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Poeta portugus, nasceu em 19 de Janeiro de 1923 em Pvoa de Atalaia, no seio de uma famlia de camponeses.

A sua infncia foi passada com a me, na sua aldeia natal. Mais tarde, prosseguindo os estudos, foi para Castelo Branco, Lisboa e Coimbra, onde residiu entre 1939 e 194. Em 1947 entrou para a Inspeco Administrativa dos servios Mdicosociais, em Lisboa. Em 1950 foi transferido para o Porto onde fixou residncia. Abandonou a ideia de um curso de Filosofia para se dedicar poesia e escrita, actividades pelas quais demonstrou desde cedo profundo interesse, a partir da descoberta de trabalhos de Guerra Junqueiro e Antnio Botto. Camilo Pessanha constituiu outra forte influncia do jovem poeta Eugnio de Andrade. Embora no se integre em nenhum dos movimentos literrios que lhe so contemporneos, no ignorou, mostrando-se solidrio com as suas propostas tericas e colaborando nas revistas a eles ligadas, como Cadernos de Poesia; Vrtice; Seara Nova; Ssfo; Gazeta Musical e de todas as Artes; Colquio, Revistas de Artes e Letras; o tempo e o modo e de cadernos de literatura, entre outros. Eugnio de Andrade morreu em 13 de Junho de 2005.

Algumas fotografias de Eugnio de Andrade

Eugnio de Andrade

Nomes: Tiago Dias 7A N14 Fbio Almeida 7A N6

Como se houvesse nuvens sobre nuvens e sobre as nuvens mar perfeito, ou, se preferes, a tua boca clara singrando largamente no meu peito.

Mas do nome que Maio decorou, nem a cor nem o gosto me ficou.

Algu ns poe mas de Eug nio de Andr ade


Adeus Como se houvesse uma tempestade escurecendo os teus cabelos, ou, se preferes, minha boca nos teus olhos carregada de flor e dos teus dedos como se houvesse uma criana cega aos tropees dentro de ti, eu falei em neve - e tu calavas a voz onde contigo me perdi. Como se a noite se viesse e te levasse, eu era s fome o que sentia; Digo-te adeus, como se no voltasse ao pas onde teu corpo principia.

Cano Tu eras neve. Branca neve acariciada. Lgrima e jasmim no limiar da madrugada. Tu eras gua. gua do mar se te beijava. Alta torre, alma, navio, adeus que no comea nem acaba. Eras o fruto nos meus dedos a tremer. Podamos cantar ou voar, podamos morrer.

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