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Homens tolos.

Desejos profanos.
Angustia no gole de vinho.
Astúcia nos jogos mundanos.
Morte aos inimigos, amigos puritanos.
Mais vale o ouro na mão do homem tolo,
Do que o bolo repartido por igual.
Sorte, cachaça e risada.
Sentados na calçada, esperamos pelo pão.
De mãos estendidas, agradecemos e bendizemos, pelas migalhas que nos dão.
De olhos vendados e boca amordaçada, mortificamos nossa carne e agradecemos pelo
pão.
Pão velho, pão mofo, bolores da sociedade.
Café, cachaça e risada e o que queremos então.
Sorte, cachaça e risada, migalhas que nos dão.
Agradecemos e bendizemos a morte, antes ela do que à sorte.

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