Você está na página 1de 14

Introdução

Em determinados períodos do ano percebe-se o aumento significativo da ocorrência de


temporais com a verificação de muitos raios ou descargas elétricas. Certamente cada um
de nós poderá relatar fatos acontecidos que viu ou leu em algum lugar, decorrentes
desse fenômeno.

Um raio é talvez a mais violenta manifestação da natureza, pois em uma fração de


segundo um raio pode produzir uma carga de energia atingindo ate 125 milhões de volts
e 25 mil graus centígrados. O raio menos potente ainda tem energia suficiente para
matar, ferir, incendiar, quebrar estruturas, derrubar árvores e abrir buracos ou valas no
chão.

A ocorrência do raio se deve ao acúmulo de cargas nas nuvens, pela ionização destas,
que quando encontram uma estrutura ou “ponta” que sirva de encaminhamento para as
cargas a terra, resulta em uma faísca provocada pela descarga elétrica. Quanto maior o
acúmulo de cargas, mais rápida e intensa é a luminosidade e a “velocidade” da descarga.

O conceito básico da formação do acúmulo das cargas pode ser relacionado ao de um


capacitor, entenda-se acumulador de cargas, que quando saturado provoca uma ligação
entre as placas formada pelo fluxo de cargas elétricas através do espaço existente entre
as placas.

Para que se tenha um resultado mais positivo na condução destas cargas a terra, por
exemplo em prédios como edifícios, deve-se colocar estruturas de aterramento que tem
na parte superior estruturas denominadas pára-raios. Os pára-raios são estruturas
pontiagudas e tem a função de “atrair” as cargas e fazer com que ali se concentre o
ponto de ligação com as nuvens carregadas.

Mas não basta o elemento pára-raios apenas. Deve-se ligar por meio de cabos
condutores, normalmente cobre ou revestidos de cobre, que estarão ligados a barras de
aterramentos  enterradas no chão e que garantam boa condutividade. Por isto a
necessidade de verificação periódica da resistência deste aterramento.

1.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA RAIOS

Como nem sempre se pode contar com a proteção de um pára-raios é conveniente saber
que, durante uma tempestade é extremamente perigoso ficar em espaços abertos, praias,
botes, topo de elevações e embaixo de árvores. É também perigoso estar próximo a
torres e redes de alta tensão, cercas metálicas, varais de roupas, em um carro com a
porta ou a janela aberta, sobre um cavalo ou um trator, dentro de casa frente a uma
janela aberta. O refúgio mais seguro é uma construção sólida protegida com pára-raios,
grandes prédios sem pára-raios, automóveis com janelas fechadas, cavernas, um grupo
de árvores (bosque). Dentro de casa: afaste-se de objetos metálicos, janelas, portas
abertas; não fale ao telefone, não tome banho, desligue aparelhos elétricos das tomadas.

Em muitas ocasiões, durante uma tempestade, uma pessoa pode sentir que vai ser
atingida por um raio, porque a pele começa a formigar e os pelos do corpo se eriçam. Se
isto acontecer,  não deite no chão, apenas se agache, assumindo a posição de segurança
mostrada na  ilustração. Se houver um grupo de pessoas, elas devem se espalhar
rapidamente.

Para-raio
O para-raios foi inventado por Benjamin Franklin em 1752, quando fez uma perigosa
experiência utilizando um fio de metal para empinar uma pipa de papel e observou que a carga
elétrica dos raios descia pelo dispositivo. Provou também que hastes de metal, quando em
contato com a superfície terrestre poderiam servir como condutores elétricos, inventando
assim, o para-raios.

Um para-raios é uma haste de metal pontiaguda que é conectada a cabos de cobre ou de


alumínio de pequena resistividade que vão até o solo.

As pontas do para-raios servem para atrair os raios, assim que o raio é atraído ele é
desviado até o solo pelos cabos e dissipado no solo, sem causar nenhum dano nas
residências. O fato de falar que os para-raios atraem os raios é uma maneira para
compreendermos melhor, mas na verdade os para-raios não atraem os raios, apenas
oferecem um caminho para chegar ao solo com pouca resistividade.

Os para-raios têm de serem colocados em lugares bem altos, pois o raio tende a atingir o
ponto mais alto de uma área. Geralmente eles são colocados em topos de edifícios, em
topos de antenas de transmissões de televisões, rádios, etc.
A função dos para-raios é proteger construções, como edifícios, casas, etc., contra as
descargas elétricas atmosféricas (raios). Eles evitam a queima de equipamentos
domésticos, como computadores, televisores, aparelhos eletrodomésticos, etc.

Para sabermos o raio de abrangência de um para-raios devemos pegar a altura da ponta


do para-raios até o solo e multiplicar pela raiz quadrada de três: r = √3 . h

Em temporais a falta de para-raios pode causar grandes danos não somente aos
equipamentos domésticos como citado acima, mas se um raio cair sobre uma pessoa,
esta pode vir a ter uma parada cardíaca e até falecer. Por estes motivos é muito
importante ter um para-raios por perto!
Para-raios

Um pára-raios (AO 1990: para-raios) é uma haste de metal, comumente de cobre ou


alumínio, destinado a dar proteção as edificações atraindo as descargas elétricas
atmosféricas, raios, para as suas pontas e desviando-as para o solo através de cabos de
pequena resistência elétrica. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma área,
o para-raios é instalado no topo do prédio.

Chama-se também para-raios, ou descarregador, o aparelho destinado a proteger


instalações elétricas contra o efeito de cargas excessivas (sobretensões) e descarregá-las
na terra.

Para diferenciar do para-raios de Melsens, chama-se o para-raios que tem o poder das
pontas por princípio de para-raios de Franklin.

A fim de provar que os raios não são descargas elétricas da natureza, o americano
Benjamin Franklin procedeu a uma experiência famosa, com base na qual inventou o
seu para-raios. Durante uma tempestade, empinou uma pipa e constatou o poder das
pontas de atrair raios ao observar as faíscas que se produziam nas chaves atadas à ponta
do cordel em suas mãos e imaginando uma útil

Princípio de funcionamento
Através do fenômeno eletrostático denominado poder das pontas, que é a grande
concentração de cargas elétricas que se acumulam regiões pontiagudas, quando o campo
elétrico nas vizinhanças da ponta do para-raios atinge determinado valor, o ar em sua
volta se ioniza e se descarrega através de sua ponta para o solo através de um fio de
baixa resistividade, que é enterrado no solo e rodeado de pó de carvão[carece  de fontes?].
Área de proteção de um para-raios.

[editar] Zona de proteção


Admite-se que a zona de proteção desse tipo de para-raios é igual a um cone com
vértice na ponta da antena, raio no solo e altura equivalente do chão à ponta da antena.
O vértice e a geratriz do cone forma um ângulo de 55º para estruturas com nível de
proteção exigido classe IV para outros níves este ângulo varia em função da altura do
captor em relação ao solo (ver tabela - NBR-5419), conforme a figura ao lado.

[editar] Outros tipos


[editar] para-raios de Melsens

Empregado para o mesmo fim que o para-raios de Franklin, o para-raios de Melsens


adota o princípio da gaiola de Faraday. Consiste em envolver o edifício numa armadura
metálica, aproveitando as linhas arquitetônicas para a passagem da trama: barras de
ferro verticais e horizontais. No alto da construção, as barras verticais juntam-se em
feixes, os quais se ligam ao solo, no outro extremo, por uma série de chapas de terra.

[editar] para-raios em instalações elétricas

Na proteção de instalações elétricas, o para-raios, ou descarregador, é colocado num


ponto da instalação em que se forme um máximo da onda de tensão elétrica. Na
instalação, intercala-se um dispositivo que obrigue a onda de corrente elétrica, em
quadratura com a onda de tensão elétrica, a ter uma inversão nesse ponto. Os tipos de
para-raios empregados em instalações elétricas são: de antena, de rolos, de peróxido de
chumbo e eletrolítico.

[editar] Inibidor de Raios


Exemplo de Inibidor de Raios (Lightning-Inhibitor) em um aeroporto

O inibidor de raios é um elemento de protecção que, ao contrário do para-raios, evita a


formação do traçador através do qual se produz a descarga. Deste modo impede o
processo natural de formação do raio numa área determinada.

Os para-raios tradicionais protegem as estruturas mas não podem evitar os efeitos


negativos da indução electromagnética causada pela grande energia que se transmite
durante a descarga, de que todos os aparelhos existentes, tanto eléctricos como
telefónicos, informáticos, electrónicos, etc. se ressentem em maior ou menor medida, e
que pode mesmo causar a sua completa destruição.

O inibidor de raios proporciona protecção não só contra os raios mas também contra os
efeitos das induções electromagnéticas, dado que é capaz de evitar o processo natural de
formação do raio na zona protegida.

A terra e a nuvem actuam como duas placas de um condensador, e quando a tensão


entre placas aumenta suficientemente alcança-se um ponto de ruptura e produz-se o
raio. O tempo de queda do raio é praticamente instantâneo, mas o processo de formação
do traçador pode durar alguns minutos. O princípio físico de actuação do inibidor de
raios está baseado na descarga deste condensador de forma controlada e constante
durante esse tempo, através de um fluxo eléctrico da ordem dos miliamperes que se
produz na sua cabeça para a ligação à terra em momentos de campo eléctrico "entre
placas" elevado, situação que se apresenta quando há uma trovoada.

[editar] Riscos

Estudos da ICLP (International Conference on Lighting Protection) põe em dúvida a


eficácia do sitema ESE (Early Streamer Emission), com o qual o inibidor de raios
funciona. Testes confirmam[1] que essa tecnologia pode não funcionar corretamente em
meios naturais, em oposição aos testes realizados em laboratório. A ICLP critica ainda
as instruções e a forma que essas são apresentas pelo fabricante no manual desses
produtos[1] podendo prejudicar ainda mais o funcionamento do produto, quando
utilizado por pessoas comuns. Na carta apresentado no site ofical[2], eles concluem
dizendo que o uso do inibidor de raios não apresenta vantagem sobre o uso do para raios
comum[1] (..that the ESE technology does not offer any advantage or improved
efficiency compared to normal lightning rods.).
Compreendendo os raios

Nuvens de tempestade (do tipo cumulus-nimbus) são corpos eletricamente


carregados suspensos na atmosfera. O ar serve de isolador, separando a
carga elétrica da nuvem da terra, ou de outras nuvens. Durante uma
tempestade, essas cargas continuarão a se criar, e irão induzir uma carga
similar e de potencial oposto na terra. A carga induzida na terra será na
superfície bem abaixo da nuvem, e será a grosso modo, do mesmo
tamanho e forma da nuvem (sombra elétrica), e um forte campo elétrico
será estabelecido entre a nuvem e o solo.

Se existirem estruturas elevadas ou árvores entre a terra e a nuvem, elas


irão igualmente tornar-se carregadas. Com menor volume de ar entre
esses pontos altos e as nuvens, existe uma grande possibilidade de um
raio atingir essas estruturas elevadas. Veja Figura 1 (18K).

 Ponto de Descarga:
O Conceito de Dissipação de Cargas

Um ponto agudo em um forte campo eletrostático irá liberar elétrons pela


ionização das moléculas de ar adjacente, se o potencial do ponto aumenta
10,000 volts acima do que está à sua volta. Este princípio é demonstrado
pelo que os cientistas chamam de dissipação natural: a ionização
produzida por árvores, capim, torres, cercas e outras estruturas podem
dissipar acima de 95% do total de energia gerada por uma tempestade,
sem a formação do raio.

A LEC, uma empresa Norte Americana, desenvolveu o sistema Preventivo


de Raios - SPR® sobre a premissa de que a dissipação natural pudesse ser
ampliada suficientemente para eliminar todos os raios de uma
determinada área de interesse. O SDC emprega o princípio do ponto de
descarga providenciando milhares de pontos produzindo íons
simultaneamente sobre uma grande área, prevenindo assim, a formação do
líder ascendente (streamer), o precursor do raio.

Componentes do Sistema

O Sistema Dissipativo de Cargas tem três elementos básicos: o Dissipador


(ou ionizador), o Coletor de Correntes do Solo (CCS), e o cabo de serviço.
Veja Figura 2(16K).

O dissipador é feito de fios de aço inoxidável como mostra a figura em


Figura 3(25K). Cada Dissipador tem milhares de pontos, ou ionizadores,
todos trabalhando em unísono para reduzir em iguais proporções de
energia da tempestade. Esses ionizadores são tão eficientes que sob
intensa tempestade o Dissipador pode brilhar pelo volume de íons
luminosos sendo produzidos. Mas não haverá descarga (raio).
O Coletor de Correntes do Solo (CCS) consiste de um cabo enterrado a
aproximadamente 25 centímetros e conectado às hastes de terra de cerca
de um metro de comprimento, espaçadas em intervalos de 10 metros. A
área interna forma uma ilha eletricamente isolada que separa a área
protegida do que está à sua volta. O CCS é conectado à superfície da
estrutura e às conexões de aterramento de utilização pública. Isso
assegura uma integração de referência de terra para todos os sistemas na
área protegida.

O cabo de serviço proporciona um caminho direto, de baixa resistência do


CCS ao ionizador, integrando a edificação protegida e seus pontos de terra.
Em contraste aos sistemas convencionais, esses cabos carregam correntes
baixas (0,5 ampères ou menos) e são selecionados mais por integridade
estrutural que por capacidade de condução de corrente.

O sistema funciona como segue: Quando uma nuvem carregada move-se


para a área, aumenta o potencial de dissipação até os íons começarem a se
formar. Esses são forçados para fora pelo campo eletrostático e pelo vento.
Enquanto isso, a carga induzida na superfície da terra é coletada pelo CCS,
o qual providencia um caminho para as cargas pelo cabo de serviço até o
dissipador. O fluxo de corrente começa quando a nuvem motiva o
dissipador e continua a aumentar conforme a tempestade se aproxima ou
cresce. A corrente de íons continua até que a tempestade diminua ou
passe.

Os Sistemas Preventivo de Raios especialmente projetados para cada


aplicação, a contar pelas diferenças de tamanho, altura, padrões de
tempestade, altitude, e número Ceráunico. Existem algumas configurações
básicas que são usadas freqüentemente.

 O Sistema Hemisférico tem a forma semelhante a um guarda-chuvas


e seu grau de dissipação é médio. O diâmetro pode variar de 1,6
metros a 6,0 metros. Esse Dissipador pode ser usado para proteger
torres de até 520 metros de altura, ou em combinação com torres ou
estruturas elevadas para proteger edificações como silos, edifícios,
subestações, instalações de radar, e plataformas lançadoras de
mísseis.
 O Dissipador Trapezoidal é preso diretamente à torre, o mais
próximo do topo possível. Essa configuração tem a vantagem de
muito pouca estática ou carga de vento, e não necessita ser o
elemento mais alto na torre. O Dissipador Trapezoidal pode ser
usado para proteger torres muito altas, aquelas consideradas
vulneráveis a descargas laterais, ou aquelas cujos componentes
devem ficar acima do dissipador. Exemplos incluem edificações de
transmissão de TV e rádio FM.
 O Dissipador Cônico é suportado pelo centro por um poste ou torre,
e cada fio dissipativo é levado para baixo separadamente para o
terra. O ângulo cônico pode ser variado consideravelmente entre
diferentes instalações para adaptar-se a diferentes requisitos.
 O Dissipador de Cobertura é usado para proteger qualquer tipo de
estrutura que tenha uma área coberta. O dissipador é fixado sobre a
mesma tal que a dissipação média seja paralela e gradual formando
linhas de igual potencial como as formadas na superfície do prédio.

Aplicações

O Sistema Preventivo de Raios é a melhor solução de longo prazo para


quaisquer problemas diretos com descargas de raios. Centenas de
Sistemas Preventivos foram instalados até hoje em aplicações de torres de
comunicações a silos de fazendas, de linhas de força elétrica a prédios
públicos.

Prova de Desempenho

Enquanto existem laboratórios de testes que podem medir a efetividade do


ponto de descarga do Sistema Preventivo de Raios, nenhum duplicou
adequadamente o fenômeno do raio. O melhor teste é o atual desempenho
de campo. Mais de 17 anos passados, a confiabilidade de nosso sistema é
superior a 99,6% de eficiência e aumentando a cada ano. Nós ficaremos
honrados em enviar referências e detalhados informes técnicos solicitados.

Tipos de Pára-raios
 

     O Brasil é um dos países que mais recebem raios (cerca de 100 milhões, a cada ano), com
a característica de carregarem cargas elétricas positivas, mais duradouros e com maior
intensidade de corrente elétrica, ao contrário do usual.

     Segundo a norma NBR 5419, da ABNT, os pára-raios devem ser instalados nos pontos mais
altos do telhado, recebendo a descarga elétrica, conduzindo-a à terra (normalmente através de
cabos de cobre, protegidos por tubo de PVC) e dissipando sua energia. Para cada cabo,
recomenda-se o uso de duas hastes de aterramento.

Existe porem dias formas de incidência de raios:

Raio direto
Direta: quando o raio atinge uma  edificação e causa danos tanto na
construção quanto nos equipamentos.

Raio indireto

Indireta: quando o raio cai nas proximidades de uma edificação e sua


sobrecarga danifica equipamentos através da rede elétrica.  

     Os sistemas de proteção mais utilizados no país são o Franklin e a Gaiola de Faraday,
embora existam os tipos dissipativo (raramente encontrado por aqui) e o radioativo, proibido
devido à radioatividade emitida. Suas principais características são:

     Franklin - composto por um captor, montado sobre um mastro metálico, que é ligado a
cabos de descida, também metálicos, que conduzem a eletricidade ao solo por meio do
aterramento. A área protegida é gerada por um ângulo de 45º formado a partir da ponta do
captor até a base do telhado. A cada 20 metros de perímetro da cobertura, é preciso colocar
um cabo de descida. Para áreas mais extensas ou casas com torres de caixa d'água, às vezes
é necessário usar mais de um captor para que toda a construção esteja protegida. Obedecendo
a essa angulação, a chance de que o raio corra através do pára-raios é de 90%.
 

     Gaiola de Faraday - instalado nas extremidades do telhado, consiste em uma malha de fios
metálicos com pequenas hastes (com cerca de 50cm de altura), conectadas a cada 8 metros,
que recebem as descargas elétricas. Essa malha, que deve ter módulos de, no máximo, 10 x
15m, é conectada aos cabos de descida, que estão ligados às hastes de aterramento. Também
é possível usar as ferragens das colunas da construção como descida, o que requer a
indicação pelo engenheiro, durante a elaboração do projeto estrutural, do uso de alguns ferros
a mais, com bitola apropriada, que serão ligados à malha da Gaiola. O aterramento acontece
automaticamente, já que as ferragens estão amarradas no baldrame de fundação.

 
 

     Dissipativo - o sistema se baseia na não-formação de raios, ou seja, emprega dispositivos


metálicos dissipadores, que têm a função de dispersar a corrente elétrica vinda do solo,
impedindo que ela se encontre com a faísca formada nas nuvens, choque esse que dá origem
ao raio. Mais caro que os outros sistemas, seu uso se restringe a grandes construções, como
indústrias e torres de antenas de TV e de rádio.

Radioativos

A fabricação de pára-raios radioativos no Brasil foi autorizada de 1970 até1989 porque a


literatura técnica da época indicava que os captores radioativos tinham uma eficiência maior
que os convencionais. Porém, em 1989, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN,
através da Resolução No. 4/89, suspendeu a autorização para a fabricação e instalação deste
tipo de captor, baseada em estudos feitos no Brasil e no exterior que demonstraram que o
desempenho dos pára-raios radioativos não era superior ao dos convencionais na proteção dos
edifícios, não se justificando, assim, o uso de fontes radioativas.

Contudo, a decisão da CNEN só teve efeito sobre a fabricação e a instalação de dispositivos


novos. A decisão sobre a substituição dos pára-raios que já estavam instalados dependia das
autoridades municipais que têm poder para regulamentar as normas de edificação em cada
cidade. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Prefeitura, através do Decreto Municipal
No.33.132 da Secretaria de Habitação, determinou que todos os pára-raios radioativos fossem
substituídos e que os sistemas de proteção contra as descargas atmosféricas fossem
adequados à norma NBR-5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Quando
substituído, um pára-raios radioativo passa a ser rejeito radioativo e deve ser recolhido à
CNEN. Quem deve providenciar a substituição é o proprietário da edificação e esta substituição
pode ser feita por qualquer pessoa, mas é preferível que seja feita por um profissional
experiente porque em geral os pára-raios estão em locais de difícil acesso e há riscos de
queda. Além disso para que o prédio fique adequadamente protegido contra raios é necessário
verificar se o aterramento da instalação está adequado e se o número de captores é suficiente
para o tamanho e altura do prédio. O ideal é contratar uma empresa especializada em
instalações elétricas.

Os cuidados que devem ser tomados em relação à radiação e à contaminação estão descritos
no "Manual de Instruções" fornecido pelo IPEN aos interessados. É muito importante que a
pessoa leia com cuidado todas as instruções de manuseio dos pára-raios antes de realizar a
substituição porque além das medidas de proteção que devem ser tomadas, o manual dá
instruções sobre como fazer a embalagem, o transporte e a entrega do material à CNEN.

É possível distingüir os pára-raios radioativos dos convencionais porque a maioria dos


radioativos tem formato de discos superpostos, enquanto que os convencionais tem forma de
pontas. As fontes radioativas têm a forma de fitas metálicas fixadas nos discos e têm poucos
centímetros de comprimento por 1 a 2 cm de largura. O material radioativo destas fontes é, em
quase 100% dos casos, o radioisótopo Amerício-241. Este material emite radiação alfa que tem
alcance no ar de apenas poucos centímetros e radiação gama de baixa energia apresentando,
por isso, um risco pequeno de irradiação. Contudo há risco de contaminação por contacto com
a fonte sendo necessário seguir estritamente as instruções fornecidas pelo IPEN

                            

 Os pára-raios protegem exclusivamente a construção. Para a


segurança de equipamentos eletroeletrônicos, são necessários
os supressores de surto de tensão, evitando que as descargas
elétricas vindas pelos cabos de força e de telefone atinjam e
queimem os equipamentos. É possível ter um para cada
aparelho, porém, o mais importante é instalar um supressor
mais potente no quadro de entrada de força da casa e outro na
entrada de telefone. De qualquer forma, isso exigirá o trabalho de empresa especializada, a
quem caberá dimensionar a carga necessária e instalar os aparelhos.
Bibliografia

http://www.infoescola.com/fisica/para-raio/

Você também pode gostar