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A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da
organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas:
(ENEM) O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte
marcação no meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-
negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à
área alvinegra por causa do bloqueio. montado pelo Botafogo na frente da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga
alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por
cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da
rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009,
contém vários conectivos, sendo que:
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de
cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas
no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem
cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que "com mais posse de bola" ter dificuldade não é algo
naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo
a fazer um bloqueio.
Tarefa
(ENEM 2012)
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no
Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu.
Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de
regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia
fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma
solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou:
Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de
poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas.
Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar
mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a
cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei aler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao
meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.
No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os
sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e
“eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca
(descomplica.com) A preposição que há na frase: “Muitos morreram de fome” expressa relação de:
a) causa
b) modo
c) intensidade
d) instrumento
e) meio
c) Feriram-me a pauladas.
(FAU - SANTOS) “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante
recebeu a bala na cabeça e morreu na hora.”
a) preposição e artigo
b) preposição e preposição
c) artigo e artigo
d) artigo e preposição
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o
soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
O contexto histórico e literário do período barroco- árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de
1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela que
(A) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da
realidade social.
(C) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por
uma linguagem erudita.
(D) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de procedimentos
estéticos e literários.
(E) o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão
vivido pelos inconfidentes.