ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA

Coimbra, Novembro 2010 |

Luís Paulo, Maria Inês C. Ferreira, Pedro Correia, Susana Neves,
Tiago Claro, Vanessa Rosinha

O meu bebé tem um temperamento difícil

Temperamento

Forma como as crianças respondem ao meio ambiente e à maneira como os

outros, em particular os pais, respondem à criança e às suas necessidades.

O temperamento pode ter relação com os períodos de transição familiar.

Percepção dos
Temperamento
pais acerca da
real
criança

Grau de
adaptação ao
comportamento
da criança

Como o
temperamento é identificado principalmente por percepções parentais, uma
criança descrita como difícil num momento pode ser percebida com fácil em
período posterior.

Existem nove componentes na avaliação do temperamento do bebé:

1. Nível de actividade: como e quanto o bebé se movimenta;

2. Rítmica ou regularidade: a previsibilidade dos ciclos biológicos de fome,

sono e eliminação;

3. Aproximação ou afastamento: como o bebé responde inicialmente a

estímulos novos, tais como um brinquedo, alimentos ou pessoas novas;
4. Adaptabilidade: quão facilmente uma resposta inicial é modificada perante
uma situação nova ou alterada;

5. Limiar de responsividade: que quantidade de estimulação é necessária para

evocar uma resposta;

6. Intensidade de reacção: quão vigorosamente o bebé responde;

7. Qualidade do humor: o bebé é positivo ou negativo nas suas reacções?;

8. Distractibilidade: quão facilmente um estímulo irrelevante pode alterar ou

interferir com o comportamento do bebé;

9. Tempo de atenção e persistência: quanto tempo é que o bebé dedica a uma

actividade e a mantém perante obstáculos.

Distinguimos 3 tipos de crianças:

Criança fácil

 Temperamento tranquilo
 Condutas positivas
 Regulares
 Previsíveis
 Comportamento agradável
 Humor positivo.

A criança difícil;

 Muito activa
 Irritável
 Hábitos irregulares
 Exigem ambientes estruturados
  Adaptação lenta à mudança
 Humor tipicamente negativo
 Intolerante
 Períodos repetitivos de choro

A criança difícil de se adaptar.

 Humor tipicamente negativo

 Dificuldade de adaptação
 Passíveis
 Vulnerabilidade perante problemas comportamentais (stress).

A definição do tipo de temperamento não é assim tão linear, uma vez que
algumas crianças podem ter mais que um temperamento, podendo ser fáceis e
desafiadoras ao mesmo tempo.

O temperamento da criança tem uma importância fulcral para os pais e

educadores, uma vez que nos indica como a criança reagirá perante os
diversos factores do meio circundante. Ajuda, ainda a prever comportamentos,
tais como: a reacção na presença de estranhos, a aceitação de novas rotinas,
entre muitos outros.

Temperamento Difícil - Conselhos gerais:

 Elimine conservantes, açúcar, cafeína e chocolate da dieta do seu filho;

 Desenvolva uma rotina estável em casa. Para diminuir a confusão e a

quantidade de estímulos diários, defina horários específicos para comer
e dormir - Experimente atribuir uma tarefa pequena e rápida e insista
delicadamente para que seja concluída. Em seguida, não deixe de
agradecer e elogiar seu filho quando a tarefa tiver sido concluída;
  É sempre melhor dar atenção aos bons comportamentos do que punir
sempre que algo indesejável acontece. Não espere pelo comportamento
perfeito, valorize pequenos passos alcançados;

 Dar carinho e atenção não significa deixar de educar com firmeza,

impondo limites quando necessário. A criança precisa aprender a
cumprir regras e o respeito a elas deve ser exigido;

 A casa precisa ter regras claras e que sejam seguidas por todos;

 Utilize um modelo claro e previsível de recompensas e punições. A

permissividade não é boa para a criança;

 Faça com que a criança participe de projectos que ela goste para ajudá-
la a concentrar-se;

 Tire uma tarde ou um fim-de-semana, um tempo para si. Entre em

contacto com uma pessoa que possa tomar conta do seu filho;

Temperamento Reservado – Conselhos gerais

Os pais devem ter paciência com os filhos;

Os pais devem expor os seus filhos a novas situações, com maior frequência.
No entanto devem fazê-lo progressivamente e sem pressionar a criança;
Devem, ainda, dar-lhe o tempo necessário para a realização das diferentes
actividades;
Bibliografia

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH; [Consult. 9

de Novembro de 2010] Disponível em: http://www.tdah.org.br/

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade; [Consult. 9 de

Novembro de 2010] Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?
420

(Falta me a bibliogafia do artigo que o prof tinha na pasta que nos deixou com
material, não tenho isso no meu pc… façam a bibliografia do artigo pff)