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Processo Te n° 02585/06
TRIBUNALDE CONTASDO ESTAD~:-:G741j)J~ "'S
Administração Direta Mll~l'é'~l)êirMllniEf~31BatIFJ,~oo
José da
Lagoa Tapada. Prestação de Contas do Prefeito Cláudio
Antônio Marques de Sousa. Exercicio 2005. Declaração de
atendimento às disposições da LRF Improcedência de
denúncias. Assinação de prazo. Comunicação ao INSS.
Determinações. Recomendações. PARI:'CER FA vou» VEL
A APROVAÇÃO.

li.AIU:'CER PPL Te 5" 3 2008

REIATÔRIO

Cuidam os presentes autos da prestação de contas do Prefeito Municipal de São José da


Lagoa Tapada, Sr. Cláudio Antônio Marques de Sousa, relativa ao exercício de 2005.
O município sob análise possui 6.892 habitantes c IDH 0,551, ocupando no cenário
nacional a posição 5.293 c no estadu~la posição 189".

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São José de Lagoa Tapada
João Pessoa
2004 2005
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Pel'Captta
Ano
(habltante$-) [.
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Receita RTG R$ 4.111.598,89 R$ 596 58 R$ 5.826.428,13 R$ 84539 '~
Despesa DTG R$ 4.106643,11 R$ 595,86 R$ 5.611.544,81 R$ 814,21
194,3 '1/ ~ .
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Função S?úde R$ 759.445,26 R$ 110,19 R$ 1.339.525,02 R$
Função Educação R$ 1.418031,87 R$ 205,75 R$ 1.635290,25 R$ 237,2
Função Administração R$ 714.950,53 R$ 103,74 R$ 802.183,28 R$ 116,3
Despesa com Pessoal R$ 2159.812,52 R$ 313,38 R$ 2691.993 03 R$ 390,60
Despesa Pessoal x DTG 52,59% 47,97%
Ac6es- Serv.PUb.deSaúde .'.

Aplicado R$ 368.777,25 R$ 53,51 R$ 387041,58 R$ 56,16


Limite Mínimo R$ 398238,44 R$ 57,78 R$ 484355,15 R$ 7028
Aplicado X Lín.ite -7,40% -20,09%
FuncãoEducacão dndicad<Jres
!.plicação por Escola 19 R$ 74.633,26 19 R$ 86067,91
Aplicação por Professor 59 R$ 24.034,44 59 R$ 27.716,78
Aolicac ão por Alun oj ") 1.193 R$ 1.188,63 1194 R$ 1369,59
Indices
Alunos X Escola 63 63
Alunos X Professores 20 20
MedlcamentO$
Aplicado I R$ 62.076,25 I R$ 107889,55 I R$ 15,65 I
Merenda Escolar
A licado R$ 93.703,31 R$ 78,54 R$ 65698,91
Fonte: IBGE - INEP - SAGRES - IDEME - PCA 2004 - PCA 2005

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TRfBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te na 02585/06

Repito a mesma forma de apresentação do relatório, todavia com diferencial, fazendo o


comparativo dos exercícios de 2004 e 2005, de maneira que será possível avaliar as duas gestões com
maior abrangência.

o resgate
de elementos das prestações de contas passadas se destina à montagem de um
cenário mais abrangente, de modo a propiciar o exame da gestão municipal, além dos aspectos formais,
legais e quantitativos, sob a ótica da qualidade, eficiência e eficácia da despesa.

Acrescento ainda, que neste relatório, fiz constar gráficos com dados referentes aos
exercicios de 2002 a 2005, que para o Relator, também, contribui com a melhoria da análise dos
resultados do exercício em julgamento.

Vencidas estas preliminares, destaco os aspectos relevantes extraídos da matriz de


indícadores construída com dados dos exercícios de 2004 e 2005.

A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 41,71% e 36,65%, índices reveladores de que o gasto por habitante
passou de R$ 595,86 em 2004, para 814,21 em 2005.

A Despesa com as funções Saúde, Educação e Administração apresentaram


crescimentos de 76,38%, 15,32% e 12,20%, respectivamente.

Na Função Educação (FED) percebe-se redução do percentual de aplicação por aluno.


No exercício de 2004, o gasto foi de R$ 1.188,63 passando agora para R$ 1.369,59, o que representa
acréscimo de 15,22 %.

Registra-se, na Despesa de Pessoal (DEP) acréscimo de 24,64%, no entanto, se


comparada com a Despesa Total Geral (DTG) o índice é de 47,97 % contra os 52,59% observado no
exercício anterior.

o gasto per capta em Ações e Serviços Públicos de Saúde (SPP) foi de R$ 56,16 con
R$ 53,51 observado no exercício anterior, registrando, assim, um acréscimo de 4,72%.

Referente aos gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES),


constatam-se registros de R$ 107.889,55 e R$ 65.698,91, respectivamente, estes números revelam que os
gastos com medicamentos aumentaram em 73,80% e com merenda escolar reduziram em 29,89% (em
2004, utilizando-se a mesma base, os gatos foram de R$ 62.076,25 e 93.703,3 L respectivamente).

Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é uma tentativa de se criar, para exercícios vindouros, indicadores
parametrizados de modo a possibilitar a este Tribunal a criação de critérios de qualidade e eficácia na
avaliação das prestações de contas anuais.

Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela Unidade Técnica desta
Corte, com base nas informações colhidas, na documentação encartada aos presentes autos, na defesa
apresentada e nos relatórios técnicos de 11s. 626/635, 15561J564, 1788/1793, 2755 e 2783
os seguintes aspectos.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo TC n° 02585/06
1. Sobre a Gestão Fiscal
1.1. Atendimento às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, visto que as
irregularidades constatadas no relatório inicial foram sanadas com a apresentação da defesa.

2. Quanto à Gestão Geral:

1. A prestação de contas foi apresentada dentro do prazo e instruída com todos os documentos
exigidos.
2. A Lei Orçamentária Anual (LOA) n° 340 de 3111212004 estimou a receita e fixou a despesa,
para o exercício de 2005 em RS 4.702.369,00, bem como autorizou a abertura créditos
adicionais suplementares no valor de R$ 1.175.592,25, equivalentes a 25% da despesa fixada na
LOA;
3. Foram abertos créditos suplementares no valor de RS 2.351.184,50 e créditos especiais no valor
de R$ 794.000,00 cuja fonte de recurso indicada é proveniente de excesso de arrecadação e
anulações de dotações;
4. A Receita Orçamentária Total Arrecadada é superior em 36,39% à prevista no orçamento
aprovado para o exercício;
5. As despesas condicionadas ou legalmente limitadas comportaram-se da seguinte forma:

5.1. Despesa com Pessoal do Poder Executivo, Poder Legislativo e Instituto Próprio de
Previdência, corresponderam a 52,44%, 3,52% e 0,7%, respectivamente perfazendo
assim um total de 56,66% da Receita Corrente Liquida. Em relação ao exercício
anterior, este percentual foi praticamente idêntico.

APLICAÇÃO PESSOAL

-Limite -Limite -Aplicado

70,00%

65,00%
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45,00%

40,00%
2002 2003 2004 2005
Exercícios

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 02585/06
5.2. Aplicação de 30,24% da receita de impostos c transferência na Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino (MO E), ressaltando que nos exercícios de 2003 e 2004 esses
índice também se comportou superior ao limite dos 25%:

APLICAÇÃO MANUT. E DESENV. DO ENSINO

-:"'imite -Aplicado

35,00%

30,00%
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2002 2003 2004 2005


Exercícios

5.3. Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde atingiram o percentual de 19,07(101 da
receita de impostos e transferências, portanto acima do estabelecido no art. 77. inciso Il l. §
1" do ADCT. constata-se acréscimo de 20,31 (/0 do apurado no exercício anterior.

APLICAÇÃO AÇÕES E SERVo PÚB. DE SAÚDE

-Limite -Aplicado

24,00%

20,00%
19,07%
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2002 2003 2004 2005


Exercícíos

1 Este percentual de aplicação foi obtido após análise de defesa, desconsideradas apenas as despesas decorrentes de

aplicações dos recursos de convênios federais e os gastos com limpeza urbana, vide relatório às fls. 2783/84);

c:\Assessor\PLENO\PREFElTURA \S.J.L. T -D2585-D6.doc


Processo Te n° 02585106
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
g
5.4. Destinação de 61,14%2 dos recursos do FUNDEF na remuneração e valorização dos
profissionais do Magistério, percentual praticamente idêntico ao verificado em 2004, no
entanto, satisfazendo, desse modo, a exigência do art. 7' da Lei 9.424/96;

APLICAÇÃO VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

-Limite --- Aplicado

70,00% l

li) 65,00% I··· 61,49%


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2002 2003 2004 2005


Exercícios

5.5. O Município transferiu para o FUNDEF a importância de R$ 470.367,00 tendo recebido


deste fundo a importância de R$ 881.442,00 resultando em um superávit de R$ 411.075,00.

APLICAÇÃO FUNDEF

,i _ Transferido - Recebido

1200000 -

900.000 -1
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o 600 000"
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300.000: 361.949··--~~--!ã8.059

2003 2004 2005


Exercícios

:o Vide informação às fls. 1792/1793

c:\Assessor\PLENO\PREFEl11JRA \8.1. L. T '()2585-06.doc


Processo
6.
Te nO 02585/06
I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Sobre os balanços e dívida municipal foi observado:


6.1. O balanço orçamentário apresentou superávit equivalente a 0,05% da receita
orçamentária arrecadada;
6.2. O balanço financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de RS 259.027,91,
distribuído entre Caixa (2,22%) e Bancos (97,78%);
6.3. O balanço patrimonial apresenta déficit financeiro no valor de RS 365.433,74;
6.4. A dívida municipal, no final do exercício, importou em R$ 4.743.697,74, correspondentes
a 89,91 % da receita orçamentária total arrecadada, significando acréscimo de 9,76%,
dividindo-se nas proporções de 13,16% e 86,84% entre a Dívida Flutuante e a Dívida
Fundada.
7. Os recursos de convênio somaram RS 555.436,16, sendo R$ 486.533,40 de origem federal e R$
68.902,76 provenientes do governo do Estado;
8. A remuneração dos agentes políticos manteve-se dentro da legalidade;
9. Os dispêndios com obras públicas totalizam RS 606.601,113 os quais representaram 11,3% da
Despesa Orçamentária Total (DOT).
10. Os Repasses ao Poder Legislativo representaram 7,99% das receitas de impostos e transferências
do exercício anterior, observando o limite constitucional;
11. Há registro de denúncia (DOC TC 1467/06, anexado às fls. 412/418 dos autos), apresentada pelo
Sr. José Vonaldo Gregório de Sousa, cidadão do Município, contestando:
a) despesas empenhadas em nome do Centro de Assistência e Desenvolvimento Social -
CAOS (OSCIP) sem a contraprestação do serviço;
b) gastos com combustíveis e,
c) ausência de envio do balancete mensal à Câmara Municipal.

A auditoria concluiu pela procedência em parte da denúncia, entendendo ter procedências asd"J'
denúncias quanto a despesas não comprovadas a OSCIP - CADS no montante de R$ 231.366,21 e I

quanto aos gastos irregulares com combustíveis no valor de R$ 54.304,41 (fls. 1560/1563). " .

IH -Na instrução inicial foram constatadas as seguintes irregularidades


irregularidades estas mantidas após análise da defesa: l:/
relativas à gestão gR),.~

1) Saldo não comprovado no montante de R$ 118.513,12 (item 3.2.14);


2) Pagamento de juros e multas ao INSS, no valor de R$ 3.446,55 (item 3.2.3);
3) Pagamento de Obrigações Patronais abaixo do limite estabelecido na Lei 8.212/91 (item 3.2.4);
4) Não retenção e não recolhimento do ISS, cujas despesas formariam uma base de cálculo no
montante de R$ 562.173,11 (item 3.2.5);
5) Não retenção e não recolhimento do INSS contrariando o Parecer PN TC 52/04 (item 3.2.6);
6) Déficit financeiro no montante de R$ 365.433,745 (item 4.3)
7) Despesas não licitadas no valor de R$ 432.110,706, correspondendo a 8,10% da despesa
orçamentária do exercício (item 5.1);

3 Dos gastos com obras e serviços de engenharia da prestação de contas em exame foi inspecionada uma
amostragem de obras, no total de R$ 429.535,18, que corresponde a 97% da despesa, tendo sido as obras julgadas
regulares pela 2a Câmara deste Tribunal através do Processo 05491/06 (AcórdãoAC2 TC 1091/2006 fls 636/638);
4 O defendente não se manifestou acerca das irregularidades apontadas nos itens 1,2,3, 5, 7. 9 e 10, na primeira
oportunidade de defesa.
S A defesa ressalta que parte desse déficit financeiro corresponde a restos a pagar de eXrArcícios
anteriores;
'Despesas não lieitadas (Empenhos às fls. 528/542)
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Processo Te nO 02585/06
I
TRIBUNAL DE CONfAS DO ESTADO

8) Aplicação de 14,33% em ações e serviços públicos da saúde não atendendo ao mínimo exigido
constitucionalmente (item 7.2);
9) Pagamento de despesas não comprovadas a empresa CADS no montante de R$ 231.366,21
(denúncia item 10.1 e seguintes);
10) Gastos irregulares com combustíveis no valor de R$ 54.304,41 (denúncia item 10.2)

Atendendo solicitação do Órgão Ministerial, foi ofertada ao gestor mais uma oportunidade de
defesa, visto que na sua defesa ele não se pronunciou acerca da não retenção e não recolhimento do ISS,
tendo como base de cálculo o montante de R$ 562.173,11, levantado pela Auditoria em sede de análise da
la defesa (vide cota às fls. 2189). Da análise dos novos documentos acostados aos autos, o órgão de
instrução manteve seu entendimento acerca desta irregularidade (fls. 2755).

Os autos retornaram ao Órgão Ministerial este, após considerações, pugnou que esta Egrégia
Corte:
1. Declare o atendimento aos requisitos de gestão fiscal responsável, previstos na da LRF;
2. Emita Parecer pela reprovação das contas de gestão;
3. Julgue irregulares as despesas sem comprovação, com imputação de débito contra o gestor, em
razão do dano ao erário (irregularidades de 1 a 9);
4. Aplique multas contra o gestor, por ilegalidade e danos ao erário, com fulcro na Constituição
Federal, art. 71, VIII, e LCE n° 18/93, arts. 55 e 56;
5. Julgue regulares as demais despesas ordenadas;
6. Assine prazo para o restabelecimento da legalidade quanto aos lançamentos tributários não
realizados de ISS;
7. Recomende diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas acusadas no exercício d
2005.

Objetivando melhor instrução, os autos retornaram mais uma vez a Auditoria, que re-analiscq, o
processo, inclusive a última defesa encaminhada pelo gestor, dando por sanada a irregularidade relativa
ao saldo não comprovado, tendo em vista a apresentação de extratos bancários e comprovação de
devolução de saldos de convênios.

Foi também realizado outro levantamento pela Auditoria acerca do percentual dos gastos com
ações e serviços públicos de saúde, detectando-se que no levantamento anterior haviam sido excluídas
despesas relativas às aplicações de recursos um convênio federal, todavia, as despesas deste convênio

OBJETO FORNECEDOR VALOR-R$


Reconstrução de 30 unidades habitacionais COP AL Engenharia e Planejamento Ltda. 301.597,59
Aquisição de combustível N Gregórios Combustíveis Ltda. 35.715,53
Aquisição de zêneros alimentícios José Moraes RarU!el Filho 20.503,33
Aquisição de material didático
Aquisição de peças para veiculo
Atual Livraria
Remotores - Ret.de Motores S.F. Ind. C. Ltda
15.832,65
15.436,00
\
\
Aquisição de material de expediente Papirossauros - Livraria e papelaria Ltda 11.051,10Ç\ \
Aquisição de material de consultório Dental Sorriso 11.028,50
Locação de software Odinildo Queiroga de Sousa - ME 10.800,00 '.
Locação de veículo Osmar Alves de Sá 10.146,00
Valor total em R$ =0+ 432.110,70
Despesa Orçamentária Realizada (fls. 628) 5.332.616,98

(J1
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Processo Te nO 02585/06
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
I
foram contabilizadas na função 16 - Habitação, desta feita, não fizeram parte da composição dos valores
gastos com saúde, assim, o percentual de aplicação em ações em serviços públicos de saúde corresponde
a 19,07% (vide relatórios às fls. 2783/84).

Quanto às denúncias, tidas como procedentes pela Auditoria, referentes a parceria com a CADS e
a excesso combustível, informo que:

Este Tribunal decidiu através do Acórdão APL TC N° 275/2008 (fls. 2786/89), que as despesas
foram comprovadas.
Tocante ao excesso de combustível no valor total de R$ 54.304,41, conforme o levantamento feito
pela Auditoria, às fls. 1562, verifica-se que os valores despendidos com combustíveis em 2003, 2004 e
2005 foram de R$ 134.723,33, R$ 189.987,86 e R$ 135.679,45, e que o valor dado como excessivo, vem
da simples diferença entre os gastos do exercício de 2004 para 2003, não havendo nenhum outro
paramento que venha a atestar o excesso denunciado.

Cumpre, por fim, informar que:

1) Esta Corte assim se pronunciou em relação à gestão 2001-2004, do mesmo Gestor, o


Sr. Cláudio Antônio Marques de Sousa:

Exercício Parecer
2001 Parecer contrário PPL TC 2005/2003
--.._.._._- ..._.Parecer
__ ......................... __ .................................... -.... -._.-------- ................................... _.. ..... -...... -..... - ............ -.................
2002 Parecer
_ _.__ ..... _ contrário
.. ...... .....
- Parecer
__ _.............. -..- __ ._................
..
PPL TC 75/2004
_ .................. _.............. -......... _ _..... _-_.- ...... _ ..................... .........................
.... ..•••••....•••.......••.......• .... ..................................

2003 Parecer favorável - Parecer PPL TC 55/2005


2004 Parecer contrário - Parecer PPL Te 5112006

É o Relatório, tendo sido efetuadas as notificações de estilo.

v O T O DO RELATOR
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Relativamente à gestão fiscal, restaram cumpridas todas as exigências da LRF, motivo pelo qual
voto pela declaração de atendimento integral à LRF.

Da gestão geral restaram atendidos todos os limites constitucionais, e aplicados os valores


mínimos em MDE e Saúde.

Quanto ao excesso de combustível apontado pela Auditoria, deixo de acompanhar aqUel~


entendimento, pois, os valores despendidos estão compatíveis com a frota do município e com os gastos
de exercícios anteriores, por fim guardam coerência com os parâmetros para consumo de combustíve
apontados pela comissão que estudou às questões relativas a consumo de combustíveis.

Relativamente às despesas realizadas sem licitação, também assiste razão a defesa, pois do
montantede R$ 432.110,70,constata-seque R$ 301~ refere-sea fiiJ di'l;sa de licitação

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Processo Te n° 02585/06
julgada regular por este Tribunal, conforme Acórdão AC2 TC 041612005 (fls 2477), bem como
constam no SAGRES informações relativas a algumas licitações realizadas tendo como vencedores os
mesmos fornecedores, o que ocorreu foi a realização de despesas em valores superiores aos licitados,
que de pronto não pode ser afirmado que não houve licitação", portanto, remanesceram não licitadas
despesas comezinhas da administração municipal e feitas ao longo do exercício. o que me leva a
relevar a falha.

Quanto à renúncia de receita decorrente de não retenção e não recolhimento do ISS, concordo
com o Ministério Público pela assinação de prazo ao gestor para o restabelecimento da legalidade
quanto aos lançamentos tributários não realizados de valores relativos rss.

No que toca as irregularidades referentes aos juros c multas pagos e ao déficit financeiro apurado.
entendo que cabe recomendação ao gestor de maior gerência de forma a evitar a reincidência, bem como
determinação à Auditoria que verifique na análise da prestação de contas do exercício de 2006 se essas
falhas permaneceram.
Referente aos recolhimentos em favor da previdência, destaco que durante o exercício ocorreram
transferências de valores, na ordem de R$ 250 mil. referentes ao recolhimento de contribuições e
pagamento de parcelas relativas a renegociações feitas com a instituição previdenciária, não se podendo
afirmar se estes valores correspondem às obrigações previdenciárias totais. cabendo portanto a este
Egrégio Tribunal comunicar a ocorrência ao INSS, órgão competente para as verificações necessárias.
Por todo o exposto. voto no sentido de que este Egrégio Tribunal:

I. Emita e encaminhe à Câmara Municipal de São José da Lagoa Tapada parecer favorável à
aprovação das contas do Prefeito, Sr. Cláudio Antônio Marques de Sousa. relativas ao
exercício de 2005:
2. Declare que o chefe do Poder Executivo do Município de São José da Lagoa Tapada, no
exercício de 2005, atendeu às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. Julgue improcedentes as denúncias relativas aos gastos em excesso de combustíveis e ao não
envio do balancete mensal à Câmara Municipal;
4. Encaminhe cópia desta decisão ao Sr. José Vonaldo Gregório de Sousa, formalizador das
denuncias apreciadas;
5. Assine prazo de 90 (noventa) dias ao gestor para o restabelecimento da legalidade quanto"t <-

aos lançamentos tributários não realizados de ISS, durante o exercício de 2005, fazendo 1~
prova ao Tribunal das providências adotadas, ~" ! "

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Recomende à administração municipal a adoção de medidas no sentido de evitar a repetição das ~--)
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Vide informações às fls. 2462. e relatórios SAGRES às fls. 2790/2797.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02585/06
DECJSÃO DO TRIBUNAL

() TRIBUNAL 1)1:' COl/TAS DO ES7ADO DA PARAÍBA, usando da competência que lhe é conferida
pelo art. 13, § 2°, da Constituição do Estado e art. 1°, IV, da Lei Complementar n." 18/93, à unanimidade,
na sessão plenária realizada nesta data, acolhendo o voto do Exrno. Sr. Conselheiro Relator.
DL'CIDE.

1. Emitir e encaminhar à Câmara Municipal de São José da Lagoa Tapada parecer favorável à
aprovação das contas do Prefeito, Sr. Cláudio Antônio Marques de Sousa, relativas ao
exercício de 2005;
2. Declarar que o chefe do Poder Executivo do Município de São José da Lagoa Tapada, no
exercício de 2005, atendeu às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. Julgar improcedentes as denúncias relativas aos gastos em excesso de combustíveis e ao não
envio do balancete mensal à Câmara Municipal;
4. Encaminhar cópia desta decisão ao Sr. José Vonaldo Gregório de Sousa, formalizador das
denuncias apreciadas;
5. Assinar prazo de 90 (noventa) dias ao gestor para o restabelecimento da legalidade quanto
aos lançamentos tributários não realizados de ISS, durante o exercício de 2005, fazendo
prova ao Tribunal das providências adotadas;
6. Determinar à Auditoria que verifique na análise da prestação de contas do exercício de 2006 se
as falhas relativas Juros e multas pagos e ao déficit financeiro apurado, reincidiram naquele
exercício;
7. Comunicar ao INSS a possível ausência de retenção e recolhimento de obrigações
previdenciárias;
8. Recomendar à administração municipal a adoção de medidas no sentido de evitar a repetição
das falhas apontadas nas prestações de contas futuras, observando com rigor os preceitos
constitucionais, legais e normativos atinentes à administração pública.

Publique-se, registre-se e cumpra- e.


PLENÁRIO MINISTRO JOÃO AO INO, em .
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