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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO
aluna Clarisse de Almeida turma MG3 sala 216 professora Celeste Maria Gama Melao
disciplina Filosofia do Direito I data 26 de maio de 2011

REFLEXÃO INDIVIDUAL
Texto “Criatividade: Os Comos e os Quês”, Lala de Heinzelin.

Em primeiro momento, acredito ser imprescindível que o início de minha reflexão se paute no título
do texto objeto; “Criatividade: Os Comos e os Quês”. Heinzelin usufrui do termo “criatividade” como
instrumento precípuo integrante da essência humana, de modo a ponderá-lo como elemento diferencial
responsável pela dinamização de nossa história. A potencialidade criativa do homem é, em si,
irrevogável, malgrado seu pleno exercício ser uma questão designativa, um mérito da escolha. O infinito
poder de criar do homem é, portanto, uma ininterrupta via de duas mãos.
Afinal, não é à toa que Einstein, notável gênio reconhecido mundialmente, desenvolveu tanto
quanto a revolucionária teoria da relatividade, quanto à possibilidade de energia atômica, ainda que
desconhecesse a previsão de futuras atrocidades causadas por seus iguais. Ainda, devemos reconhecer a
plausibilidade de dúbio caminho se analisarmos, ainda que superficialmente, a questão do comunismo;
o sistema que transpareceu os maiores ideais quanto a real e completa igualdade dos homens foi o
mesmo que se sucumbiu ao abuso totalitário de poder personificado em grandes ditadores, nunca
excedendo as margens de uma grande e inalcançável utopia.
A criatividade é reflexo empírico da coragem. Todavia, a ousadia e a audácia são constantemente
comprimidos pelo temor. Esse desastroso assombro parte da terceirização de responsabilidades para o
divino, o dinheiro ou o governo. Por conseguinte, a banalização do conformismo blindou a percepção do
homem de que somos nós os reais culpados pela nossa escravidão a essas entidades. Isso em razão de
que foi o homem que criou a religião para suprir as lacunas de seus mistérios, é o homem que produz o
dinheiro para satisfazer sua incessante ambição por consumismo e fomos nós aqueles que um dia
criaram a ideia de governar que, em prol da busca por uma unidade política e social, hoje elegem seus
efetivos representantes para esse escopo.
Embora o comodismo seja quase generalizado nos dias de hoje, é inegável que o poder de escolha
nos coloca como agentes diretos e potenciais de transformação societária. Basta determos um senso
crítico complacente com nossa realidade, de modo que seu reconhecimento servisse de alicerce da
crença de que a harmonia e a criatividade são inerentes à nossa condição humana, o que nos tornaria
seres livremente intrépidos em favor de uma sintonia consonante pela paz.

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