podem
matar a alma;...” (Mateus 10:28)
ii) A alma na glória:

A alma deixa o corpo na hora da morte, e vai para o céu. “E aconteceu que o
mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;...”(Lucas 16:22)
Mas um dia esta alma voltará a habitar o corpo, ambos transformados. “Porque, se
cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem
Deus os tornará a trazer com ele.”(I Tessalonicenses 4:14) E assim corpo, alma e
espírito estarão sempre com o Senhor, servindo-O e desfrutando das delicias e
prazeres do céu.
c) Cristo o salvador do espírito:
As pessoas a nossa volta, estão em busca de um milagre. Foi também assim nos
dias de Jesus: “E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede
esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal
algum.” (Marcos 8:12)
Mas verdadeiros milagres estão acontecendo a toda hora em nossos dias. Uma
pessoa que se converte a Deus é um milagre. Pois quando este se converte a Deus, é
motivo de alegria no céu. E se o céu está tão interessado na nossa salvação e os seus
benefícios, como não é um milagre?! Deus transforma vidas destinas ao fogo eterno,
agora para sua glória.
A salvação de Deus muda o pecador das trevas para luz, do poder de satanás para
Deus, do inferno para o céu.
Acabamos de ver esta salvação refletida em nosso corpo e alma. Agora gostaria de
apresentar o que significa em nosso espírito:
i) O espíritodo cristão aqui na terra:

O espírito é aquela parte de nosso ser pelo qual Deus se comunica. “O mesmo
Espírito (Santo) testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”(Romanos
8:16) De forma que o cristão está apto, não só a conhecer as coisas de Deus, mas ter
comunhão com Deus.
O Espírito Santo não quer somente guiar todo nosso ser(espírito, alma e corpo).,
mas enchê-lo de tal maneira que transborde. “...enchei-vos do Espírito;”(Efésios
5:18)
No capítulo cinco de Efésios, o apóstolo Paulo pede aos cristão de Éfeso, para
serem imitadores de Deus e não deixar o pecado dominar o espírito, alma e corpo.
“ falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e
salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso
Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,...”(Efésios 5:19,20)
O cristão no controle do Espírito Santo, se tonará um homem espiritual, isto é, o
homem cujo espírito exerce a sua verdadeira função, compreende a mente do Senhor,
e reconhece a autoridade da sua palavra:
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- Ele se submete alegremente a todo mandamento do Senhor. “e os seus

mandamentos não são pesados.”(João 5:3)
- Tem condições de compreender e ajudar a irmãos mais fracos. “Irmãos, se
algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois
espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo,
para que não sejas também tentado.”(Gálatas 6:1)
- Sabe discernir a voz do bom pastor, e dos falsos profetas “ Se alguém cuida
ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor.”(I Coríntios 14:37)
- A nossa inteligência irá muito além do plano terreno e facultativo do homem.
“Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de
orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em
toda a sabedoria e inteligência espiritual;...”(Colossenses 1:9)
- O cristão espiritual, não só se gasta no trabalho de Deus como sacrifício, mas
ele mesmo se oferece como sacrifício espiritual. “vós também, como pedras
vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes
sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.”( I Pedro 2:5)
Mas como o corpo e a alma, o espírito enfrenta diariamente um inimigo feroz, o
pecado. A pecado controla o homem natural, e também quer manter controle sobre o
cristão. “Porque a carne(o pecado) cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne(o pecado); e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que
quereis.”(Gálatas 5:17) A carne neste vesícula, não se trata do nosso corpo, e sim da
raiz do mal, o pecado.
Para o cristão se manter vitorioso sobre o pecado, o segredo é : “Andai em
Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.”(Gálatas 5:16) Somente
quando deixamos o Espírito Santo ter livre curso e posse da nossa vida, é que vamos
vencer a carne, o pecado.
ii) O espírito do cristão no futuro:

Depois do arrebatamento, o corpo, alma e espírito reunidos, servirão na presença
de Deus de dia e de noite. E todos, “ prostravam-se diante do que estava assentado
sobre o trono, adoravam o que vive para todo o sempre e lançavam as suas coroas
diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder,
porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram
criadas.”(Apocalipse 4:10,11)
Podemos ver claramente na Bíblia o bem estar e a felicidade dos espíritos dos
cristão. “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos
primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos
dos justos aperfeiçoados;”(Hebreus 12:22,23)
Agora, corpo, alma e espírito, livres de todo o mal.
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Mas, enquanto estamos aqui neste corpo e neste deserto; pedimos que Deus nos
ajude a ser mais do que vencedores em Cristo Jesus.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (I Tessalonicenses 5:
23,24)
Segunda Parte.
Na primeira parte deste capítulo “Pecado na Vida do Crente”, vimos algo mais
teórico do que prático. Limitei-me mais no plano da salvação e os efeitos positivos
no cristão tanto para esta vida como para o futuro.
Nesta segunda parte, pretendo ser prático, objetivo e pessoal. Baseado em (I João
3:15-17), veremos três história na Bíblia de crentes que falharam., deixando que o
pecado lhes dominassem, tanto pelas coisas externas como pelas internas. Os homem
são: o rei Davi, Ló e o rei Uzias.
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor
do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne,
a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o
mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.”(I João 2:15-17)
No capítulo doze deste livro, vamos estudar o mundo e o pecado. Por agora,
vamos nos ater somente na vida destes homens, e como se deixaram levar pelo
domínio do pecado.
i) Rei Davi, e a concupiscência da carne:
Para entender a história que vamos tratar, sugiro que leia todo o capitulo onze e
doze de segundo Samuel, e também o Salmos cinquenta e um.
Concupiscência, significa forte e continuado desejo de fazer ou de ter o que
Deus não quer que façamos ou tenhamos.
Davi já tinha chegado a um ponto em sua vida, que em nossos dias seria chamado
de um homem bem sucedido e espiritual.
Quando ainda jovem, um certo dia apascentando as ovelhas de seu pai, matou um
leão e um urso para protege-las. Também matou um gigante, filho dos filisteus com
uma pedra e uma funda. Enfrentou a fúria do rei Saul, que por inveja e desobediência
impedia a Davi de ocupar o trono já determinado por Deus. Enfrentou a rebelião de
58
seu filho Absalão contra si, com amor e paciência. Conquistou as terras de seus
inimigos à Israel em pelejas e batalhas. Davi estava no topo da vida. Um homem
experiente, forjado nas batalhas, maduro. Pois foi desta altura que Davi caiu!
Como já estudamos, a carne não morre nunca, não dá trégua, na se amansa com o
tempo. A carne(a raiz do pecado) é a mesma tanto no que se converte hoje, como no
que tem cinquenta anos de fé cristã. É o crente que deve estar morto para carne, e não
a carne que morre no crente.
“...no tempo em que os reis costumavam sair para guerra... Davi ficou em
Jerusalém”(II Samuel 11:1) Aqui começou a queda deste homem. O descuido, a
preguiça, o relaxo, são brechas em que o pecado pode entrar, se manifestar e
dominar.
Enquanto seus companheiros estavam na peleja contra o inimigo, Davi se
levantava do seu leito e andava no terraço da casa real. O crente nunca pode estar
parado, neutro; pois ou ele está andando para frente, ou para trás.
“...sitiaram Rabá;...”(II Samuel 11:1) essa cidade era a capital dos filhos de
Amom. Amom na Bíblia, é uma figura da carne. No capítulo dez de segundo Samuel,
vemos que Davi fez amizade com o rei dos amonitas. Mas morto o rei, seu filho veio
em peleja contra Israel, e Israel liderado por Joabe segundo ordem de Davi, ganhou a
batalha. Agora novamente Joabe e os filhos de Israel, saem para peleja contra a
capital deste povo, Rabá.
Temos aqui uma profunda lição contra a carne; pois não basta eliminarmos
algumas coisas em nossas vidas que achamos ser nocivas e perigosas, e com isso
cruzarmos os braço achando que tudo está resolvido. Devemos estar sempre alerta,
sóbrios.
“...daí viu (Davi) uma mulher tomando banho; era ela mui formosa”(II Samuel
11:2) Basta relaxarmos para que se ofereça ocasião para a concupiscência da carne.
O relacionamento íntimo entre o homem e a mulher não é pecado, mas como o
praticamos pode ser pecado. Davi tinha sua esposa, esta mulher era casada com
Urias. Ele devia desviar os olhos dela, devia fugir. Este é o ensinamento Bíblico.
“Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz
com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.” (II Timóteo 2:22) “sucedeu,
num certo dia, que veio(José) à casa(de Faraó) para fazer o seu serviço; e nenhum
dos da casa estava ali. E ela(mulher de Faraó) lhe pegou pela sua veste, dizendo:
Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para
fora.”(Gênesis 39:11,12)
Mas Davi não ficou satisfeito simplesmente em olhar para a intimidade da mulher
do seu próximo. Procurou saber quem era ela; mandou um mensageiro para que a
trouxesse; e por fim praticou o pecado que estava em seu coração. “ Porque do
interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as
prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a
dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.”(Marcos 7:21,22)
E como disse o salmista no Salmos 42:7 “Um abismo chama outro abismo,...” O
cristão pode estar muito firme e ser ativo, estudioso, dedicado, forte, seguro,
trabalhador; prega, visita, anima aos que precisa, exorta, etc. Até que tenha uma
queda, é o suficiente para desmoronar tudo o que adquiriu até ali. E a tendência se
não se cuidar, é ir de um abismo à outro abismo. De uma queda à outra.
59
No caso de Davi não foi diferente, começou com uma olhada na mulher de seu
irmão; depois o adultério; a mentira para Urias o esposo como pretexto de cobrir seu
pecado; a hipocrisia de comer com um homem sincero de coração e tendo em seu
próprio coração a intenção de matá-lo; fazer uso de pessoas inocentes(Urias, que
levou a carta de sua morte, e Joabe que proporcionou a execução); e por fim, para
cobrir seu pecado assassinou a Urias na batalha contra os amonitas (a carne).
Este pecado pareceu mau aos olhos do Senhor.
Mesmo que Deus tenha perdoado o pecado de Davi. Vemos os efeitos deste
pecado vir pouco à pouco sobre ele. Primeiro, Bet-Seba tem um filho e o filho morre;
Amnom comete incesto e é assassinado; Absalão usurpa o trono e é assassinado;
Davi promoveu um censo em Israel e o Senhor enviou uma praga que num dia
morreram setenta mil homens.
Tudo isso veio por causa de um pecado, de uma desobediência.
No capítulo doze de segundo Samuel, vemos que Davi estava tão cego quanto ao
seu pecado, que não percebeu a mão de Deus na visita do profeta Natã. E, mais uma
vez vemos como Deus é bondoso e misericordioso, longânimo e perdoador de nossas
falhas, fraquezas e pecados. Deus quer bem aos seus filhos, mesmo que para isso
tenha que corrigí-los. “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não
desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e
açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata
como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem
disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.
Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os
reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para
vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam
como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da
sua santidade. E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo,
senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados
por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,
e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie
inteiramente; antes, seja sarado.”(Hebreus 12: 5-14)
Foi Deus quem chamou este homem ainda jovem entre os sete irmãos mais velhos
da casa de seu pai Jessé. “...já tem buscado o SENHOR para si um homem(Davi)
segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu
povo,...”(I Samuel 13:14) E Deus queria lhe mostrar o seu pecado, seu erro e sua
ruína, porque lhe amava muito.
Quando recém o cristão se converte, ele está disposta a aprender, a ajudar, a
reconhecer seus pecados; é um aprendiz. Mas com o passar do tempo e dos anos, de
aprendiz ele começa a ser juiz, pensando que já chegou num nível tão elevado na sua
fé cristã, que lhe dá o direito de julgar tudo e todos, vê pecados e defeitos em todos a
sua volta, menos em si. E é ai que começa a queda, Davi parecia estar nesta fase,
não percebeu que a parábola do profeta Natã se referia a seu pecado. “ E o SENHOR
enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois
homens, um rico e outro pobre. O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas; mas o
pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e
criara; e ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado
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comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. E, vindo
um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas
para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre e a
preparou para o homem que viera a ele. Então, o furor de Davi se acendeu em
grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o SENHOR, que digno
de morte é o homem que fez isso. E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado,
porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. Então, disse Natã a Davi: Tu és
este homem.”(II Samuel 12: 1-7)
Muitas vezes nos esquecemos que Deus usou e usa de misericórdia para conosco,
e é o que Ele quer que façamos durante a nossa vida com o nosso próximo e nosso
irmão: “Assim falou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Executai juízo verdadeiro,
mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão;...” (Zacarias 7:9) “ bem-
aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;...” (Mateus
5:7) “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício.
Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao
arrependimento.”(Mateus 9:13) “Mas, se vós soubésseis o que significa:
Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.”(Mateus 12:7)
“Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também
tive misericórdia de ti?”(Mateus 18:33) “Porque o juízo será sem misericórdia
sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o
juízo.”(Tiago 2:13) “Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura,
depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem
parcialidade e sem hipocrisia.”(Tiago 3:17) Mas então, estamos pronto para mata-lo
e faze-lo pagar pelo seu erro quatro vezes mais.
Para Davi, o resultado das palavras do Senhor pelo profeta Natã foi de imediato:
“Pequei contra o Senhor.”(II Samuel 12:13)
E para compreender-mos a profundidade do arrependimento de Davi, recomendo a
ler o Salmos cinquenta e um. Pois vemos ali um verdadeiro coração arrependido.
“Porque te(Deus) não comprazes em sacrifícios, senão eu(Davi) os daria; tu não te
deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um
coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”(Salmos 51:16,17)
Na presença de Deus Davi compreendeu que:
- Primeiramente: ele reconheceu como era horrível o seu pecado, e que ele tinha
esta natureza pecaminosa desde quando foi gerado no ventre de sua mãe.
- Segundo: ele não podia fugir do seu pecado cometido, pois sempre estava
como espelho diante de si.
- Terceiro: antes de tudo seu pecado feria diretamente a Deus
- Quarto: ele via em Deus o único que lhe podia perdoar, a ponto de ficar puro.
O único que lhe podia lavar, a ponto de ficar mais alvo do que a neve.
- Quinto: ele via em Deus, O único que podia criar nele, um coração puro, e
renovar nele um espírito reto, e dar-lhe a alegria da salvação, e suster-lhe com
um espirito voluntário.
- Sexto: pedia que não fosse tirada da presença de Deus, e que o Espírito Santo
não ficasse para sempre entristecido.
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- Sétimo: o objetivo deste arrependimento, desta purificação, desta comunhão

com Deus, da presença do Espírito Santo em sua vida, e da alegria da sua
salvação, era que pudesse: “Então, ensinarei aos transgressores os teus
caminhos, e os pecadores a ti se converterão. a minha língua louvará
altamente a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará
o teu louvor. Abençoa a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros
de Jerusalém. Então, te agradarás de sacrifícios de justiça, dos holocaustos e
das ofertas queimadas; então, se oferecerão novilhos sobre o teu
altar.”(Salmos 51 13-19)
Mesmo Davi cometendo este pecado ultrajante, ele ainda queria anunciar as
nações as grandezas de Deus e sua salvação.
Seja qual for o pecado, há restauração, há reconciliação. Pois Deus é o Deus do
Impossível. “Porque para Deus nada é impossível.” (Lucas 1:37)
E vemos que Deus alcançou seu objetivo na vida de seu servo Davi pelas palavras
de Natã. Pois Davi reconheceu seu pecado, e que seu mau testemunho perante os
pecadores o impedia de ensinar o caminho do Senhor, não podendo levar-lhes a
conversão. Também não poderia louvar ao Senhor com uma consciência pesada, e
não podia oferecer sacrifícios em Seu altar. Ficando sem se arrepender, cortaria as
bênçãos para Sião, e seu povo não seria edificado. Mas tudo isso mudou com um
profundo arrependimento, e perdão dado por Deus.
Disse Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.”(Mateus 11:28,29)
Que nós também possamos ter os mesmos sentimentos de Davi!
ii) Ló, e a concupiscência dos olhos:
Todas estas histórias, ficaram registradas na Bíblia para proveito nosso. Avisos de
que o perigo está mais provável com passar dos anos, do que quando nos
convertemos.
Ló, era sobrinho de Abraão; e a Bíblia o chama de homem justo, e alma justa. Ele
partiu de Harã com seu tio Abraão em busca da terra prometida por Deus. E justos
peregrinaram numa longa jornada, vendo a boa mão de Deus operando, salvando,
multiplicando e O adorando. A ponto de serem muito ricos, e a terra não os poderem
sustentá-los, para que habitassem juntos.
Ambos tinham o mesmo tempo de peregrinação, e é bom notarmos como a Bíblia
faz questão de mencionar a cada passo que Abraão dava, Ló estava com ele do seu
lado: Até o dia em que resolveram se separem.
A História de Ló e Abraão, está em Gênesis 12:4 à 19:38.
O motivo desta separação, era por causa de contendas entre os pastores de Abraão,
e os pastores de Ló. E parece-nos que as coisas estavam tão fora de controle que
62
Abraão chamou seu sobrinho para uma conversa. E pela atitude de Abraão em tomar
a dianteira para esta conversa, leva-nos a pensar que Ló não estava muito
preocupado, estava meio desligado, como se o tio resolvesse tudo. Mas Abraão
colocou o problema perante ele, e também a solução. E vemos qual foi a atitude de
Ló.
O homem desde o jardim, sempre gostou de tomar decisões. E muitas delas,
precipitadas sem consultar a seu próximo, ou a Deus. E no caso de Ló não foi
diferente.
Como na história anterior, o pecado não está no relacionamento íntimo entre um
homem e uma mulher; como também o pecado não está em possuirmos algo deste
mundo; e sim, se o que desejamos possuir, e o que possuímos, está na vontade de
Deus, e é de Deus, e é para Deus?!
“E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem
regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim
do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então, Ló escolheu
para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e Ló habitou nas
cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. Ora, eram maus os varões
de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.” (Gênesis 13: 10-13)
Nesta momento de escolha na vida de Ló, a concupiscência dos olhos falou mais
alto. Procurou o que satisfizesse o desejo de seus olhos: “e viu toda a campina do
Jordão, era toda bem regada, como o jardim do SENHOR, como a terra do
Egito,...”
Nunca foi a vontade de Deus que o homem voltasse para o jardim de onde foi
lançado, agora Deus tinha algo melhor para oferecer-lhe. “Bem-aventurados aqueles
que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à
árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.”(Apocalipse 22:14) “Quem
tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer
da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.”(Apocalipse 2:7) “No meio
da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz
doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde
das nações.”(Apocalipse 22:2) Mas Ló ficou satisfeito com algo parecido aqui neste
mundo.
Também o texto nos diz que era: “como a terra do Egito”. O Egito é apresentado
na Bíblia, como um quadro do mundo. “(Moisés recusou o Egito e o gozo do
pecado) tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do
Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a
ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.”(Hebreus 11:26,27) “Mas
quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo
um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram;...”(Judas
1:5) “E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente,
se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.”(Apocalipse
11:8) E o mundo é pecador, e está no maligno.
Mas mesmo assim Ló partiu para lá. E vemos um grande contraste no pai Abraão.
Pois ele habitou na terra de Canaã até Deus falar com ele: “ E disse o SENHOR a
Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o
lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;
63
porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre. E
farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o
pó da terra, também a tua semente será contada. Levanta-te, percorre essa terra, no
seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. E Abrão armou as suas
tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e
edificou ali um altar ao SENHOR.”(Gênesis 13: 14-18) Deus escolheu a terra para
Abraão habitar, lhe fez promessas incontáveis, e por fim um altar foi levantado ao
Senhor, como adoração e gratidão por todas estas bênçãos.
Ló tinha estendido suas tendas até Sodoma, talvez sua intenção não era entrar na
cidade. Mas no capítulo dezenove de Gênesis o encontramos assentado a porta da
grande cidade.
Devemos ter cuidado com o que nossos olhos desejam possuir. Pois basta um
passo em falso para todos nosso ossos serem quebrados. “...os ossos que tu
quebraste.”(Salmos 51:8)
Para Abraão, o futuro reservava bênçãos, riqueza, poder, amizade, e uma grande
família. “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus.” (Hebreus 11:10)
Para Ló, seu futuro era incerto, obscuro e tenebroso. Pois Deus decidira destruir a
cidade de Sodoma e Gomorra, por causo do pecado deste povo.
Os resultados de Ló ter deixado Abraão e ter ir para Sodoma foram:
Um crente sem testemunho: Ló convivendo com esta gente, parece ter ficado
sem testemunho, sem peso, sem autoridade quanto as coisas de Deus. “Então, saiu
Ló e falou a seus genros, aos que estavam para casar com suas filhas e disse:
Levantai-vos, saí deste lugar, porque o SENHOR há de destruir a cidade. Acharam,
porém, que ele gracejava com eles.”(Gênesis 19:14)
Um crente infeliz: Também não era um homem feliz espiritualmente, não tinha
comunhão com Deus como dantes, e era oprimido pela imoralidade e o pecado
habitual daquela cidade. “ e condenou à subversão as cidades de Sodoma e
Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as para exemplo aos que vivessem
impiamente; e livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis
(porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, pelo
que via e ouvia sobre as suas obras injustas).”(II Pedro 2: 6-8)
Um crente que perdeu sua família: Suas duas filhas estava a ponto de se casar
com os pecadores daquela cidade. Mais tarde, depois que a cidade foi destruída e
com ela os seus futuros maridos, elas se deitaram com seu pai, e deram a luz a dois
filhos que mais tarde veio a ser duas nação forte contra o povo de Israel. “E deram a
beber vinho a seu pai, também naquela noite; e levantou-se a menor e deitou-se com
ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E conceberam as
duas filhas de Ló de seu pai. E teve a primogênita um filho e chamou o seu nome
Moabe; este é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje. E a menor também teve um
filho e chamou o seu nome Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom, até o dia de
hoje.”(Gênesis 19: 35-38)
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A mulher de Ló também sofria do mesmo mal de seu marido. “Concupiscência

dos olhos”. “E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de
sal.” (Verso 26) Ela amava aquela cidade, estava saindo com o corpo, mas seu
coração e seus interesses estavam ficando lá. Jesus disse: “Lembrai-vos da mulher
de Ló.”(Lucas 17:32)
Um crente que perdeu toda sua obra no fogo: Ló perdeu tudo: riqueza, esposa,
filhas, genro, netos, família, testemunho, dignidade, honra, virtude. Tudo por
obedecer a “Concupiscência dos olhos”. Só se salvou ele. O apóstolo Paulo
escrevendo aos Coríntios, ele fala do trabalho de alguns crentes, e o seu resultado:
“E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade, o
Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a
obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal
será salvo, todavia como pelo fogo.”(I Coríntios 3:12-15) O crente não vai para o
inferno, mas todo seu trabalho, sua obra, será avaliada e provada. Se for ouro, prata,
pedras preciosas, vai subsistir e ganhará sua recompensa. Mas se o que tem é
madeira, feno, palha, tudo será consumido diante daquele que não podemos mentir
ou enganar, mas o tal (crente), será salvo.
“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de
testemunhas(crentes do capítulo 11), deixemos todo embaraço e o pecado que tão de
perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de
Deus.” (Hebreus 12:1-2)
iii) Rei Uzias, e a soberba da vida:
“A soberba da vida” é aquele vanglória, ostentação oca, confiança orgulhosa na

própria capacidade e soberba ostensiosa que é característica de um sistema alienado à
mente e vontade de Deus.
Para que você leitor possa acompanhar este estudo, sugiro que leia:
II Crônicas 26: 1 à 23.
Depois da morte de seu pai Amazias, que reinou em Jerusalém por vinte e nove
anos; Uzias ocupou o trono com a idade de dezesseis anos. E reinou em Jerusalém
por cinquenta e cinco anos, e só Manassés teve um reinado mais extenso do que ele.
Este moço começo sua carreira bem, fazendo tudo que era reto diante dos olhos do
Senhor. Mas infelizmente como o seu pai, terminou sua vida marcada pele pecado
que permitiu.
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Uzias era um moço que buscava ao Senhor, entendido nas visões de Deus, e
guerreava contra os inimigos do povo de Deus. Seu nome significa “o Senhor é a
minha força”.
E Deus concedeu vitória contra três de seus inimigos, os filisteus, os arábios, e
contra os meunitas. E conquistou as terras que era por herança de Deus a seu povo,
que estava na posse de seus inimigos.
Além de edificar na capital Jerusalém, não se esqueceu do interior, do campo.
Desenvolveu a agricultura e a pecuária.
Seus homens de guerra, eram bem treinados e abastecido com o melhor do
material bélico: escudos, e lanças, e capacete, e couraças e arcos, e até fundas para
atirarem pedras.
Também era um homem de inventos, fez pela primeira vez, uma arma secreta que
atirava frechas e grandes pedras: de forma que sua fama voou até muito longe,
porque foi maravilhosamente ajudado até que se tornou forte.
E mais uma vez vemos que quanto mais alto o homem se estabelece, mais risco
ele corre, e é possível de cair. Por isso o apóstolo Paulo falou aos de Coríntios que
ainda estavam firmes. “Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia”(I
Coríntios 10:12)
E Uzias, depois de anos no caminho de conquista e vitória, bênçãos e alegrias, a
soberba acha lugar em seu coração. E como diz o provérbio: “ A soberba precede a
ruína, e a altivez do espírito precede a queda.”(Provérbios 16:18)
Uzias achou que pelas bênçãos que Deus tinha lhe dado, pelas conquistas
realizadas, pela sua sabedoria em administrar bem o seu reino, e por haver fartura em
seu reino, e também por estar tantos anos no reinando como nenhum outro, ele tinha
o direito de violar as ordens de Deus. Achou que tinha o direito de entrar no templo
de Deus e fazer o serviço que só cabia ao sacerdote.
“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e
transgrediu contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR
para queimar incenso no altar do incenso.”(II Crônicas 26:16) Este foi o pecado de
Satanás; este foi o pecado do homem no jardim; querer coisas que não lhes é lícitos
possuir; almejar posição que Deus não os colocou.
O Senhor Jesus também foi tentado pelo diabo nesta parte: pois o “diabo o
transportou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a
glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então,
disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás
e só a ele servirás.”(Mateus 4:8-10)
O mal está caminhando ao nosso lado, está em nós refrearmos e não cumprirmos
o seus desejos; ou permitir que ele tome as rédeas da nossa vida, e por um pouco de
tempo termos o gozo do pecado. “Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser
chamado filho da filha de Faraó, Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de
Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores
riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a
recompensa.”(Hebreus 11:24-26)
A soberba do rei Uzias foi interrompida pelos sacerdotes que entraram no Templo
e lhe disseram: “...A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR,
mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso; sai
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do santuário, porque transgrediste; e não será isso para honra tua da parte do
SENHOR Deus.”(II Crônicas 26:18)
Mas Uzias não aceitou o conselho dos sacerdotes com humildade, antes se
indignou; achando que ele também tinha este direito, e não seria qualquer sacerdote
que determinaria o que ele devia fazer. Neste exato momento de rebelião às palavras
dos sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa. “Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos
aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”(I Pedro 5:5)
“Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser
leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do SENHOR; e Jotão,
seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra.”(II Crônicas
26:21) A Lepra na Bíblia é um símbolo do pecado; e vemos que este pecado
permitido em sua vida, arruinou a sua própria vida, seu reinado, a comunhão com sua
família, a comunhão com Deus. Ficou neste estado até sua morte.
É motivo de chorar, lamentar e orar, para que isso não suceda conosco. Pois vemos
um homem que foi muito útil para Deus ser reduzido a nada, sido impedido por
causa da “soberba da vida” de continuar atuando na obra de Deus.
Por isso o apóstolo João no adverte do grande perigo de ainda hoje sermos levados
por um destes desejos que governam o mundo: “Não ameis o mundo, nem o que no
mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o
que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”(II
João 2:15-17)
Além da nossa carne, o cristão tem um inimigo que luta ferozmente para derrubá-
lo. O diabo tentou nossos primeiros pais no jardim, e teve êxodo; tentou ao Senhor
Jesus no deserto, mas falhou; tem tentado muitos santos que andavam no caminho da
verdade, e arruinou suas vidas. Ele é um adversário com muitos anos de experiência,
e não devemos ignorar seus ardis; e por outro lado, devemos nos afirmar nas palavra
de João: “...sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós
do que o que está no mundo.”(I João 4:4)
Carro leitor, não existe formulas miraculosas para você vencer o mundo, a carne e
o diabo. Muito menos cursinhos, seminários, e palestras. Pois somente uma coisa vai
lhe ajudar a vencer estes grande inimigos, a palavra de Deus e o Espírito Santo. Não
simplesmente lida como um jornal, não somente buscada quando você está triste ou
alguma coisa está indo mal. Não, “A palavra de Cristo habite em vós
abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos
outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em
vosso coração.”(Colossenses 3:16) A palavra de Cristo, deve fazer parte da sua vida,
como o cérebro faz parte da sua cabeça e o coração faz parte do seu peito. A cabeça
sem o cérebro não tem utilidade nenhuma, está morta. O cristão sem a palavra de
Cristo em seu coração, está a mercê do mundo, da carne e do diabo.
Se você já nasceu de novo, não deixe sua casa vazia, enche-a com a palavra de
Cristo, e se alimente dela todos os dias e terás vitória. “E, quando o espírito imundo
tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.
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Então, diz: Voltarei para a minha casa, donde saí. E, voltando, acha-a desocupada,
varrida e adornada.”(Mateus 12:43,44)
Acabamos de estudar sobre três grandes homens na Bíblia: dos quais só um se
recuperou, Davi. Os outro dois, Ló e o rei Uzias tiveram o restante de seus dias
marcados pela desobediência, pelo seus pecados. Deus sem dúvida pode e perdoa
nossos pecados, mas não nos livra dos resultados aqui na terra. Temos um exemplo
disso em Abraão, quando pensou que poderia ajudar a Deus se deitando com a
escrava para dar a luz um filho; até hoje ele tem o resultado do seu pecado.
“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e
engodado {ou seduzido} pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a
morte.”(Tiago 1:13-15)
“..., não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto,
qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”(Tiago 4:4)
68
Capítulo 09
Deus e o Pecado.
Quando lemos ou ouvimos sobre Deus e o pecado, gostaríamos de ter muitas

respostas para nossas perguntas, mas nem sempre é assim. Pois não é tão fácil entrar
numa mente eterna e sábia como a de Deus, e entendermos tudo.
Há perguntas intrigantes como: “ como Deus sendo Santo, permitiu o pecado?” e,
“ por que Ele não evitou o pecado?” e, “ por que Ele criou seres possíveis ao
pecado?” e, “ para onde tudo isso nos leva?” e, “etc.”.
Nesta altura do estudo, acho que este é o ponto que mais nos convence que somos
limitados, finitos, ignorantes, pequenos, mortais, simples, fracos e desprovidos de um
passado eterno. Pois agora estamos perante o Deus Eterno, o todo Poderoso, o Alfa e
Ômega, o Princípio e o Fim, o Pai da Eternidade. Os seus planos eternos, mesmo nós
concordado com eles, nossa mente é incapaz de assimilar, compreender e até mesmo
aceitar que Deus agiria desta forma.
Mas o que devemos ter em mente antes de mais nada, é que Deus é Santo. E isso
Ele procurou deixar bem claro em toda sua palavra. Desde o jardim, até a cidade
celestial descrito em Apocalipse, Deus é aquele que vinga o pecado, até seu
extermínio por completo.
Jesus, sendo Deus manifestado em carne entre os homem, também deixou isso
claro para seus ouvintes. “Quem dentre vós me convence de pecado? (João 8:46) O
homem mais santo que andou neste mundo não poderia dizer estas palavras, pois só
Deus é isento do pecado. Não há possibilidade de pensar em pecar, muito menos em
praticar.
Os termos mal e pecado representam idéias um tanto diferente. O mal pode se
referir àquilo que, embora sem se manifestar não expresso é sempre concebível como
ao que é bom, enquanto que o pecado é aquilo que é concreto e ativamente oposto a
Deus. É difícil para mente humana imaginar um tempo em que não havia um oposto
69
ao bem, pois, não havia seres que fossem capazes de pecar, não havia oportunidade
de expressão do pecado. Considerando que Deus não pode errar, o pecado não
poderia vir a existir até que outra forma de ser fosse criado; e, aparentemente,
seguindo-se ao ato criativo de Deus, o mais sublime do anjos pecou, como também a
corroa da criação divina na terra, o homem.
Considerando que o conceito do mal como uma coisa criável seja tão difícil para
mente imaginar, o problema de sua origem não é facilmente solucionado. Realmente
pouco foi revelado sobre a origem do mal; contudo, a origem do pecado, se fizermos
referência à primeira desobediência real ao ideal divino, foi registrado nas Escrituras
e ali sua culpa foi distintamente atribuída aquele que pecou. Embora o bem e o mal,
recebam o seu caráter diferente da perfeição essencial e imutável de Deus, Ele,
infinitamente Santo, não poderia ter criado o mal, embora Ele pudesse, por motivos
dignos, permitir as suas manifestações.
A presença do pecado na criação de Deus, se deve ao fato de tê-lo permitido. Sua
permissão, deve seguir a um propósito justificável, pois ao contrário, acabaria com o
mesmo sem demora. Mesmo tendo um pouco de luz sobre os motivos de Sua
permissão, nunca devemos associar Deus a qualquer cumplicidade com o mal, ou
pecado.
O pecado sempre e em todo lugar tem sido excessivamente maligno, e a
condenação de Deus jamais foi diminuída para com o mesmo, porque Ele não pode
ser condescendente para com o pecado; e, Deus é absolutamente Santo e Perfeito em
todos seus caminhos.
Mas notamos alguns aspectos desta permissão, e os motivos de não acabar com o
mesmo:
i) Com a queda, o homem ficou conhecendo o bem e o mal; e, na sua forma

natural, sabe o bem mas não tem condições de pratica-lo; conhece o mal e
não tem forças em si mesmo para evita-lo. Deus tem um propósito de, dentre
a humanidade caída salvar um grupo para sua glória, aqueles que com livre
escolha vencem o mal. Deus fez seres com livre arbítrio, e não vai levar
ninguém para o céu contra vontade. O homem conhecendo o padrão da
Santidade de Deus, e agora está perante uma encruzilhada, escolher o bem;
ou, o mal. Mas, devemos notar que o homem não poderia escolher o bem e o
mal se o mal não existir.
ii) Muitas vezes gostaríamos que a vida fosse isenta de problemas; e se

tivéssemos condições de criar tudo sem possibilidade de falhas e erros,
faríamos. Mas, de acordo com as Escrituras, Deus não é bem assim. Ele
poderia ter criado seres inocentes, sem possibilidade de errar, pecar, ou cair;
mas, se Ele deseja almas remidas, purificadas pelo sangue sacrificial de seu
Filho, e compradas a um preços infinito, a expressão de tal amor e o
exercício de tal sacrifício só seriam possível com a presença do pecado no
mundo.
iii) Satanás no jardim não mentiu para Eva quando disse: comendo do fruto
seriam como Deus sabendo o bem e o mal. Pois com a queda o homem
70
adquiriu o conhecimento que até então, só Deus possuía. É preciso tomar

conhecimento da malignidade do pecado para se chegar ao grau de
conhecimento que Deus possui; mas não se pode chegar a esse conhecimento
se o pecado não existir como uma realidade viva que esteja sempre
demonstrando o seu caráter maligno. As criaturas chegam ao conhecimento
que Deus possui desde a eternidade pelo processo de aprendizagem. Se
conclui que, para o homem alcançar o conhecimento do bem e do mal, tem
de haver o mal no mundo com todos os seus trágicos efeitos, como também a
perspectiva do julgamento divino sobre o pecado.
iv) Os anjos aprendem através da revelação e da experiência. Eles não possuem

um conhecimento amplo de tudo; e sim, com o passar dos anos vão se
enriquecendo no conhecimento primeiramente de Deus seu criador, e depois
sobre tudo o que Ele criou. Versículos como: “ para que, agora, pela
igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e
potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus,
nosso Senhor,...”(Efésios 3:10,11), e, “Aos quais foi revelado que, não para
si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos
foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos
pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem
atentar.”(I Pedro 1:12), “ Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal
de poderio, por causa dos anjos.”(I Coríntios 11:10) Dá-nos a entender que
os anjos estão aprendendo com os crentes, em como eles lidam com este
conhecimento que possuem, o bem e o mal. Parece-nos que era necessário
aos anjos aprender a verdade relativa àquilo que é mau, como também é
necessário aprender àquilo que é bom. E os anjos só aprenderiam isso, se o
pecado estivesse presente no mundo.
v) Para que Deus demostrasse sua ira, juízo, ou poder em relação ao mal, era
necessário a presença do pecado na sua forma ativa no mundo. Pois de que
outra forma Ele demostraria este atributo?! “E que direis se Deus, querendo
mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita
paciência os vasos da ira, preparados para perdição,...”(Romanos 9:22) O
pecado tinha de se tornar concreto e comprovado a sua dessemelhança de
Deus. Deus está permitindo o pecado, e está sendo provado até o fim. O que
o julgamento e a completa disposição de cada forma do mal vão significar
para tranqüilidade absoluta dos séculos futuros nós não podemos
compreender agora. Mas com certeza esta experiência no tempo, será
proscrito pelos justos juízos da presença de Deus e de suas criaturas para
sempre. O princípio do mal vai ser desmascarado de uma vez por todas, e
Deus será glorificado em tudo isso.
vi) Acho que aqui chegamos no que mais estava escondido em Deus, que nunca
seria revelado em hipótese nenhuma se o pecado não se demonstrasse no
71
mundo; o exercício da Sua graça. Os anjos e Adão viram a sua sabedoria, o

seu poder e a sua glória, sua santidade seu caráter, mas nunca viram a sua
graça. Era uma experiência nova, Deus agir em extrema e absoluta bondade
para com os que não merecem. Para Deus demonstrar o exercício da sua
infinita graça, era necessário objetos da graça; e sendo assim, importava a
permissão do pecado no mundo. E isso Ele fez num ato de extrema bondade e
misericórdia, no dom do Seu unigênito Filho como sacrifício pelos pecadores.
Se conhecia o amor de Deus, mas amor e graça não são a mesma coisa; pois
Deus pode amar os anjos que pecaram, mas não agiu em graça para com eles
preparando-lhes uma salvação como à nós. “Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda
mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça
sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos
lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as
abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em
Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem
de vós; é dom de Deus.”(Efésios 2:4-8) e, “ sabendo que não foi mediante
coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue,
como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido,
com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos
tempos, por amor de vós...”(I Pedro 1:18-20) e, “ Por isso, te digo que os
seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a
quem pouco é perdoado pouco ama.”(Lucas 7:47)
Mesmo que nossa mente finita, terrena, e presente não alcance a sabedoria e os
propósitos de Deus em permitir em toda Sua santidade absoluta a presença do pecado
tanto no céu como na terra, está evidente que a realização dos seus propósitos
maiores exigiu essa permissão. Todo o problema fica ilustrado de maneira limitada
na experiência de um cristão que pecou: “ Primeiro ele admite que Deus, que
poderia ter impedido o pecado, não o obstante o permitiu. Igualmente ele
reconhece que foi proveitoso entender e experimentar o pecado; e, finalmente, ele
admite que Deus, embora tenha permitido o pecado, não fica de maneira nenhuma
implicado na sua culpa e malignidade”.
72
Capítulo 10
Jesus e o Pecado
O Deus de Graça, Misericórdia e Paz.
Sem dúvida que Deus ama todas suas criaturas; E este amor é sem medida, sem
par e imensurável. Mas só este amor em si, não nos trazia para perto dEle
novamente. Foi então, que além dEle amar o mundo, Ele demostrou a sua graça para
com os pecadores. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.”(João 3:16)
Esta frase “O Deus de Graça, Misericórdia e Paz”, é usada por Paulo no inicio de
cada carta dirigida às igrejas ou à irmãos. Pois é o que necessitamos de Deus
diariamente.
O Deus de Graça, vai além que um favor não merecido. Pois eu dar um prato de
comida para um mendigo que bate a minha porta, é um favor não merecido. Mas dar
a comida para esse mendigo faminto depois de ter sido assaltado por ele, é graça.
O Deus de Misericórdia, é aquela atitude de pena do ser humano na sua
infidelidade. Só necessita de misericórdia aquele que não tem condições de fazer o
correto, alcançar a perfeição estabelecida, e está sempre errando. “Porque também
nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias
concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns
aos outros. Mas, quando apareceu a benignidade e caridade {ou amor} de Deus,
nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos
feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e
da renovação do Espírito Santo,...”(Tito 3: 3-5) e, “As misericórdias do SENHOR
73
são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm
fim.”(Lamentações de Jeremias 3:15)
O Deus de Paz, é quem nos proporciona a paz; e isso em dois sentido: primeiro
no ato da conversão, “ Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por
nosso Senhor Jesus Cristo;...”(Romanos 5:1) nossos pecados foram perdoados e a
nossa intranqüilidade interior perante o justo juiz foi restaurada; e, “ Porque ele é a
nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação
que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem,
fazendo a paz,...”(Efésios 2:14,15) agora não há nem judeu nem grego, circuncisão
ou incircuncisão, guardadores da lei e sem lei, pois de dois Ele fez um novo homem,
fazendo a paz, e Ele é a nossa paz. Tudo se concentra nEle. E em segundo, “... a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos
sentimentos em Cristo Jesus.”(Filipenses 4:7) Paz é um sentimento interior, que em
regra geral pode ser abalada pelo que acontece fora de nós. Seria como que se o
nosso país estivesse em guerra com outro, e como cidadãos civis não estamos no
campo de batalha mas ficamos envolvido em nosso interior, então nesse momento,
vem o presidente e nos garante que de forma nenhuma vamos ser atingidos por esta
guerra, e mais, nos conduz para um jardim onde reina saúde e tranqüilidade. E é
justamente isso que a paz de Deus faz em nossos corações. Tudo pode desmoronar a
nossa volta, mas a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
E tudo isso, graça, misericórdia e paz, Deus proporcionou a nós que não
merecíamos, por Jesus Cristo nosso Senhor.
O Santo.
Para Deus fazer com que pecadores como nós usufruísse destas bênçãos, o seu
Filho Unigênito tinha de pagar o preço. Nosso estado deplorável, exigia um salvador
na altura da santidade de Deus. “ E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e
pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo
o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da
desobediência; entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia,
pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas
ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos
ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo
Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça,
pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos,
por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que
74
ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”(Efésios 2: 1-10)
“E, respondendo o anjo, disse-lhe(a Maria): Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a
virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de
ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.”(Lucas 1:35) Um anjo não seria capaz
de assumir tal missão, pois a santidade deste requeria um garantia absoluta. Que
fosse impossível pecar. E somente Deus Filho tinha esta condição.
O Santo, vai além da santidade dos anjos, e dos crentes; pois estes são santificados
pelo Espirito Santo, e crescem em santidade. Jesus era Santo em si mesmo, Ele era o
padrão absoluto da santidade, nada fora dele era exemplo ou O deixava mais santo,
pois ele é O Santo. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo
pelos injustos, para levar-nos a Deus;...”(I Pedro 3:18) “O qual não cometeu
pecado, nem na sua boca se achou engano, O qual, quando o injuriavam, não
injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga
justamente,...”(I Pedro 2:22,23) “ Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que
se vos desse um homem homicida.”(Atos 3:14)
Quando nos referimos a Jesus, e falamos que Ele se tornou como um de nós, tendo
fome, sede, sono, um trabalho na carpintaria, e necessidade de orar; também
devemos ter o cuidado de salientar sua absoluta santidade. Pois Ele conhecia o bem o
mal como nós, mas não tinha a natureza pecaminosa, era impossível pecar, e nem ao
menos pensar em pecar. Tinha fome, mas não era um glutão; tinha sede, mas não era
um beberão; tinha sono, mas não era um preguiçoso que dormia até ao meio dia;
trabalhava de forma que nunca chegou atrasado, nunca entregou algo fora do prazo, e
nunca voltaram para reclamar do seus serviços; e a sua vida espiritual de oração e
pregação, não era interferidas pela carne, a natureza pecaminosa que existe em nós.
Ele nem ao menos voltou atras alguma vez para pedir desculpas por algo dito; pois
nunca disse nada errado.
Sua experiência como homem lhe serviu de duas maneira: primeiro, a sua atuação
como salvador: era impossível o Deus Filho passar pela morte, e Ele tinha de morrer
“Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me
preparaste;...”(Hebreus 10:5) ; Deus é espírito, invisível, como se apresentaria ao
homem para salva-lo?!; a obra da salvação devia se dar no âmbito terrestre e não na
esfera celestial, Ele tinha de vir a terra e se apresentar aos homens como sacrifício
pelos homens; depois de passar pela morte, devia ressuscitar para nossa justificação,
atestando que tudo correu bem, que agora somos aceitos no Amado “o qual por
nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.”(Romanos 4:25)
Em segundo, sua experiência como homem, serviria para continuar atuando a favor
dos que Ele ia resgatar pela sua morte: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos,
mas tomou a descendência de Abraão. Pelo que convinha que, em tudo, fosse
semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é
de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo
tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.”(Hebreus 2:16-18) e, “ Visto
que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus,
retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em
tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da
75
graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos
ajudados em tempo oportuno.”(Hebreus 4:14-16) “Meus Filhinhos, estas coisas vos
escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado {ou
Consolador Gr. Paracleto} para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de
todo o mundo.” (I João 2:1-2)
Jesus amava aos pecadores, mas odiava os seus pecados.
Jesus sendo Deus homem, não podia permitir e tolerar o pecado adornado e aceito
pelos homens. “ Por isso, vos disse que morrereis em vossos pecados, porque, se
não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.”(João 8:24) E, Ele deixou
claro seu ódio ao pecado, e Sua separação dele; “ Quem dentre vós me convence de
pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?”(João 8:46) Ninguém em
todo o universo pode dizer estas palavra, exceto Deus. Mas também era amigo dos
publicanos e pecadores arrependidos; “ E chegavam-se a ele todos os publicanos e
pecadores para o ouvir.”(Lucas 15:1) “Quando isso viu o fariseu que o tinha
convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é
a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.”(Lucas 7:39) e, “ E os escribas e
fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.”(João 8:3)
Jesus é o canal pelo qual emana as bênçãos de Deus para nós. É o mediador entre
Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
Deus o fez pecado por nós.
Estas palavras tem alcance para ocupar-nos por toda eternidade. “Àquele que não
conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de
Deus.” (II Coríntios 5:21) No verso 19 deste mesmo capítulo, Paulo nos diz: “ isto
é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados,...” É claro que merecíamos que fosse contado contra nós. Mas se Ele
nos levasse a juízo, morreríamos. De modo que a misericórdia de Deus recusou-se a
levar em conta contra nós os nossos pecados ou exigir que sofrêssemos a penalidade
deles. Mas, para onde foi o juízo dos nossos pecado? Deus esqueceu? De modo
nenhum. Pois, Àquele que não tinha pecado, Deus o fez pecado por nós. Ouve uma
transferência, não de pecado, mas de juízo, não devemos pensar que Ele foi feito
pecador ou pecaminoso, mas sim que, enquanto Cristo esteve na cruz, Ele foi tratado
como o pecado devia ser tratado. Assim, suportou toda penalidade, ira e juízo devido
ao pecado. Nesse caso, Jesus tomou o nosso lugar com todos os seus terrores de juízo
e maldição, e nós tomamos o seu, “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
76
Nossos pecados foram imputados na sua conta e também cobrados em juízo, e Ele
pagou totalmente a nossa dívida “...Está consumado”(João 19:30), e ainda vive pelos
séculos dos séculos. “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da
morte e do inferno. {Gr. Hades}”(Apocalipse 1:17,18)
Jesus e o plano eterno.
Muitos pensam, (e até crentes), que a salvação que Deus preparou através do seu
Filho, foi para salvar a um barco em naufrágio; barco esse, que lhe saiu ao controle
por algum descuido. Ou, com o pecado humano, Deus amava tanto suas criaturas,
que de ultima hora resolveu salva-los para não botar tudo a perder.
O que já tentei esclarecer no capítulo anterior, sobre os planos eternos de Deus, e o
pecado. Agora faço com a pessoa que estava nestes planos, o Senhor Jesus Cristo.
Deus antes de criar qualquer coisa, já tinha este quadro que temos hoje em dia, e o
futuro que nos quis revelar. Ele já tinha os planos para os anjos eleitos, e também
para sua igreja. “ Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos
eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.”(I
Timóteo 5:21) “ Não são, porventura, todos eles espíritos(anjos) ministradores,
enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?”(Hebreus
1:14) e, “ Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os
seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.”(Mateus
18:10) e “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os
lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o
Juízo;...”(II Pedro 2:4) e, “ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, {ou amor}”(Efésios
1:3,4) e, “em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu
antes dos tempos dos séculos, mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela
pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso
Salvador,...”(Tito 1:2,3)
Mesmo Deus permitindo o pecado manifestar-se na sua criação, Ele ofereceu para
si mesmo o que tinha de melhor para salvar os que por toda vida estavam sujeitos a
servidão. Pois foi o que Abraão compreendeu, quando subia o monte de Moriá para
oferecer seu filho como holocausto: “Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse:
Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha,
mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá “para
si” o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos
juntos.”(Gênesis 22:7,8)
O Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, àquele que não cometeu pecado, nem na
sua boca se achou engano, foi quem morreu por nosso pecado, para nos justificar
diante de Deus. Amém por isso!
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Jesus e a vitória sobre o pecado.
O pecado e o diabo sempre andaram de mãos dadas desde o início; e na cruz,

Jesus tratou e venceu a ambos.“ Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo
peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as
obras do diabo.”(I João 3:8) Este sacrifício custou a sua vida, Ele não tinha pecado e
a morte não tinha poder sobre Ele, não estava sujeito aquela lei do jardim dada para
Adão que no dia que comesse do fruto proibido certamente morreriam; mas mesmo
assim se entregou a morte, e morte de cruz. Pois com sua morte, vencia o pecado.
“Ainda não resististes(os crentes) até ao sangue, combatendo contra o
pecado(como Cristo).”(Hebreus 12:4) Vencia o diabo e a morte, “ E, visto como os
filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas,
para que, pela morte, aniquilasse(remoção) o que tinha o império da morte, isto é,
o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida
sujeitos à servidão.”(Hebreus 2:14,15) Seu sacrifício foi único e para sempre, eficaz
e poderoso, e assim com Ele temos a vitoria sobre a pecado, a morte, o diabo e o
inferno.“ Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. assim também
Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda
vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.”(Hebreus 9:26-28) O pecado
tinha um poder sobre o homem, que era a morte, e não somente a morte física, mas a
segunda morte, que é o lago de fogo, Cristo venceu o pecado de tal maneira na cruz
que nos livrou do poder do pecado. E agora: “ Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Onde está, ó inferno, {ou morte} a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o
pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por
nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho
não é vão no Senhor.”(1 Coríntios 15:55-58)
Sim, nós tivemos a vitória por meia da morte de Cristo, mas e Ele? “ Cristo Jesus,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-
se {ou despojou-se} a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e
toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus
Pai.”(Filipenses 2:6-11)
78
Capítulo 11
Espírito Santo e o Pecado
O Espírito Santo.
O Espírito Santo é uma pessoa da santíssima trindade; “ Mas, quando vier

aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de
si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me
glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.”(João
16:13,14) Jesus estava falando de uma pessoa “Ele”; que se encontrava fora dEle
“aquele”; e que “ouve” e “fala”. Sua função não é atrair as pessoas para si, mas
glorificar a Jesus. Como a função do Filho era glorificar o Pai, o Espírito Santo
glorificava o Filho. E como o Filho falava o que ouvia do Pai, o Espírito Santo fala o
que ouve do Filho. Ele é o Espírito da verdade, porque Ele fala somente a verdade,
não dos homens mas de Deus. “ Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade.”( João 17:17) A verdade está contida na palavra de Deus, e Ele a usa para
falar e glorificar o Filho. “ Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus
Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica,
porque o Espírito é a verdade.”(I João 5:6) E pelo Espirito da verdade, somos
capazes de provar tudo que vem dos outros, se é verdade, ou erro. “ Nós somos de
Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve.
Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.”(I João 4:6)
O Espírito Santo no mundo.
79
O Espírito da verdade, é também santo; caracterizando assim sua oposição ao erro

e tudo aquilo que é pecado e imundo. Sua santidade é tão peculiar e absoluta, que
certa vez o Senhor Jesus disse: “Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se
perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos
homens.”(Mateus 12:31) Jesus disse isso, pelos os fariseus atribuir seus milagres
aos poderes de belzebu. “Mas os fariseus ouvindo isso, diziam: Este não expulsa os
demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.”(Mateus 12:24) Ele é
absolutamente santo, e não permite sua associação com o pecado.
E vemos isso exposto na sua atuação sobre o mundo, pois Jesus disse: “ E, quando
ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque
não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e
do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” (João 16:8-11)
i) “Do pecado, porque não crêem em mim;” O maior pecado humano é não
crer no Filho de Deus, e é o que o mundo tem feito ainda hoje. O homem
natural vive nas trevas do pecado, tem a sua religião que não expõe esta
ferida, pratica suas obras nas trevas e pensa que agrada a Deus, e por fim não
aceita o dom gratuito, Cristo Jesus, para perdoá-lo e livrá-lo do poder do
pecado. “ E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para
que as suas obras não sejam reprovadas.”(João 3:19,20) Suas obras estão
como um queijo suíço, cheios de falhas, defeitos e pecados, e não traz para
luz, pois tem mudo de que tudo não passe de coisas vãos e supersticiosas.
Então Espírito Santo está no mundo para revelar aos corações dos homens, a
sua vão maneira de viver, e que somente em Cristo Jesus está a verdadeira
vida, a vida eterna. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele
que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece.”(João 3:36)
ii) “Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;” Enquanto
Jesus andou neste mundo, Ele era o sal da terra, a luz do mundo, a verdade e
a vida. Mas agora embora subindo para o Pai, o mundo não ficaria a mercê do
pecado e do príncipe deste século, o diabo. Não, pois enviaria o Espírito
Santo para continuar estabelecendo a justiça. O homem deixado a sua própria
sorte, separa-se cada vez mais de Deus, afunda-se em seus pecados e
imoralidade, e constrói para si toda sorte de ídolos e religião, e assim morre
na desgraça e ruína. O homem natural não tem justiça para estabelecer, e por
si só, despreza a justiça de Deus. O Espírito Santo está no mundo para
estabelecer o caráter santo de Deus, pois este é o padrão final e único pelo
qual os valore morais podem ser julgados de maneira exata. Para aqueles que
ignoram Deus, não há padrões morais além dos costumes sociais, ou os
ditames de sua consciência incerta e pervertida. E mesmo estes, é de se notar
que , embora indiretos, falhos e frágeis, são, não obstante, reflexos dos
padrões de Deus. O pecado é maligno porque não é semelhante a Deus; e é
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o que rege o homem e sua sociedade. “ Porquanto, não conhecendo a

justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se
sujeitaram à justiça de Deus.”(Romanos 10:3) O Espírito por meio do
evangelho, anuncia a justiça de Deus ao homem pecador. “ Porque não me
envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque
nele(evangelho) se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito:
Mas o justo viverá da fé.”(Romanos 1:16,17) Mas está chegando o dia em
que com a Igreja o Espirito Santo serão arrebatados ao céu, então o ministério
da injustiça reinará por toda a terra. “E, agora, vós sabeis o que o detém,
para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da
injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja
tirado(Espírito Santo); e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor
desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e
sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que
perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por
isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para
que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram
prazer na iniqüidade.”(2 Tessalonicenses 2:6-12) . Hoje o Espírito santo está
no mundo para mostrar qual é o padrão do reino de Deus, e nos preparar para
ele. “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14:17)
iii) Do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. Quando o

homem pecou contra Deus no jardim, ele deu de mão beijada este mundo à
satanás; e até então, satanás reinava, governava, e fazia dele o que bem
entendia, (segundo a permissão de Deus). “ E o diabo, levando-o(Jesus) a um
alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo.
E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a
mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares,
tudo será teu.” (Lucas 4:5-7) e, “ Sabemos que somos de Deus e que todo
o mundo está no maligno.”(1 João 5:19) Mas agora a coisa mudou, pois, por
meio da morte de Cristo na cruz, o príncipe deste mundo está julgado e sua
derrota e certa. “ Tenho estado todos os dias convosco no templo e não
estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das
trevas.”(Lucas 22:53) “E, visto como os filhos participam da carne e do
sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte,
aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos
os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à
servidão.”(Hebreus 2:14,15) Satanás ainda está no mundo, mas já é um
inimigo derrotado, seu poder foi aniquilado, sua derrota é certa. E o Espírito
Santo está no mundo para anunciar o juízo já conquistado por Cristo sobre
satanás, e também sobre todos aqueles que o seguem. “E o diabo, que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso
profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o
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sempre”(Apocalipse 20:10) e, “ E, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e

aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos
idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com
fogo e enxofre, o que é a segunda morte.”(Apocalipse 21:8) Mas para o
crente o Espirito Santo diz: “ E o Deus de paz esmagará em breve Satanás
debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.
Amém!”(Romanos 16:20)
O pecado é totalmente oposto ao Espírito Santo, e Ele, incansavelmente está
agindo hoje em todo mundo para mudar a mente e o coração humano.
O Espírito Santo no crente.
Como já vimos em outro capítulo, o crente é salvo pela graça de Deus, é perdoado
de seus pecados, fica livre do poder de satanás, e livre do poder do pecado; mas
ainda não está no céu, tem uma longa jornada para trilhar neste mundo, ele precisa de
toda ajuda do alto, do poder do alto. E esta é a função do Espirito Santo no crente.
“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco
para sempre(inclusive no céu) o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita
convosco e “estará em vós” Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.”(João
14:16-18), e, “ Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do
pecado e da morte.”( Romanos 8:2), e, “ Porque a inclinação da carne é morte; mas
a inclinação do Espírito é vida e paz.”(Romanos 8:6), e, “ Mas nós não recebemos
o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos
conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.”(I Coríntios 2:12), e, “..., mas
haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em
nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.”( I Coríntios 6:11) , e, “ Mas
o fruto do Espírito é: caridade, {ou amor} gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Se vivemos no Espírito, andemos também no
Espírito.”(Gálatas 5:22-25), e, “ E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda, mas enchei-vos do Espírito,...”(Efésios 5:18), e, “ Tomai também o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,...”(Efésios
6:17)
O Espirito Santo também está no crente como um selo para vinda do Senhor Jesus
Cristo, ninguém neste dia vai ser deixado para traz se tem o Espirito de Cristo; e se
ficar, esta pessoa com certeza nunca foi dEle. “ E não entristeçais o Espírito Santo
de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção.”( Efésios 4:30) “...em
quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa;...”( Efésios 1:13)
A Bíblia termina suas últimas palavra num coro entoado pelo Espírito Santo e a
Igreja desejando ansiosos a vinda do Senhor Jesus Cristo. “ E o Espírito e a esposa
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dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome
de graça da água da vida.”( Apocalipse 22:17)
Capítulo 12
O Mundo e o Pecado.
O Nosso Mundo.
Hoje em dia quando se usa a palavra “mundo”, tende a se referir as coisas e as

pessoas ao nosso redor. E assim, quando nos referimos ao “mundo”, podemos estar
falando dele como: físico e geográfico; ou, social e cultura; ou, racial e
antropólogo; ou, o velho e o novo mundo; ou, mundo oriental e mundo ocidental;
ou, o mundo pode se referir a um espaço imaginário quando usamos a frase: “- você
está vivendo num outro mundo!”, com isso queremos dizer: que cada um tem o seu
próprio mundo, seu ambiente, seu espaço. Mas seja lá em que sentido nos referimos
ao mundo, o homem é sempre o centro, o cabeça, o que domina. Pois é o nosso
mundo, o mundo dele, o meu mundo.
A Bíblia também não foge muito desta idéia secular. E denota por igual modo, esta
terra com o seu meio-ambiente cósmico, sua humanidade, sua sociedade, seu planeta
habitável. No entanto, o ponto de vista que a Bíblia dá para o “mundo”, é diferente
do nosso. Pois o mundo apresentado nas Escrituras, é o mundo de Deus; isto é, onde
Ele tem o seus interesses, onde estabeleceu a ordem de coisas, onde Ele possui e
governa, mesmo o homem empregando todo esforço para rejeitar seu domínio. Neste
mundo criado por Deus, Ele é o centro, e não o ser humano. E o que Ele pensa e vê
do mundo, é o que realmente tem valor, e não o que os homem tentam transforma-lo
ou induzi-lo. O homem é mentiroso, egoísta, falso e vaidoso, e tudo isso ele transfere
para o mundo em que vive, assim temos um mundo falso, pintado, irreal; mas Deus
o apresenta como realmente ele é.
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O Mundo de Deus.
Basicamente, nas Escrituras a palavra “mundo” é usado para traduzir três termos
gregos:
i) kosmov “cosmos”, aparece no Novo Testamento 187 vezes. A palavra

cosmos, significa “ordem, regularidade, disposição e arranjo”; e é o que temos em
Gêneses 1:1, Deus criou uma ordem perfeita tanto no céu como na terra. Mas algo
aconteceu, que por motivos de Deus, não nos foi revelado muito: “ Observei a
terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz.”(Jeremias
4:23), e, “ terra de negridão, de profunda escuridade, terra da sombra da morte e
do caos, onde a própria luz é tenebrosa.”(Jó 10:22), e, “ Porque assim diz o
SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu;
que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não
há outro.”(Isaías 45:18) Deus ciou e ornamentou o céu e a terra, e tudo estava
funcionando como Ele queria, até que alguma coisa provocou uma desorde, e algo os
desorientou. Agora Deus atua neste mundo, não tentado restaura-lo novamente, mas
salvando pessoas dele, e estabelecendo um novo reino que principia nele.
“ Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo(cosmos);”(João 18:36), e,
“...entrou o pecado no mundo(cosmos),...”(Romanos 5:12), e, “ para que toda boca
esteja fechada e todo o mundo(cosmos) seja condenável diante de Deus.” (Romanos
3:19), e, “não tendo esperança e sem Deus no mundo(cosmos).” (Efésios 2:12). Para
os salvos deste mundo: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são
do mundo, assim como eu não sou do mundo.” (João 17:14), “ Tenho-vos dito isso,
para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo.” (João 16:33)
ii) aiwn, em suas várias formas, significa “tempo, era, século”, e aparece 41
vezes no Novo Testamento. Esta palavra denota o tempo presente, atual e limitado ao
tempo. “ E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”(Romanos 12:2), e, “ nos quais o deus deste
século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz
do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”(II Coríntios 4:4), e, “
porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.”(Efésios 6:12), e, Mateus 12:32;
13:22; Lucas 16:8; Gálatas 1:4; Marcos 10:30; Efésios 1:21; I Timóteo 1:17; Hebreus
1:2; Efésios 2:12; Colossenses 1:26. Demas abandonou Paulo amando o presente
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século mau.(II Timóteo 4:10) Seu amor não era por um determinado período de
tempo. Mas pelo mal que caracterizava aquele século.
iii) oikoumenh significa “um distrito habitado, terra habitada”, aparece 14

vezes no Novo Testamento. “ E este evangelho do Reino será pregado em todo o
mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.”(Mateus 24:14), e , “ E
o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os
reinos do mundo.”(Lucas 4:5), e, Lucas 21:26; Atos 11:28; Romanos 10:18; Hebreus
1:6; Apocalipse 3:10; 16:14; Lucas 2:1; Atos 17:31; 19:27; Apocalipse 12:9.
Para continuar este estudo, seria bom dizer que o pecado e o diabo sempre
andaram de mãos dadas desde o principio; “porque o diabo peca desde o
princípio.”(I João 3:8) e muitas vezes nós temos dificuldade de separa-los. Um
exemplo muito clássico disso, é o de acusar o diabo em pecados que praticamos. O
diabo não pode estar em todo lugar ao mesmo tempo, e nós nos esquecemos que há
uma natureza pecaminosa dentro de nós bem presente e diária. Com isso quero dizer,
que o diabo tinha interesse no caos do que Deus tinha criado; primeiramente na sua
própria habitação, depois na esfera humana.
Com a desobediência humana, dando ouvido as palavras da serpente, o homem
permitiu a desordem ao seu mundo em todos os aspectos. O cosmos, que a princípio
era estabelecida e conservada por Deus, foi entregue ao diabo, e nele estabeleceu
suas ideais, seus alvos e seus métodos. E agora, é a civilização funcionando
atualmente afastada de Deus. E isso inclui seus governos, anti-Deus, conflitos, seus
armamentos, suas invejas, sua educação, sua cultura, as religiões da imoralidade e o
seu orgulho. Esta pois é a esfera da qual vive o homem.
Dois versículos encontrado no Novo Testamento são bem vindos para descrever o
sistema da qual presenciamos: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se
alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo,
a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é
do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que
faz a vontade de Deus permanece para sempre.”(I João 2:15-17), e, “todo o mundo
jaz no maligno.”(I João 5:19)
Satanás não criou nada. Mas a ordem e o sistema da criação material de Deus
foram envolvidos e desorientados nos métodos e ideais de satanás quando teve a
permissão de assumir a autoridade. E vemos que a criação propriamente dita foi
afetada pela queda; “ Porque a ardente expectação da criatura espera a
manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por
sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com
dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do
Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a
redenção do nosso corpo.”(Romanos 8:19-23) mas ela retém o caráter que Deus lhe
deu e nunca será propriamente de outrém. E também vemos neste mesmo sentido,
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que a atual dispensação é a esfera que Deus estabelece o caráter de seu reino; em sua
forma de mistério. E atualmente limita-se a extensão do seu governo para àquelas
coisas que são chamadas de mistérios e que constituem os aspectos peculiares do Seu
próprio propósito. “Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os
mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;...”(Mateus 13:11)
Ainda hoje, como no jardim, satanás oferece uma diversidade de prazeres, idéias,
fama, luxo, etc. ao mundo que é governado por ele, e que agrada e atrai a natureza
pecaminosa existente no homem caído. O sistema do mundo, é totalmente dirigido
por satanás; sendo que, o mundo e o pecado estão muito próximo. Um apresenta os
seus idéias, projetos e prazeres malignos, o mundo; o outro, uma disposição para
apreciar e saciar um desejo já existente em sua natureza, o homem no pecado. E para
avaliar este mundo(cosmos) maligno, gostaria de salientar alguns versículos das
Escrituras:
i) O mundo está sobre a autoridade de satanás
“ E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo,

todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua
glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me
adorares, tudo será teu.”(Lucas 4:5-7) Esta passagem, que faz parte da tentação
tripla de Cristo, tem revelação surpreendente. Que para mente popular é
desconhecida, e para o crente parece impossível, ou é esquecida. Mas é nos dito que
satanás está orientado o destino de certos governos no mundo. Ele manipulo e dirigi
o poder e a glória deles; e os dá a quem quer. Até mesmo quando pensamos ser
alguém um bom governante, não o isenta de estar sobre a direção de satanás, pois ele
não eliminaria tudo que é bom. Claro que tudo isso é permitido por Deus Pois,
“Porque não há autoridade que não venha de Deus;...”(Romanos 13:1) E as
Escritura reconhece o fato de satanás ter poder e autoridade sobre este mundo:
“Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora seu príncipe será
expulso.”(João 12:31) , ele também é chamado de “príncipe da potestade do
ar”(Efésios 2:2), e, “deus deste século”(II Coríntios 4:4). Nós concordando ou não,
satanás tem influência sobre as coisas do mundo. E vemos isso no homem do pecado
que ainda está para se levantar. “a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça
para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se
salvarem.”(II Tessalonicenses 2:9,10)
“ Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo jaz no maligno.”(I João 5:19)
Vemos aqui a divisão que compreende toda a família humana. Os crentes que estão
no mundo mas não fazem mais parte dele pois são de Deus, e os que jaz no maligno.
E isso abrange o mundo inteiro; dando a idéia de estar mergulhado, submerso no
maligno. Todo o cosmos está localizado no maligno e sob o poder dele. O melhor do
mundo, não é de Deus, sua cultura, sua arte, sua economia, seu crescimento, sua
política, seu curso e seu fim, estão tudo sendo embalado no bercinho do diabo. Por
isso que o crente é ensinado a viver no mundo mas sem se deixar influenciar por ele.
“...e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência
deste mundo passa.”(I Coríntios 7:31), e, “ Visto como o seu divino poder nos deu
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tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou
por sua glória e virtude, pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas
promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo
escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo,...”(II Pedro 1:3,4)
Não foi dito que o mundo é “do maligno”; antes, “jaz em” maligno; e isto é, o
“mundo inteiro” e não se refere somente aos homens do mundo; mas toda sua
organização, toda sua economia, sua concupiscência, seus princípios, seus motivos,
seus cursos e seu fim; tudo que não é “de Deus” jaz no poder e na escravidão do
maligno.
ii) O mundo é totalmente maligno
Mesmo o mundo empregando todo o seu esforço em muitas idéias humanitária,

culturais, morais e as leis religiosas e assim concordando em muitas delas com as
realidades espirituais, não os isentam de fazer parte deste cosmos, e não constitui
evidência que Deus seja reconhecido em sua verdadeira posição e que seja honrado
entre eles. A raiz maligna está no cosmos em todo seus sistemas ou ordem de coisas,
e tudo que possam fazer ou constituir é de forma completa independência de Deus. E
o homem natural facilmente é guiado, induzido e levado pela correnteza, pois faz
parte de sua natureza ignorar Deus e sua vontade. Claramente eles disseram não para
Deus quando crucificaram o Seu Filho; “ Seus príncipes crucificaram o Senhor da
glória”(I Coríntios 2:8), e, “ Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se
vos desse um homem homicida.”(Atos 3:14) O sistema maligno que governa e
adorna este mundo, achou uma terra fértil no coração do homem, pois Deus diz:
“ Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes
demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda;
não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram
inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro
aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de
seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são
ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não
conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus
olhos.”(Romanos 3:9-18) O homem natural vive sem fé e sem Deus. “e tudo o que
não é de fé é pecado”, e, “ Ora, sem fé é impossível agradar-lhe(Deus), porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam.”(Romanos 14:23 e Hebreus 11:6) E as Escritura nos
mostra como o caráter deste mundo é maligno, e como Deus tem salvado um povo
dele: “pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que
por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção,
que, pela concupiscência, há no mundo,”(II Pedro 1:4), e, “ Porquanto se, depois de
terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador
Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último
estado pior do que o primeiro.”(II Pedro 2:20), e, “ A religião pura e imaculada
para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e
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guardar-se da corrupção do mundo.”(Tiago 1:27), e, “ Adúlteros e adúlteras, não

sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer
que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”(Tiago 4:4), e,
“ Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence
o mundo: a nossa fé.”(I João 5:4), e, “Já não falarei muito convosco, porque se
aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em mim.”(João 14:30), e, “e todo
espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é
o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no
mundo.”(I João 4:3), e, “ E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-
vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”(Romanos 12:2), e, “ o qual se deu a si
mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a
vontade de Deus, nosso Pai,”(Gálatas 1:4), e, “ Ele nos tirou da potestade das
trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor,”(Colossenses 1:13)
iii) Os empreendimentos de satanás no mundo
Satanás não se dará por vencido até que Deus o tenha lançado no lago de fogo por
toda a eternidade. Hoje seu alvo, propósito, objetivo e ideal, é o mesmo iniciado a
séculos atras, ser “semelhante ao Altíssimo”. Ele que ser reconhecido, adorado,
respeitado e servido como deus; e para isso, oferece todo tipo de entretenimento as
criaturas a fim de que seus objetivos sejam alcançados. Para atrair a atenção da Eva
no jardim, satanás usou desta mesma arma, sedução. Tentou e conseguiu levar Eva
para longe de Deus e sua palavra, e se colocou a disposição como o único que
realmente lhe amava e que estava disposto a lhe ajuda. “ E, vendo a mulher que
aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável
para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e
ele comeu com ela.”(Gênesis 3:6). E ainda hoje, satanás com milhares de anos de
experiência, sabe exatamente o que o coração humano deseja, e então lhe oferece um
prato cheio dos prazeres para a carne, os olhos e a soberba da vida. Por isso as
Escritura nos adverte: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne,
a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”(I
João 2:16) E assim, reconhecemos que a natureza real deste anseios e totalmente
egocentralizada e sem a idéia de Deus.
No âmbito de satanás, e por onde ele passa, deixa divisão, guerra e caos. Nada é
acertado com amor, nada é ajustado de conformidade com Deus. Por isso Jesus disse:
“ O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os
meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino
não é daqui.”(João 18:36)
Toda propriedade terrena e de ordem satânica, e mais uma vez é permitido ao
crente usar, mas não abusar: “ Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão
necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele a {ou o amor} caridade de
Deus?”(I João 3:17), “ Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia; o que
resta é que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem; e os que
choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que
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compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não
abusassem, porque a aparência deste mundo passa.”(I Coríntios 7: 29-31), e, “mas
os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas,
entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.”(Marcos 4:19), e, “Ouvi, meus
amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus os que para o mundo são pobres
para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?”(Tiago
2:5) Estes eram pobres para tudo aquilo que constituía, ou fazia parte deste cosmos.
iv) Mesmo os cristãos estando aqui, não fazem parte do mundo
Este mundo organizado e distribuído com seus governos, glória, luxuria e

prazeres, as vezes esconde a sua astúcia e a sua malignidade; e até o crente se é
deixado levar pelos encanto deste cosmos. E muitas vezes, satanás traça linhas
tentando imitar e aproximar com as coisas de Deus, e com isso tem desviado alguns
da fé: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para
Tessalônica;”(II Timóteo 4:10). Satanás não fica nada contente quando vê um
homem ou uma mulher que estava em suas garras passa das trevas para luz, do seu
poder para Deus, do seu cosmos para nova criação. E estes, com a ajuda de Deus,
podem ter vitória sobre o mundo que é oferecido por ele: “ E esta é a vitória que
vence o mundo, a nossa fé”(I João 5:4) E esta fé não depende do nosso bom humor,
nossa sorte, nossa estabilidade financeira; pois ela é a mesma que encontrou em
Cristo a libertação do mundo na hora da salvação, e continuará com a ajuda do
Espírito Santo a nos livrar deste presente século mau.
O crente não faz mais parte deste sistema com todo seus encargos malignos, pois
ele é de Deus. “...mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno
não lhe toca”(1 João 5:18) Mas ainda estamos aqui, e como satanás, seus servos não
nos recebe como dantes: “Porque eles não são do mundo”(João 17:14-16), e, “ Se o
mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo,
antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.”(João
15:18,19), e neste mundo o crente é visto como, estrangeiros e peregrinos, cidadãos
do céu, e embaixadores de deus aqui na terra.(I Pedro 2:11; Filipenses 3:20; II
Coríntios 5:20)
Para Jó, Deus permitiu que satanás o colocasse a prova; e no fim dela satanás foi
desmentido e Deus glorificado no seu servo. “Nada temas das coisas que hás de
padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados;
e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da
vida.”(Apocalipse 2:10)
v) A importância do mundo
O mundo a cada ano que passa, se desenvolve, abre fronteiras, explora seus
limites, fica mais independente; e ao seu ver, não há limitações e nem impotência.
Pois as suas avaliações, exclui Deus por completo. Mas seu líder, embora seja
poderoso, é inferior a Cristo: “Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque
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maior é o que está em vós do que o que está no mundo.”(I João 4:4). Seu
conhecimento e entendimento são limitados: “ Vede quão grande caridade {ou
amor} nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o
mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.”(I João 3:1). “ Do mundo são;
por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que
conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto
conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.”(I João 4:5). “ Mas, se
ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos
quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”(II
Coríntios 4:3,4). “ Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de
Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de
ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”(I Coríntios 2:14-16). “Não há
ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.”(Romanos 3:11)
vi) O fim do mundo
O mais belo, nobre, sublime, atraente e promissor que este mundo possa
representar, há de ter um fim trágico e repentino. Pois, por um pequeno espaço de
tempo, Deus está preparando um povo neste mundo, e logo há de retira-los daqui por
completo. Sua espera por salvar alguns deste mundo: “ Então, disse o SENHOR:
Não contenderá {ou permanecerá} o meu Espírito para sempre com o
homem,...”(Gênesis 6:3). “ O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns
a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se
percam, senão que todos venham a arrepender-se.”(II Pedro 3:9) Seu julgamento
sobre os que rejeitaram sua bondosa salvação deste mundo: “E ele enviará os seus
anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os
quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, esta parábola
da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que
está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele
está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem
que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas
palavras não hão de passar. Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos
dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim
será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias
anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao
dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os
levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, estando dois
no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho,
será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de
vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da
noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora
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em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu
sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo
que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.” (Mateus 24:31-46), e, “ e a vós,
que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde
o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos
que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do
Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e
para se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que crêem (porquanto o nosso
testemunho foi crido entre vós).”(II Tessalonicenses 1:7-10). “porque a aparência
deste mundo passa.”(I Coríntios 7:31). “E o mundo passa, e a sua concupiscência;
mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”(I João 2:17). “Mas
o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se
queimarão.”(II Pedro 3:10). E então os crentes partirão para o céu, onde o estado de
coisas são bem diferente deste mundo. “ Mas a nossa cidade está nos céus, donde
também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,...”(Filipenses 3:20) “Porque
(Abraão) esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é
Deus.”(Hebreus 11:10)
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Capitulo 13
A Bíblia e o Pecado
O grande evangelista D. L. Moody, escreveu em sua Bíblia: “Este Livro me

afastará do pecado, e o pecado me afastará deste Livro”.
O cristão por si só, não tem condições de vencer o pecado que ainda está nele.
Como qualquer homem moral e religioso, ele poder refrear sua natureza adâmica,
fugir do pecado; mas, mais cedo ou mais tarde suas forças se esgotam e o pecado
acaba lhe dominando.
Mas Deus fez mais do que perdoar os pecados cometidos pelos homens; Ele
enviou o Espírito Santo para estar com eles, e neles. Deixou a sua palavra como
alimento espiritual, para que bem nutridos possam atravessar este deserto tendo
vitórias sobre o pecado, e sobre o diabo e o mundo.
Ler a Bíblia, é o único caminho para o cristão se manter forte e em comunhão com
Deus; saberá a sua vontade, será um vencedor e um sábio, e também estará apto para
ajudar outros que estão no poder do pecado, ou manquejando.
i) Bíblia, a palavra de Deus
“ Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer

espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”(Hebreus
4:12) No mundo já se levantou muito homens sábios, e deixaram muitos livros
escritos; mas nenhum se compara ao livro de Deus ao homem. A Bíblia é um livro
que contém a palavra Divina. Contém a palavra de Deus. Isso é um grande privilégio
para o homem, mas também é muito solene. Deus transmitiu ao homem o Seu
caráter, Seus atributos, Sua vontade, Seu passado e Seu futuro, Sua bondade e Sua
severidade, Seu amor e Seu ódio; e tudo isso Ele fez em sessenta e seis livro,
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transmitidos na forma de histórias, profecias, parábolas, poesias, cânticos e salmos.

O Divino se comunicou e se revelou ao o homem, na linguagem humana.
A palavra de Deus tem como objetivo principal mostrar a ruína humana em Adão,
o remédio divino em Cristo, e a responsabilidade humana. Esta “palavra é viva, e
eficaz;” quer dizer: ela tem vida em si mesma, ela sabe para onde vai, e sua
finalidade, seu objetivo, seus propósitos, seu alvo, ela alcança com toda garantia e
perfeição, é eficaz em todo o seu procedimento. E ela penetra no interior do homem
como nenhum outro meio, e coloca cada coisa no seu devido lugar. Vemos isso
claramente em Jesus entre os homens, pois lemos que Ele era o verbo(palavra) de
Deus, e suas palavra revelava ao homem a vontade de Deus, e o pecado no coração
humano.
A palavra de Deus não serve somente como informativo para mostrar ao homem
que ele é um pecador, mas também para convence-lo disso. Ela corta, ela fere, ela
revela, ela convence.
Quando nos deparamos diante desta palavra, cônscios de que é a palavra de Deus,
somos obrigados a concordar com ela; e mesmo depois de ouvida pela primeira vez,
podemos fugir, tentar esquecer, nos distrair, mas é impossível, pois ela é viva, e
eficaz.
Ela saiu de Deus, e voltará para Deus, mas nunca vazia, antes fará o que está
designada. “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim
vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”(Isaias
55:11) A Palavra de Deus não deixa opção para um segundo pensamento ou
argumento, não podemos acrescentar, mudar ou tirar. Não, ela é completa. Ela traz o
esclarecimento dos nossos pecados e o remédio de Deus, mas também traz o seu
juízo caso ela seja ignorada ou cumprida em partes.
Somente uma coisa viva pode dar vida, a palavra de Deus é assim: “ Mas que diz?
A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que
pregamos,....” e “ De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus.”(Romanos 10:8 e 17) De sorte que a palavra de Deus aguça nossa fé tanto
para salvação, como para nossa jornada, e o lar feliz no fim dela.
ii) Bíblia a palavra da verdade
“ em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o

evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa;”(Efésios 1:3) A verdade somente vai aparecer, quando
houver a mentira. E a Bíblia é a palavra da verdade, oposta a tudo que é errado,
oposta a tudo que não é de Deus, falso, indeciso, duvidoso, enganoso. Ela contém a
verdade, tanto do homem em seus pecado, como as bênção de Deus para este mesmo
homem.
Mesmo a humanidade não vendo deste ângulo; num momento de decisão e
impasse em que vivemos, a verdade é primordial. A verdade tem peso, tem base e
não muda. O evangelho é a palavra da verdade de Deus. O evangelho(que significa
boas novas) traz salvação ao pecador; pois ela fala do amor de Deus em enfrentar o
nossos pecados com a morte de seu Amado Filho. Deus ama o pecador e isso ficou
93
claro na palavra da verdade: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”(Romanos 5:8), e, “Aquele que
nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos
nós,...”(Romanos 8:32) A verdade é suprema, é conquistadora, é realista. De um
lado, mostra que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, separados de
forma a perecerem no inferno por toda eternidade; mas de outro, mostra o grande
amor de Deus para com o homem mesmo estando desviado dEle, amando seus
pecados, e gostando deles. A palavra da verdade, veio para mostrar que Deus tinha
algo muito melhor para suas criaturas feitas a sua imagem e semelhança. Antes
“naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados {ou separados da comunhão} da
comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança
e sem Deus no mundo.”(Efésios 2:12) Mas agora, depois que ouvir a palavra da
verdade, estamos marcados com o Espírito Santo, para que com a vinda de Cristo
sermos levados para casa do pai, onde há abundância de alegria e delicias perpétuas.
É a palavra da verdade que muda a vida do pecador: “ Segundo a sua vontade, ele
nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas
criaturas.”(Tiago 1:18) Esta palavra agora fazendo parte da vida do cristão, serve
para ele lavar sua alma, salvar sua alma de todo ar poluído que é obrigado a respirar
e conviver diariamente em seu ambiente terreno: “Pelo que, rejeitando toda
imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada,
a qual pode salvar a vossa alma.”(Tiago 1:21)
A palavra é como água, em que o crente acha lugar para se lavar diariamente após
tem passado horas na atmosfera maligna e pecadora. “Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água,
pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. ”(Efésios 5:25-27)
iii) Bíblia, é a palavra universal
Ela não é universal no sentido de que é lida em todo mundo e por varios idiomas.
Mas sim no sentido de que ela serve tanto para a criança, o adolescente, o jovem e o
velho. “ E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te
sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para
toda boa obra.”(II Timóteo 3:15-17) Muitos dos erros cometidos pelos jovem,
adolescentes, adultos que mais tarde se arrependem, poderiam ser evitados se
tivessem lido a palavra de Deus e obedecido. “ Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”(Provérbios 22:6)Ver.
Atualizada
A palavra de Deus é o alimento tanto para o recém convertido como para o crente
mais velho na fé. Tanto para aquele que está crescendo, como para aquele que já é
maduro, forte e espiritual.
Ela serve de geração a geração. A mesma que serviu para os da igreja de Éfeso,
serve para as igrejas de hoje. A palavra que foi anunciada a dois mil anos atrás, é a
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mesma que deve ser anunciado hoje: “ Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não
sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores {ou instruidores} conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão
os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.”(II Timóteo 4:1-4)
iv) Bíblia(A Palavra) é a espada do Espírito
“ Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra

de Deus,”(Efésios 6:17) A palavra serve para nos convencer dos nossos pecados,
serve para aguçar nossa fé, serve para ver em Cristo o único objeto em que nossa fé
pode ser posta, serve para purificar nossas almas de toda imundices deste mundo,
serve como alimento forte para uma jornada árdua, e serve também para enfrentar o
nosso grande inimigo, o diabo.
Esta foi a arma que Jesus usou quando foi tentado pelo diabo no deserto: “ E,
chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas
pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo
o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe:
Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos
dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em
alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu
Deus. Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe
todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares. Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está
escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. Então, o diabo o deixou;
e, eis que chegaram os anjos e o serviram.”(Mateus 4:3-11)
Somos ensinados a resistir ao diabo; “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo,
e ele fugirá de vós.”(Tiago 4:7) Mas será que temos forças em nós mesmos para
enfrenta-lo? De modo nenhum. É Deus quem nos dá toda força através do Espírito
Santo, e de sua palavra.
Mas para nós usar a palavra de Deus guiados pelos Espírito Santo contra o mundo,
a carne e o diabo, temos que le-la, estuda-la, medita-la, então somente assim
estaremos aptos para toda e qualquer obra. “ Tão-somente esforça-te e tem mui bom
ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te
ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que
prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca
o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer
conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu
caminho e, então, prudentemente te conduzirás.”(Josué 1:7,8). “ Bem-aventurado o
varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na
lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore
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plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas
folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.”(Salmos 1:1-3). “ Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.”(II Timóteo 2:15)
Capitulo 14
A Vitória Final Sobre Todo o Pecado.
É bom chegarmos neste capítulo e vermos que o mal é temporário no universo de

Deus. Que Deus é infinitamente Santo, e se Ele permitiu a entrada do mal na sua
criação deve ter servido a um propósito compatível com sua justiça, mesmo que para
nossa mente fraca e terrena seja difícil de aceitar. Deus permitiu a entrada do mal,
mas também assumiu a tarefa de resolver o problema. E com certeza há de
concretizar com perfeição toda sua obra. O mal está com seus dias contados, pois a
revelação prediz uma vitória futura sobre o mal que nenhuma mente finita pode
captar sozinho.
i) A purificação do universo em preparação para glória eterna
“ Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão
vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os
que são de Cristo, na sua vinda. Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino
a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus
pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Porque todas as
coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão
sujeitas, claro está que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas. E, quando
todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará
àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.”(I
Coríntios 15:22-28)
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A morte é um inimigo que o homem natural não pode enfrentar, ela está presente
desde que o pecado entrou no mundo. “Pelo que, como por um homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, por isso que todos pecaram.”(Romanos 5:12). Mas no capítulo quinze de
primeiro Coríntios, vemos que a ressurreição é comum a todos os homens: 1) Cristo,
as primícias, 2) aqueles que são de Cristo na sua vinda, 3) a ressurreição final.
“ Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com
a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois,
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”(I
Tessalonicenses 4:16,17). “ E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem
foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com
Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos
se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte,
mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.”(Apocalipse
20:4-6). “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os
mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o
Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo. E
deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do Homem. Não vos
maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os
que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação.”(João 5:25-29) Quando se
completar o numero que compreende o grupo dos eleitos, Cristo vai voltar para
buscar os seus através da ressurreição e do arrebatamento, e assim estarão sempre
com Ele.
Cristo há de reinar neste mundo, e há de colocar todos os inimigos debaixo de seus
pés. Os anjos que não guardaram seu estado original e se rebelaram contra Deus,
juntamente com as famílias humanas que até então viveram em inimizade contra
Deus, serão por Cristo sujeitados e julgados. E a morte que era estranho ao primeiro
estado do homem, e que arruinou a terra através de todas as gerações, será destruída
por Cristo. Cristo vai acabar com toda rebeldia e vai restaurar o reino indivisível de
Deus o Pai.
Depois de Cristo, o Filho, ter derrotado os inimigos, tendo derrotado a morte e
tendo apresentado o reino conquistado ao Pai, vai continuar como agora, o Seus reino
eterno. Nunca mais haverá uma voz de oposição no reino universal de Deus; mas
Deus (Pai, Filho Espírito Santo) será “tudo em todos” como no início. “Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de
Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim.”(Lucas 1:32,33). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o
principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e
da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o
fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos
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Exércitos fará isto.”(Isaias 9:6,7). “E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino,

para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio
eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.” (Daniel
7:14). “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam:
Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará
para todo o sempre.”(Apocalipse 11:15)
ii) “Na casa de meu pai há muitas moradas”(João 14:2)
“ E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja

presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se
outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam
escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e
a morte e o inferno {Gr. Hades} deram os mortos que neles havia; e foram julgados
cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de
fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida
foi lançado no lago de fogo. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o
primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a
Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma
esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis
aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o
seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de
seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem
dor, porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o
trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas
palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o
Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte
da água da vida. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele
será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda
morte. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete
pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a
santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era
semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal
resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze
anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel. Da
banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul,
três portas; da banda do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze
fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava
comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.
E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua
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largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento,
largura e altura eram iguais. E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro
côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo. E a fábrica do seu
muro era de jaspe, e a cidade, de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os
fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda pedra preciosa. O
primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto,
esmeralda; o quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo;
o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
E as doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era uma pérola; e a praça
da cidade, de ouro puro, como vidro transparente. E nela não vi templo, porque o
seu templo é o Senhor, Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita
de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem
alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz, e os reis da
terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia,
porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E não
entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só
os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. E mostrou-me o rio puro da
água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No
meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que
produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a
saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o
trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e na
sua testa estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de
lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o
sempre. E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos
santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em
breve hão de acontecer. Eis que presto venho. Bem-aventurado aquele que guarda
as palavras da profecia deste livro.”(Apocalipse 20:11 à 22:7)
Segundo uma minuciosa leitura feita acima, vamos descobrir que a casa do Pai
refere-se a todo o universo no qual há varias habitações:
1) O novo céu, a casa e habitação do Deus Tri-uno; é partilhada pela igreja e pelo
seus santos anjos. “ E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos
levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.”(João
14:3) O céu atual, incendiado, será dissolvido e os elementos se derreterão com
intenso calor. “E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra
de tuas mãos; eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa,
envelhecerão, e, como um manto, os enrolarás, e, como uma veste, se mudarão;
mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.”(Hebreus 1:10-12). “Mas os
céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se {ou foram entesourados
com fogo, sendo conservados até ao Dia do Juízo} reservam como tesouro e se
guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.”
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em
que habita a justiça.”(II Pedro 3:7 e 13), e, “Porque eis que eu crio céus novos e
nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão.”(Isaias 65:17) Tudo que há neste novo céu, faz com que o velho seja
esquecido para sempre.
99
2) A cidade celestial; que ficou distintamente identificada como oriunda do novo

céu. Descerá de Deus: seu caráter, suas dimensões, seus habitantes ou aqueles
que freqüentam seus portões, o material que fará parte de sua estrutura e glória.
Abraão que habitava em tendas neste mundo falo dela: “ Porque esperava a
cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. Todos estes
morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e
crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos
na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria.
E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam
oportunidade de tornar. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial.
Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque
já lhes preparou uma cidade.”(Hebreus 10-16). A cidade é freqüentada por
pessoas que habitam os outros lugares. A noiva, cujo lar é o novo céu com Cristo,
faz parte integrante desta cidade que até leva seu nome, “A noiva, a esposa do
Cordeiro”. A presença da igreja nesta cidade é também caraterizado pelo fato de
que seus doze fundamentos levam o nome dos doze apóstolos do Cordeiro. Nesta
cidade vão entrar os anjos, Israel e as nações; nos portões doze anjos e os
próprios portões terão o nome das doze tribos de Israel. De igual modo, as nações
daqueles que foram salvos trarão sua glória e honra a ela. As ruas desta cidade
serão constituídas de ouro puro como cristal. Seu comprimento, largura e altura
serão de dois mil quatrocentos quilômetros. E a cidade será iluminada com o
Shequiná e a glória do grande Deus. Também se nós lermos (Hebreus 12:22-24):
“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e
aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos,
que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados(Israel e ás nações que foram compradas por graça divina e serão
habitantes da nova terra); e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao
sangue da aspersão,” Vamos chegar a mesma conclusão de que a cidade celestial
será freqüentada por varios habitantes, só com um acréscimo importantíssimo,
estão lá, graças ao precioso sangue de Cristo. Este sangue que falará aos seus
corações por toda eternidade.
3) A nova terra, que será habitada por Israel glorificado, nação sempre relacionada
com a esfera terrena, e estão sob a aliança eterna de Deus; e com Israel na terra
então “as nações daqueles que são salvos” que trazem sua glória e honra à
cidade. “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de
Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo
Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda
lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já
as primeiras coisas são passadas.”(Apocalipse 21:3,4) Aqui temos evidência
suficiente para compreender a nova terra: a) Lagrimas, morte, choro e dor,
descritas como “as primeira coisas”, pertencem apenas a velha terra e estas terão
passado. b) Deus está habitando entre os homens. Ali Ele o Seu tabernáculo e
eles são chamados de Seu povo; Ele estará com eles e será o Seu Deus. Ele
Habitará agora com os seus santos anjos “Porque, na ressurreição, nem casam,
nem são dados em casamento; mas serão como os anjos no céu.”(Mateus 22:30),
e habitará com os santos na luz “dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para
100
participar da herança dos santos na luz.”(Colossenses 1:12); mas maravilhosa é

a revelação de que Deus estará em comunhão livre e ininterrupta com os
habitantes da terra. A nova terra será tão santa como o novo céu. “Novo céu e
nova terra, nos quais habita a justiça”(II Pedro 3:13)
4) O último lugar, é a habitação daquele que estão “fora”, cujo caráter e estado
permaneceu imutável e separado de Deus para sempre; são aqueles que não
foram remidos. “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem,
e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a
mentira.”(Apocalipse 22:15). Também neste lugar há de se encontra satanás e os
anjos caídos. “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-
vos de mim, malditos, para os fogos eternos, preparados para o diabo e seus
anjos;”(Mateus 25:41). “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de
fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre.”(Apocalipse 20:10)
Assim foi dito que as três esfera de glória eterna, o novo céu, a cidade celestial e a
nova terra, serão todos tão puros como Deus, e Ele habitará neles para sempre.
Igualmente as três ordens de seres criados, os anjos perfeitos, a Igreja dos
primogênitos e os habitantes da terra compostos de Israel e as nações dos salvos,
terão comunhão completa e infinita com Deus. Considerando que nenhuma palavra
de Deus pode falhar, cada palavra da profecia vai se cumprir e o triunfo final de Deus
sobre o mal serão tão perfeitos como todas suas obras.
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e
por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém!”(Romanos 11:33-36)
“Verdadeiramente Bom é Deus...” (Salmos 73:1)
FIM!
101

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Afinal, o que deu errado na criação de Deus?

Josué da Silva Matos 1

Visite o site: http://www.palavrasdoevangelho.com

2- Afinal, O Que Deu Errado?..........................................Página 6

4- Pecado & Pecados........................................................Página 13

5- Lúcifer, Filho da Alva; Antes e Depois do Pecado.......Página 22

6- Adão; Antes e Depois do Pecado..................................Página 28

7- O Pecado no Homem Natural.......................................Página 38

8- O Pecado na Vida do Crente........................................Página 51

10- Jesus e o pecado............................................................Página 73

11- Espírito Santo e o Pecado.............................................Página 79

12- O Mundo e o Pecado.....................................................Página 83

13- A Bíblia e o Pecado.......................................................Página 92

14- A Vitória Final Sobre Todo o Pecado...........................Página 96

Afinal, O Que Deu Errado?

Os planos e propósitos de Deus, estão acima destes pensamentos carnais e

02) Deus é santo e não faz acordo com o Pecado.

E quando o pecado surgiu, Deus não desfez toda a criação angélica ou

Por séculos o homem tem se esforçado para descobrir quem ele é.

Estando eu na casa de um irmão um final de semana, ele me contou uma

Pecado & Pecados

Quando o homem desobedeceu a palavra de Deus, e pecou pela primeira vez,

Pois com a desobediência de um só homem, entrou o pecado no mundo, e pelo

Qual a solução para o pecado, e os pecados do homem?

Tendo colocado uma visão panorâmica do assunto pecado e pecados, gostaria

a) Os nossos pecados e a paz interior.

A nossa consciência é algo que nunca morrerá, nem se extinguirá. Em Lucas

b) Mortos para o pecado, mas vivendo para Deus.

instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurrectos dentre os

- Não ofereçais os membro de seu corpo ao pecado.

Aqui está todo o segredo para termos vitória sobre o pecado:

Somo chamados agora para viver exclusivamente para Deus.

bb) A Troca de Senhores.

Na primeira parte deste capítulo, consideramos a morte de Cristo em relação com

Como na lei do casamento, a solução era morrermos.

bbb) A lei do Espírito da vida.

“ Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”

E, é pelo Espirito, que vamos mortificar os feitos do corpo para vida.

Lúcifer, Filho da Alva; Antes e Depois do Pecado

Três grandes erros ocorrem em nossos dias quando o assunto é o Diabo. O

“deus deste século”, está ligado com adoração e culto.

“ Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma

a) Que ligação tem estas profecias?

Encontramos nestas duas profecias, um contexto que dá luz ao passado histórico

b) Estas profecias, é ao “rei de Tiro”, ou, a “Satanás”?

O contexto imediato e ocasional apresenta um registro dos julgamentos divinos

iv) Sua tarefa era proteger o Trono de Deus, proibindo a aproximação do

Depois de uma minuciosa avaliação e estudo destas profecias, chegaremos a

Segundo o Senhor Jesus Cristo mesmo, os anjos não se reproduzem, não se

i) Encontramos neste grande anjo em sua vestimenta; sinal da sua posição

ii) Vemos também no peitoral do sumo sacerdote, sendo uma manifestação

O juízo promulgado por Deus à Satanás, não se concretizou de imediato. Pois

Adão; Antes e Depois do Pecado.

a) A Origem Humana; parte material.

O primeiro homem foi chamado de Adão(que significa solo). Talvez, indicando

c) A Origem Humana; parte imaterial.

“ E disse Deus: Façamos o homem à nosso imagem, conforme à nossa

A natureza dupla do ser humano (a parte material e a parte imaterial) está em

i) Responsabilidade: Deus é um ser livre, soberano, poderoso e responsável.

Deus o inicio do amor, justiça, retidão, conhecimento, inocência, zelo, temor.

Ainda que com a queda tenhamos perdido ou prejudicado o aspecto do homem

c) O material e o imaterial depois do pecado.

i) O Corpo: A Bíblia usa algumas expressões para descrever as conseqüências