12 Fevereiro 2009 11

PORTUGAL
Obras na zona ribeirinha de Lisboa Bagão Félix candidato Funcionalismo “foge” para a reforma
Bagão Félix deve ser o candidato
O trânsito na Avenida Ribeira das Naus, na zona ribeirinha de da coligação PSD/CDS à No primeiro trimestre vão reformar-se 5.318 funcionários públicos,
Lisboa, vai estar cortado a partir de dia 15 e durante quatro Assembleia Municipal de mais 463 do que em igual período de 2008, segundo as contas
meses, anunciou o presidente da autarquia, António Costa. O Lisboa. Santana Lopes assume feitas com base nas listagens da Caixa Geral de Aposentações.
corte de trânsito, desde o campo das Cebolas até Corpo Santo, que é esse o nome que deseja. A Educação é o ministério que mais funcionários públicos vai
deve-se a diversas obras a decorrer em simultâneo na zona do Bagão disse que ainda não reformar, com um total de 1.822 trabalhadores, num aumento de
Terreiro do Paço, entre as quais a substituição de uma das recebeu qualquer convite formal 145 funcionários relativamente aos primeiros três meses de 2008.
principais condutas de abastecimento de água a Lisboa, a mas «admite ponderar» este A Saúde surge a seguir, com as aposentações a mais do que
construção de duas caixas de intercepção de esgotos e a cenário. Portas, não deverá pôr duplicarem no período em análise, com um total de 933
consolidação do Torreão Poente. entraves à candidatura. reformados até Março, com mais 497 pessoas do que em 2008.

EMPRESAS E FAMÍLIAS COM VIDA MAIS DIFÍCIL

Bancos voltam a apertar condições para a concessão de crédito

Os bancos voltaram a apertar as condições
para a concessão de crédito às empresas e
famílias em Portugal, no quarto trimestre de
2008, uma tendência que se deve manter nos
próximos três meses, segundo o Banco de
Portugal.
“De acordo com os resultados do inquérito
realizado em Janeiro de 2009, os cinco
grupos bancários portugueses (...) indicaram
um aumento da restritividade nos critérios de
concessão de empréstimos ao sector privado
não financeiro no decurso do último trimestre
de 2008”, lê-se no inquérito aos bancos
realizado pelo Banco de Portugal.
Esta comparação é feita face ao trimestre
anterior e mostra que o aperto das condições
de crédito foi “mais marcado” nas empresas.
Para o primeiro trimestre de 2009, os
bancos perspectivam uma continuação das
restritividade do crédito, sobretudo nos
empréstimos a médio e longo prazo.
A justificar o aperto das condições de
crédito esteve o aumento do custo de
financiamento dos bancos, as deteriorações
dos seus balanços e um aumento da
percepção do risco.
Como consequência, o custo dos
empréstimos (medido pelos spreads) alargou-
se, os montantes emprestados contraíram-se e
os prazos dos créditos foram encurtados.
Além disso, os bancos passaram a exigir
mais garantias para concederem os
empréstimos no final de 2008.
O inquérito refere que os bancos têm
enfrentado “dificuldades” no acesso ao
crédito por grosso, com alguns a
classificarem-nas de “consideráveis” nos
segmentos a médio e longo prazo e na
titularização de créditos.
Em declarações à Lusa, responsáveis dos
bancos já tinham reconhecido quinta-feira
que agravaram os “spreads” e estão mais
selectivos na concessão de novos
financiamentos, mas justificam que este é o
reflexo do aumento, também para eles, do
custo de financiamento e do risco. Várias
associações empresariais por todo o país,
contactadas pela Lusa, também
identificaram dificuldades no acesso ao
crédito, confirmando o resultado deste
inquérito.
Os dados mostram ainda que a procura de
crédito por parte das empresas se manteve
praticamente inalterada no último trimestre
de 2008, uma tendência que se manterá até
Março.
No segmento dos particulares, a procura
baixou, sobretudo no segmento da habitação,
com os bancos a perspectivarem nova
redução no primeiro trimestre de 2009.
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