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ESCOLA ESTADUAL SYLVIO RABELLO

Recife, _____ de _____________________ de 2019.


Aluno(a): __________________________________________________________________

AVALIAÇÃO BIMESTRAL
COMPONENTE CURRICULAR PROFESSORA: SÉRIE UNID. PONT. AVAL.
LÍNGUA PORTUGUESA LARA ASSUNÇÃO 1º ANO II 10 PONTOS
INSTRUÇÕES: NOTA:
Preencha a Avaliação com letra legível; Use caneta azul ou preta; Rasura anula a questão; Escreva seu nome
completo; Antes de entregar, releia toda a Avaliação.

esqueci ontem à noite. Seis recados para serem


01. (MIRAAULA/PE – 2018) respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos.
Contas para pagar que venceram ontem. Estou
nervoso. Estou zangado.

CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

Nos textos em geral, é comum a manifestação


simultânea de várias funções da linguagem, com o
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No
fragmento da crônica Desabafo, a função da
linguagem predominante é a emotiva ou
expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio
código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está
sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção
da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em
detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a
manutenção da comunicação.

Disponível em: 03. (PUC/SP – 2001)


<http://redanarcoutopistalibre.blogspot.com/2013/06/q
ual-o-meio-mais-eficiente-para.html>. Acesso em: A Questão é Começar
17/06/2019 Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever
também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre
Esse texto faz uma crítica conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa
civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como
a) à padronização dos veículos modernos.
vai?” já não funcionam para engatar conversa.
b) à falta de segurança nos ônibus urbanos. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de
futebol. No escrever também poderia ser assim, e
c) à superlotação nos grandes centros urbanos. deveria haver para a escrita algo como conversa
d) ao transtorno no deslocamento para o trabalho. vadia, com que se divaga até encontrar assunto para
um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa
e) ao mal aproveitamento do transporte coletivo. falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável
forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem
já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara.
Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma
02. (ENEM – 2012) outra forma de conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos
Desabafo rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma bonito e certo. Era preciso ter um começo, um
cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso
tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto.
segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor)
conversando entender como necessitamos nos a) I apenas.
reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não
apenas transcrição do que tínhamos em mente, do b) II apenas.
que já foi pensado ou dito, mas inauguração do c) I e II apenas.
próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente
escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe d) II e III apenas.
respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você
por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe e) I, II e III.
falando sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com
interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, 05. (ENEM – 2011)
sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre
ativamente presentes. Depois é espichar conversas e Guardar
novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
assuntos. Termina-se sabe Deus onde. Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13). Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
“boa tarde” já não funcionam para engatar isto é, estar por ela ou ser por ela.
conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função Do que um pássaro sem voos.
da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se
Indique a alternativa que explicita essa função. publica,
por isso se declara e declama um poema:
a) Função emotiva Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
b) Função referencial Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
c) Função fática Por guardar-se o que se quer guardar.

d) Função conativa MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas


brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001

e) Função poética
A memória é um importante recurso do patrimônio
cultural de uma nação. Ela está presente nas
04. (UNIFESP-2010) Considere a charge e as
lembranças do passado e no acervo cultural de
afirmações.
um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das
maneiras de se guardar o que se quer, o texto

a) ressalta a importância dos estudos históricos para a


construção da memória social de um povo.

b) valoriza as lembranças individuais em detrimento


das narrativas populares ou coletivas.

c) reforça a capacidade da literatura em promover a


subjetividade e os valores humanos.

d) destaca a importância de reservar o texto literário


àqueles que possuem maior repertório cultural.

e) revela a superioridade da escrita poética como


forma ideal de preservação da memória cultural.
A charge é uma ilustração que tem como objetivo
fazer uma sátira de alguém ou de alguma situação
atual por meio de desenhos caricatos. 06. (ENEM – 2014)
I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o
sentido de mudança; Linotipos
II. Entende-se pela frase da charge que a população
de idosos atingiu um patamar inédito no país; O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se
de um tipo de máquina de composição de tipos de
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de
velhinhos esperando um lugar no banco sugere o chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos
aumento de idosos no país. Estados Unidos, pelo alemão Ottmar Mergenthaler. O
Está correto o que se afirma em invento foi de grande importância por ter significado
um novo e fundamental avanço na história das artes letras da palavra em balões distintos contribui para
expressar principalmente a seguinte ideia:
gráficas. A linotipia provocou, na verdade, uma
revolução porque venceu a lentidão da composição
a) dificuldade de conexão entre as pessoas
dos textos executada na tipografia tradicional, em que
o texto era composto à mão, juntando tipos móveis um b) aceleração da vida na contemporaneidade
por um. Constituía-se, assim, no principal meio de
composição tipográfica até 1950. A linotipo, a partir do c) desconhecimento das possibilidades de diálogo
final do século XIX, passou a produzir impressos a
baixo custo, o que levou informação às massas, d) desencontro de pensamentos sobre um assunto
democratizou a informação. Promoveu uma revolução
08. (ENEM 2017)
na educação. Antes da linotipo, os jornais e revistas
eram escassos, com poucas páginas e caros. Os
livros didáticos eram também caros, pouco acessíveis.

Disponível em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013


(adaptado)

O texto apresenta um histórico da linotipo, uma


máquina tipográfica inventada no século XIX e
responsável pela dinamização da imprensa. Em
termos sociais, a contribuição da linotipo teve
impacto direto na

a) produção vagarosa de materiais didáticos.

b) composição aprimorada de tipos de chumbo.

c) montagem acelerada de textos para impressão.

d) produção acessível de materiais informacionais.

e) impressão dinamizada de imagens em revistas.

07. (UERJ) Nessa campanha publicitária, para estimular a


economia de água, o leitor é incitado a

a) adotar práticas de consumo consciente.

b) alterar hábitos de higienização pessoal e


residencial.

c) contrapor-se a formas indiretas de exportação de


água.

d) optar por vestuário produzido com matéria-prima


reciclável.

e) conscientizar produtores rurais sobre os custos de


produção.

Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou Leia o texto a seguir e responda às questões de 09
seus trabalhos em diversos jornais, entre eles o Jornal a 12.
do Brasil e o The New York Times.
O Lavador de Pedra
No cartum apresentado, o significado da palavra
escrita é reforçado pelos elementos visuais, A gente morava no patrimônio de Pedra Lisa.
próprios da linguagem não verbal. A separação das Pedra Lisa era um arruado de 13 casas e o rio por
detrás. Pelo arruado passavam comitivas de boiadeiros
e muitos andarilhos. Meu avô botou uma Venda no b) imaginar o cenário no qual vivia o Lavador de Pedra.
[5] arruado. Vendia toucinho, freios, arroz, rapadura e
c) sentir a emoção transmitida pelo autor.
tais. Os mantimentos que os boiadeiros compravam de
passagem. Atrás da Venda estava o rio. E uma pedra d) sugerir uma nova paisagem para Pedra Lisa.
que aforava no meio do rio. Meu avô, de tardezinha, ia e) entender como a terra era lavrada.
lavar a pedra onde as garças pousavam e cacaravam.
[10] Na pedra não crescia nem musgo. Porque o cuspe 11. (questão bônus) No trecho “Meu avô ganhou o
desnome de Lavador de Pedra.” (l. 12 e 13), a
das garças tem um ácido que mata no nascedouro
expressão “desnome” trata-se de
qualquer espécie de planta. Meu avô ganhou o
desnome de Lavador de Pedra. Porque toda tarde ele a) honraria da profissão daquele que lava pedras.
ia lavar aquela pedra. b) negação do posto de lavador de pedra.
[15] A Venda ficou no tempo abandonada. Que
nem uma cama ficasse abandonada. É que os c) criação de uma nova palavra para designar um nome
boiadeiros agora faziam atalhos por outras estradas. A que não é o de batismo.
Venda por isso ficou no abandono de morrer. Pelo d) presente que se ganha de alguém por se dedicar a
arruado só passavam agora os andarilhos. E os uma atividade.
[20] andarilhos paravam sempre para uma prosa com o
12. (questão bônus) Em uma sequência narrativa, os
meu avô. E para dividir a vianda que a mãe mandava
fatos ocorrem de modo progressivo no tempo e em
para ele. Agora o avô morava na porta da Venda,
um determinado lugar, sendo que esse lugar,
debaixo de um pé de jatobá. Dali ele via os meninos
normalmente, aparece no início do texto. Ainda que
rodando arcos de barril ao modo que bicicleta. Via os
a época do fato contado não apareça, elementos
[25] meninos em cavalo de pau correndo ao modo que
gramaticais denunciam ao interlocutor o tempo dos
montados em ema. Via os meninos que jogavam bola
acontecimentos narrados. Assinale a alternativa em
de meia ao modo que de couro. E corriam velozes pelo
que há marcação de tempo:
arruado ao modo que tivessem comido canela de
cachorro. Tudo isso mais os passarinhos e os
a) “Os andarilhos, as crianças e os passarinhos têm o
[30] andarilhos era a paisagem do meu avô. Chegou
dom de ser poesia.” (l. 31 e 32)
que ele disse uma vez: Os andarilhos, as crianças e os
passarinhos têm o dom de ser poesia. Dom de ser
b) “(...) os meninos rodando arcos de barril ao modo
poesia é muito bom!
que bicicleta.” (l. 23 e 24)
Manoel de Barros. Memórias Inventadas: a infância. São Paulo: c) “Porque toda tarde ele ia lavar aquela pedra.” (l. 13
Planeta do Brasil, 2003.
e 14)
09. O texto que você leu é uma memória literária. d) “(...) um arruado de 13 casas e o rio por detrás.” (l. 2
Assinale a alternativa que corresponde às e 3)
características desse gênero textual.

a) Narrativa em 3ª pessoa, uso de linguagem figurada,


seleção de lembranças significativas e expressão de
sensações e emoções do passado.

b) Narrativa em 1ª pessoa, uso de linguagem


denotativa, seleção de lembranças insignificantes e
expressão de sensações e emoções do presente.

c) Narrativa em 1ª pessoa, uso de linguagem informal,


seleção de lembranças muito boas e expressão de
sensações e emoções do presente.

d) Narrativa em 1ª pessoa, uso de linguagem figurada,


seleção de lembranças significativas e expressão de
sensações e emoções do passado.

e) Narrativa em 3ª pessoa, uso de linguagem não


verbal, seleção de lembranças felizes e ausência de
sensações e emoções.

10. Releia o trecho das linhas 3 a 12. Observe que


há uma rica descrição de detalhes, que permite ao
leitor
a) compreender a opinião do autor sobre os boiadeiros.

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