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CURITIBA
2005
CAMILA SEIFERT
GLAUCO LICHEVESKI
MARCO ANTÔNIO DO NASCIMENTO JOÃO
NATALIE SCANDELARI LEMOS
CURITIBA
2005
Excluído: ¶
“A mulher é como um saquinho de chá; nunca se sabe quão forte é até
que seja colocada em água fervente” Eleanor Roosenvelt Excluído: ¶
RESUMO
Excluído: ¶
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
Excluído: ¶
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................6
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA...................................................................................8
1.2 JUSTIFICATIVA TEÓRICA E PRÁTICA ..................................................................8
1.3 OBJETIVOS ..............................................................................................................8
1.3.1. OBJETIVOS GERAIS ...........................................................................................8
1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................8
1.4 HIPÓTESES ..............................................................................................................9
1.5 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................................9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 10
2.1. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ........................................................... 10
2.1.1 FATORES CULTURAIS ..................................................................................... 10
2.1.2 FATORES SOCIAIS ........................................................................................... 11
2.1.3 FATORES PESSOAIS........................................................................................ 11
2.1.4 FATORES PSICOLOGICOS .............................................................................. 12
2.1.4 FATORES BIOLOGICOS ................................................................................... 12
2.2. MOVIMENTO FEMINISTA E INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA ......................... 13
3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 15
3.1 ESPECIFICAÇÃO DO PROBLEMA...................................................................... 16
3.1.1 PERGUNTAS DE PESQUISA............................................................................ 16
3.2. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA............................................................................ 17
3.2.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................... 17
3.2.1.1 PEDAGOGIA WALDORF ................................................................................ 19
3.2.1.2 CÁLCULO DAS AMOSTRAS .......................................................................... 20
3.2.3. TIPOS E COLETAS DE DADOS....................................................................... 20
3.2.4. LIMITAÇÕES DA PESQUISA ........................................................................... 20
4. TENDÊNCIAS DE MERCADO NO CONSUMO FEMININO E A REALIDADE
DE CONSUMO DO MERCADO BRASILEIRO.................................................... 22
4.1 AS MULHERES COMPRAM OU INFLUENCIAM NA AQUISIÇÃO DE TODAS
AS MERCADORIA DE CONSUMO? .................................................................... 22
4.2 AS MULHERES COMPRAM CARROS OU INFLUÊNCIAM NA VENDA
DELES? ................................................................................................................. 26
4.3 QUAL A MAIOR RENDA FAMILIAR, DO HOMEM OU DA MULHER? ............... 27
4.4 SÃO AS MULHERES QUE CONTROLA OS GASTOS CASEIROS? ................. 31
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 33
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 35
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO. .............................................................................. 36
Excluído: ¶
6 Excluído: ¶
1. INTRODUÇÃO Excluído: ¶
A maior guerra mundial de todos os tempos não tem nada haver com posse
de terras, petróleo e diferenças políticas ou religiosas. A maior guerra do mundo
começou logo na sua criação, e até hoje seus exércitos continuam lutando pela
disputa do poder. Estamos falando da guerra dos sexos.
A guerra dos sexos é eterna e o exército que mais luta para demonstrar seu
poder nesta batalha, é o exército feminino.
Na antiguidade, a mulher era tratada pela sociedade (leia-se ‘pelo sexo
masculino’) como sinônimo de pecado. Acreditava-se que ela não tinha direito à
alma e através da soberania desenvolvida pelo homem, criaram-se teorias e regras
que tornaram as mulheres totalmente subalternas, explicitamente subordinadas,
dependentes e submissas. Neste período é claro que não podemos falar em guerra
dos sexos, até porque a mulher não tinha direito a nada, muito menos de reivindicar
alguma consideração pela sua contribuição ao mundo.
Mas durante os séculos as mulheres começaram a tomar seu espaço e a
mostrar, cada vez mais, sua força nesta luta de poderes, conquistando seu espaço.
No século XX as mulheres deram a volta por cima lutando pelos seus direitos,
surgiram as anarco-feministas, que propunham a emancipação da mulher em todos
os planos de vida social. O feminismo tornou-se respeitado e as mulheres
reivindicaram o direito ao trabalho, ao estudo e ao voto. Até que a luta pelo sufrágio
deixou de representar uma subversão para tornar-se elegante na elite.
No contexto atual, no modo de vida urbano, a família se modifica, o estudo e
o trabalho da mulher fora de casa passam a serem vistos, não só como formas de
auto-afirmação, mas como necessidade na composição da renda familiar, levando
outros fatores como o cuidado com o lar, a decisão pelo número de filhos e a relação
com o marido a mudanças radicais e a batalhas históricas nesta guerra.
direcionados para entender esta nova mulher e estes novos comportamentos sociais
e econômicos. As alterações no comportamento feminino alteraram os estilos de
vida das famílias, modificando as atitudes dos esposos, filhos e todas as suas
relações com a sociedade, gerando assim a necessidade de novos e variados
estudos sobre o comportamento da mulher como ser humano e no caso deste
trabalho apresentado a seguir, como consumidora.
1.3 OBJETIVOS
1.4 HIPÓTESES
antropólogos nos mares do Sul. É um molde no qual todos nós estamos incluídos, e
que controla nossa vida diária de muitos modos insuspeitos” Edward T. Hall.
Segundo o dicionário Aurélio, cultura é “o complexo dos padrões de
comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e
materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade;
civilização”. Ou seja, para compreender a cultura de certa sociedade, é preciso
examinar detalhadamente fatores como idioma, conhecimento, leis, religiões, hábitos
alimentares, música, arte, tecnologia, tipos de trabalho, produtos, etc.
A cultura é, em grande parte, aprendida e existe para atender às
necessidades das pessoas dentro de uma sociedade. Ela proporciona ordem,
direção e orientação (auxiliando também a solução do problema humano) através do
fornecimento de métodos “testados e aprovados” de satisfação das necessidades
psicológicas, pessoais e sociais. A cultura fornece padrões e regras sobre quando
comer, onde comer, o que comer, o que vestir, etc.
desigual nos diversos países, principalmente pela divergência cultural. Ainda existem
países que encontram dificuldades nas reivindicações feministas, principalmente os
africanos e alguns asiáticos.
15 Excluído: ¶
3. METODOLOGIA Excluído: ¶
FAIXA ETÁRIA
60% 54,2%
50%
40%
30% 23,6%
20%
9,6%
10% 4,2% 4,8% 3,6%
0%
De 14 a 20 De 21 a 27 De 28 a 34 De 35 a 41 De 42 a 48 De 49 a 55
anos anos anos anos anos anos
ESTADO
80%
67,6%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
9,6% 7,8% 8,4%
10% 0,6% 0,6% 0,6% 2,4% 2,4%
0%
AM BA MG PE PR RJ RS SC SP
Acima de R$ 7.793,00 A1
De R$ 7.792,00 a R$ 4.648,00 A2
De R$ 4.647,00 a R$ 2.804,00 B1
De R$ 2.803,00 a R$ 1.669,00 B2
De R$ 1.668,00 a R$ 927,00 C
De R$ 926,00 a R$ 424,00 D
De R$ 424,00 a R$ 207,00 E
30%
24,1% 25,3%
25%
20%
18,7%
15% 12,7%
10,2%
10% 7,2%
5% 1,2%
0,6%
0%
acima de 7.792 a 4.647 a 2.803 a 1.668 a 926 a 424 a Não
7.793 4.648 2.804 1.669 927 424 207 trabalha
n - Z2 Α^p Α
^
q
2
d
onde:
Z = abscissa da distribuição normal padrão;
p^ = estimativa da verdadeira proporção de um dos níveis da variável escolhida;
q^ = 1 – ^p;
d = erro amostral, expresso em decimais.
Ao utilizar um nível de confiança de 95%, considerou-se uma abscissa da
distribuição normal padrão a 1,96 (Z). A estimativa da verdadeira proporção utilizada
foi de 50%. Então:
• Homens: sempre se movimentam mais rápido dentro de uma loja. Os homens gastam
menos tempo olhando. E, em geral não gostam de perguntar onde as coisas estão. A
gente vê um homem caminhar impacientemente pela loja até a seção que deseja,
pegar algo e, quase abruptamente, ele está pronto para comprar! Para um homem,
ignorar o preço na etiqueta é quase um sinal de virilidade. (Como as Mulheres
Compram, 1999, p. 8)
• Mulheres: querem um plano cuidadosamente elaborado, querem ser ouvidas, querem
ser levadas a sério. Querem ler o material e refletir sobre ele. O que as mulheres não
querem é uma demonstração de vendas à queima-roupa. (Como as Mulheres
Compram, 1999, p. 8) As mulheres têm um conjunto de prioridades, preferências e
atitudes muito diferentes. Seu processo de decisão de compra é radicalmente
diferente e elas respondem de forma diferente às mídias, mensagens, linguagem e
visual utilizados pelo marketing. (Como as Mulheres Compram, 1999, p. 24).
70% 61,8%
60%
50%
40%
27,9%
30%
20%
7,9%
10% 2,4%
0%
Mulher Esposo ou Decisão em Outros
companheiro conjunto
50%
38,4%
40% 34,8%
30%
20,1%
20%
60%
50,3%
50%
40%
28,5%
30%
19,4%
20%
10% 1,8%
0%
Mulher Esposo ou Decisão em Outros
companheiro conjunto
60% 55,8%
50%
40% 33,9%
30%
20%
10,3%
10%
0%
Sim, particular Sim, empresarial Não
40% 35,4%
35% 31,0%
30%
25% 19,5%
20%
15% 9,8%
10% 4,3%
5%
0%
Mulher Esposo ou Plano padrão da Plano padrão da Outros
companheiro empresa onde empresa onde o
trabalha esposo trabalha
70% 66,7%
60%
50% 46,9%
39%
40% 33,3% 34%
29,8%
30% 25% 26,8%
19,5% 21,9%
20% 17% 14,9%
9,8%
10% 4,9% 4,3%3,1% 3,1%
0% 0% 0%
0%
Mulher Esposo ou Plano padrão da Plano padrão da Outros
companheiro empresa onde eu empresa onde meu
trabalho marido trabalha
60% 51,5%
50%
40%
30% 24,8%
18,2%
20%
10% 5,5%
0%
Mulher Esposo ou Decisão em Outros
companheiro conjunto
35% 31,2%
30% 27,4% 27,4%
25%
20%
15%
10% 6,7% 7,3%
5%
0%
Muito alta Alta Média Baixa Muito baixa
MAIOR REMUNERAÇÃO
70% 64,4%
60%
50%
40%
30%
16,9% 18,6%
20%
10%
0%
Mulher Esposo ou companheiro Remunerações compatíveis
80%
70% 66,7%
60%
90%
80,0%
80%
70%
55,6% 57,1%
60%
50%
20% 14,3%
11,1% 12,0%
8,0%
10%
0%
Ensino Médio Graduação incompleta Graduação completa Pós-Graduação, Mestrado,
doutorado e/ ou PHD
Popcorn (1999) refere-se que 40% das famílias com posses acima de $600
são dirigidas por mulheres. Porém, no Brasil, as mulheres com tais posses dirigem
28,6% das famílias (ver gráfico 15). Tendo em vista a sociedade brasileira como um
todo, esse percentual é significativo.
Percebe-se que quanto menor é a renda familiar, maior é o comando da
família pela mulher (ver gráfico 16).
31 Excluído: ¶
Gráfico 15: Comando das famílias com renda acima de R$1.668 Excluído: ¶
60%
48,6%
50%
40%
28,6%
30% 22,86%
20%
10%
0%
Mulher Esposo ou companheiro Remunerações compatíveis
30%
24,3%
25%
20%
15,7%
15% 12,9%
10%
10% 8,6%
7,1% 7,1%
5,7%
4,3%
5% 2,9%
1,4%
0%
0%
Mulher Esposo ou companheiro Remunerações compatíveis
70% 61,7%
60%
50%
40%
30%
20,0% 18,3%
20%
10%
0%
Mulher Esposo ou companheiro Outros
90%
76,6%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20% 11,7% 11,7%
10%
0%
Mulher Pais Outros
investigação do assunto.
A partir do resultado da pesquisa, constatou-se diferenças de comportamentos
se comparados às hipóteses citados pela escritora, os quais serão relatadas
a seguir :
1) Constatamos que no Brasil 27,9% das mulheres decidem a compra de
aparelhos eletro-eletrônicos, enquanto que nos EUA este valor é de 51%.
Entretanto, quando apuradas as decisões na compra em conjunto “mulher e
maridos “ brasileiros, este percentual sobe para 61,8%, e para 73% quando
se trata da influência da mulher na compra destes produtos.
2) Com relação à compra de medicamentos, a mulher brasileira decide com
50,3% e a norte-americana com 75%. Importante mencionar que no Brasil
55,8% das mulheres tem plano de saúde empresarial.
3) No Brasil, 24,8% das mulheres decidem a compra de automóveis, sendo
que nos EUA esta participação é de 50%. Mas quando a decisão é em
conjunto com os maridos, o percentual no Brasil salta para 51,5% e nos
EUA para 80%. Ressaltamos que a influência da mulher brasileira nesta
compra é de 58,6%.
4) No quesito salário, 16,9% das mulheres brasileiras ganham mais que seus
maridos, enquanto nos EUA essa participação alcança 22,7%. No Brasil,
18,6% da s mulheres tem remuneração compatíveis aos seus maridos.
5) Observamos também que 28,6% das mulheres brasileiras e com posse
acima de R$ 1.668,00 comandam a casa. Nos EUA , esta participação é de
40%. E 61,7% das brasileiras controlam os gastos em geral, contra 80%
das americanas.
Tendo em vista a conjuntura atual do país, em especial a situação sócio-
econômica e as diferenças culturais, principalmente se comparado aos Estados
Unidos da América, os resultados em geral não foram tão discrepantes.
Comparando o nível de desenvolvimento desses paises, percebemos que os
resultados são proporcionais. É importante ressaltar, que a literatura americana não
deve ser aplicada em absoluto, pois faz-se necessária uma adaptação dos valores
culturais e a realidade do atual desenvolvimento. Por isso é indispensável um estudo
aprofundado sobre a consumidora brasileira pelos profissionais de marketing.
35 Excluído: ¶
REFERÊNCIAS Excluído: ¶
Nome:
Cidade:
Estado:
( ) Prestando serviços
( ) Desempregada
( ) Muito baixa