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Violino
Textos compilados por Fernando Anselmo
1 de Janeiro de 2011
Versão 1.0
Iniciando
Introdução
Antes de começarmos quero deixar bem claro que nenhum desses textos que estão compilados aqui
são meus, todos foram buscados em diversos sites na Internet e não é minha intenção assumir a
autoria de nenhum deles.
O que fiz foi simplesmente reuní-los, simplificar alguns conceitos e deixá-los em uma ordem clara para
que um iniciante pudesse facilmente entendê-los. E acredito que a mudança será constante pois
estamos sempre melhorando, minhas observações e novos aprendizados serão colocados no meu blog
"Um Violinista no Telhado" e pode-se dizer que ambos são complementares.
Blog "Um Violinista no Telhado" – http://fanselmo.blogspot.com/
Abraços
Fernando Anselmo
Índice
1. Conceitos Básicos................................................................................................................................. 3
1.1. As Origens dos Instrumentos de Cordas........................................................................................3
1.2. As Origens do Violino..................................................................................................................... 3
1.3. Tamanho do Violino........................................................................................................................ 4
1.4. Partes do Violino............................................................................................................................ 4
1.5. As Cordas do Violino...................................................................................................................... 5
1.6. O Arco do Violino........................................................................................................................... 6
1.7. Passar o Breu no Arco................................................................................................................... 6
1.8. Algumas técnicas usadas ao se tocar violino.................................................................................7
1.9. Posição para Segurar o Violino e o Arco........................................................................................8
1.10. Antes de Realizar os Exercícios com o Violino.............................................................................9
1.11. Ao Terminar os Exercícios com o Violino......................................................................................9
2. Leitura e Escrita Musical...................................................................................................................... 10
2.1. Notação Musical.......................................................................................................................... 10
2.2. Compasso.................................................................................................................................... 11
2.3. As Claves..................................................................................................................................... 13
2.4. Origem do nome das notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.............................................................14
2.5. Ritmo........................................................................................................................................... 14
2.6. Armadura..................................................................................................................................... 15
2.7. Cinética Musical........................................................................................................................... 15
2.8. Outros Modelos de Notações.......................................................................................................16
Anexo A. Escalas no Violino.................................................................................................................... 20
1. Conceitos Básicos
1.1. As Origens dos Instrumentos de Cordas
Os instrumentos de cordas, começaram provavelmente a sua existência
a partir dos Arcos e Flechas na Antiga Antiguidade. Temos os Estudos
de Escalas de Pitágoras datados de 500 A.C. na Grécia Clássica.
Objetos Musicais, Afrescos e Estátuas, entre outros achados
arqueológicos, tem suas origens nas civilizações Egípcia, Hitita, Grega,
Romana, Búlgara, Gandaresa, Turca, Chinesa e Arménica/Siliciana, e
estão presentes nos mais diferentes museus do planeta.
A luthieria ou liuteria é uma profissão artística que engloba a produção
artesanal de instrumentos musicais de corda com caixa de ressonância.
Tais palavras tiveram origem da construção do alaúde, que em italiano
se chama liuto; portanto, liutaio significa aquele que faz alaúdes.
Tradicionalmente são instrumentos puramente acústicos, cujo som é
amplificado naturalmente pela caixa de ressonância de madeira. No entanto, existem instrumentos
amplificados eletronicamente, através de captadores ou microfones. Assim como as guitarras elétricas,
os violinos eletrificados não necessitam de caixa de ressonância. Alguns possuem corpo maciço e
outros nem possuem corpo, mas apenas molduras para a sustentação das cordas.
A pauta é o nome do conjunto de linhas e espaços utilizados para escrever as notas musicais de uma
partitura no sistema de notação da música ocidental. Por conter 5 linhas também é chamada de
pentagrama. No início século IX, usava-se apenas uma linha colorida. Tempos depois outras linhas
foram acrescentadas, chegando ao formato atual utilizada atualmente. Atribui-se a Guido D'Arezzo esse
formato final, com a finalidade de representar as alturas das notas musicais, suas durações e o
compasso, nos ensinamentos de música e no canto gregoriano. São 5 linhas e 4 espaços entre elas,
sendo numeradas de baixo para cima.
Os símbolos das notas podem ser escritos sobre cada uma das cinco linhas ou dentro dos quatro
espaços da pauta. A altura das notas depende desta posição. Se precisarmos representar notas mais
graves ou agudas do que as nove notas representáveis nas linha ou espaços do pentagrama, utilizamos
de linhas e espaços suplementares abaixo ou acima da pauta.
Para definir qual nota ocupa cada linha ou espaço e a faixa das notas representadas na pauta, são
utilizadas as claves, que permitem adaptar a escrita para as diferentes vozes ou instrumentos musicais.
Normalmente, em uma partitura, cada instrumento ou voz é representado por uma pauta. No entanto
alguns instrumentos que possuem grande extensão e permitem a execução simultânea de melodia e
acompanhamento, como o piano, o órgão ou o acordeão, necessitam de mais de uma pauta. Este
conjunto de duas ou mais pautas é chamado de sistema.
Figuras Musicais ou Notas Musicais são símbolos que representam o tempo de duração das notas
musicais. São também considerados de valores positivos. São usados para representar a duração do
som a ser executado. As notas são mostradas na figura acima, por ordem decrescente de duração.
Cada nota possui a metade da duração da anterior. Se pretendermos representar uma nota de um
tempo e meio (por exemplo, o tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um
ponto a seguir à nota.
Antigamente as durações eram onze: Máxima, Longa, Breve, Semibreve, Mínima, Semínima, Colcheia,
Semicolcheia, Fusa, Semifusa e Quartifusa. Três dessas notas são consideradas obsoletas, e não estão
sendo mais utilizadas desde a música medieval:
• Máxima – Duração absurdamente longa,
• Longa – Duração extremamente Longa, e
• Breve – Apesar de seu nome, a duração era ainda muito longa.
Porém, nada impede que se leia partituras desta época e respeite-se as devidas durações e pausas.
Não quero imaginar o que vem a ser segurar a mesma nota em uma Flauta Barroca durante um ou dois
minutos (o povo medieval devia ter um excelente fôlego).
A Quartifusa é uma caso a parte, de utilização em casos raros, sua duração nos dias atuais tanto
quanto antigamente, seria ínfima ou quase que imperceptível. Também foi praticamente descartada. E
deste modo, chegamos ao número de sete, ou seja, os sete nomes das notas musicais, semibreve,
mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
A duração real (medida em segundos) de uma nota depende da fórmula de compasso e do andamento
utilizado. Isso significa que a mesma nota pode ser executada com duração diferente em peças
diferentes ou mesmo dentro da mesma música, caso haja uma mudança de andamento.
As pausas representam o silêncio, obviamente é o tempo no qual o instrumento não produz nenhum
som, sendo considerados de valores negativos. As pausas se subdividem também como as notas em
termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota correspondente, ou seja, a
pausa mais longa corresponde exatamente à duração de uma semibreve. A correspondência é feita na
seguinte ordem:As pausas são chamadas de pausa de semibreve, pausa de mínima, pausa de
semínima, pausa de colcheia, pausa de semicolcheia, pausa de fusa e pausa de semifusa.
As repetições podem ser obtidas por:
Ritornello é um termo que, em música, designa um trecho que se repete várias vezes.
Delimitam uma passagem que deve ser tocada mais de uma vez. Se não houver uma marca à
esquerda, a marca à direita faz retornar para o início da música.
Chaves de Volta denotam que uma passagem repetida deve ser tocada de forma diferente a
cada vez. A chave 1 é tocada antes da repetição, o trecho anterior é repetido e quando
chega novamente ao mesmo ponto, a execução passa para a segunda chave. Podem
ocorrer variações para uma terceira repetição e assim sucessivamente.
Deslocações de tom ou acidentes: o sustenido, o bemol, o dobrado sustenido e o dobrado bemol.
São representados sempre antes do símbolo da nota cuja altura será modificada e depois do nome das
notas, cifras e tonalidades.
Um sustenido desloca a nota meio-tom acima (na escala), um dobrado sustenido desloca o som um tom
acima, um bemol desloca a nota meio-tom abaixo e o dobrado bemol desloca o som um tom abaixo. Por
exemplo, pode-se dizer que um "Fá sustenido" (Fá#) é a mesma nota que um "Sol bemol" (Sol♭),
porém, devido às características de cada instrumento (e à sua própria disposição da escala), o timbre
pode variar. Considere, como exemplo, o caso da guitarra, em que um Dó tocado na segunda corda
(Si), primeira posição, é equivalente a um Dó tocado na terceira corda (Sol) na quinta posição, embora o
timbre seja diferente.
2.2. Compasso
Compassos resultam da acentuação de um mesmo pulso, enquanto os demais pulsos permanecem
relativamente fracos. Representando o Compasso no início da partitura, após a clave, temos dois
números, sendo um numerador (quarta linha) e um denominador (segunda linha da pauta) sem o traço
característico da fração. Quando referenciamos o Compasso fora da partitura, por motivos didáticos a
grafia dele é igual a uma fração, porém, não se fala dois quartos (2/4), três quartos (3/4) ou quatro
quartos (4/4), e sim, Dois por Quatro, Três por Quatro, Quatro por Quatro, compassos binários, ternários
e quaternários, respectivamente. Partes que compõem o Compasso, o numerador representa a unidade
de tempo e o denominador a unidade de compasso.
A unidade de tempo (Numerador) indica a quantidade de pulsos de cada Compasso. Pode ser utilizado
qualquer valor inteiro (de 1 a 19).
A unidade de compasso (Denominador) indica qual figura deve ser utilizada para obtermos uma
unidade de tempo. Os valores utilizados são 2, 4, 8 e 16 (basicamente Mínima, Semínima, Colcheia e
Semicolcheia). Atribuindo números as figuras, teremos a a seguinte progressão geométrica (base 2):
Semibreve..Mínima..Semínima..Colcheia..Semicolcheia..Fusa..Semifusa.
........1.......2.........4.........8............16....32........64.
Desta forma, concluímos que o compasso é a unidade de contenção dos símbolos musicais, sendo uma
forma de organizar em grupos os símbolos e figuras de uma música. É a própria sistematização. O
compasso, refere-se a um (ou vários) pulsar(es) e ao tempo quantitizado inserido na música definido
por intermédios das duas unidades acima citadas e é o espaço contido entre o início da partitura (clave,
compassos, armaduras, etc...) e da primeira barra vertical e entre as barras verticais subsequentes.
Desta forma, tentou-se colocar o nome de Fórmula de Compasso e Armadura de Compasso no
Compasso, sendo que comumente é referenciado, para facilitar, como Compasso simplesmente.
Já nos foi dito que dentro da sequencia de figuras, a nota seguinte vale a metade da anterior e assim
sucessivamente. Por dedução lógica, a nota anterior vale o dobro da seguinte. Representando em
números teremos os seus valores relativos:
Semibreve..Mínima..Semínima..Colcheia..Semicolcheia..Fusa..Semifusa.
........1.....1/2.......1/4.......1/8..........1/16..1/32......1/64.
Observe que ao se analisar de forma decrescente o número seguinte será sempre a metade do anterior.
E de forma crescente o número anterior será a dobro do valor que o sucede. Retornando ao elementos
da fórmula de compasso:
• Unidade de Tempo é definida pela quantidade de pulsos.
• Unidade de Compasso é definida qual figura será representativa.
A fórmula de compasso é a quantidade de vezes que uma figura deverá aparecer na pauta para
fechar um compasso. Observe as seguintes Fórmulas de Compassos (binário, ternário e quaternário):
O numerador de cada uma delas nos diz que a quantidade de pulsos (2,3 e 4) e o denominador nos diz
que é a Semínina a figura a ser dividida para completar o compasso. Ao observar a fórmula de
compasso, obteremos o seguinte:
Neste outro caso, observamos que as pausas se fazem necessárias para fechar cada compasso:
Já na fórmula de compasso ternária (três por quatro) temos ainda a Semínima sendo a figura central e
três pulsos por compasso:
E finalmente para a fórmula de compasso quaternária (quatro por quatro), temos uma relação idêntica
com a semínima e quatro pulsos por compasso:
Observamos que em todas pautas expostas, aparecem um pequeno número em vermelho acima da
barra de compasso. É normal que os compasso sejam numerados, imaginemos uma situação hipotética
de um Maestro sem essa numeração, com uma partitura de vários compassos de uma Sinfonia, ao
desejar que uma Orquestra inicie em algum ponto para melhorar uma determinada passagem, sem se
referenciar exatamente ao compasso numerado, só obteria sucesso iniciando a obra novamente.
Existem ainda outras medidas, por exemplo:
Contém uma fórmula de compasso Seis por Oito (seis pulsos sendo preenchidos pela Colcheia) e Três
por Dois (três pulsos sendo preenchidos pela Mínima).
Existem ainda outras fórmulas e nada impede que encontremos coisas do tipo 7/8, 15/16, 17/16, 19/16,
13/8, ..., utilizados em Jazz Contemporâneo ou Música Erudita Moderna. Se conseguiu fixar as unidade
de tempo e de compasso, vai ser fácil o entendimento.
Observações finais
• A sequencia das figuras com seus respectivos números é definido da seguinte forma:
Semibreve=1, Mínima=2, Semínima=4, Colcheia=8, Semicolcheia=16, Fusa=32 e Semifusa=64.
• Sendo a unidade de compasso definida como semibreve, os tempos relativos poderão ser:
Semibreve=1, Mínima=1/2, Semínima=1/4, Colcheia=1/8, Semicolcheia=1/16, Fusa=1/32 e
Semifusa=1/64.
• Sendo a unidade de compasso definida como mínima, os tempos relativos poderão ser:
Semibreve=2, Mínima=1, Semínima=1/2, Colcheia=1/4, Semicolcheia=1/8, Fusa=1/16 e
Semifusa=1/32.
• Sendo a unidade de compasso definida como semínima, os tempos relativos poderão ser:
Semibreve=4, Mínima=2, Semínima=1, Colcheia=1/2, Semicolcheia=1/4, Fusa=1/8 e
Semifusa=1/16.
• Sendo a unidade de compasso definida como colcheia, os tempos relativos poderão ser:
Semibreve=8, Mínima=4, Semínima=2, Colcheia=1, Semicolcheia=1/2, Fusa=1/4 e
Semifusa=1/8.
2.3. As Claves
Chave ou tonalidade, é a associação de sustenidos ou bemóis representados junto à clave, indicando a
escala em que a música será expressa.
Clave de Sol – É um símbolo musical que indica a posição da nota sol em uma pauta.
Atualmente é usada sobre a segunda linha da pauta, indicando que a terceira oitava da
nota sol, ocasionalmente é chamada de sol3, escrever-se-á sobre esta linha. A palavra
clave vem do latim, e significa "chave". Como a escrita da época medieval era
ornamentada, e copiada à mão pelos copistas, o desenho da clave de sol foi evoluindo de um simples
"G" para o formato atual.
Clave de Fá – É uma das claves musicais existentes. Seu símbolo musical, em forma de um
"F" estilizado, é a letra que representava a nota no antigo sistema de notação musical (letras
de A a G), sendo que, entre os dois pontos encontra-se a linha na qual se assenta a nota Fá.
Geralmente é aplicada na terceira ou quarta linha da pauta musical (contando-se de baixo
para cima), todavia, pode ser aplicada nas outras linhas. É utilizada principalmente para instrumentos
graves como o baixo, a tuba, o contrabaixo, a parte esquerda do piano, para a voz dos baixos.
Clave de Dó – A nota dó-3 é indicada pelo centro da figura (o encontro entre duas letras C
invertidas). Foi criada originalmente para representar as vozes humanas. Cada voz era escrita
em uma das linhas. O alto era representado na terceira linha, o tenor na quarta linha e o
mezzo-soprano era representado na segunda linha. Este uso ficou cada vez menos frequente e esta
clave foi substituída pela de Clave de Sol para as vozes mais agudas e a Clave de Fá para as mais
graves. Hoje em dia, a posição mais frequente é a mostrada na figura, com a nota dó na terceira linha,
representando uma tessitura média, exatamente entre as de sol e fá. Um dos únicos instrumentos a
utilizar esta clave na sua escrita normal é a viola. Esta clave também pode aparecer ocasionalmente
em passagens mais agudas do trombone. Seu uso vocal ainda é utilizado quando são utilizadas
partituras antigas.
Clave de Percussão – Esta clave não tem o mesmo uso das demais. Sua utilização não
permite determinar a altura das linhas e espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a
clave será utilizada para representar instrumentos de percussão de altura não determinada,
como uma bateria, um tambor ou um conjunto de congas. Neste caso as notas são
posicionadas arbitrariamente na pauta, indicando apenas as alturas relativas. Por exemplo em uma
bateria, o bumbo pode ser representado na primeira linha por ser o tambor mais grave e um chimbal
pode estar em uma das linhas mais altas por se tratar de instrumento mais agudo. Os instrumentos de
percussão afináveis utilizam notação com as claves melódicas. Os tímpanos por exemplo são escritos
com a Clave de Fá.
2.4. Origem do nome das notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si
O nome das notas tem a sua origem na música coral medieval. Foi Guido d'Arezzo, um monge italiano,
que criou o sistema de nomear as notas musicais – que é chamado de sistema de solmização. Seis
nomes foram tirados a partir das primeiras seis sílabas das frases de um hino a São João Batista, neste
hino cada frase era cantada um grau acima na escala. Estas são as frases iniciais do texto (escrito por
Paolo Diacono):
Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum.
"Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus atos admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios
impuros".
Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battista Doni, um músico italiano que
achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si, como abreviação de Sante
Iohannes (São João). A sílaba sol chegou a ser encurtada para so, de forma a padronizar que todas as
sílabas terminassem por uma vogal, mas a mudança foi logo revertida.
2.5. Ritmo
Na música, ritmo pode ser definido como a variação da duração de sons e pausas repetindo-se
ciclicamente. A harmonia é o campo da música que estuda as relações do encadeamento dos sons
simultâneos (os acordes). Basicamente ao olhar uma partitura, notamos que em alguns casos há figuras
sendo tocadas simultaneamente (os acordes) e existem uma relação com o próximo grupo de sons,
que, de certa forma é agradável ao ouvido ou não, ou seja, harmonioso ou não.
Por diversas vezes nas músicas, temos um efeito de deslocamento natural da acentuação, ou seja, o
tempo forte, primeiro tempo do compasso que é preenchido por uma pausa (silêncio) ou, temos um
prolongamento do som anterior. Convém lembrar que todo tempo tem uma parte forte e outra fraca. A
parte forte de um tempo é exatamente o momento em que a marcação do tempo é feita. O resto da
duração do tempo constitui a parte fraca. Desta forma, o deslocamento pode ser feito em qualquer um
dos tempos de um compasso. Esse deslocamento rítmico pode ser de duas formas principais:
• Síncope quando uma nota é executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e se prolonga
ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte. A síncope é regular quando as notas que a
formam têm a mesma duração. É chamada de irregular quando suas notas têm durações
diferentes.
• Contratempo quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo antecedida,
isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa.
Diversos gêneros musicais possuem síncopes como seu ritmo básico, tais como o samba, reggae e
diversos ritmos latinos.
2.6. Armadura
A armadura da clave é o nome que se dá aos acidentes colocados ao lado da clave na pauta musical,
indicando que as notas correspondentes à localização na pauta onde a armadura foi escrita, devem ser
tocadas de maneira consistente um semitom acima ou abaixo de seu valor natural, (por exemplo, as
notas brancas do piano) conforme se usem sustenidos ou bemóis, respectivamente, na armadura.
A armadura geralmente é escrita imediatamente após a clave no início da pauta musical embora possa
aparecer em outro local da partitura, especialmente após um compasso iniciado por uma barra dupla.
Esta é a escala em Si maior, escrita com os acidentes que identificam a tonalidade
e aqui a mesma escala (as mesmas notas são tocadas) escrita usando-se a armadura da clave.
O efeito da armadura, isto é as notas que ela afeta, transformando-as em sustenidos ou bemóis,
permanece por toda a peça ou movimento, a menos que seja anulado por outra armadura. Por exemplo,
uma armadura com cinco sustenidos é colocada no início de uma peça. Toda nota lá que aparecer na
música em qualquer oitava será executada como um lá sustenido, a menos que seja precedida por
algum acidente. Por exemplo, um lá na escala acima —; a penúltima nota —; é tocado como um lá
sustenido mesmo estando uma oitava acima da posição onde o sustenido na nota lá foi indicado na
armadura.
Violino
“A música está situada entre o silêncio e o ruído.”
Lyrio Bernardi, Jr.
Aquecimento
Exercício 1
Posições no Violino
A E
F# B
D C#
Anexo A. Escalas no Violino