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PROCESSO TC 2.133/08

Prestação de Contas do Prefeito Municipal de


Catingueira, Senhor José Edivan Felix, relativa ao
exercício financeira de 2007 - Parecer contrário -
Atendimento integral aos dispositivos da LRF -
Imputação de débito - Aplicação de multa

PARECER PPL TC N° S~ /09

o Processo TC 2.133/08 trata da Prestação de Contas apresentada pelo


Prefeito do Município de Catingueira, Sr. José Edivan Félix, relativa ao
exercício financeiro de 2007.

CONSIDERANDO que a douta Auditoria, após analisar a documentação


constante nos autos, inclusive os esclarecimentos apresentados pela referida
autoridade, e realizar inspeção naquele município, constatou a ocorrência das
seguintes irregularidades:

1) Descumprimento do § 1°, do artigo 1° da LRF no que diz respeito à


prevenção de riscos e ao equilíbrio das contas públicas.
2) Omissão na escrituração de parte da Dívida Fundada do Município
representada pelos débitos com a CAGEPA.
3) Despesas sem licitação, no valor de R$ 55.000,00, correspondendo a
3,9% da despesa licitável e a 0,86% da despesa orçamentária total do
exercício.
4) Transferência ilegal de recursos do FUNDES para o Caixa da Prefeitura.
5) Não recolhimento das obrigações patronais, no montante de R$
270.397,15, para um total devido de R$ 291.409,65, segundo os cálculos
da Auditoria;
6) Não recolhimento do total devido no exercício referente às contribuições
previdenciárias dos servidores, no valor de R$ 198.704,89.
7) Não comprovação documental do recolhimento ao INSS relativo a
obrigações patronais, no valor de R$ 17.062,16, tendo em vista que do
montante registrado como pago de R$ 21.012,50, somente foi
efetivamente comprovado o pagamento no valor de R$ 3.950,34,
conforme Guias da Previdência Social - GPS, constantes das fls. (~
2950/2954 dos autos. ' ,
8) Falta de registro no Demonstrativo da Dívida Fundada Interna das/
despesas amortizadas com parcelamento de débitos do município jun~~;-
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ao INSS. \ fltVl C-:
9) Atraso no pagamento de servidores;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.133/08

10)Não comprovação do repasse à Instituição Financeira - Caixa


Econômica Federal, no valor de R$ 68.040,29, correspondente ao
montante retido na folha de pagamento dos servidores do Município, a
título de empréstimo consignado.

CONSIDERANDO que se encontra anexado aos autos o Processo de


Inspeção Especial TC 5194/07, no qual foi constatada a existência de "saldo
a descoberto" no Caixa/Tesouraria da Prefeitura Municipal de Catingueira no
montante de R$ 116.991,94

CONSIDERANDO que o gestor interessado apresentou nova defesa em


relação ao suposto "saldo a descoberto", a qual, segundo o Órgão Técnico
desta Casa, não foi suficiente para sanar a referida irregularidade;
CONSIDERANDO que, no entendimento do Ministério Público junto a
este Tribunal, o déficit orçamentário apontado não compromete a presente
prestação de contas, ensejando apenas as devidas recomendações ao gestor
municipal;

CONSIDERANDO que, de acordo com o Órgão Ministerial, as falhas


referentes à omissão na escrituração de parte da Dívida Fundada do Município
e à falta de registro de despesas relativas a parcelamento de débitos do
município junto ao INSS não representam danos ao Erário, ensejando
unicamente as devidas recomendações à Administração Municipal;

CONSIDERANDO que, segundo o Ministério Público Especial, as


despesas não licitadas (R$ 55.000,00) tiveram como objeto a construção de
uma passagem molhada no Sítio "Pau-de-Leite", a qual foi revertida em prol do
interesse público, inexistindo indícios de desvios de recursos financeiros,
podendo ser relevada a falha relativa a essas despesas.

CONSIDERANDO entender o Órgão Ministerial que a transferência de


recursos da conta específica do FUNDES para o Caixa da Prefeitura é
contrário ao ordenamento jurídico vigente, ensejando aplicação de multa, com
fundamento no art. 56, 11, da Lei Orgânica deste Tribunal;

CONSIDERANDO que, de acordo com o Ministério Público junto a esta r»;


Corte, as falha relacionadas ao não recolhimento das obrigações patronais ao ,.f
INSS e das contribuições previdenciárias dos servidores maculam as contas . i: I;) L
desta Corte'
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prestadas, a teor do que estabelece o item 2.5 do Parecer Normativo 52/2004--

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.133/08

CONSIDERANDO que, quanto à não comprovação do recolhimento ao


INSS, relativo às obrigações patronais (R$ 17.062,16), o Órgão Ministerial
concluiu pela imputação do respectivo valor ao Gestor;

CONSIDERANDO que, em relação ao atraso no pagamento de


servidores municipais, o Ministério Público Especial, entende dever ser
recomendado à Administração Pública Municipal a realização do pagamento
da remuneração dos servidores sem atraso;

CONSIDERANDO que, segundo o Órgão Ministerial, o valor não


comprovado como repassado à Caixa Econômica Federal (R$ 68.040,29) foi
retido da folha de pagamento dos servidores municipais e destinava-se ao
pagamento de empréstimos consignados contraídos junto àquela instituição,
devendo a irregularidade ser apurada pelo Tribunal de Contas da União, em
razão da natureza da Instituição Financeira envolvida;

CONSIDERANDO que, no entendimento do Ministério Público junto a


este Tribunal, o suposto "saldo a descoberto" foi objeto de exame do Processo
TC 5194/07, cujo Acórdão, o APL TC 31912008, não foi impugnado pelo
interessado, não podendo a matéria ser rediscutida nos presentes autos;

CONSIDERANDO que, em razão desses fatos, o Órgão Ministerial


pugnou pela:

a. Emissão de parecer contrário à aprovação das contas do Sr. José


Edivan Félix, Prefeito do Município de Catingueira, relativas ao exercício
de 2007, em razão das irregularidades remanescentes, principalmente
diante das conclusões do Acórdão APL TC 319/2008;
b. Declaração de atendimento integral às disposições da Lei de ")
Responsabilidade Fiscal; _ ;'
c. Aplicação de multa ao Gestor, com fulcro no art. 56 da Lei Orgânica
deste Tribunal, em razão da irregularidade relativa à transferência ilegal ~
de recursos do FUNDES para o Caixa da Prefeitura; \, ,\l
d. Imputação de débito ao responsável, Sr. José Edivan Félix, na quantia \.1 \
de R$ 1 7.062'f16, por, despe~bas.registradas. como pagas e não \\1
comprova das, re erentes as contn uições patronais; , r».
e. Co~unic~?~o à Receita Federal sobre as impropriedades de natureza ~/!/ "\
previdenciária; _ './ f
f. Representação à Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas/, ~_,/
da União na Paraíba a respeito dos indícios de apropriação indébita de~ J

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valor~s originário.s da .Caixa Econômica Federal e nãr repassado
Prefeitura de Catinqueira;
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO Te 2.133/08

g. Desentranhamento do Processo de Inspeção Especial TC 5194/07 e


conseqüente remessa à Corregedoria desta Corte, objetivando a
fiscalização quanto ao cumprimento da decisão contida no Acórdão APL
TC N° 31912008;
h. Recomendação à Administração Municipal no sentido de evitar toda e
qualquer ação administrativa que, em similitude com aquelas ora
debatidas, venham macular as contas da Gestão.

CONSIDERANDO que o Relator acompanha as conclusões do Ministério


Público Especial quanto às falhas relativas ao déficit na execução
orçamentária, à realização de despesas sem licitação, à transferência de
recursos da conta específica do FUNDES para o Caixa da Prefeitura, ao
pagamento com atraso dos servidores municipais e à não comprovação do
repasse à Caixa Econômica Federal de parcelas retidas dos servidores
municipais;

CONSIDERANDO que, no entendimento do Relator, as irregularidades


referentes à omissão de registro de dívidas do município com a CAGEPA e à
falta de registro de despesas relativas a parcelamento de débitos com o INSS
ensejam as devidas recomendações à Administração Municipal;

CONSIDERANDO que, segundo o Relator, o montante não recolhido das


contribuições patronais ao INSS (R$ 270.397,15) representa 92,78% do total a
ser recolhido no exercício de 2007 (R$ 291.409,65), ensejando esse fato na
desaprovação das contas em apreço, nos termos do item 2.5 do Parecer
Normativo 52/2004 desta Corte;

CONSIDERANDO que, de acordo com o Relator, a Prefeitura Municipal


de Catingueira, durante o exercício financeiro de 2007, deixou de recolher a J",' '
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totalidade das contribuições previdenciárias retidas de seus servidores (R$ '"
198.704,89), maculando as contas prestadas.
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CONSIDERANDO que, consoante o Relator, a Administração Municipal ,\ "


de Catingueira registrou o recolhimento junto ao INSS do montante de R$ {jf/I
21.012,50 a título de contribuição patronal, contudo, deixou de comprovar boa -,:.-, ,/
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parte do recolhimento deste valor (R$ 17.062,16), devendo ser imputada,~


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quantia não comprovada;

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PROCESSO TC 2.133/08

CONSIDERANDO

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

que, assim como o Órgão Ministerial, o Relator


também entende não caber, nos presentes autos, discutir a irregularidade
relativa ao "saldo a descoberto", porquanto a matéria foi objeto de decisão
proferida por este Tribunal, por ocasião da análise da apreciação do Processo
de Inspeção Especial TC 5194/07, encontrando-se a sua decisão
consubstanciada no Acórdão APL TC 319/2008, o qual não foi impugnado pelo
interessado através do competente recurso.

CONSIDERANDO que, em razão desse fato e por encontrar-se o referido


processo anexado a estes autos, o Relator, acompanhando o Ministério
Público Especial, entende ser necessário o seu desentranhamento e a sua
remessa à Corregedoria desta Corte, para o acompanhamento das decisões
nele proferidas;

CONSIDERANDO o Relatório e o Voto do Relator, o pronunciamento do


Órgão de Instrução, o Parecer escrito e oral do Ministério Público junto a esta
Corte e o mais que dos autos consta;

DECIDEM os Conselheiros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA


PARAIBA, na sessão realizada nesta data, por unanimidade de votos:

1. Emitir Parecer Contrário à Aprovação das Contas apresentadas pelo


Sr. José Edivan Félix, Prefeito do Município de Catingueira, relativas ao
exercício financeiro de 2007;

2. Emitir Acórdão:

a) Declarando o atendimento integral às exíqências da Lei de


Responsabilidade Fiscal pelo Chefe do Poder Executivo do Município de
Catingueira, durante o exercício financeiro de 2007;
b) Aplicando multa pessoal ao Senhor José Edivan Félix, Prefeito do
Município de Catingueira, no valor de R$ 2.805,10, por infração grave à
norma legal, nos termos do inciso 11, do art. 56 da Lei Orgânica deste
Tribunal;
c) Assinando ao senhor acima identificado o prazo de 30 (trinta) dias para
comprovar a esta Corte de Contas o recolhimento da multa aplicada ao
Tesouro Estadual à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e
Financeira Municipal, informando-lhe ainda que, caso não efetue o ', .v..:
recolhimento voluntário, cabe ação a ser impetrada pela Procuradoria /

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Geral do Estado, devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, n~ ~-- ./

hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4°, do art. 71 dcL .:

Constituição Estadual; \t; ~c r/li 5

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.133/08

d) Imputando ao Senhor José Edivan Félix débito no valor de R$ 17.062,16,


por despesas não comprovadas com recolhimento de obrigações
patronais ao INSS;
e) Assinando ao senhor supracitado o prazo de 60 (sessenta) dias para
demonstrar a este Tribunal o recolhimento do débito acima mencionado
com recursos próprios aos cofres públicos municipais, sob pena de
cobrança executiva a ser ajuizada pela Administração Municipal até o 30°
(trigésimo) dia após o vencimento daquele prazo, sob pena de
responsabilidade do Gestor do Município, servindo o presente acórdão
como título executivo. No caso de omissão daquela autoridade, deverá
agir o Ministério Publico, nos termos do artigo 71, parágrafos 3° e 4° da
Constituição Estadual;
f) Determinando que se comunique à Receita Federal do Brasil acerca das
irregularidades de natureza previdenciária.
g) Determinando que se represente à Secretaria de Controle Externo do
Tribunal de Contas da União na Paraíba sobre a apropriação, por parte
da Prefeitura Municipal de Catingueira, de recursos originários da Caixa
Econômica Federal, no valor de R$ 68.040,29.
h) Determinando à Secretaria do Tribunal Pleno o desentranhamento do
Processo de Inspeção Especial TC 5194/07, para encaminhamento à
Corregedoria desta Corte, objetivando a verificação quanto ao
cumprimento das decisões contidas no Acórdão APL TC 319/2008;
i) Recomendando à atual Administração do Município de Catingueira para
prevenir a repetição das falhas apontadas no exercício de 2007, sob
pena de desaprovação de contas futuras e outras cominações legais,
inclusive multa.

Presente ao julgamento a Exma. Senhora Procuradora Geral.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Te - PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AGRIPINO

João Pessoa, .' de '-('"\.C de 2009

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC 2.133/08

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ANA TERESA NOBREGA I)
Procuradora-Geral

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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IRELATÓRlol

Sr. Presidente, Srs. Conselheiros, douta Procuradora-Geral, Srs. Auditores.

o Processo em pauta trata da Prestação de Contas apresentada


pelo Prefeito do Município de CATINGUEIRA, Sr. José Edivan Félix, relativa ao
exercício financeiro de 2007.

A Auditoria desta Corte ao analisar os documentos constantes na


PCA, bem como a documentação colhida em inspeção realizada "in loco" no
Município, no período de 10 a 15 de novembro de 2008, evidenciou, em relatório
inicial de fls. 3161/3172, as observações a seguir resumidas:

1. A Prestação de Contas foi encaminhada ao Tribunal devidamente instruída e


no prazo legal.
2. O Orçamento para o exercício, aprovado por Lei Municipal, estimou a Receita
e fixou a Despesa do Município em R$ 6.825.000,00, bem como autorizou a
abertura de créditos adicionais equivalentes a 30% da despesa fixada na LOA.
3. No decorrer do exercício foram abertos créditos adicionais suplementares, no
montante de R$ 2.047.500,00, e especiais, no valor de R$ 120.000,00, todos
devidamente autorizados.
4. A Receita Orçamentária Total Arrecadada somou R$ 6.173.337,24, para uma
Despesa Orçamentária Realizada de R$ 6.370.156,20, gerando, na execução
orçamentária, um déficit equivalente a 3,19% da receita orçamentária
arrecadada.
5. O Balanço Financeiro registrou um saldo para o exercício seguinte de R$
378.524,85, distribuídos entre Caixa e Bancos, nas proporções de 21,05% e
78,95%, respectivamente.
6. O Balanço Patrimonial apresentou superávit financeiro no valor de R$
26.138,38;
7. A Dívida Municipal registrada, ao final do exercício, importava em R$
2.361.432,58, dividindo-se nas proporções de 14,92% e 85,08% entre Dívida
Flutuante e Dívida Fundada, respectivamente;
a. Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 1.239.719,19,
correspondendo a 19,46% da Despesa Orçamentária Total. Do total
efetivamente pago com obras públicas no exercício, R$ 506.419,88 foram com
recursos federais, R$ 55.000,00 com recursos estaduais e R$ 672.849,00 com
recursos do próprio Município. A Auditoria ressaltou a inexistência neste
Tribunal de Processo de Inspeção de Obras, referente ao exercício de 2007.

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Processo TC 02133/08 - PCA do Município de CATINGUElRA
Fp ág. 01/05d

- Exercício 2007.
9. Quanto à remuneração dos agentes políticos, a Auditoria informou que o
Prefeito optou pela remuneração do seu cargo de Analista Judiciário do
Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte, bem como informou
da vacância do cargo de Vice-Prefeito, no exercício de 2007, em virtude do
falecimento do seu titular, ocorrido em 2005.
10.As aplicações em MDE corresponderam a 25,49% da receita de impostos e
das transferências recebidas, superando o mínimo constitucionalmente
exigido.
11.As aplicações na Remuneração do Magistério corresponderam a 63,27% dos
recursos do FUNDEF, acima, portanto, do limite legal exigido.
12. As aplicações em Ações e Serviços Públicos de Saúde corresponderam a
21,43% da receita de impostos e transferências, sendo atendido o mínimo
constitucionalmente exigido.
13. Os Gastos com pessoal, correspondendo a 43,51% e a 40,45% da Receita
Corrente Líquida (RCL), ficaram aquém dos limites de 60% e 54%,
respectivamente, estabelecidos nos art. 19 e 20 da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
14. Os repasses ao Poder Legislativo Municipal situaram-se dentro dos limites
constitucionais.
15.0s REO e os RGF do exercício foram encaminhados ao Tribunal dentro dos
prazos legais, devidamente instruídos e comprovadas as suas publicações.
16.A Auditoria informou que o Município não possui Regime Próprio de
Previdência.
17. Não houve registro no Tribunal de denúncia sobre possíveis irregularidades
ocorridas no exercício de 2007.

Quanto à Gestão Fiscal, a Auditoria, em seu relatório preliminar, não


indicou qualquer irregularidade, sugerindo a declaração de atendimento integral
aos dispositivos da LRF.

Em razão das irregularidades inicialmente apontadas pela Unidade


Técnica de Instrução, no que respeita à Gestão Geral, o Prefeito do Município de
Catingueira, Sr. José Edivan Félix, foi notificado e apresentou, através de seu
patrono, os esclarecimentos de fls. 3176/3181.

Após analisar a defesa apresentada, em Relatório de fls. 3539/3545


a Auditoria deste Tribunal entendeu que remanesceram às seguintes
irregularidades:

a) Descumprimento do § 10, do artigo 10 da LRF no que diz respeito à prevenção


de riscos e ao equilíbrio das contas públicas.
b) Omissão na escrituração de parte da Dívida Fundada do Município
representada pelos débitos com a CAGEPA.
c) Despesas sem licitação, no valor remanescente de R$ 55.000,00,
correspondendo a 3,9% da despesa licitável e a 0,86% da despesa
orçamentária total do exercício.
d) Transferência ilegal de recursos do FUNDES para o Caixa da Prefeitura.
e) Não recolhimento das obrigações patronais, no montante de R$ 270.397,15,

(j/I
para um total devido de R$ 291.409,65, segundo os cálculos da Auditoria;

fP".02105j

Processo TC 02133/08 - PCA do Município de CA trNGUElRA - Exercício 2007.


f) Não recolhimento do total devido no exerci CIO referente às contribuições
previdenciárias dos servidores, no valor de R$ 198.704,89.
g) Não comprovação documental do recolhimento ao INSS relativo a obrigações
patronais, no valor de R$ 17.062,16, tendo em vista que do montante
registrado como pago de R$ 21.012,50, somente foi efetivamente comprovado
o pagamento no valor de R$ 3.950,34, conforme Guias da Previdência Social
- GPS, constantes das fls. 2950/2954 dos autos.
h) Falta de registro no Demonstrativo da Dívida Fundada Interna das despesas
amortizadas com parcelamento de débitos do município junto ao INSS.
i) Atraso no pagamento de servidores;
j) E, finalmente, não comprovação do repasse à Instituição Financeira - Caixa
Econômica Federal, no valor de R$ 68.040,29, correspondente ao montante
retido na folha de pagamento dos servidores do Município, a título de
empréstimo consignado.

Por determinação da decisão contida no Acórdão APL Te 319/2008


(fls. 2210/2212), foi anexado aos autos da PCA o Processo Te 5194/07,
formalizado a partir de Inspeção Especial realizada pela Auditoria desta Corte,
no período de 23 e 27 de julho de 2007, no Município de Catingueira, com a
finalidade de verificar o saldo das disponibilidades financeiras referente ao
período fiscalizado compreendido de 10 de janeiro a 25 de julho de 2007. O Órgão
Auditor, após análise técnica, apontou várias irregularidades no levantamento
financeiro, culminando com a existência de "saldo a descoberto" no
Caixa/Tesouraria daquela Edilidade, valor de R$ 116.991,94. O referido Processo,
cuja relatoria coube ao Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira, foi julgado
por este Tribunal Pleno, na sessão do dia 14 de maio de 2008, e que, através do
pré-falado Acórdão, decidiu, à unanimidade, em:

1) Julgar irregular a administração de recursos públicos pelo Prefeito de


Catingueira, Sr. José Edivan Félix, relativamente ao período fiscalizado, em
face da verificação de saldo a descoberto;
2) Imputar débito ao Prefeito no valor de R$ 116.991,94, correspondente ao
saldo a descoberto verificado;
3) Aplicar Multa individual ao Gestor Municipal no valor de R$ 2.805,10, por
embaraço à fiscalização do TCE, atos de gestão ilegais e danos causados ao
erário, com base na Lei Orgânica deste Tribunal;
4) Assinar o prazo de 60 (sessenta) dias para os devidos recolhimentos
voluntários, sob pena de cobrança executiva;
5) Emítir representação ao Ministério Público Comum, para as providências de
sua competência;
6) E, por fim, anexar os autos ao processo de Prestação de Contas Anuais do
exercício de 2007.

Através de Aditamento de Defesa, de fls. 3184/3532, cuja entrada


neste Tribunal ocorreu no dia 27 de janeiro do corrente ano, o Prefeito de
Catingueira, através de seu representante legal, fez novas alegações e
apresentou também documentos, inclusive quanto à irregularidade referente ao

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"Saldo a Descoberto", constante do Processo de Inspeção Especial.

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Processo TC 02133/08 - PCA do Município de CATINGUEIRA - Exercício 2007.


Por ocasião da análise de defesa da PCA, a Auditoria ressaltou que
não mais caberia a defesa apresentada relativa ao "Saldo a Descoberto", em face
de que se tratava de um processo já julgado pelo Tribunal. Mesmo assim, o
Órgão Técnico procedeu à analise dos documentos, concluindo pela manutenção
daquela irregularidade, tendo em vista que a documentação já havia sido
anteriormente encaminhada, portanto, já objeto de análise por parte da Auditoria.
O Órgão de Instrução sugeriu, por fim, o desentranhamento do Processo de
Inspeção especial dos autos da PCA, para remessa à Corregedoria desta Corte,
visando o acompanhamento da decisão consubstanciada no Acórdão APL TC
319/2008.

Instado a se pronunciar nos autos, acerca das irregularidades


apontadas na presente PCA, o Órgão Ministerial junto a esta Corte, em parecer
de fls. 3549/3553, da lavra de sua Procuradora Geral, Ora. Ana Teresa Nóbrega,
que, em resumo, assim entendeu:

a) No tocante ao déficit orçamentário, a irregularidade não compromete a


Prestação de Contas. Na ótica ministerial, o fato apurado enseja
recomendação ao Gestor no sentido de empreender maior zelo e
planejamento quando da execução orçamentária;
b) Quanto às falhas referentes à omissão na escrituração de parte da Dívida
Fundada do Município e à falta de registro de despesas relativas a
parcelamento de débitos do município junto ao INSS, segundo o Órgão
Ministerial, não representam danos ao Erário, ensejando, no entanto, as
devidas recomendações para o aperfeiçoamento dos registros contábeis,
evitando-se a reincidência das irregularidades;
c) Em relação às despesas não licitadas, no valor de R$ 55.000,00, verifica-se
que o dispêndio refere-se à construção de passagem molhada no Sítio "Pau-
de-Leite", conforme fls. 3163 dos autos. Segundo o Parquet, a obra foi
revertida em prol do interesse público, inexistindo indícios de desvios de
recursos financeiros. Via de consequência, a impropriedade admite relevação,
sem prejuízo das recomendações cabíveis;
d) Quanto à transferência de recursos da conta específica do FUNDEB para o
Caixa da Prefeitura, ressaltou a Procuradoria que tal procedimento fere o
ordenamento jurídico vigente, tendo em vista que a Lei N° 9.424/96, em seu
art. 3°, definiu o Banco do Brasil como único depositário de todos os recursos
do Fundo, além de estabelecer que eventuais saldos da conta vinculada ao
FUNDEB sejam utilizados em aplicações financeiras. Segundo o Órgão
Ministerial, o Gestor em sua defesa não trouxe nenhuma justificativa para a
situação apurada, ensejando, desta forma, aplicação de multa, com
fundamento no art. 56, inciso li, da Lei Orgânica deste Tribunal.
e) No tocante ao não recolhimento das obrigações patronais ao INSS e das
contribuições previdenciárias dos servidores, as irregularidades foram
reveladas a partir dos dados consignados no sistema SAGRES. Tais
irregularidades, segundo o Órgão Ministerial maculam as contas prestadas, a
teor do que estabelece o item 2.5 do Parecer Normativo 52/2004 desta Corte;
f) Quanto à não comprovação do recolhimento ao INSS, relativo a obrigações
patronais, no valor de R$ 17.062,16, o Parquet ressaltou que a defesa não
apresentou justificativa em relação ao fato, concluindo pela imputação deste
valor ao Gestor, porquanto se trata de despesa não comprovada;
(i/vi &Pág.04/05j

'I
v
g) Quanto ao atraso no pagamento de servidores munlcipais, a situação
constatada exige que a Administração Pública Municipal seja recomendada a
proceder ao pagamento da remuneração dos servidores sem atraso;
h) Em relação à falta de comprovação do repasse à Instituição Financeira, no
montante de R$ 68.040,29, a douta Procuradoria ressaltou que tal valor foi
retido da folha de pagamento dos servidores municipais, destinado ao
pagamento de empréstimos consignados, contraídos perante a Caixa
Econômica Federal, tendo a Auditoria desta Corte destacado que a
Administração Municipal não comprovou, satisfatoriamente, o repasse da
referida importância aos cofres daquela Instituição Bancária. Desta forma e
diante dos indícios de apropriação indébita de valores originários de empresa
pública federal, o Órgão Ministerial entende que a matéria é afeta à
competência do Tribunal de Contas da União, a teor da interpretação do art.
5°, da Lei N° 8.443/92 (Lei Orgânica do TCU);
i) Por fim, quanto ao "Saldo a Descoberto", a Procuradoria entendeu que tal fato
foi examinado no Processo TC 5194/07, referente à Inspeção Especial, tendo
esta Corte exarado o Acórdão APL TC 31912008, decisório este que não foi
impugnado pelo interessado na via recursal. Portanto, na Prestação de Contas
em exame não há possibilidade jurídica de ser rediscutida a matéria;
j) Diante de todo o exposto, o Ministério Público Especial, opinou, ao final, pela:
../ Emissão de parecer contrário à aprovação das contas do Sr. José Edivan
Félix, Prefeito do Município de Catingueira, relativas ao exercício de 2007, em
razão das irregularidades remanescentes, principalmente diante das
conclusões do Acórdão APL TC 319/2008;
../ Declaração de atendimento integral às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal;
../ Aplicação de multa ao Gestor, com fulcro no art. 56 da Lei Orgânica deste
Tribunal, em razão da irregularidade relativa à transferência ilegal de recursos
do FUNDEB para o Caixa da Prefeitura;
../ Imputação de débito ao responsável, Sr. José Edivan Félix, na quantia de R$
17.062,16, por despesas registradas como pagas e não comprovadas,
referentes às contribuições patronais;
../ Comunicação à Receita Federal sobre as impropriedades de natureza
previdenciária;
../ Representação à Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da
União na Paraíba a respeito dos indícios de apropriação indébita de valores
originários da Caixa Econômica Federal e não repassados pela Prefeitura de
Catingueira;
../ Desentranhamento do Processo de Inspeção Especial TC 5194/07 e
conseqüente remessa à Corregedoria desta Corte, objetivando a fiscalização
quanto ao cumprimento da decisão contida no Acórdão APL TC N° 31912008;
../ E, finalmente, recomendação à Administração Municipal no sentido de evitar
toda e qualquer ação administrativa que, em similitude com aquelas ora
debatidas, venham macular as contas da Gestão.

O Processo foi agendado para a presente sessão, sendo realizadas

)'/g;~1
as notificações de praxe. É o Relatório. ,
Em 20/maio/2009. ,,":iA/!)
ose Marques Manz
.

Cons. Relator
Gab. JMM/FCP. FPag.05/0sj

Processo TC 02133108 - PCA do Município de CATlNGUE1RA - Exercício 2007.


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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..•"

[Voro DORELATO~

Após a manifestação conclusiva nos presentes autos, pelo douto


Ministério Público junto a esta Corte, observa-se que restaram algumas
irregularidades, sobre as quais passo a tecer as seguintes considerações:

1) Quanto ao déficit apontado na execução orçamentária, o Relator acompanha o


entendimento do Órgão Ministerial, no sentido de que a falha não
comprometeu a Prestação de Contas, ensejando, porém, recomendação à
Administração Municipal de mais zelo e planejamento quando da execução do
Orçamento.

2) No tocante às falhas referentes à omissão de registro de dívidas do município


com a CAGEPA e à falta de registro de despesas relativas a parcelamento de
débitos com o INSS, ensejam também, pela sua natureza, as devidas
recomendações para o aperfeiçoamento dos registros contábeis da Prefeitura.

3) Em relação às despesas não licitadas, no valor remanescente de R$


55.000,00, correspondente à realização de uma Carta-Convite, objetivando a
construção de passagem molhada em Sítio do Município, o Relator comunga
do entendimento da Procuradoria desta Corte, pela relevação da falha
apontada, uma vez que a obra foi revertida em favor do interesse público, bem
como não foi evidenciado nos autos qualquer dano ao Erário em relação aos
preços praticados, sem prejuízo, no entanto, das devidas recomendações à
atual Gestão do Município para a correta aplicação da Lei 8.666/93.

4) No tocante à transferência de recursos da conta específica do FUNDES para o


Caixa da Prefeitura, o Relator acompanha o Parquet, entendendo que tal
procedimento contraria determinação contida na legislação pertinente. Em sua
defesa o Gestor não trouxe qualquer justificativa para a situação apurada. O
Relator entende, como o Ministério Público, que tal fato enseja a aplicação de
multa ao Gestor, com fundamento no art. 56, inciso 11, da Lei Orgânica deste
Tribunal.

5) Quanto ao não recolhimento de contribuições patronais ao INSS, o valor não


recolhido de aproximadamente R$ 270.397,15, representou 92,78% do total a
ser recolhido no exercício de 2007, estimado pela Auditoria em R$ 291.409,65.
Segundo o Ministério Público Especial e também esta Relatoria, a
irregularidade ensejá a desaprovação das contas em apreciação, nos termos
do que estabelece o item 2.5 do Parecer Normativo 52/2004 desta Corte.

tI/! Ep'9,01103]

Processo TC D2133/08 - PCA do Município de CATINGUE1RA - Exercício 20D7.


6) No exercício de 2007, a Prefeitura de Catingueira deixou também de recolher
a totalidade das contribuições previdenciárias retidas de seus servidores, no
valor de R$ 198.704,89, conforme dados extraídos do SAGRES e cujos
documentos comprobatórios encontram-se acostados às fls. 2944/2945 dos
autos, maculando, desta forma, as contas prestadas.

7) Somada à quase totalidade da falta de recolhimento de contribuições


previdenciárias patronais, a Prefeitura de Catingueira deixou ainda de
comprovar, através dos documentos hábeis, ou seja, das respectivas Guias de
Previdência Social, a parte supostamente recolhida ao INSS relativa à
contribuição patronal, no valor de R$ 17.062,16, de um total registrado como
recolhido de R$ 21.012,50. Como agravante, a defesa apresentada pelo
Prefeito foi totalmente silente quanto a este fato. O Relator não tem alternativa
senão acompanhar o entendimento da douta Procuradoria deste Tribunal, no
sentido da glosa no valor de R$ 17.062,16, por tratar-se de despesa não
comprovada.

8) No tocante ao pagamento com atraso dos servidores municipais, resta a este


Tribunal recomendar à atual Administração do Município de Catingueira, para
que proceda ao pagamento de sua folha de pessoal dentro da normalidade
necessária.

9) Quanto à não comprovação do repasse à Caixa Econômica Federal de


parcelas retidas dos servidores municipais, a título de empréstimos
consignados, a defesa ressaltou que, para comprovar que cumpriu com estas
obrigações, requereu à Caixa Econômica, através de ofício, cópias de todos
os extratos da conta n° 634-7, no período de janeiro a dezembro de 2007, sem
obter qualquer resposta daquela instituição bancária até o término do prazo
para apresentação de sua defesa, comprometendo-se, ainda, a apresentar tal
documentação ao TCE posteriormente. Como não foi apresentada a referida
documentação pelo responsável, a Auditoria desta Corte manteve a
irregularidade inicialmente apontada. Diante dos indícios de apropriação
indébita de valores pertencentes à Empresa Pública Federal, o Órgão
Ministerial desta Corte entendeu que a matéria é afeta à competência do
Tribunal de Contas da União, cabendo, portanto, representação àquele órgão
fiscalizador, no que esta Relatoria acompanha.

10)Por fim, o Relator também acompanha o Parquet Especial, no sentido de que


não cabe, nos presentes autos da Prestação de Contas, qualquer
possibilidade jurídica de se discutir a irregularidade relativa ao "Saldo a
Descoberto", no valor de R$ 116.991,94, uma vez que já foi objeto de decisão
por este Tribunal, quando da apreciação do Processo TC 5194/07, que trata
de Inspeção Especial realizada no Município de Catingueira, cuja decisão
encontra-se consubstanciada no Acórdão APL TC 319/2008, e que não foi
impugnado pelo interessado na via recursal. O referido Processo de Inspeção
Especial encontra-se anexado à presente PCA, por decisão deste Tribunal
Pleno, tendo a Procuradoria opinado pelo seu desentranhamento destes autos
e remessa à Corregedoria desta Corte, para o acompanhamento das decisões
proferidas naquele Processo. O Relator acompanha, em sua totalidade, o
posicionamento do Órgão Ministerial quanto a este item.
!-Pág. 02/03j

Processo TC 02133/08 - PCA do Município de CATlNGUE1RA - Exercício 2007.


I
Feitas estas considerações, o Relator vota, acompanhando o Parecer
exarado pelo Orgão Ministerial junto a esta Corte, no sentido de que este
Tribunal:

1) Emita Parecer Contrário à Aprovação das Contas apresentadas pelo Sr.


José Edivan Félix, Prefeito do Município de Catingueira, relativas ao
exercício financeiro de 2007.
2) Declare o atendimento integral pelo mencionado Gestor às exigências da Lei
de Responsabilidade Fiscal, relativamente àquele exercício.
3) Aplique multa àquele Gestor Municipal, no valor de R$ 2.805,10, por infração
grave à norma legal, nos termos do inciso 11, do art. 56 da Lei Orgânica deste
Tribunal, assinando-lhe o prazo de 30 (dias) para recolhimento junto ao Fundo
de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal.
4) Impute débito ao responsável, Sr. José Edivan Félix, na importância de R$
17.062,16, pelas despesas não comprovadas com recolhimento de obrigações
patronais ao INSS, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para
recolhimento voluntário do débito, sob pena de cobrança executiva, desde já
recomendada.
5) Comunique à Receita Federal do Brasil acerca das irregularidades de natureza
previdenciária.
6) Represente à Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União
na Paraíba sobre a apropriação, por parte da Prefeitura Municipal de
Cafingueira, de recursos originários da Caixa Econômica Federal, no valor de
R$ 68.040,29.
7) Determine à Secretaria do Tribunal Pleno o desentranhamento do Processo de
Inspeção Especial TC 5194/07, para encaminhamento à Corregedoria deste
Corte, objetivando a verificação quanto ao cumprimento das decisões contidas
no Acórdão APL Te 319/2008;
8) E, finalmente, recomende à atual Administração do Município de Catingueira
para prevenir a repetição das falhas apontadas no exercício de 2007, sob
pena de desaprovação de contas futuras e outras cominações legais, inclusive
multa.

É o Voto.

Em 20/maio/2009. ~ .. /
,~A1 /24/')
, sé Marques Mariz
f Cons. Relator
/

I-Pág,03/03d

Processo TC 02133/08 - PCA do Município de CATINGUEIRA - Exercício 2007,

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