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Simposio Fortaleza GestaodaQualidade
Simposio Fortaleza GestaodaQualidade
Laboratorial
Fortaleza
Agosto de 2005
O Gerenciamento da
Qualidade Laboratorial
Luisane M F Vieira
Qualidade
“Totalidade de características de
uma entidade que lhe confere a
capacidade de satisfazer as
necessidades explícitas e
implícitas dos clientes.”
[NBR ISO 8402]
Gerenciamento da qualidade analítica:
Primeiro passo
– Definir o ambiente que dará suporte
ao sistema da qualidade:
• Certificação - ISO (ISO 15189)
• Acreditação - PALC, ONA,CAP, etc
• Excelência - Prêmio Nacional da
Qualidade
Gerenciamento da qualidade analítica:
Segundo passo
Fase Pré-Analítica
Processo analítico : Ciclo
Fase pré-analítica
• Responsável pela maior parte dos
erros e problemas com impacto
negativo para a qualidade final
dos testes em todos os estudos já
realizados a respeito, em
percentual variável:
60 a 70%?
Fase pré-analítica
• Requisição do(s) teste(s)
• Preparo do paciente
• Coleta das amostras/materiais
• Preservação das
amostras/materiais
• Processamento das
amostras/materiais
Fase pré-analítica
Objetivo principal:
Garantir a
REPRESENTATIVIDADE
das amostras/materiais
Desafios
A requisição do(s) teste(s)
– Fase a cargo do médico assistente,
“interpretado” pelo pessoal da
recepção do laboratório e
influenciada em grande parte:
• pelo sistema de remuneração vigente
• pela disponibilidade dos testes,
• pela tradição.
Desafios
• A requisição do(s) teste(s)
– Medicina Laboratorial Baseada em
Evidências (MLBE)
Desafios
• O preparo do paciente
– O laboratório é responsável pelo preparo
adequado (acesso ao paciente)
– O paciente deve receber instruções claras
e por escrito (padronização, custo)
– Deve haver critérios claros de rejeição e
aceitação do preparo para a coleta (SIL?)
Desafios
• A coleta das amostras/materiais
– Custo dos materiais adequados e de
acordo com estado da arte.
• (Ex: tubos a vácuo, sistemas fechados para
parasitologia, seringas para gasometria)
– Problemas de logística de atendimento.
• Ex: JEJUM e ATÉ 9 HORAS DA MANHÃ
para reduzir a variação biológica
(Guder, W .G. e outros. Amostras: do paciente para o
laboratório, Git Verlag GMBH, 1996)
Desafios
• Preservação das amostras/materiais
– Transporte até o laboratório
• (Ex: Tubos pneumáticos)
– Envio para a central técnica
• (Ex: Postos de coleta à distância)
– Envio para laboratórios de apoio
• (Ex: Laboratórios de apoio em outras cidades e
países)
– Geladeiras e congeladores adequados e
suficientes
• (Ex: Freezer a – 70 Graus C)
Desafios
• O processamento das amostras
– Centrífugas adequadas e
suficientes
• (Ex: centrífuga refrigerada e tubos com
gel)
– Critérios de rejeição e aceitação
com restrições das amostras
Desafios
• Conhecimento do nível de qualidade
que precisa ser alcançado e mantido
– Indicadores nacionais para benchmarking
da fase pré-analítica
• (Exemplo: LMIP – CAP)
Possibilidades
• Priorizar os aspectos da garantia da
qualidade da fase pré-analítica dentro
do sistema da qualidade;
• Criar indicadores próprios e tentar a
melhoria isolada;
• Fazer benchmarking quando possível.
Exemplos de indicadores
• Tempo de atendimento ao cliente
• Tempo decorrido entre a coleta e o
recebimento do material
• Temperatura das amostras no recebimento
• Punções em mais de uma veia
• Amostras rejeitadas
• Solicitações de nova coleta
• Urinas inadequadas para cultura
• Escarro inadequado para cultura
• Hemoculturas possivelmente contaminadas
Os Níveis da Qualidade
Fase Analítica
Resultados de análises
(mesmo paciente em dias diferentes)
Valor Real
µ Xm
Imprecisão
Inexatidão
Erro Total
O Erro Total
capaz de “satisfazer” o cliente
é o nosso melhor
Requisito da Qualidade!
Planejamento da qualidade analítica
• No diagnóstico:
– Sobre o Intervalo de Referência
• Na monitoração
– Sobre a distribuição dos resultados dos
paciente
Distribuição de resultados da população:
Limites e intervalos de referência
95%
2.5% 2.5%
LRL URL
RI
Aumento da imprecisão analítica
Efeito indesejável sobre o Intervalo de Referência
IR Biológico
Biológico
mais
analítico
Falsamente Falsament
baixo e elevado
2.5% IR 2.5%
Imprecisão: Avaliação prática
• Definir as metas de imprecisão:
– CV Fabricante
– Imprecisão Máxima Permitida
(Variação Biológica)
• Realizar o CQ mensal com os valores próprios do
laboratório.
• Estimar o CV mensal para cada nível de controle
• Comparar com as metas definidas
• Fazer a análise crítica e tomar ações corretivas.
Exemplo: Albumina
Fabricante Var. Biol.
N1 – 1,6% 1,6%
Meta N1 - Meta N2 -
2,50%
2,00% 1,6% 2,3%
1,50%
Cv%
1,00%
Cont N1
0,50%
0,00%
Cont N2 Cont N2 CV Mensal CV Mensal
Cont N1
1
2
Meses
3 Nível 1 Nível 2
Mês 1 – 1,9 Mês 1 – 1,8
Mês 2 – 2,3 Mês 2- 1,9
Mês 3 – 2,1 Mês 3 – 2,0
Inexatidão (erro sistemático)
• Afeta todas as
amostras da
mesma maneira.
• Tem sempre o
mesmo sentido
(positivo ou
negativo).
• A causa pode ser
determinada e está
ligada às
características do
processo.
Efeito do bias aumentado
sobre a qualidade analítica
Bias constante Mudança do bias
• Não leva a variação • Importante ao se
dos resultados ao recalibrar um
longo do tempo. sistema
• Contudo, eles podem • Fonte de variação
se manter mais altos de resultados
ou mais baixos que o seriados.
real.
Nota: Alterações de bias são geralmente levadas em conta
ao calcularmos o CV Total (ao longo do tempo).
Efeito de bias negativo
• Menos falso
positivos
• Mais falso
Bias Sem negativos
Negativo bias
• Menor
sensibilidade
LRI LRS
Intervalo de Referência • Maior
especificidade
Efeito de bias positivo
• Mais falso positivos
• Menos falso
negativos
2
1,5 Quando V = 3,5, XL = 3,74
1
0,5
0
Delta = 3,5 - 3,74 = - 0,24
0 1 2 3 4 5 3,5 Equivale a 100%
VITROS 750 0,24 Equivale a Bias
µ Xm
Imprecisão
Inexatidão
Erro Total
Validação
É necessário, portanto,
validarmos continuamente
nossos sistemas analíticos.
Erro Total (ET)
“Pior cenário”
Julgando o desempenho de
um sistema analítico:
“Validação”
Erro Total (estimado)
<
Erro Máximo Permitido (especificado)
Definições da qualidade
necessária para cada teste
Erro total permitido (ETp)
• CLIA
• Intervalo de decisão clínica (Dint)
• Erro biológico total
• Diretrizes (guidelines)
Especificação de Requisitos da Qualidade – Variação Biológica
Fase Pós-Analítica
Fase pós-analítica
• Compreende os processos
envolvidos em:
– Transformação de RESULTADOS em
LAUDOS
– Interpretação e uso dos laudos pelos
Médicos
Fase pós-analítica
• Um dos maiores
desafios é
estabelecer um
canal de
comunicação
eficiente com os
médicos
assistentes.
Indicadores
• Informação
• Parcerias estratégicas
• Criatividade
A organização precisa
tangibilizar a qualidade de
seus serviços para os clientes
finais:
Pacientes, Médicos,
Compradores de Serviços,
Sociedade
Erro Total Permitido (ETp)
• Em espanhol:
www.seqc.es/article/articleview/330/1/170
Fim
Luisane Vieira
labconsult@labconsult.com.br
www.labconsult.com.br