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CURSO DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (PLE)

JANEIRO/ABRIL 2011
ANA ESTER RODRIGUES

Uma Quebequense Madeirense


Chamo-me Estelle Dubois, tenho vinte e oito anos e nasci em Montreal. Sou inspectora pública e trabalho
na Câmara Municipal de Montreal, na área do Meio Ambiente. A minha paixão é o design; sou decoradora
e tenho uma empresa.
Uma parte da minha família mora na ilha de Montreal, mais precisamente em Saint-Sauveur, em Laval. A
outra parte vive na ilha da Madeira, mais exactamente na Cidade do Caniço.
Foi na cidade-luz, Paris, que fiquei noiva e vou casar em Abril de 2012 na Madeira, onde moram os pais e
avós do meu noivo. Gosto de viajar e queria ir à Tailândia. Já estive no continente europeu: Itália, França,
Portugal e Inglaterra. Visitei a ilha da Reunião e gostei muito dessa minha viagem, dos habitantes e dos
modos de vida. Quando lá cheguei perdi a minha bagagem e, no entanto, voltei de lá, trazendo uma
bagagem repleta de experiências. 
Sou a madrinha da Mia, a gata da minha irmã, e gosto de música, das artes, da pintura, do cinema e adoro
cozinhar.
Sou do signo zodiacal de Leão que diz que sou imaginativa e apaixonada.
Gosto de fruir das coisas simples da vida com alegria e na companhia de amigos e família. 
Estas aulas são muito interessantes e vão permitir-me adquirir as bases de uma cultura luso-
quebequense, que transmitirei, um dia, aos meus filhos e filhas.

Estelle Dubois

Em Vittel, Há Água Pura
Chamo-me Nordin Lazreg e, como o meu nome não indica, sou francês, filho de pai argelino e de mãe
francesa, de origem polaca.
Tenho vinte e quatro anos, mas, como toda a gente diz, pareço mais novo, o que pode tornar-se um pau
de dois bicos: uma vantagem, mas, por vezes, um inconveniente de monta. Nasci em Nantua, na França,
mas cresci numa cidadezinha termal muito bonita, conhecida pela sua água em toda a Europa, de sua
graça Vittel, situada no nordeste da França, com apenas sete mil habitantes. É uma cidade sossegada…
como eu, apesar de me agradar a vida das grandes cidades.
Evidentemente, não há universidade em Vittel e, por isso, estudei Ciências Políticas em Lyon, em
Salamanca e em Paris. Agora, moro em Montreal, no Canadá, com dois franceses e estou a tirar o curso
de Estudos Latino-Americanos na Universidade de Montreal. Há duas semanas, fui aceite no Curso de
Ciências Políticas desta mesma universidade.
Tenho uma irmã mais velha. Gosto de jogar basquetebol e de ler livros. Gosto muito de música hip
hop dos Estados Unidos, mas ouço também música rap do Brasil, que tem, neste domínio, artistas
conhecidos como os Marcelo D2 e os Racionais MC’s.
Gosto de viajar: já fui à Colombia, à República de São Salvador, à Guatemala, à Costa Rica, a Portugal e
a Inglaterra. Conheço também, e bem, Espanha.
As pessoas acham que sou uma pessoa tímida, discreta e séria e, no fundo até têm razão, mas quando
me conhecem melhor, podem constatar que sou muito divertido, amável e danadinho para contar histórias
aos meus amigos. Também sou um pouco perfeccionista.
Assim sou eu e, apesar dos defeitos que não menciono neste meu auto-retrato, não sou uma pessoa má.

Nordin Lazreg
Mulher Nómada sem Idade nem Fronteiras

Deixei a minha família aos dezanove anos e nunca mais olhei para trás. A minha vida é uma série de
aventuras, de viagens e de mudanças: plantei árvores durante catorze anos no oeste do Canadá, vivendo
na floresta quatro ou cinco meses por ano, mudando de lugar cada duas ou três semanas. Tenho dois
filhos já adultos, um homem e uma mulher, que vivem no oeste do país. Viajei durante alguns anos pela
América Latina, do México até à Terra do Fogo e, depois, pelo sul do Brasil, passando pela Amazônia e,
por fim, até à Colômbia. Andei pelos Andes, de autocarro, a pé, a cavalo, de bicicleta e de barco. Conheci
muitas pessoas lindas e deixei um bocado do meu coração no Brasil. Estive também três vezes na
Europa. Estou agora em Montreal a estudar para, no futuro, desenvolver a actividade de tradutora,
realizando trabalhos pela internet, para obter os meios que me permitirão continuar a viajar.

Josée Bayeur

Uma vida Muito Normal


Sou canadiano de origem angolana, tenho 23 anos e vivo em Laval, depois de ter morado em Montreal. O
movimento da metrópole mudou a minha vida completamente, porque todos os meus amigos não queriam
nada comigo. Foi realmente difícil adaptar-me, já que nunca foi fácil para mim fazer amigos.
Sou uma pessoa que adora sair nos fins-de-semana para tomar um copo ou ir ver um filme no centro da
cidade, acompanhado por pessoas de todas as origens. Mas tenho agora mais cuidado dadas as más
experiências que tenho tido recentemente. Fui insultado e menosprezado, em grande parte da minha
juventude, por pessoas da mesma cor que eu e ainda tenho lembranças que me assustam. O meu pai
sempre me disse que estar só ou na companhia do meu irmão é um grande privilégio. Quando aqui
cheguei não havia quase ninguém da nossa comunidade. É por isso que minha família se tornou muito
importante para mim. Eu gostaria de estudar Psicoeducação, para ajudar as crianças, jovens e adultos,
que têm problemas de integração como eu.
Eu gosto de música e desportos, principalmente do futebol americano que já pratiquei no passado. A
música ajudou-me realmente na depressão, especialmente quando a minha mãe esteve gravemente
doente e os desportos permitiram-me, com a ajuda dos meus treinadores, tornar-me progressivamente
num homem. Agora eu estou na Universidade de Montreal e espero fazer os meus estudos, sem
quaisquer contratempos.
Adonis Mena

Finlandês-canadiano nascido na Alemanha


Chamo-me Lauri Leppanen e sou estudante a tempo inteiro na Universidade de Montreal. Tenho 21 anos
e nasci a 11 de Novembro de 1988, em Swabmunchen, na Alemanha. Embora tenha nascido na
Alemanha, a minha cidadania é finlandesa e há três anos adquiri dupla nacionalidade:
canadiana/finlandesa.
Sou o segundo de três filhos. O meu irmão mais velho será advogado em Londres e a minha irmã mais
nova quer ser médica. Eu serei psicólogo num país europeu. 
Durante o tempo de aulas, vivo em Montreal e durante as férias retorno ao meu país. 
Durante a minha juventude, viajei por muitos países: vivi na Finlândia, na Alemanha e no Canadá e, por
causa disso, falo cinco línguas. Aprendo, neste momento, na universidade de Montreal, a minha sexta
língua: o Português. As línguas fascinam-me muito. Conto aprender russo e sueco, em breve.
Sou também um grande atleta. Gosto de jogar hóquei, floorball e futebol, tão bem como o melhor jogador
do mundo: Cristiano Ronaldo do Real Madrid futebol. Gosto ainda do golfe, de andar de bicicleta, de fazer
marcha e de ténis. Desportos que pratico nos meus tempos livres. 
É durante o outono, o inverno, a primavera e nas noites de verão que eu gosto mais de ter ao pé de mim
umas bebidas e sair com os meus amigos.

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Lauri Leppanen

Uma Americana em Montreal


Nasceu nos Estados Unidos, Mary Soderstrom imigrou para o Canadá em 1968. O seu esposo aceitou um
contrato de três anos, como professor da Universidade McGill. Quarenta e um anos mais tarde
permanecem ambos em Montreal.
Mary escreve há mais de quatro décadas, tendo já onze livros publicados. Durante as pesquisas que fez
para os seus três livros documentais, viajou muito - Brasil, Portugal (Açores e Lisboa), costa ocidental da
Índia, costa oriental de África, etc. - descobriu o património português por todos os locais por onde passou
e reflectiu muito sobre a história portuguesa através dessas traços culturais. Um país pequeno que deixou
tantas marcas por esse mundo fora! Tudo isso motivou-a a escrever um livro sobre os portugueses, as
suas ex-colónias e a influência que nelas deixou. Véhicule Press publicará no próximo ano Making
Waves: The Portuguese Adventure.
Todavia, não é ainda capaz de falar, nem compreender o português oral! Ler, sim, não tem grandes
problemas! Nos últimos seis anos tem lido os jornais portugueses e brasileiros e vários livros de História.
Conversar é que são elas! E é, essencialmente, para ultrapassar este problema que se meteu ao caminho,
frequentando as aulas de língua portuguesa do Luís e a Vitália. Genial! Agora, sim, acredita que, por fim,
vai falar também Português.

Mary Soderstrom

Moro com uma Princesa


Eu sou o Jonathan Giroux, tenho vinte e três anos, quase a fazer vinte e quatro, no dia 17 de Novembro.
Nasci numa pequena cidade de Saint-Georges de Beauce, onde só vivem 35 000 pessoas. Moro
actualmente em Montreal, cidade que adoro, porque nela se encontra um pouco de quase todas as
regiões do mundo. Para além disso, gosto de viver em cidades, onde posso comer num restaurante
diferente todos os dias do ano (o que não e possível na minha cidade natal...) Moro com uma princesa – é
o que ela diz – que, por seu lado, também teve a sorte de me escolher como namorado. Temos os
mesmos interesses: fazer e provar a boa cozinha, ouvir música e, acima de tudo, viajar. Já fomos aos
Estados Unidos, ao México e à Costa Rica e também a alguns países da Ásia. 
Durante as minhas viagens procuro sempre aprender sobre as culturas que descubro, especialmente a
comida do país que visito. Em Montreal, há três anos que trabalho no mercado Jean-Talon, onde se
vendem muitos alimentos exóticos. Uma das boas coisas que tem o meu trabalho é o contacto com outras
culturas e variedades de ofertas culinárias.

Jonathan Giroux

Um Idealista Muito Independente que Gosta de Filosofar


Penso que sou um homem honesto, maduro e fiel.
Sou um idealista muito independente, que gosta de filosofar!
Interesso-me pela aprendizagem de línguas estrangeiras pois elas ajudam-me a comunicar nas viagens
que faço. Falo já francês, espanhol, italiano, alemão, inglês e, dentro de pouco tempo, português.
Gosto particularmente da língua e da literatura francesa. Considero-me um privilegiado por ser professor
de francês, que trabalha com adultos de horizontes diferentes, ajudando-os a integrarem-se na nova
sociedade que eles escolheram.
Gosto de música clássica, de ópera, da canção francesa, do musicall, do jazz vocal, do tango... no fundo,
sou um sentimental!
No verão, dedico-me ao meu jardinzito, onde sou REI: gosto das plantas, dos animais, das luzes e dos
mistérios que nele existem.
No inverno, viajo para o sul.

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Tenho uma imaginação muito fértil e estou sempre pronto para aventuras arrebatadoras… a tempo parcial.

Robert Hyland

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