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O Procon
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No que tange às funções que lhe são atribuídas, em vista da competência legislativa
concorrente determinada pela redação do art. 55 do CDC, a área de atuação circunscreve-se à
que prescrever o regulamento dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
1 Não obstante admita algumas mitigações à regra de que a coletividade não pode ser
sujeito passivo da relação processual, MAZZILI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em
juízo. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 273 – 276; Arruda Alvim, José Manoel.Código de
Defesa do Consumidor Comentado. 2 ed. São Paulo: RT, 1995, p. 345 -347; RODRIGUES,
Marcelo Abelha. Ação civil pública e meio ambiente. São Paulo: Forense Universitária, 2003,p.
61; GIDI, Antônio. Coisa julgada e litispendência nas ações coletivas. São Paulo: Saraiva, 1995,
p. 51- 52; embora reconheça a utilidade do instituto, diante da ausência de regramento
expresso DINAMARCO, Pedro. Ação civil pública, p.269.
Explique-se: Segundo o trabalho de Ada Pellegrini: a) art. 5°, parágrafo 2°, da Lei Federal n.
7347/85 permite o ingresso do Poder público e das associações como litisconsortes de
qualquer das partes, inclusive a passiva; b) a lide coletiva que pode gerar uma demanda
judicial em que as entidade de proteção ao consumidor estejam no pólo passivo; c) o art. 83 do
CDC determina que oara a defesa dos direitos coletivos (lato sensu) são admissíveis todas as
espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela; (conforme Pedro Lenza)
d) acaso não se admita a ação coletiva passiva, não poderíamos explicar a ação rescisória de
sentença proposta pelo réu da ação coletiva originária, o mandado de segurança contra ato
judicial impetrado pelo réu da ação coletiva e os embargos à execução coletiva, todas
demandas coletivas passivas, já que o legitimado extraordinário coletivo estaria no pólo
passivo da causa.²
2 LENZA, Pedro. Teoria geral da ação civil pública. São Paulo: RT, 2003, p.200; Grinover,
Ada Pellegrini. “Ações coletivas ibero-americanas: novas questões sobre a legitimação
e a coisa julgada”. Revista Forense. Rio de janeiro: Forense, 2002, n. 361, p. 7-9.