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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC

Professor: Fidelis Almeida

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA


CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 29/2020 – DRH/SEAP
AGENTE DE EXECUÇÃO – TÉCNICO DE MANEJO E MEIO AMBIENTE

LÍNGUA PORTUGUESA

 Chão da infância. Algumas lembranças me parecem fixadas nesse chão movediço,
as minhas pajens. Minha mãe fazendo seus cálculos na ponta do lápis ou mexendo o
tacho da goiabeira ou ao piano, tocando suas valsas. E Tia Laura, a viúva eterna que foi
morar na nossa casa e que repetia que meu pai era um homem instável. Eu não sabia
o que queria dizer instável mas sabia que ele gostava de fumar charutos e gostava de
jogar. A tia um dia explicou, esse tipo de homem não consegue parar muito tempo no
mesmo lugar e por isso estava sempre sendo removido de uma cidade para a outra como
promotor. Ou delegado. Então minha mãe fazia os tais cálculos de futuro, dava aquele
suspiro e ia tocar piano. E depois arrumar as malas.
 – Escutei que a gente vai se mudar outra vez, vai mesmo? Perguntou minha pajem
Maricota. Estávamos no quintal chupando os gomos de cana que ela ia descascando.
Não respondi e ela fez outra pergunta: Sua tia vive falando que agora é tarde porque Inês
é morta, quem é essa tal de Inês?
 Sacudi a cabeça, não sabia. Você é burra, Maricota resmungou cuspindo o bagaço.
Fiquei olhando meu pé amarrado com uma tira de pano, tinha sempre um pé machucado
(corte, espinho) onde ela pingava tintura de iodo (ai, ai!) e depois amarrava aquele pano.
No outro pé, a sandália pesada de lama.
 [...]
TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e Memória.
Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 9.

1. O texto é narrativo e possui um caráter memorialístico. Desse modo, é correto afirmar que:
a. alguém recorda, em primeira pessoa, a sua infância.
b. alguém relembra, em terceira pessoa, apenas a vida de um conhecido.
c. uma criança, em primeira pessoa, relembra experiências muito recentes.
d. um idoso resgata apenas o ponto de vista de vista de uma mãe.
e. uma criança, a partir da memória dos sonhos, projeta o seu futuro.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

Letra a.
O texto é narrado em primeira pessoa: um adulto que rememora sua infância, em detalhes.
As experiências relatadas não são recentes, nem são narradas em terceira pessoa. O nar-
rador também não é um idoso, tampouco uma criança a projetar seu futuro. Portanto, as
alternativas “b”, “c”, “d” e “e” são incorretas.

Considere o fragmento abaixo para responder às questões 2 e 3 seguintes.



 “E Tia Laura, a viúva eterna que foi morar na nossa casa e que repetia que meu pai
era um homem instável.” (1º§)

2. As duas construções destacadas na passagem acima são oracionais e relacionam-se


entre si cumprindo, no fragmento, um papel sintático:
a. adverbial.
b. substantivo.
c. adjetivo.
d. pronominal.
e. prepositivo.

Letra c.
As duas orações sublinhadas (“que foi morar na nossa casa” e “que repetia”) são orações
adjetivas, isto é, possuem valor de adjetivo por caracterizarem o vocábulo “viúva”.

3. A referência à tia como “a viúva eterna” expõe uma caracterização subjetiva da perso-
nagem e permite ao leitor inferir a:
a. situação momentânea em que a tia se colocou.
b. condição duradoura de um estado adquirido.
c. insatisfação da tia com seu estado natural.
d. apreciação do narrador pela condição da tia.
e. percepção de que a tia pretende deixar a viuvez.

Letra b.
Com a expressão “a viúva eterna”, o narrador caracteriza sua tia como uma mulher cujo
estado civil de viuvez é permanente, isto é, a tia tornou-se viúva e permanece assim por
muito tempo, sem previsão de mudança de estado. Portanto, não se trata de uma condição
momentânea da tia, nem denota a expressão que ela esteja insatisfeita com seu estado.
Além disso, não é possível inferir que o narrador aprecia esse estado, nem que a tia deseja
deixar sua viuvez. Portanto, são incorretas as alternativas “a”, “c”, “d” e “e”.

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4. O pronome possessivo manifesta-se em dois momentos na passagem “Minha mãe


fazendo seus cálculos na ponta do lápis”. Sobre o emprego do pronome “seus”, é cor-
reto afirmar que ele estabelece relação de posse entre “cálculos” e:
a. o narrador.
b. o pai.
c. as pajens.
d. a mãe.
e. tia Laura.

Letra d.
Em “Minha mãe fazendo seus cálculos na ponta do lápis”, o pronome “seus” estabelece
posse entre “cálculos” e “mãe” (seus cálculos equivale a cálculos de minha mãe).

5. No período “Sacudi a cabeça, não sabia.” (3º§), a vírgula marca uma pausa entre as
orações que apresentam entre si um sentido implícito. A relação entre elas seria expli-
citada, adequadamente, através do emprego da seguinte conjunção:
a. contudo.
b. quando.
c. embora.
d. porque.
e. conforme.

Letra d.
Na frase “Sacudi a cabeça, não sabia.”, estabelece-se relação entre a causa “não sabia” e
a consequência “Sacudi a cabeça”. Dentre as conjunções apresentadas, apenas “porque”
estabelece adequadamente essa relação semântica: Sacudi a cabeça porque não sabia.

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SECRETARIA DE ESTADO DE GESTÃO ESTRATÉGICA E


ADMINISTRAÇÃO – SEGAD

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO – SEED


CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2021
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

Muitos anos depois da publicação de Quarto de despejo, diário de uma favelada, novas escri-
toras negras brasileiras, inspiradas na obra de Carolina Maria de Jesus, formam o livro Carolinas: a
nova geração de escritoras negras brasileiras, publicado em 2021, do qual se extrai o texto abaixo.

Entre a rua, este quarto e o ser


Camila de Oliveira Silva

 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira


das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o
café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente
nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora
em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de
ir à rua, me pego querendo ir direto para a noite.
 Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem, sem razão, me
consumia de vida e morte.
 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos.
Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre
o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo
mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou
aqui, parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]

LUDEMIR, Julio (org.). Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras. Rio de
Janeiro: Bazar do Tempo: Flup, 2021.

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1. As quatro primeiras frases do texto revelam ao leitor traços do estado de ânimo da


enunciadora. A partir de uma leitura atenta desse trecho, é correto afirmar que se des-
taca, na narradora, uma postura:
a. passiva diante da vida.
b. irritada pela falta do sono.
c. animada por um novo dia.
d. revoltada com sua negligência.

Letra a.
As ideias de receber a manhã de pé, estar à beira das 6h, de pressentir o dia longo, de ser
arrastada pelo dia, de não estar preparada para nada evidenciam que o sujeito recebe o dia
passivamente, sem reagir, sem tomar uma postura de ação e mudança em seu cotidiano.

2. O título do texto, além de ser constituído por substantivos, também apresenta outros
vocábulos que cumprem papéis específicos. Dentre esses vocábulos, assinale o único
que indica uma relação de proximidade entre o substantivo e o emissor do texto.
a. “entre”.
b. “a”.
c. “este”.
d. “o”.

Letra c.
O pronome demonstrativo “este” em “este quarto” denota que o quarto está próximo do emissor.

3. Quanto à tipologia, o texto pode ser classificado como narrativo. Ao analisá-lo, percebe-se que
todos os elementos caracterizados abaixo exemplificam traços dessa classificação, exceto a:
a. apresentação de ações que se desenvolvem por meio de uma sequência de verbos
predominantemente no presente.
b. defesa de uma tese pautada em argumentos que ilustram a necessidade de ter que
trabalhar mesmo sem vontade.
c. presença de um sujeito da enunciação que expõe os fatos ao leitor por meio da pri-
meira pessoa do discurso.
d. delimitação do tempo e do espaço permitindo ao leitor identificar não só o momento
em que se dão os fatos, mas também a ambientação.

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Letra b.
A tipologia narrativa apresenta ações sequencialmente, um sujeito que narra eventos, além
da delimitação de tempo e espaço. Somente nela não ocorre a defesa de uma tese, aspec-
to que é próprio dos textos argumentativos.

4. Na oração “Algo me vem em cheio nessas horas” (1º §), ao observar as relações sintá-
ticas estabelecidas entre os termos que a constituem, é possível afirmar que seu sujeito
classifica-se como:
a. desinencial.
b. indeterminado.
c. simples.
d. inexistente.

Letra c.
O sujeito da oração “Algo me vem em cheio nessas horas” é “algo”, sujeito simples, apre-
sentando um único núcleo.

5. As estratégias de coesão são recursos diferenciados que contribuem para a relação


entre as partes de um texto. Considere a passagem “Pronto o café, pronta uma manhã
e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje” (1º §) e
assinale a alternativa em que se indicam dois recursos coesivos presentes em sua
construção.
a. Pronominalização e emprego de conectivos conclusivos.
b. Sinonímia e emprego de conectivos adversativos.
c. Substantivação e uso de conectivo com valor de finalidade.
d. Repetição e uso de conectivos aditivos.

Letra d.
A coesão por repetição ocorre em “pronto”. Também há coesão pelo emprego de expres-
sões aditivas, a exemplo de “e” e “nem”.

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SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA


CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 29/2020 – DRH/SEAP
AGENTE PROFISSIONAL – ENGENHEIRO FLORESTAL

LÍNGUA PORTUGUESA

Altos e baixos na política


Milton Santos

 É pelo menos insólita a insistência dos nossos círculos oficiais em querer separar, de
modo absoluto, o que é político do que não é. Assim, toda a ação sindical, toda reclama-
ção da igreja, em suma, todo movimento social, ao postular mudanças, é criticado como
inadequado e até mesmo hostil à democracia, já que não lhe cabe fazer o que chamam de
política. Ao contrário, as atividades dos lobbies e as exigências de reforma do Estado feitas
pelas empresas não são tidas como atividades políticas. Essa parcialidade é tanto mais gri-
tante quando todos sabemos que o essencial na produção da política do Estado tem como
atores principais as grandes empresas, cabendo aos políticos propriamente ditos e ao apa-
relho do Estado um papel de figurantes secundários, quando não de meros porta-vozes.
 A política se caracteriza como exercício de uma ação ou defesa de uma ideia desti-
nada a mudar o curso da história. No mundo da globalização, onde a técnica e o discurso
são dados obrigatórios das atividades hegemônicas, o induzimento à política é exponen-
cial. O mundo da técnica cientificizada é também o mundo das regras, de cujo uso ade-
quado depende da maior ou menor eficácia dos instrumentos disponíveis. [...]

(Folha de São Paulo, 1/10/2000)

1. O texto possui um caráter argumentativo e, a partir de sua leitura atenta, é correto afir-
mar que o autor:
a. apresenta uma crítica negativa e generalizada à política e aos políticos em geral.
b. defende que a política deve ser feita, exclusivamente, pelas grandes empresas.
c. afirma que os políticos não apresentam relação efetiva com o aparelho do Estado.
d. define um sentido mais amplo para a política ao considerar sua interferência na história.
e. reduz a política, em tempos de globalização, à técnica cientificizada.

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Letra d.
a. O autor não critica, em nenhuma passagem do texto, a política e os políticos em geral.
b. O autor defende que as grandes empresas possuem papel político importante no Estado,
mas não que elas devem protagonizar a grande política.
c. O autor não defende a ideia de que os políticos não apresentam relação com o aparelho
de Estado.
d. De fato, a discussão no texto centra-se em captar como ações políticas são eventos que
não são considerados políticos. Assim, o termo “política” assume um sentido mais amplo.
e. A técnica cientificizada aparece como um componente do mundo globalizado, não sendo
confundido com a política.

2. No texto, o emprego da primeira pessoa do discurso cumpre um importante papel argu-


mentativo uma vez que:
a. indica tratar-se do posicionamento singular do autor.
b. mostra a imparcialidade na abordagem do autor.
c. promove uma aproximação entre o autor e o leitor.
d. apresenta a concordância integral do leitor com o autor.
e. aumenta o nível de formalidade no trato do tema.

Letra c.
O emprego da primeira pessoa do plural no discurso é importante no texto porque engloba
o autor e seus leitores na dimensão analisada. Trata-se de uma bela estratégia argumenta-
tiva de aproximar autor e seus leitores. Assim, esse emprego não significa posicionamento
singular do autor. Também não existe imparcialidade no texto quanto à abordagem do autor,
nem pode esse uso significar que os leitores concordam integralmente com o que o autor
propõe. Por fim, não significa que há mais formalidade no tratamento dado ao tema.

3. Em “Essa parcialidade é tanto mais gritante quando todos sabemos” (1º§), ocorre um
exemplo de concordância ideológica denominada silepse. Esse recurso da linguagem
também está presente na seguinte frase:
a. A linda São Paulo atrai turistas em todas as estações do ano.
b. Os cuidados com a higiene vêm sendo reforçados ultimamente.
c. Cada morador deve observar a regularidade da coleta de lixo.
d. No país, cresce o número de denúncias de crimes virtuais.
e. As escolas devem rever sempre seus projetos pedagógicos.

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Letra a.
Em A linda São Paulo atrai turistas em todas as estações do ano, o adjetivo “linda” não
concorda como “São Paulo”, mas com a ideia contida em “a cidade de São Paulo”. Trata-se
de silepse de gênero.

4. O texto é introduzido por uma avaliação do autor que se revela por meio do adjetivo
“insólita” apresentando o sentido de:
a. impossível.
b. radical.
c. generosa.
d. excludente.
e. incomum.

Letra e.
O adjetivo “insólita” significa “incomum”, “não habitual”.

Considere o fragmento abaixo para responder à questão 5.



 “é criticado como inadequado e até mesmo hostil à democracia, já que não lhe cabe
fazer o que chamam de política.” (1º§)

5. A locução destacada no trecho cumpre papel coesivo e introduz o valor semântico de:
a. causa.
b. finalidade.
c. consequência.
d. conformidade.
e. condição.

Letra a.
A locução “já que” é locução conjuntiva subordinativa causal, indicando relação semântica
de causa entre duas ideias.

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SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA


CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 28/2020 – DRH/SEAP
AGENTE DE EXECUÇÃO – TÉCNICO EM ENFERMAGEM

LÍNGUA PORTUGUESA
 Se eu pudesse, hoje, varria, isto mesmo, varria as pessoas todas com vassouras,
como se fossem cisco.
 Limpava o chão, passava pano molhado para refrescar, ia chorar e dormir. Meu co-
ração agora faz diferença nenhuma de coração de galinha ou barata que galinha come.
Não tem amor nele, nem de mãe, nem de esposa, nem de nada.
 Tá seco, raivoso e antipático, quer é sossego, quer é lembrar o morto horas a fio, es-
pernear em cima de vida tão sem graça e cinzenta. Gosto de ir até no fundo da cisterna
e revirar o lodo, tirar ele com a mão, me emporcalhar bastante, só pra depois ver água
minando clarinha de novo.
 Gosto da cesta sobre a mesa com mamões e bananas, gosto de lavar o filtro todo o
sábado, encher as talhas com água nova, gosto. Gosto, mas exaspero-me esquecida dos
dons, e parto, como hoje, o pão sem reparti-lo.

PRADO, Adélia. Solte os cachorros. Rio de Janeiro/São Paulo. Editora Record, 2006. p. 71.

1. A primeira frase do texto, estruturada em linguagem simbólica, revela, por parte do


enunciador, um desejo de:
a. tentar ser compreendida pelas pessoas.
b. se arrepender de coisas ruins que fizera.
c. afastar as pessoas de si, buscando estar só.
d. se distrair com as tarefas de casa para não sofrer.
e. encontrar ânimo para se divertir na vida.

Letra c.
A ação de “varrer as pessoas”, no texto, é compreendida em sentido figurado, denotando
que o narrador deseja afastar as pessoas, deseja estar só, deseja “partir o pão sem repar-
ti-lo”, isto é, sem dividi-lo com ninguém.

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2. Além da conjunção de valor condicional, na oração “Se eu pudesse”, a ideia de impos-


sibilidade está também marcada pelo verbo flexionado no:
a. pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
b. pretérito imperfeito do indicativo.
c. pretérito imperfeito do subjuntivo.
d. futuro do pretérito do subjuntivo.
e. futuro do subjuntivo.

Letra c.
A forma verbal “pudesse” está flexionada no pretérito imperfeito do subjuntivo.

3. Para tornar mais expressiva a noção de falta, na passagem “Não tem amor nele, nem
de mãe, nem de esposa, nem de nada.”, reitera-se a conjunção “nem”, que tem valor
semântico:
a. concessivo.
b. aditivo.
c. adversativo
d. alternativo.
e. consecutivo.

Letra b.
A conjunção “nem” significa “também não”, denotando uma adição de negações.

4. As locuções adverbiais cumprem papel acessório no texto modificando, geralmente, um


verbo. Assinale a opção cujo termo destacado é um exemplo desse tipo de expressão.
a. “varria as pessoas todas com vassouras”.
b. “passava pano molhado para refrescar”.
c. “ver água minando clarinha de novo”.
d. “Gosto da cesta sobre a mesa com mamões e bananas”.
e. “mas exaspero-me esquecida dos dons”.

Letra a.
a. Trata-se de adjunto adverbial de instrumento, termo acessório que modifica verbo.
b. Trata-se de objeto direto.
c. Trata-se de predicativo do sujeito.
d. Trata-se de adjunto adnominal.
e. Trata-se de objeto indireto.

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5. A construção “tirar ele com a mão”, presente no texto, é típica do registro oral. Quanto
à observação de sua estrutura e de sua análise morfossintática, é correto afirmar que:
a. “ele” deveria ser substituído por “lhe”, segundo a norma.
b. “ele” é complemento indireto do verbo “tirar”.
c. “ele” exerce, na oração, a função de sujeito.
d. o verbo “tirar” é classificado como intransitivo.
e. o pronome “ele” cumpre a função de objeto direto.

Letra e.
a. O verbo “tirar” é transitivo direto, não pode ser complementado pelo pronome “lhe”, o
qual sintaticamente funciona como objeto indireto.
b. O pronome “ele” funciona, nesse exemplo, como objeto direto de “tirar”.
c. O pronome “ele” não é sujeito de “tirar”, mas sim objeto direto.
d. O verbo “tirar” é transitivo direto.
e. O pronome “ele” sintaticamente é objeto direto de “tirar”, verbo transitivo direto.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E


RECURSOS HUMANOS – SEMARH
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2019
ADMINISTRADOR

LÍNGUA PORTUGUESA

Guerra de narrativas (adaptado)

 Quando o sol parte e ficamos entretidos ao redor da fogueira ou de frente à telinha,


passamos a uma dimensão em que é tênue a fronteira entre o real e o imaginário, o territó-
rio dos mitos, as sutis engrenagens do nosso modelo social. Esse ritual repete-se há pelo
menos 50 mil anos. E, como é da natureza do que é fundamental, histórias são simples.
Todas têm começo, meio e fim; personagens e protagonistas; um cenário e um tempo. E
mais: toda trama possui um narrador, alguém que escolhe que causo contar, onde o enre-
do começa e onde termina, o que entra e o que sai. Esse narrador nem sempre é visível,
não há como apontar o autor de um mito ou do que entendemos como senso comum.
 Repetimos a balela do descobrimento da América sem pensar que aqui já viviam
pessoas antes da invasão europeia. Se o uso da linguagem amplifica a capacidade de
colaboração, histórias determinam e influenciam o comportamento social. Se repetimos
a narrativa de opressão, perpetuamos sua essência.
 A habilidade narrativa determina quem tem voz. A tensão entre grupos em disputa
pela narrativa é tão velha quanto a linguagem. Religiões e impérios sempre espalharam
suas falas e disputaram a atenção. Identificar essas narrativas e a quem servem é o ca-
minho para delimitar quem nos fala e inferir o que nos isola ou ajuda a colaborar.
 Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso que seja, cada um carrega seu con-
junto de valores e é perpassado pelos julgamentos e assunções que vêm com a cultura
do grupo. Mesmo que não tenha mensagem específica, o contador de histórias sempre
parte de sua visão de mundo.

Disponível em: https://vidasimples.co/conviver/guerra-de-narrativas/.

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1. Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.


a. No primeiro período do texto, o autor cria, por meio do paralelismo, uma associação
entre a época em que sentávamos ao redor das fogueiras para tratar daquilo que é
real e a época em que sentamos em frente à televisão para viver o imaginário.
b. A simplicidade das narrativas contrapõe-se àquilo que há de fundamental nas histó-
rias, uma vez que nem sempre o narrador é fácil de ser identificado no texto.
c. A influência da linguagem e das narrativas é preponderante para a libertação ou per-
petuação da opressão.
d. A neutralidade da narrativa só é possível quando o cuidado com os valores adotados
pelo grupo do qual faz parte revelam sua própria visão de mundo.

Letra c.
a. O autor não faz comparação entre hábitos antigos e atuais, entre o real ao redor das fogueiras
e o imaginário em frente à televisão. Ele aponta que, tanto ao redor das fogueiras quanto diante
da televisão, estamos num terreno em que a fronteira entre o real e o imaginário é nebulosa.
b. A simplicidade das narrativas não se contrapõe à possibilidade de o narrador não ser
identificado no texto, esta mais um aspecto da narrativa.
c. Segundo o texto, as narrativas de opressão podem ser repetidas, o que gera a perpetu-
ação dessa opressão. Podem ainda ser superadas, rompendo-se a opressão.
d. Segundo o texto, não existe neutralidade na narrativa.

2. De acordo com o sentido do texto, leia as afirmativas abaixo.

I – O narrador do senso comum é a voz que personifica o narrador invisível, cujo inte-
resse narrativo é desmotivado de intenções políticas e econômicas, já que assim
como o narrador mítico ele não se mostra visível.
II – A ideia de que a América foi descoberta pelos europeus faz parte de uma narrativa
eurocêntrica que desconsidera os nativos do continente americano como sujeitos que
já haviam descoberto esse espaço geográfico.
III – A disputa pela narrativa pode ser considerada uma guerra ideológica, que movimenta
interesses políticos há milhares de anos.

Assinale a alternativa correta.


a. Apenas a afirmativa I está correta.
b. Apenas a afirmativa II está correta.
c. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d. Apenas a afirmativa III está correta.

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Letra c.
I. Segundo o texto, não existe narrador desmotivado de interesses/intenções políticas e econômicas.
II. De fato, a ideia contida em “descobrimento da América” parte da perspectiva europeia
de que o espaço a que os europeus estavam chegando era carente de ser descoberto,
quando em realidade já era habitado há muito pelos nativos.
III. Segundo o texto, a luta pela narrativa que vingará é tão antiga quanto as próprias disputas
políticas e econômicas. Assim, a disputa pela narrativa é também uma disputa ideológica.

3. Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, os sinônimos das expres-


sões destacadas nos trechos “Se repetimos a narrativa de opressão, perpetuamos sua
essência.” e “para delimitar quem nos fala e inferir o que nos isola ou ajuda a colaborar”.
a. imortalizamos / machucar.
b. criamos / aprendemos.
c. eternizamos / deduzir.
d. calculamos / depreender.

Letra c.
O verbo “perpetuar” é sinônimo de “imortalizar” e “eternizar”. Já “inferir” equivale a “deduzir”
e “depreender”. Assim, a alternativa que simultaneamente apresenta sinônimos adequa-
dos para “perpetuar” e “inferir” é a “c”.

4. De acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectiva-


mente, a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade
narrativa determina quem tem voz”.
a. substantivo / pronome pessoal / substantivo.
b. adjetivo / pronome relativo / substantivo.
c. substantivo / pronome interrogativo / adjetivo.
d. adjetivo / pronome pessoal / adjetivo.

Letra b.
O vocábulo “narrativa” é adjetivo que caracteriza o substantivo “habilidade”; “quem” é pro-
nome relativo sem antecedente explícito, uma vez que pode ser substituído por “aquele
que”, segundo a interpretação de algumas análises gramaticais. Já “voz” é substantivo.

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5. m relação à sintaxe da Língua Portuguesa avalie as afirmativas abaixo atribuindo-lhes


E
valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).

 (  ) N
� o trecho “Quando o sol parte e ficamos entretidos ao redor da fogueira”, a oração
destacada é classificada como Subordinada Adverbial Temporal.
 (  ) No trecho “Se o uso da linguagem amplifica a capacidade de colaboração, histórias
determinam e influenciam o comportamento social.”, a oração destacada é classifi-
cada como Subordinada Adverbial Concessiva.
 (  ) No trecho “A habilidade narrativa determina quem tem voz.”, a oração destacada é
classificada como Subordinada Adjetiva Restritiva.
 (  ) No trecho “Não existe narrador isento”, o verbo é impessoal, por isso nessa oração
não há sujeito.
 (  ) No trecho “Mesmo que não tenha mensagem específica, o contador de histórias
sempre parte de sua visão de mundo.”, a oração destacada é classificada como
Subordinada Adverbial Condicional.

Assinale a alternativa correta.


a. V, F, F, F, F.
b. F, V, V, V, F.
c. V, V, F, F, V.
d. V, F, V, V, F.

Letra a.
I – Em “Quando o sol parte”, tem-se oração subordinada adverbial temporal, porque é indi-
cada circunstância de tempo.
II – Em “Se o uso da linguagem amplifica a capacidade de colaboração”, tem-se oração
subordinada adverbial condicional.
III – Em “quem tem voz”, tem-se oração subordinada substantiva objetiva direta.
IV – O verbo “existir” é pessoal, trazendo como sujeito a expressão “narrador isento”.
V – Em “Mesmo que não tenha mensagem específica”, tem-se oração subordinada adver-
bial concessiva.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

6. Em relação às regras de acentuação gráfica da Língua Portuguesa, assinale a alterna-


tiva incorreta.
a. O verbo “ter” é acentuado, no trecho “Todas têm começo”, para concordar com o
sujeito que está na terceira pessoa do plural.
b. No trecho “alguém que escolhe que causo contar”, a palavra acentuada em destaque
recebe acento, pois é uma palavra oxítona terminada em “em”.
c. A palavra “já” é acentuada no trecho “aqui já viviam”, pois é um monossílabo tônico
terminado em “a”.
d. No trecho “Religiões e impérios sempre espalharam”, a palavra “impérios” é acentu-
ada, pois é uma paroxítona terminada em “os”.

Letra d.
a. De fato, o sujeito de “têm” (terceira pessoa do plural) é “Todas”, vocábulo flexionado no plural.
b. De fato, “alguém” recebe acento gráfico em razão de ser oxítona terminada em “em”.
c. De fato, “já” recebe acento gráfico em virtude de ser monossílabo tônico terminado em “a”.
d. A palavra “impérios” é acentuada em razão de ser paroxítona terminada em ditongo oral,
seguido ou não de “s”.

7. De acordo com as regras de Concordância Verbal e Nominal, assinale a alternativa que


reescreve corretamente o trecho extraído do texto.

“Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso que seja, cada um carrega seu conjunto de
valores e é perpassado pelos julgamentos e assunções que vêm com a cultura do grupo.”
a. Não há narradores isentos. Por mais cuidadosos que seja, cada um carrega seu con-
junto de valores e são perpassados pelos julgamentos e assunções que vêm com as
culturas do grupo.
b. Não existe narradores isentos. Por mais cuidadosos que seja, cada um carrega seu
conjunto de valores e são perpassados pelos julgamentos e assunções que vêm com
as culturas do grupo.
c. Não existem narradores isentos. Por mais cuidadosos que sejam, cada um carrega seu
conjunto de valores e são perpassados pelo julgamento que vem com as culturas do grupo.
d. Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso que seja, cada um carrega seu con-
junto de valores e é perpassado pelo julgamento que vêm com a cultura do grupo.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

Letra c.
a. A reescrita falha ao não flexionar “sejam” no singular para que haja concordância verbal
com o pronome implícito “eles”. Veja-se: Não há narradores isentos. Por mais cuidadosos
que sejam, cada um carrega seu conjunto de valores e são perpassados pelos julgamentos
e assunções que vêm com as culturas do grupo.
b. A reescrita falha ao não flexionar “existe” no plural a fim de haver concordância verbal
com “narradores”. Também falha ao não flexionar “são perpassados” no singular para que
haja concordância verbal com “cada um”. Veja-se: Não existem narradores isentos. Por
mais cuidadosos que sejam, cada um carrega seu conjunto de valores e é perpassado
pelos julgamentos e assunções que vêm com as culturas do grupo.
c. A reescrita ocorre em total conformidade com as normas de concordâncias verbal e nominal.
d. A reescrita falha ao flexionar no plural a forma verbal “vêm”, que deve ser grafada “vem”
para concordar com “julgamento”. Veja-se: Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso
que seja, cada um carrega seu conjunto de valores e é perpassado pelo julgamento que
vem com a cultura do grupo.

8. Assinale a alternativa que apresenta o uso correto do acento grave, indicador de crase.
a. Todos somos sujeitos à chuvas e trovoadas.
b. Eu posso te visitar após às 15h.
c. Devemos à essa professora o nosso sucesso.
d. Falei à senhora a mais pura verdade.

Letra d.
a. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de substantivo do gênero feminino em-
pregado indeterminadamente.
b. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de expressão numérica não preposicionada.
c. Não se emprega sinal indicativo de crase antes do pronome demonstrativo “essa” e suas variações.
d. O verbo “falar” rege a preposição “a”, a qual se funde ao artigo “a”, determinante de “se-
nhora”. Assim, emprega-se sinal indicativo de crase para marcar essa fusão.

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Professor: Fidelis Almeida

9. Em relação às regras de regência verbal e nominal, assinale a alternativa incorreta.


a. A família toda assistiu às partidas na TV.
b. Os síndicos julgaram o caso do condômino irresponsável ontem.
c. Aspiravam à poluição todos os dias na cidade.
d. Os professores deram razão aos alunos.

Letra c.
a. O verbo “assistir”, na acepção de “ver”, é transitivo indireto.
b. A frase obedece às regras de regências verbal e nominal.
c. O verbo “aspirar”, na acepção de “respirar”, é transitivo direto. Veja-se: Aspiravam a po-
luição todos os dias na cidade.
d. A frase ocorre em conformidade com as regras de regências verbal e nominal.

10. Em relação às regras de colocação pronominal, segundo a Gramática Normativa da


Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
a. Elas tinham avisado-me sobre as faltas excessivas.
b. Se apresentaram muito bem no recital as suas filhas.
c. Hoje nos preocupamos muito mais com as expressões que usamos.
d. Os alunos que mantiveram-se em silêncio durante a aula aprenderam.

Letra c.
a. Não se emprega ênclise ao particípio nos tempos verbais compostos.
b. Não se emprega próclise em início de frases.
c. O advérbio “hoje” é fator de próclise, a qual foi corretamente empregada.
d. O pronome relativo “que” é fator de próclise, impedindo a ênclise.

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Professor: Fidelis Almeida

MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS S.A. – MGS

PROCESSO SELETIVO PÚBLICO SIMPLIFICADO – EDITAL N. 03/2021


ASSISTENTE SOCIAL

LÍNGUA PORTUGUESA

1. “O serviço social é um direito do cidadão, assim como a educação e a saúde”. A respeito


dessa consideração, assinale a alternativa correta:
a. O serviço social dá direito também à educação e à saúde.
b. Os direitos do cidadão devem ser assegurados pelo serviço social.
c. O serviço social, a educação e a saúde são direitos do cidadão.
d. A educação e a saúde são serviços sociais.

Letra c.
A expressão “assim como” denota comparação de equidade: à maneira do serviço social,
a educação e a saúde são direitos do cidadão. Portanto, são três os direitos do cidadão: o
serviço social, a educação e a saúde.

2. Leia o trecho abaixo e analise as afirmativas a seguir:


“Existem muitas possibilidades no setor privado, contudo há uma menor quantidade de
vagas disponíveis”.

I – A vírgula está separando duas ideias semelhantes, correlatas.


II – “Existem” é um verbo, e “muitas possibilidades” é o sujeito.
III – “Contudo” pode ser substituído por “no entanto” ou “porém”.
IV – Posso substituir “quantidade de vagas disponíveis” por “quantidade disponível
de vagas”.

Estão corretas as afirmativas:


a. I, II e III apenas.
b. II, III e IV apenas.
c. I e III apenas.
d. II e IV apenas.

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Letra b.
I. A vírgula separa orações que denotam ideias contrárias, opostas entre si (veja-se a con-
junção adversativa “contudo”).
II. A forma “existem” vem do verbo “existir” e concorda com seu sujeito “muitas possi-
bilidades”.
III. As expressões “no entanto” e “porém” denotam adversidade, assim como “contudo”.
IV. A expressão “quantidade disponível de vagas” é gramaticalmente correta, conservando
os traços semânticos essenciais de “quantidade de vagas disponíveis”.

3. Assinale a alternativa incorreta, em relação ao uso da crase:


a. Visitei a região dos lagos.
b. Queremos ir àquela praia.
c. Esta estrada é paralela à rodovia principal.
d. Ela retornará a cidade amanhã cedo.

Letra d.
a. O verbo “visitar” não rege preposição “a”, portanto não se emprega sinal indicativo de
crase nesse caso.
b. O verbo “ir” rege a preposição “a”, a qual se funde ao “a” inicial de “aquela”. Portanto,
emprega-se sinal indicativo de crase.
c. O adjetivo “paralela” rege a preposição “a”, a qual se funde ao artigo “a”, determinante de “rodovia”.
d. O verbo “retornar” rege a preposição “a”, a qual se funde ao artigo “a”, determinante de “cidade”.
Portanto, o sinal indicativo de crase deve ser empregado: Ela retornará à cidade amanhã cedo.

4. De acordo com as novas normas ortográficas, assinale a alternativa em que todas as


palavras estão grafadas e acentuadas corretamente:
a. Micro-ônibus, leem, ultrassom.
b. Micro-ondas, enjoo, reeleição.
c. Ideia, chapéu, coautor.
d. Idéia, enjôo, ultra-som.

Questão anulada.
São as seguintes as grafias vigentes: micro-ônibus, leem, ultrassom, micro-ondas, enjoo,
reeleição, ideia, chapéu, coautor. Pelo comando da questão, haveria três gabaritos possí-
veis: “a”, “b” e “c”. Em “d”, as grafias estão incorretas. A questão foi anulada devidamente.

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Professor: Fidelis Almeida

5. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas:


___________ muitas dificuldades, mas o diretor ___________ para que a
_______________ não tivesse ___________.
a. Houveram / interviu / paralisação / êxito.
b. Houve / interveio / paralisação / êxito.
c. Houve / interveio / paralização / exito.
d. Houveram / interviu / paralização / exito.

Letra b.
O verbo “haver”, na acepção de “acontecer”, é impessoal, sendo flexionado no singular.
O verbo “intervir” segue a conjugação de “vir”. A grafia correta dos dois substantivos que
preenchem as lacunas é “paralisação” e “êxito”. Portanto: HOUVE muitas dificuldades, mas
o diretor INTERVEIO para que a PARALISAÇÃO não tivesse ÊXITO.

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Professor: Fidelis Almeida

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA


– IBGE

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO – EDITAL N. 06/2021


SUPERVISOR DE PESQUISAS – GERAL

LÍNGUA PORTUGUESA

 Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não com a
mesma intensidade –, embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para arcar
sozinho com as necessidades domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando cos-
tumeiro, a surpresa e a alegria inicial arrefeceram e, assim, Gregor entregava o dinheiro
com prazer espontâneo e a família, de bom grado, recebia. Apenas a irmã permanecia
mais próxima e afetuosa e, como ela, ao contrário de Gregor, era amante da música e
sabia tocar violino com muita graça, ele tinha planos de enviá-la para o Conservatório no
ano seguinte, sem importar-se com os gastos extras que isso acarretaria. Em conversas
com a irmã, nos curtos períodos em que ficava sem viajar, sempre mencionava o projeto
(que ela considerava lindo, mas impossível de se concretizar), enquanto os pais demons-
travam não aprovar nem um pouco a ideia. Contudo, Gregor pensava muito seriamente
nisso e pretendia anunciá-lo solenemente na noite de Natal.
 Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele
escutava as conversas, colado à porta. De vez em quando o cansaço obrigava-o a desli-
gar-se, apoiando pesadamente a cabeça na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois
sabia que qualquer ruído era ouvido na sala e fazia com que todos se calassem. “Nova-
mente aprontando alguma coisa”, dizia o pai instantes depois, certamente olhando para a
porta. Passado algum tempo, eles continuavam a trocar palavras entre si.
 Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja
porque há tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para en-
tender –, e Gregor, com satisfação, tomou conhecimento de que, a despeito da desgraça
que haviam sofrido, restava-lhes algum capital, que, se não era muito, ao menos tinha
crescido nos últimos anos por conta dos rendimentos de juros acumulados. Além disso, o
dinheiro que Gregor entregava (retinha apenas uma pequeníssima parte) não era gasto
integralmente, e pouco a pouco ampliava o montante economizado. De onde estava, ele
aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente com a inesperada provisão feita pelo
pai. Era verdade que aquele dinheiro poderia ter paulatinamente saldado a dívida que o
pai tinha com seu patrão, livrando-o daquele constrangimento. Não obstante, ele julgou
que pai havia procedido corretamente.

KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt Albuquerque. São Paulo: Abril, 2010, p.40-41.

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1. O trecho apresenta traços das relações familiares do protagonista Gregor com certa
centralidade na questão financeira. A partir de sua leitura atenta, pode-se concluir que:
a. O pai de Gregor sempre foi o único responsável por manter a família financeiramente.
b. A família nem sempre reagiu da mesma forma às contribuições financeiras de Gregor.
c. A irmã, com sua habilidade musical, também contribuía, financeiramente, com
a família.
d. A situação financeira da família, no presente narrado, era bastante confortável,
sem dívidas.
e. Os problemas financeiros da família foram provocados pela ignorância da mãe.

Letra b.
a. Segundo o texto, Gregor também ajudava financeiramente sua família: “Gregor entrega-
va o dinheiro com prazer espontâneo e a família, de bom grado, recebia”.
b. A partir de “Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não
com a mesma intensidade –, embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para
arcar sozinho com as necessidades domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando
costumeiro, a surpresa e a alegria inicial arrefeceram e, assim, Gregor entregava o dinheiro
com prazer espontâneo e a família, de bom grado, recebia.”, entende-se que inicialmente
a família de Gregor recebia as contribuições financeiras do rapaz com surpresa e alegria.
Com o tempo, esses sentimentos diminuíram. Portanto, a família nem sempre reagiu do
mesmo modo às contribuições financeiras de Gregor.
c. O texto não informa se a irmã ajudava a família financeiramente ou não.
d. No momento da narrativa, o narrador aponta que a família de Gregor padecia de proble-
mas financeiros.
e. A mãe tinha dificuldade para entender os problemas financeiros da família, mas não foi
ela quem os provocou.

2. A sequência lógica entre os parágrafos pode ser estabelecida através de elementos de


coesão. No início do segundo e do terceiro parágrafos, a classe gramatical responsável
por construir a relação de sentido com os parágrafos que antecedem cada um deles foi
predominantemente:
a. adjetivo.
b. substantivo.
c. conjunção.
d. verbo.
e. preposição.

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Professor: Fidelis Almeida

Letra b.
No início do segundo parágrafo, temos os vocábulos “pensamentos”, “cabeça”, “conver-
sas”, “porta”. No início do terceiro, temos “conversa”, “finanças”, “família”, “pai”, “explica-
ções”, “tempos”, “mãe”, “dificuldades”, “Gregor”, “satisfação”, “conhecimento”, “desgraça”,
“capital”, “anos”, “rendimentos”, “juros”. São exemplos da classe dos substantivos.

3. Na frase “Contudo, Gregor pensava muito seriamente nisso e pretendia anunciá-lo


solenemente na noite de Natal” (1º§), ocorrem dois pronomes. Sobre eles, é correto
afirmar que:
a. possuem a mesma classificação morfológica.
b. o primeiro antecipa uma ideia inédita e o segundo a resgata.
c. ambos fazem referência a algo já dito no texto.
d. fazem referência à segunda pessoa do discurso.
e. o segundo está em posição proclítica em relação ao verbo.

Letra c.
a. O primeiro pronome (“isso”) é demonstrativo; o segundo (“o”) é pessoal.
b. O primeiro pronome refere-se a algo já mencionado (portanto, não retoma uma ideia
inédita). O segundo pronome resgata a ideia de que Gregor pretendia enviar a irmã ao
conservatório musical.
c. De fato, os dois pronomes, ao se referirem ao plano de Gregor enviar sua irmã ao con-
servatório, possuem valor anafórico porque resgatam algo já dito anteriormente.
d. Os dois pronomes não remetem a “tu”, nem a “vós”, respectivamente segunda pessoa do
discurso no singular e no plural.
e. O segundo pronome está em posição enclítica em relação ao verbo.

4. No final do primeiro parágrafo, nota-se o emprego recorrente de um tempo verbal. Seu


uso, nesse trecho, remete a ações:
a. futuras que seriam realizadas com certeza.
b. pontuais ocorridas em um momento passado.
c. situadas no momento da enunciação da narrativa.
d. habituais, recorrentes em um momento do passado.
e. marcadas por um tom imperativo do enunciador.

Letra d.
As ações denotadas por “ficava”, “mencionava”, “considerava”, “demonstravam”, “pensava”,
“pretendia” indicam ações recorrentes, isto é, que se repetem ao longo do tempo. Trata-se
do pretérito imperfeito do indicativo. Portanto, são ações passadas, não são pontuais, nem
se situam no momento da narrativa. Tampouco há marca de imperatividade do narrador.

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Professor: Fidelis Almeida

5. Na passagem “À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a surpresa e a ale-
gria inicial arrefeceram” (1º§), o vocábulo em destaque poderia ser substituído pelo
seguinte sinônimo:
a. aqueceram.
b. venceram.
c. comoveram.
d. esmoreceram.
e. desapareceram.

Letra d.
O vocábulo “arrefecer”, no contexto, significa “diminuir”, “esmorecer”, “perder a intensidade”.

6. O pronome destacado, em “a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-lhes


algum capital” (3º§), foi empregado em função:
a. de uma relação com a regência verbal.
b. da adequação ao gênero do referente.
c. da concordância com o verbo “restar”.
d. do seu sentido de indefinição contextual.
e. de sua referência à primeira pessoa do discurso.

Letra a.
O pronome “lhes”, nesse contexto, significa “a eles”, complemento indireto do verbo “res-
tar”, o qual rege a preposição “a”.

7. Na passagem “De onde estava, ele aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente
com a inesperada provisão feita pelo pai.” (3º§), ao se observar o emprego das vírgulas
antes e depois da expressão em destaque, conclui-se que foram usadas para:
a. indicar o caráter explicativo do aposto.
b. isolar um termo deslocado na oração.
c. sinalizar a antecipação de uma oração.
d. explicitar uma enumeração de termos.
e. destacar o sentido figurado dos vocábulos.

Letra b.
O termo “com a cabeça” é um adjunto adverbial deslocado na oração. As vírgulas antes e
após a expressão sinalizam esse deslocamento.

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8. No segundo parágrafo, a construção “agora inúteis” intercala a oração em que está


inserida, apresentando ao leitor, de forma abrupta, uma informação. A escolha dessa
construção por parte do autor enfatiza a:
a. recorrência de uma situação.
b. perenidade de uma condição.
c. mudança de um estado ou situação.
d. ambiguidade da experiência reiterada.
e. causa de um problema descrito.

Letra c.
A expressão “agora inúteis” está inserida no período “Todos esses pensamentos, agora
inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele escutava as conversas, colado à porta.”.
Assim, ela denota que houve uma mudança da perspectiva de caracterização dos pensa-
mentos: antes eles eram úteis, agora não mais.

9. Em “Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja
porque há tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para
entender” (3º§), a repetição do conectivo indicado contribui para a sequência lógica do
trecho em questão, apresentando um sentido de:
a. explicação.
b. consequência.
c. adição.
d. alternância.
e. adversidade.

Letra d.
A forma “seja... seja” é uma locução conjuntiva que indica alternância das explicações do
pai e da dificuldade de compreensão da mãe.

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10. Considerando o modo como as ideias foram estruturadas no texto, pode-se compreender
como os fatos são apresentados ao leitor através do narrador. Nota-se uma sequência na qual:
a. o primeiro parágrafo prioriza a descrição do espaço físico em que a história se passa,
enquanto os seguintes destacam os personagens.
b. o primeiro parágrafo apresenta, exclusivamente, os pensamentos do pai; o segundo,
os da irmã e o terceiro, os da mãe.
c. os dois primeiros parágrafos revelam desejos e expectativas que seriam concretiza-
das e descritas apenas no terceiro parágrafo.
d. o primeiro parágrafo corresponde às lembranças de um passado e os parágrafos
seguintes revelam, ao leitor, situações do presente.
e. o último parágrafo está centrado em projeções futuras e não apresenta episódios que
se refiram ao passado.

Letra d.
a. O primeiro parágrafo narra o relacionamento de Gregor com sua família. O segundo narra os
eventos que envolvem Gregor em seu quarto. O terceiro narra as relações de Gregor e sua família.
b. O primeiro parágrafo apresenta os pensamentos de Gregor, o segundo apresenta parte dos
pensamentos do pai e os de Gregor, o terceiro apresenta novamente pensamentos de Gregor.
c. Não há revelação de desejo e expectativas nos dois primeiros parágrafos.
d. O primeiro parágrafo narra eventos do relacionamento de Gregor e sua família; o segun-
do e o terceiro trazem situações atuais de Gregor e de sua família.
e. O terceiro parágrafo apresenta acontecimento passados.

11. Em “colado à porta” (2º§), o acento grave é empregado de modo correto. Analise, aten-
tamente, as frases abaixo e assinale a única que também está de acordo com a norma
padrão da Língua Portuguesa.
a. O estabelecimento está fazendo entregas à domicílio.
b. Só conseguirei chegar à uma hora da tarde.
c. Não se prenda, por favor, à amizades passageiras.
d. Preferiu sair à discutir com a esposa na festa.
e. Não vou responder à essa questão tão delicada.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

Letra b.
a. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de substantivo do gênero masculino.
b. Nas locuções adverbiais de tempo cujo núcleo seja palavra do gênero feminino (“hora”),
emprega-se sinal indicativo de crase.
c. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de substantivos do gênero feminino em-
pregados indeterminadamente.
d. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de verbo.
e. Não se emprega sinal indicativo de crase antes do pronome demonstrativo “essa” e suas variações.

A roda dos não ausentes

 O nada e o não,
 ausência alguma,
 borda em mim o empecilho.
 Há tempos treino
 o equilíbrio sobre
 esse alquebrado corpo,
 e, se inteira fui,
 cada pedaço que guardo de mim
 tem na memória o anelar
 de outros pedaços.
 E da história que me resta
 estilhaçados sons esculpem
 partes de uma música inteira.
 Traço então a nossa roda gira-gira
 em que os de ontem, os de hoje,
 e os de amanhã se reconhecem
 nos pedaços uns dos outros.
 Inteiros.

EVARISTO, Conceição. Poemas da Recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê,


2017, p. 12.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
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12. O poema de Conceição Evaristo aborda uma importante relação com o tempo. No título,
há uma locução adjetiva caracterizando o substantivo “roda”. A partir de uma leitura
atenta do poema, pode-se concluir que essa locução:
a. reforça que, mesmo não estando presentes, muitos são ou devem ser lembrados.
b. enfatiza que a ausência nunca deve ser negada, conferindo-lhe valor depreciativo.
c. indica o quanto a ausência sempre substitui a presença de pessoas importantes.
d. ao ser substituída pelo adjetivo “presentes”, não acarretaria nenhuma alteração
de sentido.
e. explica que, na verdade, ausência e presença possuem o mesmo sentido.

Letra a.
A locução adjetiva “dos não ausentes” denota a lembrança devida dos de ontem, dos de
hoje e dos de amanhã, uma lembrança que se contrapõe à ausência física dessas pessoas.

13. No primeiro verso, os vocábulos “nada” e “não” apresentam a ideia de negação. Consi-
derando-se o contexto, morfologicamente, devem ser classificados como:
a. substantivos.
b. advérbios.
c. adjetivos.
d. pronomes.
e. preposição.

Letra a.
Os vocábulos “nada” e “não” estão precedidos de artigo, portanto foram substantivados, ou
seja, tornaram-se substantivos.

14. Considere o verso “e os de amanhã se reconhecem” (v.16) e o contexto em que está


inserido. A construção em destaque ilustra:
a. um verbo pronominal.
b. a noção de reciprocidade.
c. a voz passiva sintética.
d. a indeterminação do sujeito.
e. uma construção passiva analítica.

Letra b.
O pronome “se” denota reciprocidade, uma vez que “se reconhecem” significa “reconhe-
cem-se uns aos outros”. Trata-se de um pronome reflexivo recíproco.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

15. No verso “Há tempos treino/ o equilíbrio sobre” (v.4/v.5), destacam-se dois verbos. Ao
analisá-los com atenção, é correto afirmar que:
a. O verbo “há” é impessoal e poderia ser substituído por “existir”.
b. “treino” está no singular, concordando com um substantivo “equilíbrio”.
c. “há” está flexionado na primeira pessoa do singular, assim como “treino”.
d. O verbo “treino” concorda com um sujeito que não está explícito no verso.
e. O verbo “há” poderia, facultativamente, concordar com o substantivo “tempos”.

Letra d.
a. O verbo “haver” é impessoal, porém, indicando tempo passado, é adequadamente subs-
tituído por “fazer”, não por “existir”.
b. A forma verbal “treino” concorda com o pronome “eu”, implícito.
c. A forma verbal “há” está flexionada na terceira pessoa do singular.
d. De fato, “treino” concorda com o sujeito oculto “eu”.
e. Sendo impessoal, “há” não pode concordar com “tempos”, seu objeto direto. A concor-
dância de um verbo é estabelecida basicamente com seu sujeito.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E


RECURSOS HUMANOS – SEMARH
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2019
AGENTE ADMINISTRATIVO – AGENTE ADMINISTRATIVO (SAAE)

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia atentamente o texto abaixo para responder as questões 1 a 8.

Annabel Lee
Edgar Allan Poe
(tradução de Fernando Pessoa)

 Foi há muitos e muitos anos já,/ Num reino de ao pé do
 mar.
 Como sabeis todos, vivia lá/ Aquela que eu soube amar;
 E vivia sem outro pensamento/ Que amar-me e eu a
 adorar.
 Eu era criança e ela era criança,/ Neste reino ao pé do
 mar;
 Mas o nosso amor era mais que amor/ - O meu e o dela
 a amar;
 Um amor que os anjos do céu vieram/ a ambos nós
 invejar.
 E foi esta a razão por que, há muitos anos,/ Neste reino
 ao pé do mar,
 Um vento saiu duma nuvem, gelando/ A linda que eu
 soube amar;
 E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,
 Para a fechar num sepulcro/ Neste reino ao pé do mar.
 E os anjos, menos felizes no céu,/ Ainda a nos invejar...
 Sim, foi essa a razão (como sabem todos,/ Neste reino
 ao pé do mar)
 Que o vento saiu da nuvem de noite/ Gelando e
 matando a que eu soube amar.
 *barras marcam divisão dos versos do poema.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

1. De acordo com o texto, assinale alternativa correta.


a. É um poema escrito em prosa e possui rimas e estrofes.
b. Há um cenário litorâneo e discorre sobre um amor que teve um mavioso final.
c. O texto apresenta um relacionamento amoroso pueril com interferência de seres
espirituais.
d. Os anjos e o vento participam do enredo e se entristecem com a morte da moça.

Letra c.
a. O poema é escrito em versos, possui rimas e uma só estrofe.
b. O fim da história de amor não é “mavioso”, ou seja, afetuoso.
c. O amor pueril manifesta-se na simplicidade de sentimentos, na pureza do amor que um
nutre pelo outro, sentimento que é admirado/invejado pelos anjos do céu.
d. O vento gela a moça, portanto não se entristece com a morte dela.

2. “E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,”[...]. Quanto ao significado da pala-


vra em destaque, no contexto textual, assinale a alternativa incorreta.
a. nobre.
b. aristocrático.
c. plebeu.
d. ilustre.

Letra c.
A palavra “fidalgo” denota, no poema, nobreza, aristocracia, a classe dos ilustres. Portanto,
não pode assumir o significado contido em “plebeu”.

3. Observe:

I – “Um amor que os anjos do céu vieram/ a ambos nós invejar.”


II – “E os anjos, menos felizes no céu,/ Ainda a nos invejar...”

Sobre os vocábulos em destaque, assinale a alternativa correta.


a. No primeiro enunciado, o vocábulo é um pronome possessivo do caso oblíquo e no
segundo, um pronome do caso reto.
b. No primeiro enunciado, o vocábulo é um pronome pessoal do caso reto e no segundo,
um pronome pessoal do caso oblíquo.
c. No primeiro enunciado, o vocábulo é um pronome demonstrativo do caso reto e no
segundo, um pronome possessivo do caso oblíquo.
d. No primeiro enunciado, o vocábulo é um pronome indefinido do caso oblíquo e no
segundo, um pronome pessoal do caso reto.

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QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A BANCA IBFC
Professor: Fidelis Almeida

Letra b.
A forma pronominal “nós” é um pronome pessoal do caso oblíquo, uma vez que funciona
como complemento verbal de “invejar”; já “nos” também é um pronome pessoal do caso
oblíquo. O gabarito oficial definitivo aponta a alternativa “b” como correta, porém mesmo
ela apresenta incorreção ao apontar “nós” como pronome pessoal do caso reto. O pronome
não desempenha função sintática de sujeito, é antecedido de preposição. Como poderia,
pois, ser do caso reto? Não há base gramatical para tal classificação.

4. Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

 (  ) A
� expressão “ao pé do mar”, utilizada no texto, sugere que o cenário da história
acontece em um local arredado da praia.
 (  ) “� E vivia sem outro pensamento”. A ação do verbo em destaque faz referência ao ser
amado pelo eu lírico.
 (  ) E � m dois momentos no poema, é possível observar que o eu lírico apresenta uma

história que era de conhecimento de todos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a. F, F, V.
b. V, V, V.
c. V, F, F.
d. F, V, V.

Letra d.
A primeira afirmativa é falsa, considerando-se que “ao pé do mar” significa “bem próximo ao mar”,
“junto ao mar”. Portanto, o cenário da história não acontece em um local arredado (distante) da praia.
A segunda afirmativa é verdadeira, uma vez que quem pratica a ação indicada por “vivia”
é a amada do eu lírico.
A terceira afirmativa é verdadeira, uma vez que, nas expressões “Como sabeis todos” e
“como sabem todos”, o eu lírico indica que todos conheciam a história contada.

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Professor: Fidelis Almeida

5. A respeito das normas de pontuação utilizadas no texto, analise as afirmativas abaixo e


assinale a alternativa correta.

I – “Foi há muitos e muitos anos já,/ Num reino de ao pé do mar.” No enunciado anterior,
a vírgula foi utilizada para separar um adjunto adverbial.
II – “Mas o nosso amor era mais que amor/ - O meu e o dela a amar;”[...] No enunciado
anterior, o travessão foi utilizado para indicar a fala da personagem (discurso direto).
III – “E os anjos, menos felizes no céu,/ Ainda a nos invejar...” A expressão em destaque
está entre vírgulas porque é um aposto.

a. Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


b. As afirmativas I, II e III estão corretas.
c. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

Letra a.
I. Certo. A vírgula imediatamente após “já” separa o adjunto adverbial de tempo “Foi há
muitos e muitos anos já”, deslocado ao início da oração.
II. Errado. O travessão não indica discurso direto, não reporta a própria fala de uma perso-
nagem, antes destaca um segmento do poema.
III. Errado. A expressão entre vírgulas é um predicativo do sujeito, cujo núcleo é “felizes”,
um adjetivo. Não pode ser um aposto, uma vez que possui natureza adjetiva. Portanto, o
gabarito oficial é passível de anulação.

6. Observe: “Foi há muitos e muitos anos já,/ Num reino de ao pé do mar.” Assinale a alternativa que
apresenta corretamente a regra de acentuação gráfica utilizada nos vocábulos em destaque.
a. As palavras em destaque foram acentuadas por serem oxítonas terminadas com as
vogais “a” e “e”.
b. As palavras em destaque foram acentuadas por serem proparoxítonas terminadas
com as vogais “a” e “e”.
c. As palavras em destaque foram acentuadas por serem paroxítonas terminadas com
as vogais “a” e “e”.
d. As palavras em destaque foram acentuadas por serem monossílabos tônicos termi-
nados com as vogais “a” e “e”.

Letra d.
Os vocábulos “já” e “pé” são acentuados em virtude de serem monossílabos tônicos termi-
nados respectivamente em “a” e “e”.

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7. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do enunciado


abaixo, com respeito ao sentido e significado no texto.
“Eu era criança _____ ela era criança,/ Neste reino ao pé do mar;/ _____ o nosso amor
era mais que amor/ - O meu e o dela a amar;”
a. bem como / porque
b. assim como / entretanto
c. como / visto que
d. todavia / contudo

Letra b.
Eu era criança ASSIM COMO ela era criança,/ Neste reino ao pé do mar;/ ENTRETANTO
o nosso amor era mais que amor/ - O meu e o dela a amar
Entre “ela era criança” e “Eu era criança”, estabelece-se uma relação de comparação, ex-
pressa em “assim como”, “bem como”. Entre “...o nosso amor era mais que amor/ - O meu
e o dela a amar;” e “Eu era criança... ela era criança,/ Neste reino ao pé do mar”, estabele-
ce-se relação semântica de oposição.

8. A vogal “a”, quando inserida em orações e textos, assume funções e classificações dis-
tintas. Analise o seu uso no enunciado a seguir: “E o seu parente fidalgo veio/ De longe
a me a tirar,” [...] Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente a clas-
sificação dos termos em destaque.
a. A primeira vogal “a” é um artigo regido pelo verbo “vir” e a segunda é um pronome
pessoal reto.
b. A primeira vogal “a” é uma preposição regida pelo verbo “vir” e a segunda é um pro-
nome pessoal oblíquo.
c. A primeira vogal “a” é uma conjunção regida pelo verbo “vir” e a segunda é um
artigo definido.
d. A primeira vogal “a” é um advérbio regido pelo verbo “vir” e a segunda é um pronome
indefinido.

Letra b.
O primeiro vocábulo “a” é preposição, ligando-se a “tirar”; o segundo “a” complementa o
verbo “tirar”, é pronome.

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Professor: Fidelis Almeida

9. A respeito das normas de ortografia, analise as afirmativas abaixo e assinale a alterna-


tiva correta.

I – Em Língua Portuguesa, há os vocábulos “viagem” e “viajem”, ambos corretamente escritos,


porém com classificações distintas. O primeiro é um substantivo e o segundo, uma forma verbal.
II – Os vocábulos “mecha” e “mexa” existem na Língua Portuguesa, no entanto possuem
classificações distintas. O primeiro é uma forma verbal e o segundo é um substantivo.
III – “Há um perigo eminente, nesta rodovia, por conta dos vários buracos no asfalto.” O
vocábulo em destaque está corretamente grafado e traz como significado algo pró-
ximo de acontecer.

a. Apenas a afirmativa I está correta.


b. Apenas a afirmativa III está correta.
c. Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d. Apenas as afirmativas I e II estão corretas

Letra a.
I. Certo. As formas “viagem” e “viajem” são homônimas homófonas. A primeira é um subs-
tantivo; a segunda é flexão do verbo “viajar”.
II. Errado. Trata-se da classificação inversa: “mecha” é substantivo; “mexa” é verbo.
III. Errado. O vocábulo a ser grafado deve ser o “iminente”, significando algo que está pró-
ximo de ocorrer. A forma “eminente” significa “notável”.

10. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas abaixo.

I – A proibição não se referia _____ pessoas idosas.


II – A Fantasia foi inspirada _____ Luís XV.
III – Os tripulantes da embarcação desceram _____ terra.
IV – Sempre falei _____ pessoas que necessitavam de conselhos.

a. as / a / a / à
b. às / à / a / à
c. às / à / a / a
d. as / à / a / à

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Professor: Fidelis Almeida

Letra c.
I. O verbo “referir-se” rege a preposição “a”, que se funde ao artigo “as”, determinante de
“pessoas”: A proibição não se referia às pessoas idosas.
II. Quando se subentende a expressão “a moda de”, emprega-se sinal indicativo de crase.
III. Não se emprega sinal indicativo de crase antes da expressão “terra” na acepção de
“terra firme”, “chão”.
IV. Não se emprega sinal indicativo de crase antes de substantivos do gênero feminino
empregados em sentido indeterminado.

11. As palavras, quando inseridas em frases e textos, devem concordar entre si. A este res-
peito, assinale a alternativa incorreta.
a. Faz três semanas, que não chove por aqui.
b. Se você ver meu celular por aí, avise-me, por favor.
c. É meio dia e meia e o sol está no seu período mais forte.
d. Foram encontradas bastantes coisas inusitadas na rua após a grande chuva.

Letra b.
a. Errado. O verbo “fazer”, na indicação de tempo passado, é impessoal. Portanto, é flexio-
nado na terceira pessoa do singular.
b. Certo. A forma verbal correta é “vir”, no futuro do subjuntivo do verbo “ver”.
c. Errado. Na indicação de horas, o verbo “ser” concorda com o numeral.
d. Errado. A expressão “Foram encontradas” concorda com seu sujeito “bastantes coisas
inusitadas”; o adjetivo “bastantes” concorda com “coisas”.

12. Analise as afirmativas abaixo e atribua valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

 (  ) “� Os jabutis machos possuem o plastrão côncavo”. A palavra em destaque é uma


proparoxítona e por isso está corretamente acentuada.
 (  ) “� Filantropo é aquele que ama a humanidade”. A palavra em destaque deveria rece-
ber acento circunflexo por ser uma proparoxítona.
 (  ) “� Esta instituição desenvolve vários trabalhos filantrópicos”. A palavra em destaque
recebe acento circunflexo por ser uma proparoxítona.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a. V, F, F.
b. V, V, F.
c. F, V, V.
d. V, F, V.

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Letra a.
A primeira afirmativa é verdadeira, uma vez que todas as proparoxítonas, a exemplo de
“côncavo”, são acentuadas.
A segunda afirmativa é falsa, uma vez que “filantropo” não recebe acento gráfico.
A terceira afirmativa é falsa, uma vez que o vocábulo “filantrópicos” é proparoxítona com
acento agudo.

13. Analise os enunciados abaixo e assinale a alternativa que apresenta, correta e respec-
tivamente, a classificação dos termos destacados.

I – Paulo, o jovem mais dedicado da turma, recebeu o título de funcionário do mês.


II – Paulo, o jovem mais dedicado da turma recebeu o título de funcionário do mês.

a. I – sujeito e aposto; II – vocativo e sujeito.


b. I – vocativo e sujeito; II – sujeito e aposto.
c. I – aposto e sujeito; II – sujeito e vocativo.
d. I – vocativo e aposto; II – aposto e sujeito.

Letra a.
Em I, os termos destacados são respectivamente sujeito, que concorda com “recebeu”, e
aposto, que explica o termo “Paulo”, estabelecendo correferência semântica.
Em II, os termos destacados são respectivamente um vocativo, que indica chamamento, e
sujeito, que concorda com “recebeu”.
Veja-se que o aposto explicativo vem entre vírgulas.

14. Há normas que orientam para o correto uso dos pronomes pessoais em frases e textos.
Eles podem ser usados antes, no meio ou após o verbo da oração. A este respeito, assi-
nale a alternativa correta.
a. Segue-se a norma da ênclise quando a oração estiver na negativa. Exemplo: “Não se
incomode demais”.
b. Segue-se a norma da próclise quando a oração for iniciada por verbo. Exemplo: “Cor-
tou-se sem querer”.
c. Segue-se a norma da próclise quando o verbo estiver no gerúndio. Exemplo: “Correu
ao seu encontro, abraçando-o fortemente”.
d. Segue-se a norma da mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente e não
houver palavras que exijam o uso da próclise. Exemplo: “Encontrar-te-ei mais tarde”.

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Professor: Fidelis Almeida

Letra d.
a. Errado. Quando a oração está na forma negativa, segue a forma da próclise.
b. Errado. Quando a oração for iniciada por verbo, segue a norma da ênclise.
c. Errado. Quando o verbo estiver no gerúndio, segue-se a norma da ênclise.
d. Certo. De fato, quando o verbo está no futuro do presente, a norma aponta para o em-
prego da mesóclise.

15. Analise os enunciados abaixo e assinale a alternativa incorreta quanto ao uso da vírgula.
a. “Ao longo dos anos, Juninho participou de inúmeras feiras de adoção, mas sem
sucesso. A boa notícia só veio no começo de 2020 quando uma família entrou em
contato ao ver a foto do pequeno, no site da ONG”.
b. “A jovem de 25 anos, da Florida, Estados Unidos, deu à luz aos gêmeos Kaylen e
Kayleb em 27 de dezembro de 2019, aproximadamente 10 meses depois que os
outros filhos, Malakhi e Mark, vieram ao mundo, em 13 de março”.
c. “Passear por um mercado municipal não custa nada, além de ser delicioso! Por lá
você, pode degustar frutas, provar iguarias e fazer um lanche investindo pouco”.
d. “Para ela, que também é mãe de uma menina de 2 anos, não foi surpresa alguma
quando os batimentos cardíacos dos filhos surgiram no ultrassom”.

Letra c.
a. Errado. A primeira vírgula isola adjunto adverbial de longa extensão deslocado; a segun-
da separa oração coordenada adversativa; a terceira separa adjunto adverbial, sendo de
emprego facultativo.
b. Errado. As duas primeiras vírgulas isolam expressão explicativa; a segunda e a terceira
vírgulas isolam expressão explicativa; a quarta vírgula separa expressão explicativa; a
quinta e a sexta isolam aposto explicativo.
c. Certo. A segunda vírgula separa sujeito de predicado, o que é ilícito gramaticalmente.
d. Errado. As duas vírgulas isolam oração subordinada adjetiva explicativa.

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Professor: Fidelis Almeida

GABARITOS

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 29/2020 – DRH/SEAP
AGENTE DE EXECUÇÃO – TÉCNICO DE MANEJO E MEIO AMBIENTE
1. A
2. C
3. B
4. D
5. D

SECRETARIA DE ESTADO DE GESTÃO ESTRATÉGICA E ADMINISTRAÇÃO – SEGAD


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO – SEED
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2021
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – LÍNGUA PORTUGUESA
1. A
2. C
3. B
4. C
5. D

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 29/2020 – DRH/SEAP
AGENTE PROFISSIONAL – ENGENHEIRO FLORESTAL
1. D
2. C
3. A
4. E
5. A

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Professor: Fidelis Almeida

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 28/2020 – DRH/SEAP
AGENTE DE EXECUÇÃO – TÉCNICO EM ENFERMAGEM
1. C
2. C
3. B
4. A
5. E

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – RN


SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS – SEMARH
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2019
ADMINISTRADOR
1. C
2. C
3. C
4. B
5. A
6. D
7. C
8. D
9. C
10. C

MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS S.A. – MGS


PROCESSO SELETIVO PÚBLICO SIMPLIFICADO – EDITAL N. 03/2021
ASSISTENTE SOCIAL
1. C
2. B
3. D
4. X
5. B

X — questão anulada

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Professor: Fidelis Almeida

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE


PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO – EDITAL N. 06/2021
SUPERVISOR DE PESQUISAS – GERAL
1. B
2. B
3. C
4. D
5. D
6. A
7. B
8. C
9. D
10. D
11. B
12. A
13. A
14. B
15. D

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E


RECURSOS HUMANOS – SEMARH
CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 01/2019
AGENTE ADMINISTRATIVO – AGENTE ADMINISTRATIVO (SAAE)
1. C
2. C
3. B
4. D
5. A
6. D
7. B
8. B
9. A
10. C
11. B
12. A
13. A
14. D
15. C

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#VEM

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