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Disponível em< http.// www.infoescola.com/geografia/usina-hidreletrica-de belo-monte>Acesso
25/02/11
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Disponível em<http.// www.pantanalnews.com.br/ contents>Acesso 25/02/11
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A polêmica em torno da construção da usina na bacia do Rio Xingu, em sua parte
Paraense já dura mais de vinte anos, entre muitas idas e vindas a hidrelétrica de Belo monte,
hoje é considerada a maior obra do PAC, mas vem sendo alvo de intensos debates na região,
desde 2009, quando foi apresentado o novo estudo de impacto ambiental (EIA)
intensificando-se a partir de fevereiro de 2010 quando o Ministério do Meio Ambiente
concedeu a licença ambiental prévia para sua construção.3
Os números são de alto impacto: terceira maior usina do mundo, onze mil Mega
Watts de potência e um investimento que pode chegar a trinta bilhões de Reais. A Construção
da Usina Hidrelétrica parece agora estar a caminho, pois com a licença prévia o Governo
Federal tem sinal verde para licitar a usina, a outra licença necessária para o inicio das obras
de instalação será exigida após a apresentação de quarenta exigências impostas pelo IBAMA
a empresa vencedora, dentre essas exigências se encontram questões relativas a qualidade da
água, fauna,saneamento básico,população atingida, compensações sociais e recuperação de
áreas já degradadas.4
Apesar de ter conseguido uma licença ambiental prévia a solução parece estar
longe de um consenso pois desde 2001 o Ministério Público Federal do Pará questiona o
projeto na Justiça brasileira, o órgão move oito processos contrários a instalação da Usina. As
principais queixas são o desrespeito aos povos indígenas, os impactos ambientais, e a questão
financeira que envolve Belo Monte, que inicialmente estava orçada em nove bilhões de Reais,
mas agora o governo já admite um custo não inferior a vinte bilhões, e o mercado cogita que
o investimento possa chegar a trinta bilhões.4
Segundo informações do IBAMA, doze comunidades indígenas residem em áreas
que serão afetadas pelo empreendimento de Belo Monte. No entanto, até o ano passado, o
processo de licenciamento da usina ocorreu sem que essas comunidades fossem consultadas,
elas só foram ouvidas depois que o Ministério Público Federal interferiu, segundo acreditam
que essas comunidades tem direito a algum tipo de royalty, algum tipo de remuneração desse
aproveitamento hídrico , o que nunca foi discutido.4
A OAB ( Ordem dos Advogados do Brasil) pediu no dia sete de fevereiro a
completa e imediata paralisação do projeto ate que o Governo apresente as devidas
compensações as cidades e as comunidades afetadas pela construção.5
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Disponível em<http.//www.socioambiental.org./esp/bm/index.asp>Acesso 25/02/11
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Disponível em< http.// www.dw-world.de> Acesso 25/02/11
5
Disponível em< http.//www.http://noticias.r7.com/economia/noticias/oab-questiona-liberacao-
parcial-de-usina-belo-monte-20110207.html>Acesso 25/02/11
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Cronologia:6
1975
1980
1989
1994
2001
2002
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Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Belo_Monte>Acesso
25/02/11
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Contratada uma consultoria para definir a forma de venda do projeto de Belo
Monte. O presidente Fernando Henrique Cardoso critica ambientalistas e diz que a oposição à
construção de usinas hidrelétricas atrapalha o País. O candidato à presidência Luiz Inácio
Lula da Silva lança um documento intitulado O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do
Brasil, que cita Belo Monte e especifica que “a matriz energética brasileira, que se apoia
basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a
Bacia Amazônica”.
2006
2007
2009
2010
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A licença é publicada em 1º de fevereiro, e o governo marca o leilão para 20 de
abril.
2011
IBAMA concede ao Consórcio Norte Energia licença válida por 360 dias para a
construção da infraestrutura que antecede a construção da usina.
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O movimento contrário à obra é encabeçado por ambientalistas, acadêmicos, membros
da Igreja Católica, representantes de povos indígenas e ribeirinhos e analistas independentes.
O pesquisador do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo,
Francisco Hernandez, defende que a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do
regime de escoamento do rio, em um trecho de cerca de 100 km, com redução do fluxo de
água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos.
"Isso causará uma redução drástica da oferta de água dessa região imensa, onde estão
povos ribeirinhos, pescadores, duas terras indígenas, e dois municípios", diz Hernandez, que
afirma que a instalação de Belo Monte também afetaria a fauna e a flora da região.
Outro argumento é o fato de que a obra irá inundar permanentemente os igarapés
Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu.
A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o
transporte fluvial até o Rio Bacajá, um dos afluentes da margem direita do Xingu, será
interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e
indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios,
como a venda de peixes e castanhas.
A alteração da vazão do rio, segundo os especialistas, altera todo o ciclo ecológico da
região afetada, que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes
hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida
de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são à base da dieta de muitos peixes.
Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na
região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade
econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região.
O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que
dependerá da sazonalidade das chuvas. Por isso, para alguns críticos dizem que dependendo
da estação do ano, a vazão do rio Xingu pode variar entre 800 metros cúbicos por segundo e
28 mil metros cúbicos por segundo, o que faria com que Belo Monte pudesse produzir apenas
39% da energia a que tem potencial por sua capacidade instalada, o que somado aos vários
passivos sociais e ambientais coloca em xeque a viabilidade econômica do projeto.
Um estudo no ano de 2009, formado por 40 especialistas e 230 páginas, chamado
Painel de Especialistas, defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e
ambiental.
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ANÁLIDE FOFA DO EMPREENDIMENTO (SWOT)
Oportunidades Ameaças
Conclusão
Em suma, antes mesmo de a hidrelétrica ser construída, suas discussões tiveram
inicio, há mais de 30 anos. Devido aos grupos de pressão contrários e aos trâmites legais, que
devem ser cumpridos, ainda não conseguiram concretizar o projeto.
Como todo empreendimento, a Usina possui seus pontos positivos e negativos,
como relatados ao longo do trabalho. Em última decisão lhe foi concedida somente a
permissão para fazer a base da construção.
Haverá ainda, sem dúvida, muitas discussões acerca desse projeto até que seja
concluída sua autorização por inteiro. Cabe às autoridades competentes decidir, de acordo
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com seu entendimento, a decisão mais acertada. Cabe a elas analisar se o benefício que o
empreendimento oferece se sobreporá ao impacto ambiental ou não.
Lembrando que esse empreendimento hoje é considerado a maior obra do Plano
de Aceleração do Crescimento (PAC), que é um plano governamental, que possui como um
de seus objetivos a busca de melhores condições de vida para a população brasileira no que
diz respeito a vida econômica; porém, cabe a justiça julgar os dois lados da moeda, ou seja, o
que está além do crescimento econômico, que é o tão discutido impacto ambiental.
Sendo assim não nos resta alternativas, a não ser confiar no elenco de
profissionais multidisciplinares que realizaram, e que continuarão realizando, os estudos
necessários para que a justiça possa avaliar melhor o que realmente valerá a pena.
ANEXO
Referencias bibliograficas
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Disponível em<http://hildebrandorochapt.blogspot.com/2010/02/condicionantes-para-
construcao-de-belo.htmlAcesso 28/02/11
Disponível em <http://www.internationalrivers.org/files/Belo%20Monte%20pareceres%20
IBAMA_online%20(3).pdf, acesso em 05/03/2011.
Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Belo_Monte#
Impacto_da_obra, acesso em 05/03/2011.
Disponível em <http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/04/20/entenda-polemica-envolvendo-
usina-de-belo-monte-916397071.asp, acesso em 05/03/2011.
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