Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
exportação e importação?
A abertura de uma empresa é um processo normal que deve ser efetuado através de um escritó rio de
contabilidade. No contato com o contador, deve-se explicar claramente que a atividade da empresa será
comercializaçã o de produtos de terceiros ou de produçã o pró pria, e que será através de importaçã o e
exportaçã o. A tributaçã o ocorre sobre o faturamento da empresa, nã o importando se é de origem nacional ou
internacional. O importante é obter orientaçã o do contador sobre o enquadramento da empresa no que se
refere aos impostos municipais, estaduais e federais.
Também é importante ter orientaçã o do contador que por ocasiã o da emissã o de uma nota fiscal para
exportaçã o, dependendo do enquadramento fiscal da empresa, poderá ter benefícios de reduçã o ou isençã o do
PIS, Cofins, IPI e ICMS, cuja legislaçã o deverá constar no corpo da Nota Fiscal. No caso da importaçã o, também é
importante saber sobre a emissã o de nota fiscal de entrada da mercadoria apó s desembaraço aduaneiro feito
pela Receita Federal, e os impostos incidentes sobre a importaçã o da mercadoria.
Finalmente, é fundamental ter conhecimento dos procedimentos tanto na exportaçã o quanto na importaçã o.
Para poder elaborar um planejamento, formaçã o de preço na exportaçã o, planilha de custos na importaçã o, e
verificar a viabilidade dessa atividade, acessar essas informaçõ es através do site: Ministério do
Desenvolvimento, Indú stria e Comércio Exterior
1. INTRODUÇÃO
O Decreto nº 1.248/1972 implantou condiçõ es para o desenvolvimento, no Brasil, das Empresas Comerciais
Exportadoras, conhecidas no mercado internacional como Trading Companies.
A atividade dessas empresas se caracteriza, especialmente, pela aquisiçã o de mercadorias no mercado interno
para posterior exportaçã o.
As operaçõ es efetuadas por Tradings caracterizam-se, principalmente, por:
O legislador afirma que para usufruir dos benefícios fiscais estabelecidos no Decreto nº 1.248/1972, as
empresas devem realizar operaçõ es destinadas ao fim específico de exportaçã o, ou seja, as mercadorias devem
ser diretamente remetidas do estabelecimento do produtor-vendedor para:
3. REQUISITOS LEGAIS
Além da delimitaçã o de atividades mencionada no item anterior, para que as Empresas Comerciais
Exportadoras possam usufruir dos benefícios fiscais, é necessá rio que:
4. IMPEDIMENTOS
Nã o será concedido Registro Especial à empresa impedida de operar em comércio exterior ou que esteja
sofrendo açã o executiva por débitos fiscais para com a Fazenda Nacional e/ou Fazendas Estaduais.
Tais impedimentos se estendem para empresa da qual participe, como dirigente ou acionista, pessoa física ou
jurídica impedida de operar em comércio exterior ou que esteja sofrendo açã o executiva por débitos fiscais.
5. ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
A Trading Company deverá ser constituída sob a forma de sociedade de açõ es e possuir capital mínimo de
acordo com as condiçõ es fixadas na Resoluçã o BACEN nº 1.928/1992 já mencionadas.
Apó s efetuar o registro, a empresa deverá encaminhar correspondência ao DECEX informando:
I - pá ginas do Diá rio Oficial, ou có pia autenticada, contendo as atas das assembléias que aprovaram os estatutos
sociais, elegeram a diretoria e estabeleceram o capital social mínimo exigido, com a indicaçã o de arquivamento
na Junta Comercial;
II - relaçã o dos acionistas com participaçã o igual ou superior a 5% (cinco por cento) do capital social,
devidamente qualificados, com os respectivos percentuais de participaçã o;
III - pá ginas originais do Diá rio Oficial, ou có pia autenticada, contendo as atas de assembléias que aprovaram a
constituiçã o de cada estabelecimento da empresa que pretenda operar como Empresa Comercial Exportadora,
com indicaçã o de arquivamento na Junta Comercial.
A Empresa Comercial Exportadora fica obrigada a comunicar ao DECEX e à SRF qualquer modificaçã o em seu
capital social, sua composiçã o acioná ria, seus dirigentes ou dados de localizaçã o.
6. "DRAWBACK"
Entre os benefícios decorrentes de operaçõ es através das Empresas Comerciais Exportadoras constituídas ao
amparo do Decreto-lei nº 1.248/1972, destacamos a possibilidade de utilizaçã o do regime de drawback, um
incentivo fiscal à exportaçã o que permite à empresa industrial e mesmo comercial importar insumos, livre do
pagamento de impostos na importaçã o, os quais apó s serem submetidos a beneficiamento, transformaçã o ou
integraçã o industrial geram outro produto que, obrigatoriamente, deve ser exportado.
Segundo a Portaria SECEX nº 04/1997, alterada pela Portaria SECEX nº 01/2000, pode ser considerada para
fins de comprovaçã o do referido regime a venda no mercado interno efetuada à Empresa Comercial
Exportadora, com o fim específico de exportaçã o
Declaração de Importação - DI
O despacho aduaneiro de importaçã o é processado com base em declaraçã o a ser apresentada à unidade
aduaneira sob cujo controle estiver a sua mercadoria.
A DI deve conter, entre outras informaçõ es, a identificaçã o do importador e do adquirente ou encomendante,
caso nã o sejam a mesma pessoa, assim como a identificaçã o, a classificaçã o, o valor aduaneiro e a origem da
mercadoria.
A DI é formulada pelo importador ou seu representante legal no Sistema Integrado de Comércio Exterior
(Siscomex) e consiste na prestaçã o das informaçõ es constantes do Anexo Ú nico da IN SRF nº 680/06, de
acordo com o tipo de declaraçã o e a modalidade de despacho aduaneiro. Essas informaçõ es estã o separadas
em dois grupos:
- Gerais - correspondentes à operaçã o de importaçã o;
- Específicas (adiçã o) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre cada tipo de mercadoria.
O tratamento aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada é determinante para a escolha do tipo de
declaraçã o a ser preenchida pelo importador.
Tributos incidentes na importação
Os tributos incidentes sobre uma determinada importaçã o e os seus montantes dependem do tipo de
mercadoria, seu valor, origem, natureza da operaçã o, qualidade do importador, entre outros.
O pró prio Siscomex contém as alíquotas dos tributos aplicá veis e, com base nas informaçõ es fornecidas pelo
importador, ele executa os cálculos necessá rios e debita os valores devidos diretamente na conta corrente
informada, no momento do registro da DI.
Documentos de Instrução da DI
Regra geral, os documentos que servem de base para as informaçõ es contidas na DI sã o:
Os documentos de instruçã o da DI devem ser entregues à fiscalizaçã o da SRF sempre que solicitados e, por
essa razã o, o importador deve mantê-los pelo prazo previsto na legislaçã o, que pode variar conforme o caso,
mas nunca é inferior a 05 anos.
Desembaraço Aduaneiro
O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusã o da conferência aduaneira. É com o
desembaraço aduaneiro que é autorizada a efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o
ú ltimo ato do procedimento de despacho aduaneiro.