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A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.

Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do


trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do
Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma
legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de
um contexto de "estado regulamentador".

A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações


trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu
várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela
continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e
proteger os trabalhadores.

Seus principais assuntos são:

 Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho


 Jornada de Trabalho
 Período de Descanso
 Férias
 Medicina do Trabalho
 Categorias Especiais de Trabalhadores
 Proteção do Trabalho da Mulher
 Contratos Individuais de Trabalho
 Organização Sindical
 Convenções Coletivas
 Fiscalização
 Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista

Art. 1º Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e


coletivas de trabalho, nela previstas.

Funcionários públicos de órgão da Administração Federal Direta e Autarquias que se


transformaram ou venham a transformar-se em sociedades de economia mista, empresas
públicas ou fundações: integração, mediante opção, nos quadros de pessoal dessas
entidades: direitos que lhes são assegurados: Lei n. 6.184, de 11-12-1974.

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os


riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

NOTA: A Lei nº 5.889, de 08.06.73, art. 3º, conceitua o empregador rural:

Art. 3º. Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou
jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de
empregados.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,


os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra,
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica,
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas.

Comentário:

Obs.: As mesmas anotações efetuadas no Livro ou Ficha de Registro, deverão ser


reproduzidas na Carteira de Trabalho do funcionário.

Constituição/88:

§ 1º - A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que


explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de


trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

NOTA: Diz a lei nº 5.889, de 08.06.73, sobre empregado rural:

Art. 2º - Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade ou prédio rústico,
presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e
mediante salário.

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