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Administrativo

Profa. Eugênia

11/03/2011

Ponto 5 – Quanto aos seus Objetivos de Contenção do Exercício dos


Direitos Individuais: Poder de Polícia
Pode atuar preventivamente ou repressivamente contra alguma fraude; ex.:
vigilância sanitária, que fiscaliza produtos com prazos de validade vencido.

O uso do poder de policia serve também para que se “desafogue” o judiciário


– já que a ação poderia ser imediata, sem a necessidade de se solicitar uma
decisão judiciária.

A. Conceito – Art. 78 CTN – fala aqui do código tributário porque ele


permite que sejam cobradas taxas por conta do poder de policia (ex:
taxas para tirar carteira de motorista, etc.)
a. Razão – Interesse Social – Para restringir determinadas
atividades; ex.: para dirigir, é preciso que se prove que tem
condições, tirando uma licença para dirigir; se não o fizer,
haverá sanções.
b. Fundamento – Supremacia do Estado

B. Atributos (Características):
a. Discricionariedade e Vinculação – antigamente se falava só
em discricionariedade; atualmente, também se menciona a
vinculação. Na discricionariedade, a administração opta ou não
por atuar; no caso da vinculação, a administração deve agir.
Ex.: uma piscina com foco de dengue em uma casa: a principio,
a administração poderia entrar na casa para usar o fumacê;
porém, como há o principio da inviolabilidade do lar, a
administração pode resolver não entrar e agir de outra forma.
Isto seria uma discricionariedade. Há casos em que a
administração deve fiscalizar – por exemplo, quando se sabe
que há uma pessoa dirigindo sem a carteira de motorista – seria
uma vinculação.
Assim, dependendo da situação concreta, o poder de policia é
discricionário e em outros é vinculado.
b. Auto-executoriedade – Exceção? Multa – atos auto-
executórios são quando a administração não precisa de uma
decisão judicial para agir – por ex.: para apreender um alimento
com prazo de validade vencido. A regra geral é que o poder de
policia seja auto-executório, mas há exceções, como no caso
de cobrança de multa (não é auto-executório e depende da
justiça para ser executado).
c. Coercibilidade – poder de imposição da administração,
inclusive podendo solicitar força policial, por ex.

C. Sanções – o tipo de sanção é estipulada na lei e poderá varia de


acordo com o tipo de problema enfrentado.

D. Condições de Validade: as mesmas dos atos administrativos,


acrescidas da legalidade dos muitos utilizados pela
Administração e da Proporcionalidade das Sanções
Como: Competência, Finalidade da Lei, Forma que a Lei determina,
Razão e Motivo não podem ser aleatórios, Conteúdo do Ato deve estar
presente.
A administração deve usar dos meios legais.
Além disso, a sanção deve ser proporcional ao ato praticado.

E. Policia Administrativa – é diferente da Policia Judiciária, que a policia


que comumente vemos no dia a dia.
a. Incide sobre bens, direitos e atividades
b. Se reparte entre os diversos órgãos da Administração
c. Ilícito Administrativo
Policia Judiciária
d. Incide sobre pessoas
e. Privativa das Corporações especializada (Policia Civil e
Militar)
f. Ilícito Penal
Há casos em que as duas policias podem ser usadas conjuntamente; ex.:
se há um desabamento de uma construção, ambas poderão ser
acionadas. O mesmo se aplica a ilícitos ambientais, que se enquadram
tanto na esfera administrativa quanto na esfera penal.

F. Atividades e Comportamentos sujeitos à Fiscalização dos Órgãos


de Policia Administrativa
a. Objeto
b. Finalidade
c. Extensão
d. Limites

G. Policia Administrativa da União, dos Estados, dos Municípios – se


tem competência para legislar, tem poder de policia.

Ponto 6 – Uso e Abuso de Poder – Vale para todos os Poderes.


A. Uso de Poder Administrativo – deve ser usado dentro dos
parâmetros legais. Pode existir, contudo, situação em que a
administração não faz uso, mas abusa do poder...

B. Abuso de Poder ou de Autoridade


a. Excesso de Poder – vai além do que podia fazer; ex.: a lei diz
que o fiscal pode aplicar a multa; ele aplica a multa, apreende a
mercadoria, fecha o estabelecimento, ... esses atos estariam
sujeitos a anulação.
b. Desvio de Finalidade – usar do poder que a administração
tem, com fim diverso do previsto. Ex.: um superior na
administração determina a apuração de uma falta de um seu
subordinado, com a finalidade de perseguí-lo (ou para o
benefício de outrem). O problema aqui seria conseguir provar
que houve de fato um desvio de finalidade.

Questões Abertas (não serão resolvidas na sala, mas as objetivas


passadas em sala o serão).

1. Qual o sentido de proporcionalidade como condição de validade


do exercício do poder de policia?
2. A atividade administrativa decorrente do poder de policia
comporta exercício discricionário? Se sim, haveria condições
exigíveis para a regularidade desse exercício?
3. Discorra, brevemente, sobre os momentos do exercício do poder
de policia
4. Quais os principais atributos do poder de policia? Explique-os

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