Você está na página 1de 4

MITOLOGIA CELTA

Abnoba - Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).

Andrasta - Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um


esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.

Arduina - Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como


Diana, a Ártemis grega.

Balor - Gigante irlandês de "mau olho"; tinha as pálpebras caídas


sobre os olhos e era mister um forcado para erguê-las; seu congênere
gaulês chamava-se Yspaddaden.

Belenos - "O Brilhante" ou "Aquele Que Reluz", divindade que pelos


romanos foi identificada como o Apolo latino.

Brigit - Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor.


Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o
mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos.
Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no
primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.

Bron - O deus marítimo Llyr teve dois filhos: Bron ou Brân (Bron é
irlandês e Brân é gaulês) e Manannân ou Manawydan. Brân era um
enorme gigante que nenhum palácio ou nenhum navio podia abrigar;
atravessou a vau o mar da Irlanda para combater e destruir um rei e
seu exército; estendido através de um rio, seu corpo gigantesco
serviu de ponte para o exército passar. Possuía uma caldeirinha
mágica com a qual ressuscitada os mortos. Harpista e músico, era o
protetor dos fili e dos bardos. Rei das regiões infernais, lutou para
defender os tesouros mágicos que o filho de Dôn queria roubar.
Ferido por uma flecha envenenada, ordenou que lhe cortassem a
cabeça, a fim de abreviar seu sofrimento; a esta cabeça decepada
continuava a dar ordens e conversar durante 87 anos, que tantos
foram necessários para levar o corpo à sepultura, uma colina de
Londres. A cabeça cortada de Brân, voltada para o sul, prevenia a
ilha de toda invasão; o rei Artur, imprudente, mandou exumá-la,
tornando possível a conquista da saxônia.

Cuchulainn - As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim)


constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer,
chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar,
casada com Sualtan, o profeta. Seu pais verdadeiro, porém, era o
deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os
demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou
o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem
daí o nome Cuchulainn, "Cão de Culann". O menino possuía uma
força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e
suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois
de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que
tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou
ordem primitiva de cavalaria de Usler, provavelmente). Depois,
mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha
Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da
magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua
professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas
deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas
prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer (diz-se
Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o
relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado
toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes
batalhas e aventuras tomam lugar.

Dagda - O "Deus Eficaz", é o nome pelo qual era chamado o deus-


chefe Eochaid Ollathair. Dagda era bom para tudo: dos mágicos é o
primeiro e o mais poderoso, temível guerreiro, habilíssimo artífice e o
mais esperto de todos quantos "possuem a vida e a morte". Possui
uma caldeirinha mágica que pode alimentar todos os homens da
terra. Chama as estações do ano tocando sua harpa divina. Veste
uma túnica curta e traz na cabeça um capuz. É o senhor da vida e
da morte, dispersador da abundância.

Dana - É a companheira de Bilé. A sua descendência chama-se


Tuatha Dê Danann (tribos da deusa Dana).

Druidas - Diz-se que eram a casta sacerdotal dos antigos celtas. Se


por sacerdotes se designam pessoas especialmente consagradas, com
caráter profissional, para executarem ritos religiosos e culturais,
nomeadamente o ato do sacrifício, em nome da comunidade ou em
seu nome próprio então eles não foram sacerdotes. Se o tivesse sido,
então encontrá-los-íamos, certamente, ocupando lugar de destaque
entre os celtas da Itália, Espanha, etc. Nessas regiões, porém, os
druidas diferem radicalmente dos da Gália ou Irlanda. O nome
"druida" é derivado de duas raízes, dru e vid; justos, significariam
"aqueles que têm o conhecimento profundo ou completo"; ou seja,
eram "mestres" ou "filósofos". Formavam uma ordem e não uma
casta. Dividiam-se em três classes: os druidas propriamente ditos,
possessores do extremo poder que, mais tarde, cederam aos brenns
(daí o nome que os romanos davam ao general celta que invadiu a
Itália e conquistou Roma, Breno), "os chefes" ou "generais
guerreiros"; os eubages, advinhos e sacrificadores; e os bardos, que
cantavam hinos e celebravam as façanhas dos heróis. Os druidas
acreditavam na imortalidade da alma e na metempsicose
(metamorfose do homem em animal. Cabe citar que todos os xamãs
espalhados pelo mundo, assim como diversos teurgos também
acreditavam nisso); cultuavam vários deuses, mas não possuíam
templos: reuniam-se nas florestas sombrias; sua assembléia geral
era perto de Dreux; nas grandes calamidades imolavam vítimas
humanas. O druidismo atribuía virtudes a certas plantas, à verbena,
à selagina, ao sâmolo e, especialmente, ao agárico ou, melhor, ao
visco ou visgo (que era cortado, em certos dias, com grandes
cerimônias, sobre velhos carvalhos). Eram médicos, astrônomos,
físicos e conselheiros. As druidesas, feiticeiras e profetisas, tinham
seu principal santuário na ilha do Sena.

Épona - "A Cavaleira" ou "A Amazona". É representada sempre a


cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na
cabeça trás um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um
poldro, que, às vezes, é alimetado pela deusa. Seus atributos eram a
cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do
solo, fertilizado pelas águas.

Fionn - Chefe dos Fionna de Leinster, o herói Fionn ou Fionn mac


Cumhail é o fanfarrão que mata monstros também sendo um
mágico. Vive de aventuras, é desconfiado e astucioso. É filho de
Ossian e avô de Oscar; são seus inimigos Goll e seu irmão Conan.
Seu nome significa "Branco" ou "Louro". Morreu em uma batalha, em
Ghabra.

Govannon - O nome é bretão; a forma irlandesa é Goibniu e significa


"ferreiro". Este deus é o Vulcano das tribos celtas insulares; fornece
armas aos membros do clã e aos aliados.Consideram-no, na Irlanda,
arquiteto das altas torres redondas e das primeiras igrejas cristãs.

Ossian - Era filho de Finn. É, certamente, a mais importante


personagem do ciclo feniano ou de Ossian. Quando foi da derrota de
Gabhra, escapou graças à deusa-fada Niamh, que conduziu sua
barca de vidro para Tir na n-Og, o paraíso céltico. Passou lá 300
anos de juventude, enquanto o tempo e os reinos (e os reis)
passavam na terra. No fim desse tempo quis retornar à face da terra.
Niamh lhe confia a montaria mágica que ela mesma usava,
recomendando-lhe que não pusesse o pé em terra. Ossian,
entretanto, cai da montaria e bate no solo terrestre e quando ergue-
se, custosamente, era um velho fraco e cego.
Tricéfalo - É uma personagem com três cabeças ou com três rostos.
Em uma estela encontrada em La Malmaison o Tricéfalo domina o
par divino formado por Mercúrio e Rosmerta. Era apenas uma
representação do deus que os romanos identificaram ao seu
Mercúrio. A multiplicação das cabeças seria a forma prática de
multiplicar o poder da divindade

Você também pode gostar