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Tipos de Passe
Divididos em duplas, um de frente para o outro, propor que façam passes um para
o outro, primeiro de ombro, depois quicado, depois em pronação e por último por
trás (pelas costas), totalizando 2 séries para cada tipo de passe, com 15
repetições por série com cada braço.
Aula 2
Precisão
Em trios, dois realizam passes e o terceiro aluno segura um arco. Primeiro ele
segura o arco o mais alto possível, depois na altura dos ombros e depois na altura
dos joelhos. Os passadores devem fazer a bola passar 10 vezes por dentro do
arco cada um nas diferentes alturas, fazendo a bola chegar ao outro companheiro.
Quem terminar primeiro as séries segura o arco para que o aluno que estava no
arco também execute a tarefa.
Aula 3
Passes de Habilidade
Em trios, dois alunos devem passar a bola sendo atrapalhadas pelo terceiro aluno
– ele não pode pegar a bola, servirá apenas de obstáculo e ficará sempre entre a
linha reta formada entre os dois passadores que mão poderão se mover, tendo de
desviar o passe através do passe feito pela lateral do corpo (próximo a altura do
quadril).
Ainda em trios, dois jogadores passam a bola e um jogador ficará bem próximo de
quem estiver com a bola. O passe será feito através da ação realizada próximo à
cabeça do terceiro aluno, próximo ao quadril do aluno e entre as pernas do aluno.
Jogo de 7×7 para avaliar quantos passes certos e errados acontecem, para
verificar se os treinos de passe foram bem assimilados
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Minha inveja decorre do fato de, sobre uma perspectiva tecnicista, parecer tão
simples ensinar o passe em suas variadas formas e possibilidades e ainda por
cima, através de um “scout” de erros e acertos, conseguir avaliar se houve ou não
aprendizagem. Em caso afirmativo, um novo conteúdo será abordado. Em caso
negativo, toda sequência de aulas será retomada, para assimilação e acomodação
dos conhecimentos sobre o passe.
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Quantas vezes não nos deparamos com o fato de, após 1, 2 ou 3 sessões de
treinos aos moldes tradicionais, como aqueles descritos anteriormente,
verificarmos que em momentos de pressão por tempo e espaço (necessidade de
rápida tomada de decisão e antecipação aos interesses do oponente) costumeiras
em jogos e atividades de apelo coletivo que usamos em nossos treinos, outras
formas/tentativas de execução do passe (às vezes interpretadas por nós como
erros de alavanca, ou de ângulo entre braço e antebraço, por exemplo) acabam
por emergir por visarem solucionar um problema inerente ao jogo; ou mesmo
percebemos acontecerem muitos e sucessivos erros, que em nosso julgamento
parecem impensáveis: “Porque você fez isso?! Cansamos de treinar a semana
toda passe e você faz o gesto de qualquer jeito?! Assim não dá!”
O erro é do aluno, que não aprendeu direito, ou será do professor, que acredita
que realizar passes em duplas garantirá ao aluno a capacidade de resolver os
problemas circunscritos (inerentes e específicos) ao jogo? Uma questão que
muitas vezes não fazemos a nós mesmos, enquanto professores, pois onde já se
viu um professor errar? É assim que pensamos.
Através desse primeiro artigo, pretendo inaugurar uma discussão sobre como
garantir a “construção de um caminho pedagógico para o ensino do handebol
através do jogo”, título dessa série de artigos.
A partir do próximo texto irei fundamentar alguns pontos que são o alicerce para
compreender a construção de jogos conceituais, ou seja, que trazem consigo
significados que visam à assimilação de conceitos a serem executados no jogo
formal e também jogos específicos, cujos conceitos serão vividos de maneira auto-
organizável, garantindo a autonomia para que o jogo se desenrole de maneira
organizada, estruturada e funcional.