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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA – UNECE

ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO

MARIA IZABEL SOUZA VAZ

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGE AO PACIENTE COM CARDIOMIOPATIA


DILATADA

Eunápolis BA
Abril 2011

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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA – UNECE
ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO

MARIA IZABEL SOUZA VAZ

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CARDIOMIOPATIA


DILATADA

Trabalho apresentado ao colegiado do curso


de enfermagem para fins avaliativos da
disciplina de Estágio supervisionado I,
orientado pelo professor Joahn Paulo.

Eunápolis
Abril de 2011

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................ 4

METODOLOGIA ..........................................................5

CADIOMIOPATIA DILATADA ......................................8

3.1 CAUSAS ....................................................8

3.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL....................9

3.3 TESTE..........................................................9

3.4 TRATAMENTO ..........................................10

3.5 CONSULTAS..............................................11

FISIOPATOLOGIA..................................................... 12

HISTÓRICO ...............................................................13

SINAIS VITAIS............................................................14

DIAGN[OSTICO ........................................................ 14

PLANO DE CUIDADO ...............................................14

MEDICAMENTOS PRESCRITO ................................15

REFERENCIA BIBLIGRAFICA .... ..............................16

1. Introdução

Cardiomiopatia dilatada ou miocardiopatia dilatada idiopática é


definida, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde, como
a doença primaria do músculo cardíaco, de causa não conhecida, que

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ocasiona dilatação de um ou de ambos os ventrículos, acompanhada
predominantemente de disfunção sistólica, por hipertrofia miocárdica
racional nas áreas não acometidas pelo processo de agressão
miocárdica, podendo desenvolver insuficiência cardíaca ou não
(dilatação sem insuficiência), apresentar arritimias atrial e/ou ventricular
para o óbito em qualquer estágio da doença.
À medida que a cardiomiopatia progride, o coração fica mais fraco
e menos capaz de bombear sangue através do corpo. Isso pode resultar
em insuficiência cardíaca, arritmias, acúmulo de fluidos nos pulmões ou
pernas, e mais raramente endocardite (uma infecção bacteriana do
revestimento do coração). O enfraquecimento do coração também
ocasiona outras complicações severas. Os quatro principais tipos de
cardiomiopatia são: dilatada, hipertrófica, restritiva e displasia
arritmogênica do ventrículo direito.
A forma familiar da cadiomiopatia dilatada ocorre em
aproximadamente 20% e 35% dos pacientes está relacionada a
alterações genéticas, com predomínio do padrão de herança
autossômica dominante, podendo ser causada por mutações pontuais,
deleções, inserções, duplicações ou rearranjo de genes.
O tipo mais comum de cardiomiopatia é a dilatada. Ela geralmente
ocorre em adultos de 20 a 60 anos de idade. Homens têm maior
probabilidade de desenvolver cardiomiopatia dilatada do que mulheres.
O maior conhecimento da doença de novos recursos terapêuticos
melhoram o prognóstico desta cardiomiopatia. Até 1978 os estudos
mostraram que 50% dos pacientes morriam 2 anos após o diagnóstico.
Entre 1978 e 1982, a taxa de sobrevida em 4 anos já era 54%, entre
1983 e 1987, passou a ser de 72%, e finalmente, entre 1988 e 1992 a
taxa de sobrevida em 4 anos dói de 83%.
A cardiomiopatia dilatada pode possuir ramificações diversas decorrendo
outras patologias ao individuo uma das mais comuns é a insuficiencia
cardíaca congestiva.
A insuficiência cardíaca (insuficiência cardíaca congestiva) é uma
doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia

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por minuto (débito cardíaco) é insuficiente para satisfazer as
necessidades de oxigénio e de nutrientes do organismo.
Qualquer doença que afecte o coração e interfira na circulação pode
causar insuficiência cardíaca. Determinadas doenças podem actuar
selectivamente afectando o músculo cardíaco, deteriorando a sua
capacidade de contracção e de bombeamento. A mais frequente delas é
a doença das artérias coronárias, que limita o fluxo sanguíneo para o
músculo cardíaco e que pode ser causa de enfarte. A miocardite (uma
infecção do músculo cardíaco provocada por bactérias, vírus ou outros
microrganismos) provoca também lesões graves no músculo cardíaco,
assim como a diabetes, o hipertiroidismo ou a obesidade extrema. Uma
doença de uma válvula cardíaca pode obstruir o fluxo de sangue entre
as cavidades do coração ou entre o coração e as artérias principais. Por
outro lado, uma válvula que não feche bem e deixe escapar sangue
pode provocar um refluxo do mesmo. Estas situações provocam a
sobrecarga do músculo cardíaco e, em consequência, debilitam a força
das contracções cardíacas. Outras doenças afectam principalmente o
sistema de condução eléctrica do coração e provocam frequências
cardíacas lentas, rápidas ou irregulares, que impedem um bombeamento
adequado do sangue.

2. METODOLOGIA

Este estudo de caso foi desenvolvido no Hospital Regional em


Eunápolis- BA, a escolha por este hospital deveu-se ao fato do estágio

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supervisionado em hospital geral ter ocorrido neste local, onde o mesmo
fica melhor acesso para a estudante.

A pesquisa terá caráter exploratório com abordagem qualitativa, bem


como pesquisa bibliográfica. Foram escolhidos como instrumentos para
coleta de dados a observação, exame físico, entrevistas e revisão de
literatura.

O trabalho científico que segue obteve de uma metodologia de pesquisa


cientifica e embasamentos em livros destinados a área de cardiologia
especificando assim a patologia mencionada ao paciente Marcos
Antonio Silva portador de Cardiomiopatia Dilatada, tal patologia promove
ramificações de outras determinadas patologias ai individuo, que foram
também pesquisadas e fundamentas para serem relatadas no
determinado trabalho cientifico da matéria de estágio superfisionado.

Pesquisas pela internet foram também agregadas durante a


formação do trabalho aqui citado, afim de dados mais atuais e de clareza
maior para o entendimento do acadêmico ao realizar sua conclusão.
Foram necessárias discussões entres os colegas de estudo do 6º
semestre de enfermagem da faculdades integradas do extremo sul da
Bahia havendo conclusões determinantes na construção do trabalho.
É possível salientar o dialogo existente com o paciente aqui citado
contribuindo essencialmente para a conclusão do trabalho.

3. CARDIOMIOPTIA DILATADA

O coração está geralmente pesado, grande e flácido e apresenta


dilatação de todas as câmaras. Entretanto, por causa do adelgaçamento
das paredes que acompanha a dilatação, a espessura ventricular pode

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estar menor, igual ou maior que a normal. Os trombos murais são
comuns e podem ser uma fonte de tromboêmbolos. As anormalidade
histológicas vistas na CMD não são específicas e geralmente não
refletem um agente etiológico específico A maioria das células
musculares está hipertrofiada e exibe núcleos alargados , mas muitas
delas estão adelgaçadas e esticadas e são irregulares. Há fibrose
intersticial e endocárdica de graus variáveis.
As cardiomiopatias dilatadas caracterizam-se por dilatação ventricular e
disfunção sistólica com espessura normal da parede ventricular. A
história natural e o prognóstico das cardiomiopatias dilatadas dependem
do grau de disfunção ventricular e das manifestações clinicas.
Quanto a história de um paciente com suspeita de cardiomiopatia , é
importante determinar a severidade da doença como também a possível
causa. Sintomas são uma estimativa essenciais da severidade da
doença. Estes podem incluir:

 Fadiga
 Dispnéia em esforço, brevidade da respiração
 Ortopnéia, dispnéia paroxística noturna
 Edema

Também é importante notar a idade do paciente, sexo, história médica


(especialmente hipertensão, angina, doença de artéria coronária,
anemia, deficiência orgânica tiróide e câncer de peito), medicamentos e
história social (por exemplo, tabaco, álcool, uso de droga ilícito).

Em exame físico, procure sinais de fracasso coração e sobrecarga de


volume. Avalie sinais vitais com atenção específica para o seguinte:

• Taquipnéia
• Taquicardia
• Hipertensão
• Hipoxia
• Distensão venosa jugular

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• Edema pulmonar (crepitantes basais )
• S3 galope
• Fígado aumentado ou reflexo hepatojugular
• Edema periférico

3.1 CAUSAS

Esta situação pode surgir em uma variedade muito larga de doenças


agudas e crônicas e toxinas. Porém, pesquisas clínicas indicam que até
30% dos casos são cardiomiopatia dilatada são idiopáticos e tem uma
distribuição familiar. O único gene de doença conhecido é o gene
distrofina que causa cardiomiopatia dilatado. Mas a pesquisa que
procura locus de doença adicional está sendo administrada atualmente.
Podemos dizer os seguintes itens

• Alcoolismo
• Outras Drogas:
• Metais pesados, cocaína e cobalto
• HIV e Outras Infecções:

Endocardites/miocardites virais, parasitas, e protozoários. Em


partes na América do Sul, a causa mais comum de cardiomiopatia
dilatado é Doença de Chagas.

3.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Álcool
• Anemia crônica

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• Regurgitação aórtica
• Estenose aórtica
• Cardiomiopatia Restritiva
• ICC e Edema Pulmonar
• Endocardite
• Infecção por HIV e AIDS
• Hipertireoidismo
• Hipofosfatemia
• Hipotireoidismo
• Infarto do miocárdio
• Miocardite

3.3 TESTES

• Enzimas cardíaca (Isto também ajuda diferenciar


doença isquêmica cardíaca da cardiomiopatia dilatada.)
• Testes de função de tiróide
• Conta de sangue completa (CBC)
• Teste de gravidez de urina
• toxicologia de urina

ESTUDO DE IMAGEM

• Radiografia de tórax (CXR):

Demonstrará uma cardiomegalia e dependendo da severidade da


doença e o grau de controle médico pode haver sinais de edema
pulmonar, como cefalização de fluxo, linhas B de Kerly ou, nos casos
mais severos, infiltrado intersticial .

• Echocardiogram:

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Isto é usado para ajudar a diferenciar cardiomiopatia dilatada da
cardiomiopatia restritiva e cardiomiopatia hipertrófica, as câmaras
dilatadas e paredes magras são as características mais proeminentes de
cardiomiopatia dilatado

• Outros Testes:
• Eletrocardiograma:

Isto pode ser útil identificando amplificação ventricular esquerda ,


diferenciando uma doença de coração isquêmica da cardiomiopatia
dilatado.

Biópsia endomiocárdio pode ser útil para diagnostico de miocardites ,


desordens de tecido conjuntivo e amiloidose .

3.4 TRATAMENTO

• Cuidados pré hospitalares :

Em casos de fracasso severo agudo, oxigênio, nitrato e furosemida


podem ser iniciados .

• Cuidado de Departamento de emergência:

O tratamento é essencialmente igual ao para insuficiência cardíaca


congestiva e edema pulmonar.

Começar com oxigênio, oxímetria de pulso contínuo, monitoramento


cardíaco e acesso de intravenoso. O terapia médica principal é a
redução da pré carga, redução da sobrecarga, diurese e apoio de via
aérea.

Em pacientes com edema pulmonar refratário severo, uma tentativa de


CPAP (pressão de via aérea positiva contínua) ou BiPAP (pressão
binível )podem evitar a intubação .

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3.5 CONSULTAS

Um internista ou cardiologista deveriam ser consultados para admissão


se esta é uma primeira diagnose de ICC. Precaução de exercício em
pacientes diagnosticados com deterioração renal, estenose valvular,
insuficiência cardíaca congestiva severa.

• SEGUIMENTO

A meta de cuidado na enfermaria é aperfeiçoar o equilíbrio entre volume


intravascular e produção cardíaca , e minimizar sintomatologia. A causa
específica de cardiomiopatia deveria ser buscada e, se achada,
invertida.

Pacientes deveriam ser seguidos regularmente por um Internista ou um


cardiologista. É necessário monitorar eletrólitos e continuar ajustando
terapia para minimizar sintomas. Pacientes com NYHA classe funcional
que III-IV também deveria se referir a um cirurgião cardiotorácico para
avaliação para possível ventriculectomia esquerda parcial ou transplante
de coração.

4. Fisiopatologia

Apoptose ou morte celular foi demonstrada em cardiomiopatia dilatada


que é caracterizado por função sistólica deprimida ou fracasso da bomba
sistólica, cardiomegalia e dilatação de ventrículo.
O ventrículo esquerdo com força contrátil reduzida conduz a produção
cardíaca diminuída na qual resulta em volumes residuais aumentados .

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Baixa produção cardíaca causa super regulação do sistema nervoso
simpatizante e o eixo de renina-angiotensina. Isto causa um lançamento
de vasopressina e peptídeo natriurético atrial. O resultado de excitação
destas áreas hormonais , é a expansão de volume que induz a
vasoconstrição.

5. HISTÓRICO

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Marcos Antonio Silva, 28 anos, mora com a tia, no Bairro Tiago de Melo,
caminho 49, casa 50, prima como acompanhante, chegou através da
SAMU, está há 8 dias no hospital, desconforto abdominal, uso de
medicamentos constante, uso de diurético, deambulando, nível de
consciência normal, escolaridade incompleta, morava longe da escola o
esforço atrapalhava sua ida, não dorme bem quando sente dor, fumante
ativo, não faz esforços para deixar o vicio, uso de bebida alcoólica
socialmente, sudorese pés e mãos, doença decorrente de inflamação
na garganta, válvulas em mal funcionamento, febre reumática, aguarda
TFD, disposição física comprometida, família convive e entende a
patologia, tia que acompanha compreende, recebe benefício do INSS há
7 meses, aumento dos batimentos cardíacos, faz uso de sulfato ferroso,
pouca tosse, alimentação sem sal, sem gordura, peso 49kg 50kg.

6. EXAME FÍSICO
Paciente encontrado deambulando, consciente, orientado,
verbalizando, internado há 8 dias, com quadro de cardiomiopatia
dilatada. Ao exame físico, pele, turgor e elasticidade mantida,
normocronica, sem presença de feridas ou cicatrizes, couro cabeludo
integro, cabelos sedosos e limpos, edema de face, cianose de
extremidade, pupilas isocoricas, escleróticas, anictericas, mucosas
desidratadas, ouvido externo sem presença de cerumes, acuidade
auditiva preservada, sem dor à palpação, nariz simétrico, sem presença
de secreções, boca com dentição preservada, mucosa oral hidratada e
sem presença de feridas, língua saburosa com mobilidade física
preservada sem presença de gânglios palpáveis, ao exame de tórax,
assimétrico, respiração e inspiração estáveis, ausculta pulmonar sem
presença de alterações, ausculta cardíaca normocarica, abdômen
flácido, palpáveis e com murmúrios hidroaéreos preservados.
Eliminações vesicais em pouca quantidade com dificuldades,
eliminações intestinais sem alterações. MMII sem edema, sem cianose e
bom retorno venoso, em MMSS sem edema , sem cianose, com bom
retorno venoso. MMSS direito uso de cateter hidrolizado. Aos sinais
vitais, PA: 180 x 80 mmHg, FC: 80 bpm, FV: 20 rpm, TAX : 35.7 c.

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8. SINAIS VITAIS

Pulso: 80bpm
Freqüência respiratória: 20rpm
Pressão arterial: 120x80mmHg
Temperatura: 36,8ºC

9. Diagnósticos:

Arritmias relacionada ao coração que deixa de obedecer a uma cadência


regular que no adulto está entre 60 a 100 batimentos por minuto.
Dispinéia e Edema: é a sensaçào de falta de ar e edema é o inchaço nas
pernas.
Cianose relacionada a quantidade de oxigênio no sangue arterial está
abaixo do normal e o paciente fica com uma cor azulada ou arroxada.
Dispnéia de esforço decorrente da hipertensão venocapilar pulmonar.
Formação detrombos intracavitários é comum , alaiado ao fato de que os
pacientes que apresentam grave disfunção do miocárdica permanecem
acamados por muito tempo, predispondo a formação de trombose
venosa profunda.
Dor torácica relacionada a embolia pulmonar ou coronária não e
freqüente.

9.1. Plano de cuidados:

Administrar medicação conforme prescrição medica


Repouso no leito
Oferta de O2 quando necessário
Administrar uma dieta adequada às necessidades
Auxiliar quando a exercícios respiratórios.
Posição de Fowler
Avaliar os sinais vitais periodicamente

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Auxiliar quanto ao uso de álcool e fumo se necessário ecaminhar a uma
instituição de tratamento.
Avaliar localização e características da dor;
Monitorar aceitação de alimentos;
Monitorar tipo da dieta e qualidade;
Buscar orientação do nutricionista acerca da alimentação;
Monitorar respostas aos fármacos;
Pesar paciente.
Orienta quanto a pouca ingestão de sal.

9.2 Medicações prescritas

Dieta Hiposórica
Soro com Heparina
Cedilanide E.V.
Furasemida E.V.
Aldactone
Captropil
Amiodarona V.O.
Caverdilol

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Referências Bibliográficas

Tratado de Cardiologia SOCESP , editora Manole LTDA.


Carlos V. S. Jr. , Ari Timerman, Edso Stefanini; 2ª Ed.- Barveri, SP 2009

Brunner & Sudarth


Tratado de Enfermagem Médico-Cirugica, 2 ed., vol1- RJ 2008

Medicina Ambulatorial , Bruce B. Duncan, Maria Inês Shmidt,, Elsa R.J.


Giugliani.; Ed. Artmed-2006

Enfermagem Médico-Cirurgica, 3ª Ed., vol2, Reichmann & Affonso Editores

http://analgesi.co.cc/html/t31567.html

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