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Estamos completando a primeira década do século XXI, no contexto de uma das piores
crises do sistema capitalista. Uma crise estrutural que põe em xeque todos os
pressupostos do pensamento liberal.
Esta seria uma oportunidade para os trabalhadores passarem à ofensiva, rompendo com
a ideologia dominante que legitima a lógica irracional de funcionamento do sistema,
baseada na exploração do homem pelo homem. Todavia, o que temos presenciado é uma
incapacidade da esquerda atual de realizar esse embate no campo ideológico e
apresentar alternativas que apontem para essa necessária ruptura.
A leitura do livro de Victor Alba nos possibilita conhecer um pouco uma experiência
única que, mesmo sendo curta, demonstrou que os trabalhadores podem organizar uma
sociedade a partir da autogestão. O livro é dividido em duas partes, a primeira consiste
de um ensaio sobre o processo de autogestão e a segunda parte apresenta sete
depoimentos de trabalhadores que viveram aquela experiência.
Nesta resenha nos deteremos na primeira parte, na qual o autor realiza uma reflexão
muito original sobre o caráter da revolução espanhola de 1936 e uma análise rigorosa da
experiência de autogestão realizada pelos trabalhadores da região autônoma da
Catalunha no ano de 1936.
O livro inicia pela análise do caráter da Revolução Espanhola, que Victor Alba
identificou, de forma provocativa, como “a primeira revolução operária da história”,
afirmando que “não houve antes nem depois dela, nenhuma outra revolução operária”.
Site: http://outraeconomiacontece.wordpress.com/2009/03/04/resenha-do-livro-
%e2%80%9clos-colectivizadores%e2%80%9d-de-victor-alba-por-paulo-marques-
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