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Sinopse do filme 10.000 A.C.

Em 10.000 A.C., o diretor Roland Emmerich nos conduz por uma odisséia arrebatadora
numa era mítica de profecias e deuses, quando os espíritos governavam e poderosos
mamutes faziam a terra estremecer.
Em uma tribo remota, o jovem caçador de mamutes D’Leh (STEVEN STRAIT) encontrou
o seu amor: a linda Evolet (CAMILLA BELLE). Mas um bando de misteriosos guerreiros
seqüestra Evolet, e D’Leh então se vê forçado a liderar um pequeno grupo de caçadores,
iniciando uma perseguição aos guerreiros até o fim do mundo para salvá-la.
Movidos pelo destino, o improvável grupo de guerreiros irá combater predadores pré-
históricos e enfrentar terríveis adversidades. Ao final de sua heróica jornada, eles acabarão
por descobrir uma civilização perdida. Seu destino final estará nas mãos de um império
inimaginável, onde grandes pirâmides alcançam o céu.
Ali eles irão desafiar um deus tirânico que escravizou brutalmente seu povo. E será aí que
D’Leh finalmente compreenderá que foi escolhido para salvar não apenas Evolet, e sim
toda a civilização.
ÉTICA E RELIGIÃO: UMA PERSPECTIVA CRISTÃ

As religiões têm servido de referencial para nós em questões éticas e tem trazido um grande
avanço moral (família, estado e política), Mas nada é perfeito, vem com ela, em muita das
vezes, a alienação e o fanatismo de muitos que ajudaram a obscurecer a mensagem ética
profunda da liberdade, do amor e da fraternidade universal.

Infelizmente a religião em muitas vezes transformou o amor em pecado carnal, à


fraternidade em poder de propriedade, amizades em relacionamentos vantajosos, o
progresso econômico em sucesso pessoal, criando muralhas entre o divino e o homem,
monopolizando o poder e até mesmo o Deus universal; transformando a fé divina em
categoria, revelação, paternidade divina e pecado, com possibilidades do Perdão
barganhado.

Sobre este “ethos” (costume social, o modo de comportamento de uma determinada


sociedade) religioso que tratarei no presente artigo, tendo por base um panorama geral e
uma perspectiva cristã sobre o assunto.

OS IDEAIS ÉTICOS

Para uns, o ideal ético estava na busca teórica ou na prática do bem, para outros estava no
viver de acordo com a natureza, em harmonia cósmica. Já no Cristianismo, os ideais éticos
se identificaram com os religiosos. Pelo Renascimento e o Iluminismo, ideal ético seria
viver de acordo com a própria liberdade pessoal, no social (igualdade, fraternidade e
liberdade). No séc.XX, os pensadores da existência insistiram sobre a liberdade como ideal
ético.

Os ideais éticos são convenientes a cada época, de acordo com a visão da evolução social,
econômica e intelectual do homem, nos tempos de hoje. Em pleno séc.XXI, fala-se de uma
ética amoral, onde os valores são limitados a uma minoria burguesa, e os meios de
comunicação são responsáveis por uma lavagem cerebral, incutindo ideais elaborados e
sistematizados, transformando o indivíduo em massa. E na massificação atual criou-se o
estereótipo de mulheres, homens e padrões. Tais comportamentos são criados em série e
cidadãos são clonados. A liberdade de consciência deixa de existir, a cidadania ao ser
praticada, seria um ato ético e, ao invés disso, os homens se tornaram produto do meio,
deixaram de pensar, pois comprar pronto implica estar em voga.

A LIBERDADE

Falar de ética significa liberdade, mas quando falamos de ética nos lembram normas de
responsabilidade. Quando agimos, estamos seguindo uma norma, uma conduta que não nos
deixa sair dos trilhos, e para isso devemos obedecer, caso contrário estamos infringindo
uma lei, lei essa que foi criada para que o homem tenha direitos e deveres para levar esse
mesmo homem a ter liberdade, caso haja com responsabilidade. E para uma certa
acomodação da consciência humana, foram surgindo formas que trazem aceitação e
conformidade às gerações, tais como: “tudo o que acontece, tinha de acontecer”, “estava
escrito”. “Deus quis que fosse assim”. Quando a lei do materialismo-capitalismo rege
todas os nossos atos e decide por nós, a ética desaparece e, com isso temos uma liberdade
falsificada, um falso poder sobre essa liberdade. Para os idealistas a única liberdade a ser
falada é aquela em que o homem está acima e livre do aqui e agora, um espírito elevado
que não se identifica com o homem real e concreto. Para o filósofo Hegel a chamada
liberdade só existe para que o indivíduo se sinta livre, saiba ser realmente livre, num estado
organizado que garante a liberdade de todos e de cada um . Para Marx, a natureza é “a
dominação do homem pelo homem”. Para Kant, “o homem deve ser sempre tratado como
um fim, e nunca como um meio”. E, para finalizar, Kiekegaard afirma que “a angústia é o
reflexo psicológico da consciência da liberdade”.

COMPORTAMENTO MORAL: O BEM E O MAL

Tomás de Aquino, diz que a consciência moral é a voz interior que nos diz que devemos
fazer, em todas as ocasiões, o bem e evitar o mal. Com o Renascimento e a Idade Moderna,
junto com a imprensa e o re-estudo do mundo antigo, a difusão cultural, houve o
enriquecimento de uma nova classe (burguesia) desenvolvendo agora uma preocupação
com a autonomia moral do indivíduo. Este indivíduo que age de acordo com tal razão
natural.

Kant busca descobrir em cada homem, e neste sentido é anti-aristocrata e burguês, uma
Natureza livre. Para os gregos isto significava certa harmonia passiva com o cosmo. Para o
Medieval, significava uma obediência, um agir de forma mais primitiva, mas no fundo Kant
acreditava que a Natureza é uma Natureza racional, ou seja, a Natureza nos fez livres, mas
isso não nos diz o que fazer concretamente. Mas Hegel considerou demasiado abstrata a
posição Kantiana, pois seu igualitarismo postulado não levava realmente em conta as
tradições, os valores, o modo de ver de cada povo, ignorava as instituições históricas
concretas não chegando a uma ética de valor histórico.

Na Segunda metade do século passado, a questão do comportamento ético mudou mais uma
vez, as atenções se voltaram para a questão do discurso, mas teve outras influências como a
crítica ideológica e a crítica da linguagem. Por mais que variem os enfoques filosóficos,
algumas noções bastante abstratas são fortes na ética. Uma delas é a questão da distinção
entre o bem e o mal. Agir eticamente é agir de acordo com o bem. E quem não age dessa
forma, não vive eticamente. Já no séc.XXI os homens estão mais conscientes de que eles
não são meros espectadores, e sim atores, que não estão na platéia, e sim no palco, já
diziam alguns pensadores. A questão atual é saber se o homem consegue agir
individualmente, isto é, agir moralmente. A Natureza Humana é perfeita, mas uma vez
assumindo com consciência e responsabilidade consigo e com os outros que nos rodeiam
será impossível não infringir a ética e a moral. O equilíbrio interno é a mola propulsora da
harmonia, por isso ao avaliarmos uma dada situação, devemos levar em conta que o direito
de um termina quando a do outro começa; nossa cultura ocidental é racional e atribuímos
toda essa qualidade ao cérebro, à inteligência, não importa onde reside esse atributo, o
importante é saber que eles formam a consciência na qual reside nossa capacidade de julgar
e decidir, ter consciência é saber discernir com critérios justos e bons.
ALTERNATIVAS ÉTICAS

Cada um de nós tem uma ética. Cada um de nós, por mais influenciado que seja pelo
relativismo e pelo pluralismo de nossos dias, tem um sistema de valores interno que
consulta (nem sempre, a julgar pela incoerência de nossas decisões) no processo de fazer
escolhas. Nem sempre estamos conscientes dos valores que compõem esse sistema, mas
eles estão lá, influenciando decisivamente nossas opções.

Os estudiosos do assunto geralmente agrupam as alternativas éticas de acordo com o seu


princípio orientador fundamental. As principais são: humanística, naturalista e religiosa.

A ÉTICA HUMANISTICA

As chamadas éticas humanísticas são aquelas que tomam o ser humano como a medida de
todas as coisas, seguindo o conhecido axioma do antigo pensador sofista Protágoras (485-
410 AC). Ou seja, são aquelas éticas que favorecem escolhas e decisões voltadas para o
homem como seu valor maior.

O Hedonismo

Uma forma de ética humanística é o hedonismo. Esse sistema ensina que o certo é aquilo
que é agradável. A palavra "hedonismo" vem do grego hdonh, "prazer". Como movimento
filosófico, teve sua origem nos ensinos de Epicuro e de seus discípulos, cuja máxima
famosa era "comamos e bebamos porque amanhã morreremos". O epicurismo era um
sistema de ética que ensinava, em linhas gerais, que para ter uma vida cheia de sentido e
significado, cada indivíduo deveria buscar acima de tudo aquilo que lhe desse prazer ou
felicidade. Os hedonistas mais radicais chegavam a ponto de dizer que era inútil tentar
adivinhar o que dá prazer ao próximo.

Como conseqüência de sua ética, os hedonistas se abstinham da vida política e pública,


preferiam ficar solteiros, censurando o casamento e a família como obstáculos ao bem
maior, que é o prazer individual. Alguns chegavam a defender o suicídio, visto que a morte
natural era dolorosa.

Como movimento filosófico, o hedonismo passou, mas certamente, a sua doutrina central
permanece em nossos dias. Somos todos hedonistas por natureza. Freqüentemente somos
motivados em nossas decisões pela busca secreta do prazer. A ética natural do homem é o
hedonismo. Instintivamente, ele toma decisões e faz escolhas tendo como princípio
controlador, buscar aquilo que lhe dará maior prazer e felicidade. O individualismo
exacerbado e o materialismo moderno são formas atuais de hedonismo.
Muito embora o cristianismo reconheça a legitimidade da busca do prazer e da felicidade
individual, considera a ética hedonista essencialmente egoísta, pois coloca tais coisas como
o princípio maior e fundamental da existência humana.
O Utilitarismo

Outro exemplo de ética humanística é o utilitarismo, sistema ético que tem como valor
máximo o que considera o bem maior para o maior número de pessoas. Em outras palavras,
"o certo é o que for útil". As decisões são julgadas, não em termos das motivações ou
princípios morais envolvidos, mas dos resultados que produzem. Se uma escolha produz
felicidade para as pessoas, então é correta. Os principais proponentes da ética utilitarista
foram os filósofos ingleses Jeremy Bentham e John Stuart Mill.

A ética utilitarista pode parecer estar alinhada com o ensino cristão de buscarmos o bem
das pessoas. Ela chega até a ensinar que cada indivíduo deve sacrificar seu prazer pelo da
coletividade (ao contrário do hedonismo). Entretanto, é perigosamente relativista: quem vai
determinar o que é o bem da maioria? Os nazistas dizimaram milhões de judeus em nome
do bem da humanidade. Antes deles, já era popular o adágio "o fim justifica os meios" de
Maquiavel. O perigo do utilitarismo é que ele transforma a ética simplesmente num
pragmatismo frio e impessoal “decisões certas são aquelas que produzem soluções,
resultados e números”.

Pessoas influenciadas pelo utilitarismo escolherão soluções simplesmente porque elas


funcionam, sem indagar se são corretas ou não. Utilitaristas enfatizam o método em
detrimento do conteúdo. Eles querem saber “como” e não “por quê?”.

Talvez um bom exemplo moderno foi o escândalo sexual do Presidente Bill Clinton e a
estagiária Mônica Lewinski. Numa sociedade bastante marcada pelo utilitarismo, como é a
americana, é compreensível que as pessoas tenham se dividido quanto a um impeachment
do presidente Clinton na época, visto que sua administração estava produzindo excelentes
resultados financeiros para o país.

O Existencialismo

Ainda podemos mencionar o existencialismo, como exemplo de ética humanística.


Defendido em diferentes formas por pensadores como Kierkegaard, Jaspers, Heiddeger,
Sartre e Simone de Beauvoir, o existencialismo é basicamente pessimista. Existencialistas
são céticos quanto a um futuro róseo ou bom para a humanidade; são também relativistas,
acreditando que o certo e o errado são relativos à perspectiva do indivíduo e que não
existem valores morais ou espirituais absolutos. Para eles, o certo é ter uma experiência, é
agir — o errado é vegetar, ficar inerte.

Sartre, um dos mais famosos existencialistas, disse: "O mundo é absurdo e ridículo.
Tentamos nos autenticar por um ato da vontade em qualquer direção". Pessoas
influenciadas pelo existencialismo tentarão viver a vida com toda intensidade, e tomarão
decisões que levem a esse desiderato. Aldous Huxley, por exemplo, defendeu o uso de
drogas, já que as mesmas produziam experiências acima da percepção normal. Da mesma
forma, pode-se defender o homossexualismo e o adultério.
O existencialismo é o sistema ético dominante em nossa sociedade moderna. Sua influencia
percebe-se em todo lugar. A sociedade atual tende a validar eticamente atitudes tomadas
com base na experiência individual. Por exemplo, um homem que não é feliz em seu
casamento e tem um romance com outra mulher com quem se sente bem, geralmente
recebe a compreensão e a tolerância da sociedade.

A ÉTICA NATURALISTA

Esse nome é geralmente dado ao sistema ético que toma como base o processo e as leis da
natureza. O certo é o natural — a natureza nos dá o padrão a ser seguido. A natureza, numa
primeira observação, ensina que somente os mais aptos sobrevivem e que os fracos,
doentes, velhos e debilitados tendem a cair e a desaparecer à medida que a natureza evolui.
Logo, tudo que contribuir para a seleção do mais forte e a sobrevivência do mais apto, é
certo e bom; e tudo o que dificultar é errado e mau.

Por incrível que possa parecer, essa ética teve defensores como Trasímaco (sofista,
contemporâneo de Sócrates), Maquiavel, e o Marquês de Sade. Modernamente, Nietzsche e
alguns deterministas biológicos, como Herbert Spencer e Julian Huxley.

A ética naturalista tem alguns pressupostos acerca do homem e da natureza baseados na


teoria da evolução: (1) a natureza e o homem são produtos da evolução; (2) a seleção
natural é boa e certa. Nietzsche considerava como virtudes reais a severidade, o egoísmo e
a agressividade; vícios seriam o amor, a humildade e a piedade.

Pode-se perceber a influência da ética naturalista claramente na sociedade moderna. A


tendência de legitimar a eliminação dos menos aptos se observa nas tentativas de legalizar o
aborto e a eutanásia em quaisquer circunstâncias. Os nazistas eliminaram doentes mentais e
esterilizaram os “inaptos” biologicamente. Sade defendia a exploração dos mais fracos
(mulheres, em especial). Nazistas defenderam o conceito da raça branca germânica como
uma raça dominadora, justificando assim a eliminação dos judeus e de outros grupos. Ainda
hoje encontramos pichações feitas por neonazistas nos muros de São Paulo contra negros,
nordestinos e pobres. Conscientemente ou não, pessoas assim seguem a ética naturalista da
sobrevivência dos mais aptos e da destruição dos mais fracos, segundo eles.

Os cristãos entendem que uma ética baseada na natureza jamais poderá ser legítima, visto
que a natureza e o homem se encontram hoje radicalmente desvirtuados como resultado do
afastamento da humanidade do seu Criador. A natureza como a temos hoje se afasta do
estado original em que foi criada. Não pode servir como um sistema de valores para a
conduta dos homens.
A ÉTICA RELIGIOSA

São aqueles sistemas de valores que procuram na divindade (Deus ou deuses) o motivo
maior de suas ações e decisões. Nesses sistemas existe uma relação inseparável entre ética e
religião. O juiz maior das questões éticas é o que a divindade diz sobre o assunto.
Evidentemente, o conceito de Deus que cada um desses sistemas mantém, acabará por
influenciar decisivamente o código ético e o comportamento a ser seguido.

Éticas Religiosas Não Cristãs

No mundo grego antigo os deuses foram concebidos (especialmente nas obras de Homero)
como similares aos homens, com paixões e desejos bem humanos e sem muitos padrões
morais (muito embora essa concepção tenha recebido muitas críticas de filósofos
importantes da época). Além de dominarem forças da natureza, o que tornava os deuses
distintos dos homens é que esses últimos eram mortais. Não é de admirar que a religião
grega clássica não impunha demandas e restrições ao comportamento de seus adeptos, a
não ser por grupos ascéticos que seguiam severas dietas religiosas buscando a purificação.

O conceito hindu de não matar as vacas vem de uma crença do período védico que associa
as mesmas a algumas divindades do hinduísmo, especialmente Krishna. O culto a esse deus
tem elementos pastoris e rurais.
O que pensamos acerca de Deus irá certamente influenciar nosso sistema interno de valores
bem como o processo decisório que enfrentamos todos os dias. Isso vale também para ateus
e agnósticos. O seu sistema de valores já parte do pressuposto de que Deus não existe. E
esse pressuposto inevitavelmente irá influenciar suas decisões e seu sistema de valores.
É muito comum na sociedade moderna o conceito de que Deus (ou deuses?) seja uma
espécie de divindade benevolente que contempla com paciência e tolerância os afazeres
humanos sem muita interferência, a não ser para ajudar os necessitados, especialmente seus
protegidos e devotos. Essa concepção de Deus não exige mais do que simplesmente um
vago código de ética, geralmente baseado no que cada um acha que é certo ou errado diante
desse deus.

Ética Cristã

Á ética cristã é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico e que retira
dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos.

Como as demais éticas já mencionadas acima, a ética cristã opera a partir de diversos
pressupostos e conceitos que acredita estar revelados nas Escrituras Sagradas por um único
Deus. São estes:

· A existência de um único Deus verdadeiro, criador dos céus e da terra. A ética cristã parte
do conceito de que o Deus que se revela nas Escrituras Sagradas é o único Deus verdadeiro
e que, sendo o criador do mundo e da humanidade, deve ser reconhecido e crido como tal e
a sua vontade respeitada e obedecida.

· A humanidade está num estado decaído, diferente daquele em que foi criado. A ética cristã
leva em conta, na sistematização e sintetização dos deveres morais e práticos das pessoas,
que as mesmas são incapazes por si próprias de reconhecer a vontade de Deus e muito
menos de obedecê-lo. Isso se deve ao fato de que a humanidade vive hoje em estado de
afastamento de Deus, provocado inicialmente pela desobediência do primeiro casal. A ética
cristã não tem ilusões utópicas acerca da “bondade inerente” de cada pessoa ou da intuição
moral positiva de cada uma para decidir por si próprio o que é certo e o que é errado.
Cegada pelo pecado, a humanidade caminha sem rumo moral, cada um fazendo o que bem
parece aos seus olhos. As normas propostas pela ética cristã pressupõem a regeneração
espiritual do homem e a assistência do Espírito Santo, para que o mesmo venha a conduzir-
se eticamente diante do Criador.

· O homem não é moralmente neutro, mas inclinado a tomar decisões contrárias a Deus, ao
próximo. Esse pressuposto é uma implicação inevitável do anterior. As pessoas, no estado
natural em que se encontram (em contraste ao estado de regeneração) são movidas
intuitivamente, acima de tudo, pela cobiça e pelo egoísmo, seguindo muito naturalmente (e
inconscientemente) sistemas de valores descritos acima como humanisticos ou naturalistas.
Por si sós, as pessoas são incapazes de seguir até mesmo os padrões que escolhem para si,
violando diariamente os próprios princípios de conduta que consideram corretos.

· Deus revelou-se à humanidade. Essa pressuposição é fundamental para a ética cristã, pois
é dessa revelação que ela tira seus conceitos acerca do mundo, da humanidade e
especialmente do que é certo e do que é errado. A ética cristã reconhece que Deus se revela
como Criador através da sua imagem em nós. Cada pessoa traz como criatura de Deus,
resquícios dessa imagem, agora deformada pelo egoísmo e desejos de autonomia e
independência de Deus. A consciência das pessoas, embora freqüentemente ignorada e
suprimida, reflete por vezes lampejos dos valores divinos. Deus também se revela através
das coisas criadas. O mundo que nos cerca é um testemunho vivo da divindade, poder e
sabedoria de Deus, muito mais do que o resultado de milhões de anos de evolução cega.
Entretanto é através de sua revelação especial nas Escrituras que Deus nos faz saber acerca
de si próprio, de nós mesmos (pois é o Criador), do mundo que nos cerca, dos seus planos a
nosso respeito e da maneira como deveríamos nos portar no mundo que criou.

Assim, muito embora a ética cristã se utilize do bom senso comum às pessoas, depende
primariamente das Escrituras na elaboração dos padrões morais e espirituais que devem
reger nossa conduta neste mundo. Ela considera que a Bíblia traz todo o conhecimento de
que precisamos para servir a Deus de forma agradável e para vivermos alegres e satisfeitos
no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação exaustiva de Deus e do reino
celestial, a Escritura, entretanto, é suficiente naquilo que nos informa a esse respeito.
Evidentemente não encontraremos nas Escrituras indicações diretas sobre problemas
tipicamente modernos como a eutanásia, a AIDS, clonagem de seres humanos ou questões
relacionadas com a bioética. Entretanto, ali encontraremos os princípios teóricos que regem
diferentes áreas da vida humana. É na interação com esses princípios e com os problemas
de cada geração, que a ética cristã atualiza-se e contextualiza-se, sem jamais abandonar os
valores permanentes e transcendentes revelados nas Escrituras.

É precisamente por basear-se na revelação que o Criador deu que a ética cristã estende-se a
todas as dimensões da realidade. Ela pronuncia-se sobre questões individuais, religiosas,
sociais, políticas, ecológicas e econômicas. Desde que Deus exerça sua autoridade sobre
todas as dimensões da existência humana, suas demandas nos alcançam onde nos acharmos
– inclusive e principalmente no ambiente de trabalho, onde exercemos o mandato divino de
explorarmos o mundo criado e ganharmos o nosso pão.
Segundo a ética cristã, é nas Escrituras Sagradas, que encontramos o padrão moral revelado
por Deus. Os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte proferido por Jesus são os exemplos
mais conhecidos. Entretanto, mais do que simplesmente um livro de regras morais, as
Escrituras são para os cristãos a revelação do que Deus fez para que o homem pudesse vir a
conhecê-lo, amá-lo e alegremente obedecê-lo. A mensagem das Escrituras é
fundamentalmente de reconciliação com Deus mediante Jesus Cristo. A ética cristã
fundamenta-se na obra realizada de Cristo e é uma expressão de gratidão, muito mais do
que um esforço para merecer as benesses divinas.

A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas
Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de
Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens
poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já
o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que
são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.

UMA ÉTICA UNIVERSAL

Em 1948 na ONU, foi institucionalizado oficialmente uma espécie de código ético-


universal, conhecido como: Declaração Universal dos Direitos Humanos. Onde ficou
estabelecido uma ética que respeitasse a liberdade de pensamentos, de religião, crença e
etc., independente da cultura ou religião do povo ou nação. A partir deste, todos os sistemas
éticos no mundo devem se pautar, pois, ficou estabelecido o respeito, a paz e a harmonia
entre os povos como a principal e mais importante questão da ética.

REFERÊNCIAS

DAMIÃO, Valdemir. História das religiões. Rio de janeiro: Editora CPAD.

LEITE, Tácito da Gama. História das religiões. Rio de Janeiro: Editora Juerp, volume II.;
1965.

WILGES, Irineu. As religiões no mundo. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 4ª Edição, 1983.
BROWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Editora Ática.

CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo: Hagnus, 2007.

MARIANO, Leonardo. Educação Religiosa Vols: I e II. Coleção Docência Cristã (e -


book): 2009.

OLIVEIRA, Lílian Blanck; JUNQUEIRA, Sérgio Azevedo; ALVES, Luiz Alberto Souza;
KEIM, Ernesto Jacob. Ensino Religioso no Ensino Fundamental. Ed. Cortez.

BARROS, Sandra dos Reis. Ensino Religioso na Formação do Cidadão. Associação de


Educação Católica de São Paulo.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Ed. JZE.

BROWN, Colin. Filosofia e fé cristã. Ed. Vida Nova.


Postado por PROFESSOR LEONARDO MARIANO às 10:11
Envelhecimento - desafios para a igreja do presente e do futuro

É visível o aumento do número de pessoas idosas na vida social. Não nos causa mais
surpresa verificarmos que os assentos reservados aos idosos nos transportes coletivos, nas
filas preferenciais dos estabelecimentos bancários ou nos supermercados são cada vez mais
ocupados pelos maiores de 60 anos. Em todos os espaços da vida pública os idosos estão
cada dia mais presentes e ativos, revelando e dando visibilidade ao envelhecimento da
população brasileira. Assim como na sociedade, nossas igrejas também refletem esse
fenômeno verificado pelo aumento do número de idosos no rol de membros. Já não nos
causa estranheza comemorarmos aniversários dos membros que celebram seus 90, 100 anos
ou mais.

Na igreja em que sou membro, Primeira Igreja Batista do Brás em São Paulo, 30% dos
membros têm idade igual ou superior a 60 anos. No ano de 1991, os idosos representavam
apenas 15% do total de membros; em 17 anos, dobrou o percentual de idosos em nossa
igreja. Talvez isso tenha acontecido na sua igreja também.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados


da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio do ano de 2007. A pesquisa revelou a
existência de quase 20 milhões de idosos brasileiros, correspondendo a 10,5% do total da
população. As mulheres vivem mais do que os homens, por isso foi constatado na pesquisa
que havia 79 homens idosos para cada 100 mulheres.
Esses dados são muito importantes para entendermos o que está acontecendo com a
população e também em nossas igrejas. Não podemos nos esquecer que o envelhecimento
diz respeito à sociedade, à família, ao Estado e diz respeito a nós cristãos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou, em 2002, que o envelhecimento foi a
maior conquista da humanidade no último século. Envelhecer é também uma conquista
social. Deus permitiu o desenvolvimento da ciência e da tecnologia para que as pessoas
pudessem viver mais. O que temos feito com os anos a mais que alcançamos? No começo
do século passado as pessoas não viviam mais que 45 ou 50 anos. Hoje, a vida humana
pode ultrapassar com facilidade os 100 anos. Quando Abrão foi chamado para ser o pai de
uma grande nação Deus ordenou que ele fosse uma bênção.(Gn 12.1-3). Temos a
responsabilidade de sermos bênçãos em todos os ciclos e etapas da nossa vida. Na velhice
ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes para proclamarem que o Senhor é reto. (Sl
90.14,15).

A sociedade do presente já está envelhecendo. Num futuro próximo o número de pessoas


idosas será bem maior na sociedade e também em nossas igrejas. As previsões estatísticas
dizem que no ano de 2020 o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de
idosos. Nossas igrejas terão cada vez mais pessoas idosas e cada vez menos crianças e
adolescentes, portanto, a nossa preocupação deve ser em envolvermos as pessoas idosas nas
atividades da igreja. Sem nos esquecermos de que a Igreja deve se preparar para receber
pessoas de todas as idades, sejam elas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. O
evangelho de Jesus Cristo é para todos. O evangelho restaurador oferecido por Jesus é a
oportunidade que Deus concede ao homem de se restabelecer com o Criador.

Não podemos deixar de lembrar que o envelhecimento se manifesta de forma diferente nas
pessoas. Deus nos fez pessoas com características particulares. As pessoas idosas não são
todas iguais. A velhice é um processo que inicia-se na concepção. Não nos tornamos idosos
somente quando completamos 60 anos. Portanto, não podemos tratar a velhice como se
fosse um fenômeno homogêneo. Há várias formas de envelhecer e o respeito a esta
diversidade deve ser o ponto de partida na convivência saudável com as pessoas idosas.
Olhar o envelhecimento sob este ângulo pode favorecer uma vivência boa e saudável. Não
somos iguais e, portanto, não devemos pensar que todos os idosos são iguais.

O envelhecimento populacional se apresenta com vários desafios para a sociedade, para a


família e para o próprio indivíduo que envelhece. As políticas públicas estão avançando na
conquista dos direitos das pessoas idosas, mas há ainda uma dívida social muito grande
para com os brasileiros que já ultrapassaram os 60 anos. As políticas públicas de saúde,
assistência social, educação, segurança precisam avançar para garantir aos idosos uma boa
velhice.

Nossas igrejas também podem colaborar para que os idosos vivam em condições melhores.
Destaco alguns dos desafios com os quais as igrejas podem contribuir.

1º desafio – Cuidar dos idosos que precisam de cuidados

Um grande desafio que a longevidade traz para nossas igrejas é o cuidado para com este
grupo etário. Cuidado significa atenção, zelo, precaução, cautela, carinho, responsabilidade,
amor. Paulo nos ensina: E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada seria. (1 Co 13. 2). Nossas igrejas devem ter olhar e
atenção para ofertar cuidados às pessoas idosas que necessitam de proteção e cuidado. A
formalização desse cuidado pode se manifestar copara a Terceira Idade ou idosos. O livro
3ª idade Dinâmica de autoria de Samuel de Souza e publicação da UFMBB, oferece boas
sugestões.

As famílias brasileiras estão passando por uma importante mudança em sua composição e
constituição. Hoje já não temos tantas famílias numerosas porque houve uma importante
redução do número de filhos. No Brasil, a média de filhos por mulher está em torno de 1,8
filho. O menor número de filhos nas famílias pode representar a diminuição do número de
cuidadores no futuro. Outro aspecto a ser considerado é o fato das mulheres, tradicionais
cuidadoras, terem ido para o mercado de trabalho. As mulheres estão trabalhando fora de
casa e por isso impossibilitadas de dedicar o tempo que o cuidado de pessoas dependentes
exige. Esses dois fatores são determinantes nas alterações das famílias brasileiras. Quem
cuida do idoso que precisa de cuidados? É importante destacar que nem todo idoso precisa
ou precisará de cuidados.

A igreja pode contribuir muito com os idosos que precisam de cuidados, oferecendo suporte
para suprir as suas necessidades. Os membros podem ajudar oferecendo companhia a
idosos que moram sozinhos, acompanhamento a consultas, internações, visitas hospitalares,
bancos, supermercados, comércio etc. Muitos idosos não possuem recursos financeiros para
pagar os cuidadores profissionais. Nossas igrejas têm um importante potencial humano e
precisamos sensibilizar todos a olhar ao redor e ajudar aos que precisam. Há idosos que
devido as suas limitações físicas não podem usar o transporte coletivo e por isso ficam
impossibilitados de comparecer aos cultos. A igreja pode promover a "carona solidária" ou
quem sabe, oferecer transporte especial para buscar os idosos para as atividades que realiza.
Há uma infinidade de maneiras de ajudar. A igreja do presente e do futuro precisa se dispor
a cuidar dos idosos que necessitam de cuidados.

2º desafio – Evangelização de pessoas idosas

Para a maioria das pessoas idosas a espiritualidade e a religião representam algo muito
importante e chegam a ser um dos determinantes para a sua qualidade de vida. Estudos
apontam que nessa etapa da vida as crenças, comportamentos religiosos, práticas
devocionais estão mais presentes do que em qualquer outro grupo etário. A espiritualidade
e a religiosidade podem melhorar o estado de bem-estar, diminuir os níveis de depressão e
angústia e também contribuir na socialização. A velhice é uma excelente oportunidade para
as pessoas procurarem o encontro com a fé e a espiritualidade. É nessa fase da vida que as
perguntas existenciais "Quem sou eu?, Por que estou no mundo?, Que sentido tem a minha
vida?, Para onde vou?" se tornam mais inquietantes. A velhice é considerada a última etapa
da vida e isso faz com que ocorra o pensamento sobre a morte e o morrer. A finitude torna-
se mais real e próxima.

A religião é apontada como um dos indicadores que podem melhorar a qualidade de vida
do idoso. Um estudo feito pela comunidade judaica em São Paulo constatou que a religião
foi um fator preventivo contra a depressão: 80% dos idosos que não eram deprimidos
possuíam compromissos com a religião que professavam. Outro fator a ser considerado, é a
importância que a fé e a espiritualidade podem desempenhar no enfrentamento das
situações de conflito vividas na velhice.

Um importante estudo realizado em São Paulo pelo projeto Saúde, Bem-Estar e


Envelhecimento (SABE) pesquisou entre os idosos sobre espiritualidade e religião. A
análise dos dados permitiu concluir que quanto mais longevo, mais religioso o idoso se
torna. A pesquisa encontrou apenas 1,2% de idosos que se declararam sem religião.
Chamamos a atenção para o fato de que há diferença de graus de importância da religião na
vida dos idosos. Para as mulheres a religião é mais importante do que para os homens e
outra constatação é o fato de que as mulheres estão mais dispostas a mudar de religião do
que os homens. Os idosos que vivem sozinhos dão mais importância à religião do que
aqueles que vivem acompanhados.

A prática da espiritualidade pode colaborar e facilitar a aceitação das perdas, das tristezas e
das doenças. A religião pode oferecer o sentimento de pertencimento a um grupo social,
fator importante para a auto-estima e autocuidado. Ser membro de um grupo religioso é
considerado como um importante laço social e afetivo. Muitos idosos declararam que seus
amigos estão entre os membros da igreja que freqüentam e são com esses amigos que
podem contar quando estão passando por qualquer dificuldade.

Os corações dos idosos estão sedentos da mensagem salvadora de Jesus Cristo. Nós
precisamos aproveitar a fertilidade de seus corações e estabelecer um plano de evangelismo
específico para eles porque precisam do evangelho transformador, acolhedor e consolador.

Pessoas precisam ser treinadas para ganhar os idosos para Jesus e nossas igrejas precisam
ser acolhedoras para recebê-los.

3º desafio – Aproveitamento dos dons e talentos

O envelhecimento não significa necessariamente a aposentadoria dos talentos e dos dons.


Muitos idosos podem e querem continuar a servir suas igrejas nas funções que
desenvolviam em outras etapas de suas vidas. Idosos podem, se desejarem, continuar a
exercer os diversos ministérios para os quais foram chamados.
No Brasil Batista há um número importante e significativo de pastores idosos, de
professores e professoras da EBD, de líderes denominacionais, tesoureiros, tesoureiras,
coordenadoras da MCA, líderes de cantinas e uma infinidade de funções. Nossos pastores,
nossos líderes e nossas igrejas precisam continuar a prestigiar e valorizar o serviço das
pessoas idosas em nossas igrejas.

A expectativa de vida do brasileiro já superou os 72 anos de vida. Isso faz-nos pensar que,
cada vez mais, teremos pessoas em condições de desenvolver, por um maior tempo, seus
talentos no serviço cristão. Não podemos achar que já está na hora de os mais velhos
pararem. Temos que incentivá-los a continuar prestando seus serviços. Há lugar para todos.

E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. A cada um, porém, é dada a


manifestação do Espírito para o proveito comum. Ora, vós sois corpo de Cristo, e
individualmente seus membros. (1 Co 12. 5, 7 e 27). Deus convoca e capacita com os dons
todos os cristãos para o serviço, inclusive, as pessoas idosas. No corpo de Cristo tem lugar
para todos.

Penso que nossos líderes e pastores ao fazerem apelos missionários deveriam incluir
convite e chamado específico para os idosos. As Juntas de Missões Nacionais e Mundiais
podem promover projetos específicos para os mais velhos, pois nessa fase há muito tempo
livre e desejo de servir, além de estabilidade financeira por conta da aposentadoria (pelo
menos o que se imagina!). Não podemos mais ter apelos somente para jovens. Idosos
podem e querem ser missionários também. Sabemos de idosos que tiveram um chamado
vocacional no passado e não atenderam. Talvez na velhice seja o tempo de retomar o
chamado e servir a Deus em algum campo missionário. Os Projetos Radicais e as TRANS
têm envolvido muitos idosos.

Conclusão

O salmista nos ensina a contar os nossos dias para alcançarmos um coração sábio (Sl
90.12). Só podemos contar nossos dias vivendo ano a ano, contando os ciclos da nossa
existência e também as fases que cada ciclo nos aponta, no entanto, não podemos contar
sem propósitos. Qual é o propósito que Deus nos aponta? Alcançar um coração sábio. O
coração sábio é aquele que não perde a oportunidade que Deus concede, e transforma os
seus dias em maneiras de servir, de pregar, de testemunhar e de ser bênção.

Quanto tempo você já tem de existência? Qual tem sido o seu propósito nessa vida? Seu
coração é sábio? Você tem apenas contado os dias ou tem tido uma vida que valha a pena
aos olhos de Deus e dos seus irmãos?

Envelhecer é uma etapa normal do ciclo da vida, porém devemos viver da melhor forma
possível, buscando dar um significado que valha a pena a todos os dias da nossa existência.

O desafio, então, é sermos úteis aos nossos familiares, aos vizinhos, aos amigos, aos nossos
irmãos em Cristo. Eis que o temor do Senhor é a sabedoria. (Jó 28.28).

Referência bibliográfica

Revista Saúde Coletiva. Ano 5. Ed. 24. Número especial. Saúde do idoso. SABE – Saúde,
Bem-Estar e Envelhecimento. São Paulo: Editorial Bolina Brasil Ltda., 2008.

Marília Viana Berzins, SP*


*Assistente Social
Mestre em Gerontologia
Membro da Primeira Igreja Batista do Brás em São Paulo, SP

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