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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ TRF DA 1ª REGIÃO

PROFESSOR: MARCELO CAMACHO

Aula 1 – Administração Pública para TRF 1a Região

Olá Pessoal!
Agradeço a confiança de vocês! É bom vê-los por aqui. Tenham
certeza que estarei empenhado em ajudá-los a conseguir a aprovação
neste concurso. Sem mais delongas vamos ao conteúdo da aula de
hoje.

Aula 1 16/02/2011
Princípios Básicos da Administração Pública; Poderes e Deveres do Administrador
Público. Papel dos Controles externos e internos da Administração Pública.

Sumário
1. Princípios Básicos da Administração Pública . .................................................................. 2
1.1 Bases dos princípios da Administração Pública . . ......................................................... 12
2. Poderes e Deveres do Administrador Público. . . ............................................................. 13
2.1 Deveres do Administrador . . .......................................................................................... 13
2.2 Poderes Administrativos. . ............................................................................................. 15
2.2.1 Uso e abuso de poder . . ............................................................................................... 21
3.Papel dos Controles externos e internos da Administração Pública. . . ............................. 24
3.1 O Controle Interno. . ..................................................................................................... 24
3.2. O Controle Externo. . .................................................................................................... 28
3.2.1 O Controle Parlamentar Direto . . ................................................................................ 29
3.2.2 O Controle pelo Tribunal de Contas . . ........................................................................ 29
3.2.3 O Controle Jurisdicional . . .......................................................................................... 31
3.3 O Controle Social . . ....................................................................................................... 33
4. Lista de Questões. . .......................................................................................................... 35
5. Gabarito . . ........................................................................................................................ 42
6. Questões Comentadas. . ................................................................................................... 43
7. Bibliografia . . ................................................................................................................... 54

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ TRF DA 1ª REGIÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
1. Princípios Básicos da Administração Pública

Segundo o artigo 37 da CF, os princípios básicos da administração


pública são:
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e
Eficiência. É o famoso LIMPE, pessoal!

Vamos à primeira questão da FCC

(FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


Os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência estão previstos

(A) no regimento interno de cada Partido.


(B) na Lei Orgânica dos Partidos.
(C) na Constituição Federal.
(D) no Código Penal.
(E) no regimento interno da Câmara dos Deputados.

Vimos acima, pessoal! É o art. 37 da Constituição Federal que dispõe sobre os


princípios expressos da Administração Pública, o LIMPE. Então o gabarito é a
alternativa C.

Legalidade
Significa que o administrador público está, em toda a sua atividade
funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem
comum, não podendo deles se afastar ou desviar, sob pena de
praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e
criminal, conforme o caso. Não se esqueça que a Administração
Pública tem como meta o BEM COMUM.
O princípio da legalidade, que até pouco tempo, só era sustentado
pela doutrina, passou agora a ser imposição legal sustentada pela lei
reguladora da AÇÃO POPULAR, que considera nulos os atos lesivos ao
patrimônimo público quando eivados de ILEGALIDADE DO OBJETO;

Vejamos outra questão da FCC

(FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


O objetivo da Administração Pública é
(A) o bem comum da coletividade administrada.
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.
(C) a obtenção de superávit primário.
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

Fácil! A administração Pública é constituída para o alcance do Bem Comum. Assim o


gabarito é a alternativa A.

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Impessoalidade

O princípio da impessoalidade da Administração Pública se apresenta


com duas vertentes. Por um lado exige que os atos administrativos
representam o ente ou órgão que o realizou, a eles devem sempre
ser imputados, pouco importando a pessoa física que o realizou.
Assim se um fiscal aplicou uma multa, mas estava irregularmente
empossado, a multa é válida. De outro lado, exige ainda o princípio
da impessoalidade, que o ato administrativo deve ter destino
genérico, buscando sempre a coletividade, sem privilégios ou
imposição de restrição de características pessoais.

Para José Afonso da isso ocorre para que as realizações


administrativo-governamentais não sejam propriamente do
funcionário ou da autoridade, mas exclusivamente da entidade
pública que a efetiva.

A outra vertente do princípio da impessoalidade, que trata do


destinatário do ato administrativo, é referenciada por Celso Antonio
Bandeira de Mello:

"No princípio da impessoalidade se traduz a idéia de que a


Administração tem que tratar a todos os administrados sem
discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo nem
perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais,
políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação
administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou
grupos de qualquer espécie. O princípio em causa é senão o próprio
princípio da igualdade ou isonomia"

Vale ressaltar a abordagem de Hely Lopes Meirelles,

“O princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988


(Art. 37, “caput”), nada mais é que o clássico princípio da finalidade,
o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para o
seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de
Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de
forma impessoal.”

Vejam que ao passo que Celso Antônio Bandeira de Mello refere-se ao


princípio da impessoalidade como sendo o princípio da isonomia ou
igualdade, Hely Lopes Meirelles refere-se como sendo o mesmo que o
princípio da finalidade. Este conflito conceitual é um problema para
nós concurseiros.
Vejam esta questão:

(FCC/TRT_PI/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)

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O princípio da administração pública que tem por fundamento que qualquer
atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem a
determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza, denomina-se

(A) Eficiência.
(B) Moralidade.
(C) Legalidade.
(D) Finalidade.
(E) Impessoalidade.

O gabarito é a alternativa E, confirmada pela Banca! O conceito do comando da


questão refere-se ao princípio da impessoalidade. Não confundir com a perspectiva
de Hely Lopes Meirelles, acerca do princípio da impessoalidade ser o mesmo que
finalidade. Existem divergências conceituais sobre a conceituação do princípio da
impessoalidade como finalidade. E ao que parece a banca da FCC, em questão
recente, não compactua com a posição de Hely Lopes Meirelles.

Vejamos esta outra questão:

(FCC/TRT_SC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA


O reconhecimento da validade de ato praticado por funcionário irregularmente
investido no cargo ou função, sob o fundamento de que o ato pertence ao órgão e
não ao agente público, decorre do princípio

(A) da especialidade.
(B) da moralidade.
(C) do controle ou tutela.
(D) da impessoalidade.
(E) da hierarquia.

Como vimos acima, pelo princípio da impessoalidade reconhe-se o ato pertence ao


órgão. Sendo assim mesmo que o agente esteja investido de forma irregular em
cargo público o ato é válido. O gabarito é a alternativa D.

Moralidade
Implica que o administrador deve ser ético em sua conduta. Tal
conceito está ligado de bom administrador. O certo é que a
moralidade do ato administrativo juntamente com sua legalidade e
finalidade, constituem pressupostos de validade sem os quais a
atividade pública será ilegítima.

Publicidade
Este princípio é requisito de eficácia e moralidade do ato
administrativo. A publicidade consiste na divulgação oficial do ato
para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Aqui é
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bom lembrar que a publicação que produz efeitos jurídicos é a feita
pelo órgão oficial da Administração. Por órgão oficial entenda-se não
só o Diário Oficial das entidades públicas como também, os jornais
contratados para essas publicações oficiais. Os atos e contratos
administrativos que omitirem ou desatenderem à publicação
necessária deixam de produzir seus regulares efeitos, bem como se
expõe à invalidação por falta desse requisito de eficácia e moralidade.

O Principio da Publicidade não é absoluto. Nos casos de ofensa a


INTIMIDADE de alguém e nos casos de SEGURANÇA NACIONAL
(quando uma informação for muito sigilosa para o Estado) não haverá
publicidade. Nos casos em que for declarado segredo de justiça, os
atos também não serão públicos.

Vejam esta questão da FCC

FCC/TRE_RS/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração,

(A) deve ser observada em todo e qualquer ato administrativo, sem exceção.
(B) é elemento formativo do ato.
(C) é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos
externos.
(D) é obrigatória apenas para os órgãos a Administração direta, sendo facultativa
para as entidades da Administração indireta.
(E) também pode ser usada para a promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos, salvo no período eleitoral.

Vimos isto na aula acima: é a divulgação obrigatória dos atos da administração


pública. Só começa a ter efeitos após a publicação. Pensem na nomeação de vocês
para um cargo público efetivo, mediante concurso. Só surtirá efeitos a partir da
publicação em diário oficial. É obrigatória para toda a Administração Pública, Direta
ou Indireta. A publicidade não é elemento formativo do ato, antes é requisito de
eficácia e moralidade. Por isso mesmo os atos irregulares não se convalidam com a
publicação, nem os regulares a dispensam para sua exeqüibilidade, quando a lei ou
o regulamento a exige. Vimos também que este princípio comporta exceções. Não é
permitido usar meios públicos para promoção pessoal. Sendo assim o gabarito é a
alternativa C.

Eficiência
O princípio da eficiência exige presteza, perfeição e rendimento
funcional. É o mais moderno dos princípios da Administração. Foi
instituído pela Emenda Constitucional 45/2004. Desta forma a
eficiência passou a ser um direito com sede constitucional.

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É o dever de executar a boa administração. O agente tem o dever de
executar suas atividades com presteza, perfeição e rendimento
funcional. Vai além do conceito do princípio da legalidade. Exige
resultados positivos e satisfatório atendimento das necessidades
públicas.
Entre outras coisas, submete o Executivo ao controle de resultado;
fortalece o sistema de mérito; sujeita a Administração Indireta à
supervisão ministerial, quanto à eficiência administrativa; recomenda
a demissão ou dispensa do servidor comprovadamente ineficiente.
O controle deverá abranger os aspectos qualitativos e quantitativos
do serviço, avaliando seu rendimento efetivo, custo operacional,
utilidade para a população e para a Administração. Envolve os
aspectos administrativo, econômico e técnico.

Vejam esta questão da FCC.

(FCC/ MPE_SE/2009/TECNICO/AREA ADMINISTRATIVA)


A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração
Pública:

(A) publicidade, moralidade e eficiência.


(B) impessoalidade, moralidade e imperatividade.
(C) hierarquia, moralidade e legalidade.
(D) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.
(E) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia

Muito Fácil pessoal! Não podemos errar questão assim. É só lembrar do LIMPE.
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. A única
alternativa que só contém princípios da Administração Pública é a alternativa A,
que é o gabarito.

Vejam como esta banca gosta de cobrar este assunto de forma


simples:
(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)
São princípios da Administração Pública expressamente previstos na Constituição
da República Federativa do Brasil:

(A) especialidade, moralidade e autotutela.


(B) legalidade, razoabilidade e supremacia do interesse público.
(C) publicidade, supremacia do interesse público e veracidade.
(D) veracidade, eficiência e razoabilidade.
(E) eficiência, legalidade e publicidade.

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Fácil, não é? Lembrem-se do LIMPE. A única alternativa que contém somente
princípios expressos da Administração Pública é a alternativa E.

Mais uma questão sobre os princípios expressos no art. 37 da


Constituição

ITEM 19.(FCC/TRT_PR/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


A administração pública brasileira, conforme o artigo 37 da Constituição Federal,
obedece aos princípios da

(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.


(B) legalidade, impessoalidade, continuidade, indisponibilidade e finalidade.
(C) subsidiariedade, flexibilidade, participação cidadã, publicidade e eficiência.
(D) moralidade, flexibilidade, participação cidadã, legalidade e impessoalidade.
(E) transparência administrativa, moralidade, participação cidadã, eficiência e
impessoalidade.

Pessoal, não dá pra esquecer! ? É o LIMPE. A alternativa A contém todos os


princípios expressos da Administração Pública.

A despeito dos princípios expressos no art. 37 da CF, existem ainda


outros chamados implícitos. Alguns destes estão disciplinados no art.
2 da Lei de Processos Administrativos Federais, a Lei 9784/99:

“A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios


da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.”

Os princípios da legalidade, moralidade e da eficiência já vimos


acima, nesta aula. Os demais discorrerei abaixo.

Finalidade
O princípio da finalidade implica em que a Administração deve
sempre buscar alcançar o fim público estabelecido pela lei. Nas
palavras de Hely Lopes Meirelles:
“E a finalidade terá sempre um objetivo certo e inafastável de
qualquer ato administrativo: o interesse público. Todo ato que
se apartar desse objetivo sujeitar-se-á a invalidação por
desvio de finalidade, que a nossa lei da ação popular
conceituou como “fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência” do agente)

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Motivação
A Administração deverá sempre, de forma obrigatória, motivar os
seus atos, entendendo motivação como a fundamentação fática e
jurídica. Tanto para os atos ditos vinculados, quanto para os
discricionários, onde vige o binômio da oportunidade e conveniência
do administrador, que após escolher um dos caminhos apontados
pela lei torna o ato daquele momento em diante vinculado. Tal
princípio preocupa-se mais em resguardar os direitos individuais dos
administrados, do que com a Administração em si, sendo uma forma
de proteger os cidadãos dos arbítrios estatais, como ocorria na era
absolutista e não mais deve prosperar na ótica do Estado
Democrático de Direito, em que a legalidade deve sempre ser
seguida.

Razoabilidade e Proporcionalidade
A administração deve pautar-se sob o que é razoável, ou seja agindo
da melhor forma possível para atingir o fim público pretendido, sendo
uma forma de limitar a discricionariedade administrativa, averiguada
na velha forma dos valores atribuídos ao entendimento do homem
médio, do cidadão comum. A doutrina explica a razoabilidade em
consonância com a proporcionalidade que seria a adequação dos
meios e fins de dado ato, devendo o ato ser racionalizado buscando a
medida mais compatível com a finalidade pública a ser perseguida.
Conforme Expressa Hely Lopes Meirelles:
“Sem dúvida, pode ser chamado de princípio da proibição
de excessos, que, em última análise, objetiva aferir a
compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar
restrições desnecessárias ou abusivas por parte da
Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais.
Como se percebe, parece-nos que a razoabilidade
envolve a proporcionalidade, e vice-versa. Registre-se
ainda que a razoabilidade não pode ser lançada como
instrumento de substituição da vontade da lei pela vontade
do julgador ou do intérprete, mesmo porque “cada norma
tem uma razão de ser”

Vamos à uma questão da FCC


(FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)

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Quando se fala em vedação de imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público, está-se referindo ao princípio da

(A) legalidade.
(B) motivação.
(C) proporcionalidade.
(D) moralidade.
(E) impessoalidade.

Pessoal, é o princípio da proporcionalidade ou razoabilidade. Exacerbar restrição u


sanção acima do que é necessário, por exemplo, aplicando pena de suspensão a
um servidor quando o razoável seria uma advertência, fere o princípio da
razoabilidade. Sendo assim, o gabarito é a alternativa C.
Vejam esta outra questão da FCC bastante elucidativa

(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Agente público que, sendo competente e adotando regular processo disciplinar com
direito ao contraditório e ampla defesa, aplica sanção administrativa de demissão a
servidor que se ausentou do serviço durante o expediente, sem autorização do
chefe imediato, infringe, dentre outros, o princípio da

(A) razoabilidade.
(B) supremacia do interesse público.
(C) motivação.
(D) impessoalidade.
(E) eficiência.

O gabarito é a alternativa A! Se o agente aplicou sanção acima do que deveria em


face da irregularidade, fere o princípio da razoabilidade. O caso em questão é
passível de punição com pena de advertência e não demissão.

Ampla defesa e Contraditório


É a proteção constitucionalmente consagrada no artigo 5º, LV, da
Constituição Federal “aos litigantes em processo judicial ou
administrativo será assegurado o contraditório e ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes”. Assim nas situações de litigio
administrativo aos litigantes será dado todos os meios e recursos de
defesa, tanto pessoal quanto técnica(através defensor) bem como o
direito ao contraditório que garante as partes a possibilidade do
exercício do direito de resistir a uma dada pretensão, ou seja alegado
algo contra/desfavorável a minha pessoa posso contraditar e alegar o
contrário e vice-versa.

Segurança jurídica

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Pode ser entendido como princípio da não retroatividade, ou seja
dado assunto de Direito Administrativo cujo entendimento passe a ser
divergente do atual, não volta no tempo para anular os atos já
praticados sob o crivo da antiga lei. Isto ocorre em todos os ramos do
direito, visto que entendimento diverso causaria insegurança jurídica,
rompendo com os vínculos e preceitos da boa-fé, assim é possível a
mutabilidade das leis, sem que tal mudança venha a afetar o ato
jurídico perfeito, a coisa julgada, bem como o direito adquirido.

Interesse Público
Também conhecido como princípio da supremacia do interesse
público, como o próprio nome nos fala o interesse público vigora sob
o privado. Segundo Hely Lopes Meirelles: “A primazia do interesse
público sobre o privado é inerente à atuação estatal e domina-a, na
medida em que a existência do Estado justifica-se pela busca do
interesse geral”.
A administração não pode renunciar a este direito, até porque tal
direito pertence ao Estado, fato é que tal princípio se consubstancia
na chamada isonomia material tratando os desiguais na medida de
sua desigualdade, assim os administrados estão em situação jurídica
inferior a da Administração pública.

Existem ainda outros princípios implícitos não compreendidos no


texto do artigo 2º, da lei 9784/99 mas que fazem parte da doutrina
acadêmica. São eles: continuidade, presunção de legitimidade ou
veracidade, hierarquia, autotutela, controle jurisdicional(explicado no
item do princípio autotutela) dentre outros, conforme a doutrina
adotada pelo acadêmico de direito.

Continuidade
A atuação estatal de prestação de serviços públicos deve ser
continua, visto que o mesmo desempenha funções ditas essenciais e
necessárias ao bem comum, como por exemplo, abastecimento de
água, fornecimento de energia elétrica, segurança pública,
atendimento saúde, dentre outros. Assim os fornecimentos destes
serviços não podem parar, mesmo em caso de não cumprimento
contratual em contratos de execução de serviços públicos.

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Presunção legitimidade ou de veracidade

Os atos administrativos tem presunção de legalidade, visto que todos


os atos devem estrito cumprimento em conformidade com a lei e de
veracidade, por serem dotados da chamada fé pública. Conforme Di
Pietro: “Trata-se de presunção relativa(juris tantum) que, como tal,
admite prova em contrário. O efeito de tal presunção é o de inverter
o ônus da prova

Hierarquia: a administração deve seguir com rigor a chamada


repartição de competências, assim existe entre os diversos órgãos da
Administração relações de subordinação, visto que cada qual possui
uma função típica dada pela lei. Assim deve-se seguir a escala
vertical e/ou horizontal de competência para a resolução de conflitos
conforme a demanda do caso concreto.

Autotutela
A Administração deve, segundo Di Pietro:“...pela autotutela o
controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos,
independentemente de recurso ao Poder Judiciário”. Assim não cabe
ao Judiciário interferir no mérito dos atos discricionários, somente
fiscalizar os aspectos concernentes a sua legalidade, bem como a
legalidade dos atos vinculados. Segundo a nobre Di Pietro, tal
prerrogativa existe também quanto a tutela dos bens que integram o
patrimônio público, através do poder de polícia administrativa, o que
nada mais é do que o princípio do controle jurisdicional.

Vejamos uma questão da FCC

(FCC/ MPE_RS/2008/ASSESSOR/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)


Sobre os princípios do Direito Administrativo, é correto afirmar que

(A) o princípio da autotutela diz respeito ao controle que a Administração direta


exerce sobre as entidades da Administração indireta.
(B) pelo princípio da finalidade, impõe-se à Administração Pública a prática, e tão
só essa, de atos voltados para o interesse público.
(C) o princípio da supremacia do interesse público não significa que o interesse
público deva prevalecer sobre o interesse privado.
(D) pelo princípio da publicidade é obrigatória a divulgação de atos, contratos e
outros instrumentos celebrados pela Administração pública, mesmo que
relacionados com a segurança nacional ou declarados sigilosos pela autoridade.

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(E) nenhum outro princípio deve ser observado pela Administração Pública além
daqueles expressamente previstos na Constituição Federal.

Vamos à análise das alternativas:

Alternativa A está incorreta: Autotuela diz respeito a capacidade da administração


de anular seus atos ilegais ou cancelar, por conveniência, seus atos discricionários.
Alternativa C está incorreta: Afirmativa invertida, o interesse público sempre
prevalece sobre o interesse privado
Alternativa D está incorreta: Vimos que o princípio da publicidade admite
exceções, uma delas é o segredo de justiça.
Alternativa E está incorreta: Vimos que além dos princípios expressos na CF,
outros princípio implícitos precisam ser observados, como os princípios relacionados
na Lei 9784/99 e na doutrina acadêmica.
Alternativa B está correta! É o gabarito. O princípio da finalidade impõe que os
atos administrativos almejem o interesse público.

Vamos finalizar este tópico com outra questão da FCC.

(FCC/TRE_RS/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/ AREA ADMINISTRATIVA)


Dentre os princípios básicos da Administração, NÃO se inclui o da

(A) celeridade da duração do processo.


(B) impessoalidade.
(C) segurança jurídica.
(D) razoabilidade.
(E) proporcionalidade.

Como vimos em aula, são princípios da administração pública: impessoalidade,


segurança jurídica, razoabilidade e proporcionalidade (são o mesmo princípio).
Celeridade da duração do processo não é um princípio da administração Pública.
Sendo assim, o gabarito é a alternativa A.

1.1 Bases dos princípios da Administração Pública


Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “daí a bipolaridade do Direito
Administrativo: liberdade do indivíduo e autoridade da Administração;
restrições e prerrogativas. Para que a liberdade seja assegura,
sujeita-se a Administração Pública à observância da lei; é a aplicação,
ao direito público, do princípio da legalidade. Para assegurar-se a
autoridade da Administração Pública, necessária à consecução de
seus fins, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios que lhe

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permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o
particular”.

Como decorrência do binômio “restrição X prerrogativa” intrínseco ao


exercício da atividade administrativa, os princípios da Legalidade e da
Supremacia do Interesse Público sobre o Particular representam a
base de todo Regime Jurídico Administrativo, e deles decorrem os
demais princípios, sejam implícitos (não previstos expressamente na
ordem jurídica) ou expressos.

Vejam esta questão

(FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


Há dois princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo. A
partir deles constroem-se todos os demais. São eles:

(A) prescrição de veracidade e publicidade.


(B) impessoalidade e legalidade.
(C) legalidade e supremacia do interesse público.
(D) publicidade e moralidade.
(E) especialidade e supremacia do interesse público.

Conforme vimos acima na aula, os princípios que servem como bae para todos os
demais são: legalidade e supremacia do interesse público. Assim o gabarito é a
alternativa C.

2. Poderes e Deveres do Administrador Público.

2.1 Deveres do Administrador


O agente público recebe, quando investido no cargo, emprego ou
função, parte do poder público como instrumento ou meio necessário
ao desempenho de suas atribuições ou competências.

No âmbito do direito privado o poder de agir caracteriza-se como


uma faculdade. Já no direito público o poder de agir transforma-se
num dever de agir, numa imposição de atingir as finalidades públicas
previstas em lei.

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Assim, foi cunhada a expressão poder-dever de agir da autoridade
pública, justamente para acentuar o fato de que o agente público não
pode se furtar ao exercício de suas atribuições quando a lei assim o
determinar ou as circunstâncias fáticas exigirem.

Alguns juristas chegam a inverter o binômio, desenvolvendo a


expressão dever-poder de agir.

Os principais deveres genéricos do agente público são:

Dever de agir. "Não se admite a omissão da autoridade diante de


situações que exigem a sua atuação".

Dever de eficiência. O exercício das competências administrativas


deve, além da legalidade, considerar a presteza, a perfeição e o
rendimento funcional.

"A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:" (art. 37, caput da Constituição).

Dever de probidade. Consiste no desempenho das atribuições


administrativas observando os padrões morais previstos na ordem
jurídica como de "probidade" (moralidade qualificada juridicamente).

"Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão


dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível" (art. 37, §4o. da Constituição).

A Lei n. 8.429, de 1991, estabelece que "os atos de improbidade


praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita anual, serão punidos na forma desta lei". A referida lei prevê
três categorias de atos de improbidade: (a) que Importam

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Enriquecimento Ilícito; (b) que Causam Prejuízo ao Erário e (c) que
Atentam Contra os Princípios da Administração Pública.

Dever de prestar contas. A gestão de bens e interesses públicos


impõe, como decorrência natural da condição, a prestação de contas
dos atos praticados. A prestação de contas possui sentido amplo, não
devendo ser vista ou entendida como demonstração quantitativa do
manuseio de dinheiros públicos.

(FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


O dever do Administrador Público de prestar contas

(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de


Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.
(B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
(C) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se
tratar de acordo entre entidades estatais.
(E) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação
de bens públicos.

Pessoal, a obrigação de prestar contas aplica-se a todos que tenham recebido a


incumbência de administrar bens e/ou interesses públicos. O gabarito é a
alternativa E.

2.2 Poderes Administrativos

Os poderes administrativos nascem com a Administração. São


verdadeiros instrumentos de trabalho do administrador. Daí serem
considerados poderes instrumentais. São meios de que se vale a
Administração, por seus agentes, para obter os objetivos previstos
em lei.

Poder Vinculado. Também conhecido como poder regrado. É aquele


que o direito confere à Administração Pública para a prática de ato de
sua competência, determinando os elementos e requisitos

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necessários à sua formalização. A liberdade de ação do administrador
é desprezível ou inexistente porque sua conduta é minuciosamente
especificada na lei. Elementos vinculados serão sempre a
competência e a finalidade.Não é prerrogativa (ou poder), e sim,
restrição.

Poder Discricionário. É o que o direito confere à Administração de


modo explícito ou implícito para a prática de atos administrativos com
liberdade na escolha entre vários atos possíveis e lícitos. O exercício
das competências pode ser vinculado ou discricionário.

Poder Hierárquico. É o decorrente das relações de subordinação,


distribuição de funções e gradação de autoridade. Típico da função
administrativa. Não está presente no exercício da função legislativa
ou judicial. Faculdades decorrentes: dar ordens, fiscalizar, delegar
(superior => inferior), avocar (superior <= inferior, o superior chama
para si competências delegadas a seu subordinado.) e rever.

"São deveres do servidor: (...) IV - cumprir as ordens


superiores, exceto quando manifestamente ilegais" (art. 116 da
Lei n. 8.112, de 1990).

"Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos


administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos
de delegação e avocação legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não


houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a
outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à


delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

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III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser


publicados no meio oficial.

§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes


transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela


autoridade delegante.

§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar


explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
delegado.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior." (Lei
n. 9.784, de 1999)

Poder Disciplinar. É a faculdade de punir internamente as infrações


funcionais dos servidores.

"São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III -


demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V -
destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função
comissionada" (art. 127 da Lei n. 8.112, de 1990).

Poder Regulamentar. Também chamado (numa concepção mais


ampla) de normativo. É a faculdade de expedição de atos
explicitadores e viabilizadores do cumprimento da lei. Não podem
inovar o ordenamento (criar obrigações não previstas em lei).

Vejamos uma questão da FCC

ITEM 17.(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA


O Poder Legislativo aprova lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto
prevê o seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, o Chefe
do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto detalhando a aplicação da
norma, conforme previsto. Ao fazê-lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder

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(A) disciplinar.
(B) regulamentar.
(C) discricionário.
(D) de polícia.
(E) hierárquico.

Pessoal, o chefe do executivo ao editar um decreto está regulamentando um


assunto, portanto utiliza o poder regulamentar. O gabarito é a alternativa B

Poder de Polícia. É a faculdade de que dispõe a Administração


Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades
e direitos individuais em benefício da coletividade. Razão: É o
interesse público. Fundamento: Supremacia do Estado (face interna
da Soberania) Objeto: Bens, direitos e atividades que possam afetar
a coletividade. Finalidade: É a proteção do interesse público.

Atributos ou qualidades do Poder de Polícia

• Discricionariedade: Consiste na livre escolha, pela Administração


Pública, dos meios adequados para exercer o poder de policia, bem
como, na opção quanto ao conteúdo, das normas que cuidam de tal
poder.

• Auto-Executoriedade: Possibilidade efetiva que a Administração tem


de proceder ao exercício imediato de seus atos, sem necessidade de
recorrer, previamente, ao Poder Judiciário.

• Coercibilidade: É a imposição imperativa do ato de policia a seu


destinatário, admitindo-se até o emprego da força pública para seu
normal cumprimento, quando houver resistência por parte do
administrado.

Espécies: de costumes, de profissões, de transporte, de trânsito, de


diversões, de comércio e indústria, ecológica e de saúde. Deve-se
distinguir a polícia administrativa da polícia judiciária e da polícia de
manutenção da ordem pública.

"Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado,
ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade

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pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos" (art. 78 do Código Tributário Nacional).

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo argumentam que a doutrina tem


dividido os meios de atuação da polícia administrativa em dois
grupos: Poder de Polícia Originário e Poder de Polícia Delegado.
Conforme os autores, o Poder de Polícia Originário é aquele exercido
pelas pessoas políticas do Estado (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios), alcançando os atos administrativos provenientes de tais
pessoas. O Poder de Polícia Delegado é aquele executado pelas
pessoas administrativas do Estado, integrantes da chamada
Administração Indireta. Diz-se delegado porque esse poder é
recebido pela entidade estatal a qual pertence.
Ainda conforme os autores, a polícia administrativa pode agir
preventiva ou repressivamente; no primeiro caso quando atua por
meio de normas limitadoras e no segundo, quando verifica a
existência de infração

Vamos à outra questão

(FCC/TRT_PR/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


No que concerne ao tema poder de polícia, é correto afirmar:

(A) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da Administração, no


exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua
crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
(B) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas
hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a
Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da
autorização.
(C) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não pode
determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular; logo, ainda que se
trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da plenitude da defesa.
(D) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se
pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda,
pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas.
(E) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente duas
categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo, vistoria e
fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e
apreensão de mercadorias deterioradas.
Alternativa A está incorreta: Segundo a Lei 9873/99 prescreve em cinco anos
ação punitiva, no exercício do poder de polícia.
Alternativa B está incorreta: É verdade que ora o poder de polícia seja
discricionário, ora vinculado. Acontece que a autorização é um ato discricionário e
não vinculado.

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Alternativa C está incorreta: O poder de polícia deve ser exercido dentro dos
limites da legalidade, porém isto não implica em fazer ouvir o particular, pois o
interesse público deve prevalecer.
Alternativa E está incorreta: Não, o poder de polícia, conforme definição é mais
amplo. Relembremos: é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em
benefício da coletividade.
Alternativa D está correta! É o gabarito. Não podemos confundir o exercício do
poder de polícia administrativa com o poder de policia judiciária.

Outra questão da FCC

(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Analise as assertivas abaixo sobre o poder de polícia.

I. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos
casos, quanto vinculado.
II. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas
limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.
III. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que
possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional.
IV. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a
autoexecutoriedade e a tipicidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e III.

A afirmativa I está CORRETA! Perfeito, o poder de polícia pode ser discricionário ou


vinculado.
A afirmativa II está CORRETA! Exato também, está de acordo com a definição de
poder de polícia: é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em
benefício da coletividade.

A afirmativa III está CORRETA! Exato, também está na definição de poder de


polícia.
A afirmativa IV está ERRADA! Os atributos do poder de polícia são:
autoexecutoriedade, coercibilidade e discricionariedade.

Sendo assim, o gabarito é a alternativa E

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2.2.1 Uso e abuso de poder

O uso do poder é uma prerrogativa do agente público. O uso (normal)


do poder implica na observância das normas constitucionais, legais e
infralegais, além dos princípios explícitos e implícitos do regime
jurídico-administrativo e na busca do interesse público.

O abuso do poder corresponde a um desvio do uso (normal). O abuso


implica na entrada, pelo agente público, no campo da ilicitude.

São três as formas abuso de poder:

Excesso: quando a autoridade competente vai além do permitido na


legislação.

Desvio de finalidade: quando o ato é praticado por motivos ou com


fins diversos dos previstos na legislação.

Omissão: quando constata-se a inércia da Administração, a recusa


injustificada em praticar determinado ato.

"conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-
data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público" (art. 5o., inciso LXIX da
Constituição

Vejamos outra questão

(FCC/ TRE_SP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Com relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar que o poder

(A) disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(B) regulamentar é inerente ao chefe do Executivo para, mediante decreto, expedir
atos normativos compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la.
(C)) discricionário vincula o administrador público à competência, forma e objeto do
ato, deixando livre a opção quanto ao juízo de mérito.

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(D) hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas, no âmbito da Administração Pública.
(E) Legislativo, no exercício do poder de polícia que compete ao Estado, cria, por
lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.
GAB C

Alternativa A está correta: Perfeito, conforme definição vista em aula..


Alternativa B está correta: Exato, o chefe do executivo é titular do poder
regulamentar, ao emitir decreto regulamentando um determinado assunto.
Alternativa D está correta: Exato, é o poder o chefe sobe os subordinados.
Alternativa E está correta: Essa foi pra confundir a galera. Está correto. O Poder
Legislativo ao criar uma lei que impõe restrições aos administrados está, também,
exercendo o poder de policia.
Alternativa C está incorreta! É o gabarito. O poder discricionário não vincula o
administrador, antes confere à Administração poderes para a prática de atos
administrativos com liberdade na escolha entre vários atos possíveis e lícitos,
dentro de sua competência.

Vamos à outra da FCC

(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)


Sobre os poderes administrativos é INCORRETO afirmar que

(A) o poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder


Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas
complementares à lei.
(B) o poder hierárquico é o que cabe à Administração para apurar infrações e
aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(C) o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou
indiretamente, afetar os interesses da coletividade.
(D) a avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a
execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados.
(E) o poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos.

Alternativa A está correta: Vimos isto na questão anterior, está certo. Cabe ao
chefe do executivo exercer o poder regulamentar.
Alternativa C está correta: Sim, lembrem-se que está baseado no princípio da
supremacia do interesse público..
Alternativa D está correta: Perfeito, avocação é quando o chefe toma para si
competência ou atribuição que havia delegado a seu subordinado..
Alternativa E está correta: Correta o poder de polícia originário é exercido pelas
pessoas políticas,conforme vimos em aula.
Alternativa B está incorreta! É o gabarito. A definição dada é de poder
disciplinar.

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Vejamos uma questão para encerrar este segundo tópico

(FCC/ TRE_AP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)


Observe as seguintes proposições:
I. A faculdade de que dispõe a Administração Pública de ordenar, coordenar,
controlar e corrigir suas atividades decorre do poder disciplinar.
II. Dentre os atributos do poder de polícia, a autoexecutoriedade permite à
Administração, com os próprios meios, decidir e executar diretamente suas
decisões, sem intervenção do Judiciário.
III. O poder normativo da Administração Pública se expressa por meio das
resoluções, portarias, deliberações, instruções e dos decretos.
IV. O poder discricionário permite ao administrador editar atos que exorbitem os
ditames legais, desde que convenientes e oportunos.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) I, II e III.
(D)) II e III.
(E) III e IV.

A afirmativa I está ERRADA! Esta é a definição de Poder Hierárquico.


A afirmativa II está CORRETA! Perfeito, foi exatamente a definição que vimos em
aula.
A afirmativa III está CORRETA! Perfeito é a definição de poder regulamentar ou
normativo.
A afirmativa IV está ERRADA! A discricionariedade não significa que a
administração pode exorbitar aos limites da legalidade.

Sendo assim, o gabarito é a alternativa D

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3.Papel dos Controles externos e internos da Administração Pública.

3.1 O Controle Interno

No Brasil, o Controle Interno na Administração Pública teve como


marco inicial a criação do Departamento Administrativo do Serviço
Público - DASP, em 1936, com atribuições de racionalizar a
administração mediante simplificações, padronizações e aquisição
racional de materiais, revisão de estruturas e aplicações de métodos
na definição de procedimentos. Nesse período foi instituído o
concurso para ingresso nos quadros de carreira da Administração
Pública.
O fundamento do controle interno na Administração Pública Brasileira
está no artigo 76 da Lei 4.320/64, o qual estabelece que o Poder
Executivo exercerá os três tipos de controle da execução
orçamentária: 1) legalidade dos atos que resultem arrecadação da
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de
direitos e obrigações; 2) a fidelidade funcional dos agentes da
administração responsáveis por bens e valores públicos; e 3) o
cumprimento do programa de trabalho expresso em termos
monetários e em termos de realização de obras e prestação de
serviços.
A Lei 4.320/64 mostrou-se inovadora ao consagrar os princípios do
planejamento, do orçamento e do controle. Instituiu o Orçamento
Plurianual de Investimentos, o Orçamento Programa Anual e
estabeleceu como objetivo das novas técnicas orçamentárias a
eficácia dos gastos públicos.
O Decreto-Lei 200/67 estabeleceu que as atividades da Administração
obedeceriam aos princípios fundamentais do planejamento,
coordenação, descentralização, delegação de competência e controle
(art. 6º). Quanto ao controle, seria exercido em todos níveis e em
todos os órgãos, compreendendo o controle pela chefia competente,
pelos órgãos próprios de cada sistema e pelos órgãos do sistema de
contabilidade e auditoria (art 13). Cada Ministério passou a ter sua
inspetoria de finanças, como órgão setorial do sistema de
administração financeira, contabilidade e auditoria, cujo órgão central
era a Inspetoria-Geral de Finanças do Ministério da Fazenda (art. 23).
Com relação aos custos dos bens e serviços, tanto a Lei 4.320/64 (art
85), quanto o Decreto-Lei 200/67 (art 25, IX, e art 79)

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estabeleceram que a contabilidade deveria apurá-los, a fim de buscar
uma prestação de serviços econômica e evidenciar os resultados da
gestão. Passados mais de 30 anos sem aplicação, a Lei
Complementar 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, volta
a exigir a apuração de custos, como se fosse novidade.
Como preceito constitucional, o controle interno aparece pela
primeira vez na Constituição Federal de 1967:
“Art. 71 - A fiscalização financeira e orçamentária da União será
exercida pelo Congresso Nacional através de controle externo, e dos
sistemas de controle interno do Poder Executivo, instituídos por lei.”

A Constituição Federal de 1988 estabelece com mais clareza o escopo


do controle interno ao mesmo tempo em que consagra no texto
constitucional os Princípios Básicos da Administração Pública:
Art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

Art. 74 Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal bem como da aplicação
de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.

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§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

(FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


De acordo com os dispositivos constitucionais, os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, o qual NÃO
possui como finalidade
(A) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(B) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei.
(C) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(D) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

Pessoal, as assertivas das alternativas A, C, D e E estão todas corretas e


constituem finalidades do Controle Interno.
A única que não se coaduna, segundo o texto constitucional, com o Controle
Interno é alternativa B, que é o gabarito da questão.
Conforme expresso no texto constitucional, em caso de irregularidade encontrada
pelo controle interno, este deve dar ciência ao TCU.

Comparando-se o texto constitucional vigente com o dispositivo da


Constituição anterior sobre a abrangência do controle, verifica-se que
o atual não se restringe a aspectos financeiros e orçamentários
apenas, mas explicita que o controle, ou a fiscalização, atuará sobre
os aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e
patrimoniais.
A fiscalização contábil diz respeito aos procedimentos necessários
para a avaliação e certificação de que a contabilidade do

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órgão/entidade registra adequada e fidedignamente os atos e fatos
que envolvem os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial,
assim como a validação das transações registradas, os registros
completos, autorizados por quem de direito e os valores exatos.
Sendo a contabilidade a espinha dorsal do sistema de informações
econômico-financeiras, constitui instrumento indispensável em todos
os enfoques do controle.
A fiscalização financeira ocupa-se em verificar se a administração dos
recursos financeiros está sendo realizada de acordo com as normas e
princípios da administração pública, não só com relação a
arrecadação, gerenciamento e aplicação dos recursos, como em
relação a regularidade das renúncias de receitas e concessões de
auxílios e subvenções. A Lei de Responsabilidade Fiscal veio conferir
grande relevância ao acompanhamento e à fiscalização financeira,
impondo severas penas aos administradores descuidados.
Quanto à fiscalização orçamentária, não deve se esgotar na
verificação se as despesas estão previstas no orçamento anual e se
foram fielmente executadas. Deve confrontar estas com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual a fim de assegurar o
cumprimento dos programas traçados pelos representantes do povo.
A fiscalização operacional diz respeito ao acompanhamento e
avaliação das ações empreendidas pelo órgão/entidade para alcançar
seus objetivos institucionais, em especial quanto aos aspectos de
economia, eficiência e eficácia. É muito deficiente na Administração
Pública essa fiscalização, em função de que não se tem um sistema
de apuração de custos, como já foi mencionado anteriormente, assim
como indicadores para avaliação de resultados.

Finalmente, a fiscalização patrimonial diz respeito não só ao controle


de bens móveis ou imóveis, mas também de créditos, títulos de
renda, participações e almoxarifados, além das dívidas e de fatos
que, direta ou indiretamente possam afetar o patrimônio

Vejamos uma questão

(FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


De acordo com o art. 71 da Constituição Federal de 1988, compete ao Tribunal de
Contas da União, no exercício do controle externo, realizar inspeções e auditorias
de diversas naturezas. Supondo que o Tribunal de Contas realize auditoria em uma
entidade pública com a finalidade de confirmar os valores apresentados nas
demonstrações financeiras, ele está realizando uma auditoria

(A) operacional.

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(B) especial.
(C) contábil.
(D) de acompanhamento de gestão.
(E) de gestão.

Pessoal, conforme vimos em aula a fiscalização contábil diz respeito aos


procedimentos necessários para a avaliação e certificação de que a contabilidade do
órgão/entidade registra adequada e fidedignamente os atos e fatos que envolvem
os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial, assim como a validação das
transações registradas, os registros completos, autorizados por quem de direito e
os valores exatos.
Desta forma o gabarito é a alternativa C.

3.2. O Controle Externo


O controle externo da administração pública compreende
primeiramente o controle parlamentar direto, o controle pelo tribunal
de contas e por fim o controle jurisdicional. São órgãos externos que
fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento.
Para compreendermos a função das instituições que exercem o
controle externo, é necessário discutir alguns elementos essenciais do
direito administrativo, o princípio da proporcionalidade e da
discricionariedade.
Os atos da administração pública quando não regulados por lei, são
feitos por discricionariedade dos componentes da administração
pública, tais atos devem seguir o principio da proporcionalidade, ou
seja, serem corretos e na medida em que foram requisitados. Assim
o controle externo não pode revisar os atos que foram tomados pela
discricionariedade da instituição componente da administração
pública, entretanto atos produzidos de forma a infringir os meios
legais podem ser invalidados pelo controle externo, não podendo o
principio da discricionariedade ser invocado em situações em que a lei
venha a ser descumprida pela administração pública.
Marçal Justen Filho, exemplifica: “O controle-fiscalização envolve,
portanto, a verificação do exercício regular da competência atribuida
pela lei”.

Contudo, os controladores dos atos discricionários podem, quando


comprovarem a incompatibilidade de tais atos com os fundamentos
jurídicos que regem o direito administrativo mostrando que o ato foi
incompatível com os fatos que o provocaram e os fins que se

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buscavam, promover a desconstituição do ato, pois haveria um
afronte aos fundamentos jurídicos que regulam o exercício da
administração pública.

3.2.1 O Controle Parlamentar Direto

Os parlamentares exercem o controle sob a administração pública,


através do chamado controle parlamentar direto. A própria função do
legislativo como consta na Carta Constitucional é a de fiscalizar e
controlar os atos da administração pública, para isso o legislativo é
auxiliado pelo Tribunal de Contas.

Perante as formas de controle as disposições do legislativo, seguindo


a classificação de Celso Antonio Bandeira de Mello, o legislativo têm a
possibilidade de sustação de atos e contratos do executivo, a
convocação de ministros e requerimentos de informações para
possíveis investigações, o recebimento de petições, queixas e
representações dos administrados e convocação de qualquer
autoridade ou pessoa para depor, a possibilidade de criação das
comissões parlamentares de inquérito, as autorizações ou aprovações
do necessário para atos concretos do executivo, o julgamento das
contas do executivo e a possibilidade de suspensão e destituição do
presidente ou de ministros da república. Há alguns poderes que são
privativos do senado federal. Tais poderes privativos são: aprovar
previamente por voto secreto a escolha de magistrados autorizarem
operações externas de natureza financeira que são de interesse da
União, fixar limites para o montante da divida da União, dispor sobre
os limites e sobre as condições de crédito externo e interno da União,
como também dispor sobre as condições para a concessão de
garantias da União em operações de crédito tanto externo quanto
interno, como também para o montante da divida mobiliária da
União.

3.2.2 O Controle pelo Tribunal de Contas

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O Tribunal de Contas é dotado de autonomia, estrutura e
competências equivalentes aos Poderes do Judiciário. Sua função é
exatamente fiscalizar os atos da administração pública. Com poderes
únicos e diferentes dos de outras instituições.

A fiscalização movida pelo Tribunal de Contas que atua auxiliando o


legislativo é a de fiscalizar a contabilidade, as movimentações
financeiras, orçamentárias, patrimoniais e operacionais da
administração pública. O Tribunal de Contas é integrado por nove
membros, que devem ter mais de 35 e menos de 65 anos. Os
ministros formadores do Tribunal de Contas devem ser cerceados por
idoneidade moral e reputação adequada, além de contarem com um
vasto conhecimento jurídico, tais ministros recebem as mesmas
garantias, prerrogativas e impedimentos dos ministros do superior
tribunal de justiça. Um terço deles são nomeados pelo Presidente da
República e os dois terços restantes são nomeados pelo congresso
nacional. Cabe ao Tribunal de Contas um parecer prévio sobre as
contas do Presidente da República e o julgamento das contas dos
administradores públicos.

(FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


Sobre as disposições constitucionais referentes ao controle externo das entidades
governamentais, considere:
I. A abrangência dos controles se restringe à legalidade e à legitimidade dos atos
praticados pelos gestores.
II. Qualquer cidadão é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
III. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento.
IV. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União,
sob pena de responsabilidade solidária.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) II e IV.
(B) III.
(C) III e IV.
(D) I e II.
(E) II e III.

A afirmativa I está ERRADA! Não, o objetivo do controle é verificar se estão sendo


atingidos os objetivos traçados para consecução do bem público.
A afirmativa II está CERTA! Conforme vimos, está expresso no art. 74 da CF.
A afirmativa III está ERRADA! Esta é uma competência do Congresso Nacional,
conforme artigo 71 da Constitução.

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A afirmativa IV está CERTA! É o que está no art. 74 da CF.

Assim, o gabarito é a alternativa A.

3.2.3 O Controle Jurisdicional

O controle jurisdicional se demonstra através da possibilidade de


existirem medidas judiciais a disposição de todos os cidadãos
brasileiros, como o Habeas Corpus, o Mandado de Segurança, o
Habeas Data, o Mandado de Injunção, a Ação Popular, a Ação Civil
Pública e a Ação direta de Inconstitucionalidade.

São medidas judiciais que estão a disposição da população brasileira


como um todo, funcionando como um elemento importante no
controle que a sociedade exerce sob as condutas da administração
publica. Assim tais medidas servem para a correção das condutas
tomadas pela administração publica que possam afrontar a população
nacional e seus direitos.

O Habeas Corpus é utilizado na defesa de direitos ligados com a


liberdade individual, sua utilização deve estar ligada com o
cerceamento ou uma possível ameaça de cerceamento que possa
existir no direito individual de liberdade de locomoção. Tal
cerceamento ou ameaça deve partir da administração pública, assim
tal medida atua na defesa dos cidadãos quanto a uma possibilidade
da administração pública por algum motivo impedi-lo de se locomover
em determinado espaço, prendendo o individuo e restringindo seu
direito de locomoção. Para promover o Haber Corpus não se faz
necessário ser representado por um advogado, ou seja, todo e
qualquer individuo pode promovê-lo.

O Habeas Data é o instrumento que pode ser utilizado para assegurar


o contato a conhecimentos ou a retificações de informações que
possam ditar sobre a vida do interessado em propor tal medida.

O Mandado de Segurança é utilizado na proteção de direitos líquidos


e certos, que não podem ser protegidos pelo Habeas Corpus e pelo
Habeas Data, deve ser impetrado quando alguma instituição pública
ou qualquer pessoa jurídica que esteja exercendo função pública
ameace os direitos que se enquadram na classificação líquido e certo.
Um direito líquido e certo seria aquele que não é dependente de

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análises probatórias, podendo ser comprovados por documentação
juntada no mandado de segurança. O Mandado de Segurança
Individual tem como finalidade a defesa dos direitos que assegura
apenas um indivíduo, já o Mandado de Segurança Coletivo busca a
defesa de direitos que abranjam coletividade, podem ser proposto por
partidos políticos, por organizações sindicais, entidades de classe ou
associações, que estejam em funcionamento a pelo menos um ano,
desde que tal direito tenha relação com os objetivos sociais de tais
entidades.

O Mandado de Injunção deve ser utilizado em casos em que não


esteja havendo um real efetivo cumprimento das normas legais,
quando exista uma inércia por parte do judiciário na promoção de sua
vigência. Tais casos devem estar ligados ao exercício de direitos e
liberdades constitucionais ou dos direitos ligados a nacionalidade, a
cidadania e também a soberania.

A Ação Popular está disponível a qualquer pessoa que tenha a


intenção de recuperar danos causados ao patrimônio publico, ao meio
ambiente, a moralidade administrativa e também ao patrimônio
histórico cultural, desde que seja provocado por ação de entidade
partícipe da administração pública.

A Ação Civil Pública é o instrumento a disposição do Ministério


Público, de entidades privadas e de entes estatais, que pode ser
utilizado para evitar ou condenar as instituições responsáveis por
danos maiores causados ao meio ambiente, aos consumidores, aos
bens artísticos, estéticos, históricos, turísticos ou paisagísticos.

Por fim o último instrumento considerado ainda componente do


conjunto de medidas disponíveis para a fiscalização externa e
controle da administração pública, podemos citar a Ação Direta e
Inconstitucionalidade. Tal instrumento pode ser proposto em face da
omissão ou ação. Sendo que podemos entender por ação quando há
uma proposta para que seja apreciada no supremo a possível
inconstitucionalidade de uma lei, e por omissão quando ficar
caracterizado que a falta de promoção de uma norma é um ato
inconstitucional. As entidades que tem a permissão para entrar com
esse tipo de medida são: Senado Federal, Câmara dos Deputados,
Assembléias Legislativas, Governadores de Estado, Procurador-Geral
da República, Conselho Federal da OAB, partido político desde que

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tenha representação no Congresso Nacional e por fim a confederação
sindical ou qualquer entidade de classe de âmbito nacional.

3.3 O Controle Social

Controle Social é a descentralização do Estado motivando grupos de


pessoas a solucionar problemas sociais, tendo este amparo legal e
constitucional, ou seja, é a participação social na gestão publica.
Esta participação se torna mais eficiente e constante porque a
sociedade brasileira esta mais participativa e mais preparada para
reparar os conflitos sociais. Esta solução se torna mais rápida porque
a própria sociedade que sofre com os conflitos é a mesma que busca
os mecanismos para reparar essas deficiências.

O Controle Social é um instrumento democrático no qual há a


participação dos cidadãos no exercício do poder colocando a vontade
social como fator de avaliação para a criação e metas a serem
alcançadas no âmbito de algumas políticas publicas, ou seja, é a
participação do Estado e da sociedade conjuntamente em que o eixo
central é o compartilhamento de responsabilidades com o intuito de
tronar mais eficaz alguns programas públicos.

A ampliação do controle social incide de maneira expressiva na


administração, podemos citar constitucionalmente a edição de lei
regulamentando aas formas de participação do administrado seja
direta ou indiretamente.

O exemplo disso pode citar a Lei que cria o Programa Bolsa Família
que estabelece o controle social como um de seus componentes que
garante a participação efetiva da sociedade na execução do
programa. (Lei n° 10.836/2004).

Dá-se efetivação do Controle Social por duas maneiras:

A) Controle Natural, que é executado diretamente pelas


comunidades (como é o caso das associações, fundações,
sindicatos, etc.).

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B) Controle Institucional, que é exercido por entidades e órgãos
do Poder Publico instituídos de interesse da coletividade.
(como é o caso dos Procons, Ministério Publico, etc.).

Os Conselhos, pensados a partir da Constituição Federal de 1988


como mecanismos institucionais que visam a garantir a participação
da sociedade civil sobre os atos e decisões do Estado por meio de um
processo de gestão conjunta das políticas, representam, na realidade,
a instância máxima de deliberação das mesmas. A Constituição
Federal previu vários conselhos em áreas de políticas sociais, como os
Conselhos de educação e os Conselhos de Saúde. Estes representam
importante forma de controle social sobre as políticas públicas.

Vejam esta questão

(FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


O controle social é entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na
fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública.
Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento
da cidadania. Dentre os principais mecanismos de controle social instituído nos três
níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão

(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.


(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.
(E) as Comissões Paritárias.

Pessoal. Conforme visto em aula os Conselhos Gestores foram instituídos na CF de


1988 como forma de controle social. Desta forma o gabarito é a alternativa B.

Chegamos ao final de nossa aula. O que acharam do assunto?


Tranquilo, não é mesmo? Costumo dizer que não há concurso público
impossível de se passar. É necessário, contudo, estudar todo o edital,
varrendo todos os tópicos. Desta forma nos habilitamos a acertar de
80% a 90% da prova, o que garantirá aprovação.

Até a próxima aula! Agora é hora de um café!

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4. Lista de Questões
ITEM 1. (FCC/ TRE_AP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Observe as seguintes proposições:
I. A faculdade de que dispõe a Administração Pública de ordenar, coordenar,
controlar e corrigir suas atividades decorre do poder disciplinar.
II. Dentre os atributos do poder de polícia, a autoexecutoriedade permite à
Administração, com os próprios meios, decidir e executar diretamente suas
decisões, sem intervenção do Judiciário.
III. O poder normativo da Administração Pública se expressa por meio das
resoluções, portarias, deliberações, instruções e dos decretos.
IV. O poder discricionário permite ao administrador editar atos que exorbitem os
ditames legais, desde que convenientes e oportunos.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) I, II e III.
(D)) II e III.
(E) III e IV.

ITEM 2.(FCC/ TRE_SP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Com relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar que o poder

(A) disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(B) regulamentar é inerente ao chefe do Executivo para, mediante decreto, expedir
atos normativos compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la.
(C)) discricionário vincula o administrador público à competência, forma e objeto do
ato, deixando livre a opção quanto ao juízo de mérito.
(D) hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas, no âmbito da Administração Pública.
(E) Legislativo, no exercício do poder de polícia que compete ao Estado, cria, por
lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.

ITEM 3. (FCC/ MPE_RS/2008/ASSESSOR/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)


Sobre os princípios do Direito Administrativo, é correto afirmar que

(A) o princípio da autotutela diz respeito ao controle que a Administração direta


exerce sobre as entidades da Administração indireta.
(B) pelo princípio da finalidade, impõe-se à Administração Pública a prática, e tão
só essa, de atos voltados para o interesse público.
(C) o princípio da supremacia do interesse público não significa que o interesse
público deva prevalecer sobre o interesse privado.
(D) pelo princípio da publicidade é obrigatória a divulgação de atos, contratos e
outros instrumentos celebrados pela Administração pública, mesmo que
relacionados com a segurança nacional ou declarados sigilosos pela autoridade.

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(E) nenhum outro princípio deve ser observado pela Administração Pública além
daqueles expressamente previstos na Constituição Federal.

ITEM 4. (FCC/ MPE_SE/2009/TECNICO/AREA ADMINISTRATIVA)


A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração
Pública:

(A) publicidade, moralidade e eficiência.


(B) impessoalidade, moralidade e imperatividade.
(C) hierarquia, moralidade e legalidade.
(D) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.
(E) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia

ITEM 5. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


O controle social é entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na
fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública.
Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento
da cidadania. Dentre os principais mecanismos de controle social instituído nos três
níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão

(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.


(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.
(E) as Comissões Paritárias.

ITEM 6. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


Há dois princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo. A
partir deles constroem-se todos os demais. São eles:

(A) prescrição de veracidade e publicidade.


(B) impessoalidade e legalidade.
(C) legalidade e supremacia do interesse público.
(D) publicidade e moralidade.
(E) especialidade e supremacia do interesse público.

ITEM 7. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


Sobre as disposições constitucionais referentes ao controle externo das entidade
governamentais, considere:
I. A abrangência dos controles se restringe à legalidade e à legitimidade dos atos
praticados pelos gestores.
II. Qualquer cidadão é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
III. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento.

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IV. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União,
sob pena de responsabilidade solidária.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) II e IV.
(B) III.
(C) III e IV.
(D) I e II.
(E) II e III.

ITEM 8. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


De acordo com o art. 71 da Constituição Federal de 1988, compete ao Tribunal de
Contas da União, no exercício do controle externo, realizar inspeções e auditorias
de diversas naturezas. Supondo que o Tribunal de Contas realize auditoria em uma
entidade pública com a finalidade de confirmar os valores apresentados nas
demonstrações financeiras, ele está realizando uma auditoria

(A) operacional.
(B) especial.
(C) contábil.
(D) de acompanhamento de gestão.
(E) de gestão.

ITEM 9.(FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


De acordo com os dispositivos constitucionais, os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, o qual NÃO
possui como finalidade
(A) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(B) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei.
(C) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(D) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

ITEM 10.(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)


São princípios da Administração Pública expressamente previstos na Constituição
da República Federativa do Brasil:

(A) especialidade, moralidade e autotutela.


(B) legalidade, razoabilidade e supremacia do interesse público.
(C) publicidade, supremacia do interesse público e veracidade.
(D) veracidade, eficiência e razoabilidade.

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(E) eficiência, legalidade e publicidade.

ITEM 11.(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)


Sobre os poderes administrativos é INCORRETO afirmar que

(A) o poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder


Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas
complementares à lei.
(B) o poder hierárquico é o que cabe à Administração para apurar infrações e
aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(C) o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou
indiretamente, afetar os interesses da coletividade.
(D) a avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a
execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados.
(E) o poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos.

ITEM 12.(FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Quando se fala em vedação de imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público, está-se referindo ao princípio da

(A) legalidade.
(B) motivação.
(C) proporcionalidade.
(D) moralidade.
(E) impessoalidade.

ITEM 13. (FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


O dever do Administrador Público de prestar contas

(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de


Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.
(B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
(C) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se
tratar de acordo entre entidades estatais.
(E) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação
de bens públicos.

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ITEM 14.(FCC/TRE_RS/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)
A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração,

(A) deve ser observada em todo e qualquer ato administrativo, sem exceção.
(B) é elemento formativo do ato.
(C) é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos
externos.
(D) é obrigatória apenas para os órgãos a Administração direta, sendo facultativa
para as entidades da Administração indireta.
(E) também pode ser usada para a promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos, salvo no período eleitoral.

ITEM 15.(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Agente público que, sendo competente e adotando regular processo disciplinar com
direito ao contraditório e ampla defesa, aplica sanção administrativa de demissão a
servidor que se ausentou do serviço durante o expediente, sem autorização do
chefe imediato, infringe, dentre outros, o princípio da

(A) razoabilidade.
(B) supremacia do interesse público.
(C) motivação.
(D) impessoalidade.
(E) eficiência.

ITEM 16.(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA


O Poder Legislativo aprova lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto
prevê o seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, o Chefe
do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto detalhando a aplicação da
norma, conforme previsto. Ao fazê-lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder

(A) disciplinar.
(B) regulamentar.
(C) discricionário.
(D) de polícia.
(E) hierárquico.

ITEM 17.(FCC/TRT_PR/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


No que concerne ao tema poder de polícia, é correto afirmar:

(A) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da Administração, no


exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua
crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
(B) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas
hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a
Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da
autorização.
(C) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não pode
determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular; logo, ainda que se

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trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da plenitude da defesa.
(D) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se
pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda,
pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas.
(E) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente duas
categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo, vistoria e
fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e
apreensão de mercadorias deterioradas.

ITEM 18.(FCC/TRT_PR/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


A administração pública brasileira, conforme o artigo 37 da Constituição Federal,
obedece aos princípios da

(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.


(B) legalidade, impessoalidade, continuidade, indisponibilidade e finalidade.
(C) subsidiariedade, flexibilidade, participação cidadã, publicidade e eficiência.
(D) moralidade, flexibilidade, participação cidadã, legalidade e impessoalidade.
(E) transparência administrativa, moralidade, participação cidadã, eficiência e
impessoalidade.

ITEM 19. (FCC/TRT_SC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA


O reconhecimento da validade de ato praticado por funcionário irregularmente
investido no cargo ou função, sob o fundamento de que o ato pertence ao órgão e
não ao agente público, decorre do princípio

(A) da especialidade.
(B) da moralidade.
(C) do controle ou tutela.
(D) da impessoalidade.
(E) da hierarquia.

ITEM 20.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Analise as assertivas abaixo sobre o poder de polícia.

I. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos
casos, quanto vinculado.
II. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas
limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.
III. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que
possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional.
IV. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a
autoexecutoriedade e a tipicidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e III.

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ITEM 21. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)
O objetivo da Administração Pública é
(A) o bem comum da coletividade administrada.
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.
(C) a obtenção de superávit primário.
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

ITEM 22. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


Os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência estão previstos

(A) no regimento interno de cada Partido.


(B) na Lei Orgânica dos Partidos.
(C) na Constituição Federal.
(D) no Código Penal.
(E) no regimento interno da Câmara dos Deputados.

ITEM 23. (FCC/TRE_RS/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/ AREA ADMINISTRATIVA)


Dentre os princípios básicos da Administração, NÃO se inclui o da

(A) celeridade da duração do processo.


(B) impessoalidade.
(C) segurança jurídica.
(D) razoabilidade.
(E) proporcionalidade.

ITEM 24. (FCC/TRT_PI/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


O princípio da administração pública que tem por fundamento que qualquer
atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem a
determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza, denomina-se

(A) Eficiência.
(B) Moralidade.
(C) Legalidade.
(D) Finalidade.
(E) Impessoalidade.

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5. Gabarito

ITEM 1 D
ITEM 2 C
ITEM 3 B
ITEM 4 A
ITEM 5 B
ITEM 6 C
ITEM 7 A
ITEM 8 C
ITEM 9 B
ITEM 10 E
ITEM 11 B
ITEM 12 C
ITEM 13 E
ITEM 14 C
ITEM 15 A
ITEM 16 B
ITEM 17 D
ITEM 18 A
ITEM 19 D
ITEM 20 E
ITEM 21 A
ITEM 22 C
ITEM 23 A
ITEM 24 E

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6. Questões Comentadas

ITEM 1. (FCC/ TRE_AP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)


Observe as seguintes proposições:
I. A faculdade de que dispõe a Administração Pública de ordenar, coordenar,
controlar e corrigir suas atividades decorre do poder disciplinar.
II. Dentre os atributos do poder de polícia, a autoexecutoriedade permite à
Administração, com os próprios meios, decidir e executar diretamente suas
decisões, sem intervenção do Judiciário.
III. O poder normativo da Administração Pública se expressa por meio das
resoluções, portarias, deliberações, instruções e dos decretos.
IV. O poder discricionário permite ao administrador editar atos que exorbitem os
ditames legais, desde que convenientes e oportunos.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) I, II e III.
(D)) II e III.
(E) III e IV.

A afirmativa I está ERRADA! Esta é a definição de Poder Hierárquico.


A afirmativa II está CORRETA! Perfeito, foi exatamente a definição que vimos em
aula.
A afirmativa III está CORRETA! Perfeito é a definição de poder regulamentar ou
normativo.
A afirmativa IV está ERRADA! A discricionariedade não significa que a
administração pode exorbitar aos limites da legalidade.

Sendo assim, o gabarito é a alternativa D

ITEM 2.(FCC/ TRE_SP/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Com relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar que o poder

(A) disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(B) regulamentar é inerente ao chefe do Executivo para, mediante decreto, expedir
atos normativos compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la.
(C)) discricionário vincula o administrador público à competência, forma e objeto do
ato, deixando livre a opção quanto ao juízo de mérito.
(D) hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas, no âmbito da Administração Pública.
(E) Legislativo, no exercício do poder de polícia que compete ao Estado, cria, por
lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.

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Alternativa A está correta: Perfeito, conforme definição vista em aula..
Alternativa B está correta: Exato, o chefe do executivo é titular do poder
regulamentar, ao emitir decreto regulamentando um determinado assunto.
Alternativa D está correta: Exato, é o poder o chefe sobe os subordinados.
Alternativa E está correta: Essa foi pra confundir a galera. Está correto. O Poder
Legislativo ao criar uma lei que impõe restrições aos administrados está, também,
exercendo o poder de policia.
Alternativa C está incorreta! É o gabarito. O poder discricionário não vincula o
administrador, antes confere à Administração poderes para a prática de atos
administrativos com liberdade na escolha entre vários atos possíveis e lícitos,
dentro de sua competência.

ITEM 3. (FCC/ MPE_RS/2008/ASSESSOR/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)


Sobre os princípios do Direito Administrativo, é correto afirmar que

(A) o princípio da autotutela diz respeito ao controle que a Administração direta


exerce sobre as entidades da Administração indireta.
(B) pelo princípio da finalidade, impõe-se à Administração Pública a prática, e tão
só essa, de atos voltados para o interesse público.
(C) o princípio da supremacia do interesse público não significa que o interesse
público deva prevalecer sobre o interesse privado.
(D) pelo princípio da publicidade é obrigatória a divulgação de atos, contratos e
outros instrumentos celebrados pela Administração pública, mesmo que
relacionados com a segurança nacional ou declarados sigilosos pela autoridade.
(E) nenhum outro princípio deve ser observado pela Administração Pública além
daqueles expressamente previstos na Constituição Federal.

Vamos à análise das alternativas:

Alternativa A está incorreta: Autotuela diz respeito a capacidade da administração


de anular seus atos ilegais ou cancelar, por conveniência, seus atos discricionários.
Alternativa C está incorreta: Afirmativa invertida, o interesse público sempre
prevalece sobre o interesse privado
Alternativa D está incorreta: Vimos que o princípio da publicidade admite
exceções, uma delas é o segredo de justiça.
Alternativa E está incorreta: Vimos que além dos princípios expressos na CF,
outros princípio implícitos precisam ser observados, como os princípios relacionados
na Lei 9784/99 e na doutrina acadêmica.
Alternativa B está correta! É o gabarito. O princípio da finalidade impõe que os
atos administrativos almejem o interesse público.

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ITEM 4. (FCC/ MPE_SE/2009/TECNICO/AREA ADMINISTRATIVA)
A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração
Pública:

(A) publicidade, moralidade e eficiência.


(B) impessoalidade, moralidade e imperatividade.
(C) hierarquia, moralidade e legalidade.
(D) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.
(E) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia

Muito Fácil pessoal! Não podemos errar questão assim. É só lembrar do LIMPE.
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. A única
alternativa que só contém princípios da Administração Pública é a alternativa A,
que é o gabarito.

ITEM 5. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


O controle social é entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na
fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública.
Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento
da cidadania. Dentre os principais mecanismos de controle social instituído nos três
níveis da federação, a partir da Constituição Federal de 1988, estão

(A) as Centrais de Atendimento do Cidadão.


(B) os Conselhos Gestores.
(C) as Controladorias Gerais.
(D) as Assembleias Populares.
(E) as Comissões Paritárias.

Pessoal. Conforme visto em aula os Conselhos Gestores foram instituídos na CF de


1988 como forma de controle social. Desta forma o gabarito é a alternativa B.

ITEM 6. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


Há dois princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo. A
partir deles constroem-se todos os demais. São eles:

(A) prescrição de veracidade e publicidade.


(B) impessoalidade e legalidade.
(C) legalidade e supremacia do interesse público.
(D) publicidade e moralidade.
(E) especialidade e supremacia do interesse público.

Conforme vimos acima na aula, os princípios que servem como bae para todos os
demais são: legalidade e supremacia do interesse público. Assim o gabarito é a
alternativa C.

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ITEM 7. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)
Sobre as disposições constitucionais referentes ao controle externo das entidades
governamentais, considere:
I. A abrangência dos controles se restringe à legalidade e à legitimidade dos atos
praticados pelos gestores.
II. Qualquer cidadão é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
III. Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento.
IV. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União,
sob pena de responsabilidade solidária.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) II e IV.
(B) III.
(C) III e IV.
(D) I e II.
(E) II e III.

A afirmativa I está ERRADA! Não, o objetivo do controle é verificar se estão sendo


atingidos os objetivos traçados para consecução do bem público.
A afirmativa II está CERTA! Conforme vimos, está expresso no art. 74 da CF.
A afirmativa III está ERRADA! Esta é uma competência do Congresso Nacional,
conforme artigo 71 da Constitução.
A afirmativa IV está CERTA! É o que está no art. 74 da CF.

Assim, o gabarito é a alternativa A.

ITEM 8. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)


De acordo com o art. 71 da Constituição Federal de 1988, compete ao Tribunal de
Contas da União, no exercício do controle externo, realizar inspeções e auditorias
de diversas naturezas. Supondo que o Tribunal de Contas realize auditoria em uma
entidade pública com a finalidade de confirmar os valores apresentados nas
demonstrações financeiras, ele está realizando uma auditoria

(A) operacional.
(B) especial.
(C) contábil.
(D) de acompanhamento de gestão.
(E) de gestão.

Pessoal, conforme vimos em aula a fiscalização contábil diz respeito aos


procedimentos necessários para a avaliação e certificação de que a contabilidade do
órgão/entidade registra adequada e fidedignamente os atos e fatos que envolvem
os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial, assim como a validação das
transações registradas, os registros completos, autorizados por quem de direito e
os valores exatos.
Desta forma o gabarito é a alternativa C.

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ITEM 9.(FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)
De acordo com os dispositivos constitucionais, os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, o qual NÃO
possui como finalidade
(A) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(B) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei.
(C) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(D) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

Pessoal, as assertivas das alternativas A, C, D e E estão todas corretas e


constituem finalidades do Controle Interno.
A única que não se coaduna, segundo o texto constitucional, com o Controle
Interno é alternativa B, que é o gabarito da questão.
Conforme expresso no texto constitucional, em caso de irregularidade encontrada
pelo controle interno, este deve dar ciência ao TCU.

ITEM 10.(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)


São princípios da Administração Pública expressamente previstos na Constituição
da República Federativa do Brasil:

(A) especialidade, moralidade e autotutela.


(B) legalidade, razoabilidade e supremacia do interesse público.
(C) publicidade, supremacia do interesse público e veracidade.
(D) veracidade, eficiência e razoabilidade.
(E) eficiência, legalidade e publicidade.

Fácil, não é? Lembrem-se do LIMPE. A única alternativa que contém somente


princípios expressos da Administração Pública é a alternativa

ITEM 11.(FCC/TJ_SE/2009/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA JUDICIARIA/ADMINISTRATIVA)


Sobre os poderes administrativos é INCORRETO afirmar que

(A) o poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder


Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas
complementares à lei.
(B) o poder hierárquico é o que cabe à Administração para apurar infrações e
aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
(C) o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou
indiretamente, afetar os interesses da coletividade.

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(D) a avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a
execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados.
(E) o poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos.

Alternativa A está correta: Vimos isto na questão anterior, está certo. Cabe ao
chefe do executivo exercer o poder regulamentar.
Alternativa C está correta: Sim, lembrem-se que está baseado no princípio da
supremacia do interesse público..
Alternativa D está correta: Perfeito, avocação é quando o chefe toma para si
competência ou atribuição que havia delegado a seu subordinado..
Alternativa E está correta: Correta o poder de polícia originário é exercido pelas
pessoas políticas,conforme vimos em aula.
Alternativa B está incorreta! É o gabarito. A definição dada é de poder
disciplinar.

ITEM 12.(FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Quando se fala em vedação de imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público, está-se referindo ao princípio da

(A) legalidade.
(B) motivação.
(C) proporcionalidade.
(D) moralidade.
(E) impessoalidade.

Pessoal, é o princípio da proporcionalidade ou razoabilidade. Exacerbar restrição u


sanção acima do que é necessário, por exemplo, aplicando pena de suspensão a
um servidor quando o razoável seria uma advertência, fere o princípio da
razoabilidade. Sendo assim, o gabarito é a alternativa C.

ITEM 13. (FCC/TRE_AC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


O dever do Administrador Público de prestar contas

(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de


Contas por serem os órgãos encarregados da tomada de contas dos
administradores.
(B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
(C) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se
tratar de acordo entre entidades estatais.
(E) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação
de bens públicos.

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Pessoal, a obrigação de prestar contas aplica-se a todos que tenham recebido a
incumbência de administrar bens e/ou interesses públicos. O gabarito é a
alternativa E.

ITEM 14.(FCC/TRE_RS/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração,

(A) deve ser observada em todo e qualquer ato administrativo, sem exceção.
(B) é elemento formativo do ato.
(C) é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos
externos.
(D) é obrigatória apenas para os órgãos a Administração direta, sendo facultativa
para as entidades da Administração indireta.
(E) também pode ser usada para a promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos, salvo no período eleitoral.

Vimos isto na aula acima: é a divulgação obrigatória dos atos da administração


pública. Só começa a ter efeitos após a publicação. Pensem na nomeação de vocês
para um cargo público efetivo, mediante concurso. Só surtirá efeitos a partir da
publicação em diário oficial. É obrigatória para toda a Administração Pública, Direta
ou Indireta. A publicidade não é elemento formativo do ato, antes é requisito de
eficácia e moralidade. Por isso mesmo os atos irregulares não se convalidam com a
publicação, nem os regulares a dispensam para sua exeqüibilidade, quando a lei ou
o regulamento a exige. Vimos também que este princípio comporta exceções. Não é
permitido usar meios públicos para promoção pessoal. Sendo assim o gabarito é a
alternativa C.

ITEM 15.(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Agente público que, sendo competente e adotando regular processo disciplinar com
direito ao contraditório e ampla defesa, aplica sanção administrativa de demissão a
servidor que se ausentou do serviço durante o expediente, sem autorização do
chefe imediato, infringe, dentre outros, o princípio da

(A) razoabilidade.
(B) supremacia do interesse público.
(C) motivação.
(D) impessoalidade.
(E) eficiência.

O gabarito é a alternativa A! Se o agente aplicou sanção acima do que deveria em


face da irregularidade, fere o princípio da razoabilidade. O caso em questão é
passível de punição com pena de advertência e não demissão.

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ITEM 16.(FCC/TRT_AP_PA/2010/ANALISTA JUDICIARIO/ÁREA ADMINISTRATIVA
O Poder Legislativo aprova lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto
prevê o seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, o Chefe
do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto detalhando a aplicação da
norma, conforme previsto. Ao fazê-lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder

(A) disciplinar.
(B) regulamentar.
(C) discricionário.
(D) de polícia.
(E) hierárquico.

Pessoal, o chefe do executivo ao editar um decreto está regulamentando um


assunto, portanto utiliza o poder regulamentar. O gabarito é a alternativa B

ITEM 17.(FCC/TRT_PR/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


No que concerne ao tema poder de polícia, é correto afirmar:

(A) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da Administração, no


exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua
crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.
(B) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas
hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a
Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da
autorização.
(C) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não pode
determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular; logo, ainda que se
trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da plenitude da defesa.
(D) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se
pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda,
pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas.
(E) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente duas
categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo, vistoria e
fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e
apreensão de mercadorias deterioradas.
Alternativa A está incorreta: Segundo a Lei 9873/99 prescreve em cinco anos
ação punitiva, no exercício do poder de polícia.
Alternativa B está incorreta: É verdade que ora o poder de polícia seja
discricionário, ora vinculado. Acontece que a autorização é um ato discricionário e
não vinculado.
Alternativa C está incorreta: O poder de polícia deve ser exercido dentro dos
limites da legalidade, porém isto não implica em fazer ouvir o particular, pois o
interesse público deve prevalecer.
Alternativa E está incorreta: Não, o poder de polícia, conforme definição é mais
amplo. Relembremos: é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em
benefício da coletividade.

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Alternativa D está correta! É o gabarito. Não podemos confundir o exercício do
poder de polícia administrativa com o poder de policia judiciária.

ITEM 18.(FCC/TRT_PR/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


A administração pública brasileira, conforme o artigo 37 da Constituição Federal,
obedece aos princípios da

(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.


(B) legalidade, impessoalidade, continuidade, indisponibilidade e finalidade.
(C) subsidiariedade, flexibilidade, participação cidadã, publicidade e eficiência.
(D) moralidade, flexibilidade, participação cidadã, legalidade e impessoalidade.
(E) transparência administrativa, moralidade, participação cidadã, eficiência e
impessoalidade.

Pessoal, não dá pra esquecer! ? É o LIMPE. A alternativa A contém todos os


princípios expressos da Administração Pública.

ITEM 19. (FCC/TRT_SC/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA


O reconhecimento da validade de ato praticado por funcionário irregularmente
investido no cargo ou função, sob o fundamento de que o ato pertence ao órgão e
não ao agente público, decorre do princípio

(A) da especialidade.
(B) da moralidade.
(C) do controle ou tutela.
(D) da impessoalidade.
(E) da hierarquia.

Como vimos acima, pelo princípio da impessoalidade reconhe-se o ato pertence ao


órgão. Sendo assim mesmo que o agente esteja investido de forma irregular em
cargo público o ato é válido. O gabarito é a alternativa D.

ITEM 20.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Analise as assertivas abaixo sobre o poder de polícia.

I. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos
casos, quanto vinculado.
II. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas
limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.
III. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que
possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional.
IV. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a
autoexecutoriedade e a tipicidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e III.

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A afirmativa I está CORRETA! Perfeito, o poder de polícia pode ser discricionário ou


vinculado.
A afirmativa II está CORRETA! Exato também, está de acordo com a definição de
poder de polícia: é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em
benefício da coletividade.

A afirmativa III está CORRETA! Exato, também está na definição de poder de


polícia.
A afirmativa IV está ERRADA! Os atributos do poder de polícia são:
autoexecutoriedade, coercibilidade e discricionariedade.

Sendo assim, o gabarito é a alternativa E

ITEM 21. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


O objetivo da Administração Pública é
(A) o bem comum da coletividade administrada.
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.
(C) a obtenção de superávit primário.
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

Fácil! A administração Pública é constituída para o alcance do Bem Comum. Assim o


gabarito é a alternativa A.

ITEM 22. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


Os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência estão previstos

(A) no regimento interno de cada Partido.


(B) na Lei Orgânica dos Partidos.
(C) na Constituição Federal.
(D) no Código Penal.
(E) no regimento interno da Câmara dos Deputados.

Vimos acima, pessoal! É o art. 37 da Constituição Federal que dispõe sobre os


princípios expressos da Administração Pública, o LIMPE. Então o gabarito é a
alternativa C.

ITEM 23. (FCC/TRE_RS/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/ AREA ADMINISTRATIVA)


Dentre os princípios básicos da Administração, NÃO se inclui o da

(A) celeridade da duração do processo.


(B) impessoalidade.
(C) segurança jurídica.
(D) razoabilidade.
(E) proporcionalidade.

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Como vimos em aula, são princípios da administração pública: impessoalidade,


segurança jurídica, razoabilidade e proporcionalidade (são o mesmo princípio).
Celeridade da duração do processo não é um princípio da administração Pública.
Sendo assim, o gabarito é a alternativa A.

ITEM 24. (FCC/TRT_PI/2010/TECNICO JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


O princípio da administração pública que tem por fundamento que qualquer
atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem a
determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza, denomina-se

(A) Eficiência.
(B) Moralidade.
(C) Legalidade.
(D) Finalidade.
(E) Impessoalidade.

O gabarito é a alternativa E, confirmada pela Banca! O conceito do comando da


questão refere-se ao princípio da impessoalidade. Não confundir com a perspectiva
de Hely Lopes Meirelles, acerca do princípio da impessoalidade ser o mesmo que
finalidade. Existem divergências conceituais sobre a conceituação do princípio da
impessoalidade como finalidade. E ao que parece a banca da FCC, em questão
recente, não compactua com a posição de Hely Lopes Meirelles.

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7. Bibliografia

1. Direito Administrativo Descomplicado. Paulo, Vicente;


Alexandrino, Marcelo. São Paulo: Método, 2009.

2. Curso Direito Administrativo. Esaf. 2009. Prof. Alexandre


Prado

3. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São


Paulo: Malheiros, 2004.

4. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São


Paulo: Atlas, 2001.

5. Constituição Federal do Brasil.

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