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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO ~l-,p.1r';rl.J ('~ribUnal Pleno
Processo Te nO 02491/07
Administração Direta Municipal. Município de atolé do Rocha.
Prestação de Contas do Prefeito Sr. Leomar Benlcio Maia. Exercício
2006. Parecer favorável à aprovação. Declaração de atendimento à
LRF. Recomendações. Assinação de prazo para transferências entre
contas. Representação à Delegacia da Receita Previdenciária.
Determinações.
PARECERPPL TC
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12008
RELATÓRIO
Cuidam os presentes autos da prestação de contas do Prefeito Municipal de Catolé do
Rocha, Sr. Leomar Benício Maia, relativa ao exercício de 2006.
O município sob análise possui 27.691 habitantes e IDH 0,668, ocupando no cenário
nacional a posição 3.494 e no estadual a posição 13 0
•
_ Catolé do ~ocha
_ Joio Pessoa
2005 2006
De8peIu por Funçlo Per Capita Ano Per Capita Ano
Valor Valor
(habitantes) (habitantes)
ReceitaRTG R$ 12.649.031,50 R$ 459,45 R$ 17.899.496,19 R$ 646,40
DespesaDTG R$ 12.569.264,74 R$ 456,55 R$ 16.610.436,42 R$ 599,85
Função Saúde R$ 3.340.323,61 R$ 121,33 R$ 6.120.599,43 R$ 221,03
Função Educação R$ 3.787.248,63 R$ 137,56 R$ 3.957.483,42 R$ 142,92
Função Administração R$ 762.030,14 R$ 27,68 R$ 891.658,56 R$ 32,20
Despesa com Pessoal R$ 6.228.735,83 R$ 226,24 R$ 7.418.845,71 R$ 267,92
Despesa Pessoal x DTG 49,56% 44,66%
Aç6es Senr. Pub.de Saúde
Aplicado R$ 1.276.948,33 R$ 46,38 R$ 1.312.501,87 R$ 47,40
Limite Mínimo R$ 1.178.269,59 R$ 42,80 R$ 1.306.890,48 R$ 47,20
Aplicado X Limite 8,37% 0,43%
Funçio Edueaçlo -Indicadores
Aplicação por Escola 35 R$ 108.207,10 35 R$ 113.070,95
Aplicação por Professor 212 R$ 17.864,38 212 R$ 18.667,37
Aplicação por Aluno 4.202 R$ 901,30 4.571 R$ 865,78
Alunos X Escola 120 131
Alunos X Professores 20 22
Medicamentos
Aplicado IR$ 108.557,27 IR$ 3,94 IR$ 82.209,48 [R$ 2,97
Merenda Eseolar
A licado R$ 167.749,17 R$ 39,92 R$ 164.520,29 35,99
Fonte: IBGE - INEP - SAGRES - IDEM E - PCA 2005 - PCA 2006
....-
C:\Assessor\PLENO\Prefeitura 2006\CTR-PCA-2006-o2491-o7.doe -,
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 02491107
Destaco os aspectos relevantes extraídos da matriz de indicadores construída com dados
dos exercícios de 2005 e 2006.
A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 41,51% e 32,15%, respectivamente, índices reveladores de que o
gasto por habitante passou de R$ 456,55 em 2005 para R$ 599,85 em 2006.
o gasto per capta em Ações e Serviços Públicos de Saúde (SPP) foi de R$ 47,40 contra
R$ 46,38 observados no exercício anterior, registrando, assim, um aumento per capta de 2,19%.
Referente aos gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES), em que
pese os pequenos valores registrados, R$ 82.209,48 e R$ 164.520, 29, respectivamente, estes revelam
diminuição da despesa de 24,27% e 2,19%, quando comparado com o exercício de 2005.
Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é uma tentativa de se criar, para exercícios vindouros, indicadores
parametrizados de modo a possibilitar a este Tribunal a criação de critérios de qualidade e eficácia na
avaliação das prestações de contas anuais.
Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela Unidade Técnica desta
Corte, com base nas informações colhidas tn loco, da documentação encartada nos autos contida no
relatório técnico de fls. 641/652 e 2200/2203, evidenciando os seguintes aspectos:
1 Indicador que mede a qualidade da educação a partir de dados sobre rendimento escolar, combinados co
alunos constantes do censo escolar e do sistema de avaliação da Educação Básica - SAEB, o qual é c
nacional da educação básica -ANEB e avaliação nacional do rendimento ""01& (:\ B~).
1. A prestação de contas foi apresentada dentro do prazo e instruída com todos os documentos
exigidos;
2. A Lei Orçamentária Anual (LOA) n" 997 de 21/11/2005 estimou a receita e fixou a despesa em
R$ 18.250.000,W, bem como autorizou a abertura créditos adicionais suplementares no valor
de RS 14.600.000,00, equivalentes a 80% da despesa fixada na LOA;
3. Foram abertos créditos adicionais suplementares, no valor de R$ 5.983.653,94, cuja fonte de
recursos indicada foi proveniente de superávit financeiro do exercício anterior e anulação de
dotações.
4. A Receita Orçamentária Arrecadada' subtraindo-se a parcela para formação do FUNDEF atingiu
o montante de R$ 17.899.496,19, desta feita, foi 1,92% inferior a sua previsão e a Despesa Total
Orçamentária Realizada, no montante de R$ 16.610.436,42, foi 38,52% superior à realizada no
exercício anterior (R$ 11.991.340,32).
5. As despesas condicionadas ou legalmente limitadas comportaram-se da seguinte forma:
5.1 Despesas com Pessoal representando 45,07% da Receita Corrente Líquida 4,
observando-se que neste item houve decréscimo de 13,47% em relação ao índice apurado
no exercício anterior:
APLICAÇÃO PESSOAL
70,00%
UI
60,00%
50,00%
59,96%
----I-- --- 52,09%
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QI
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20,00%
10,00%
0,00%
2004 2005 2006
Exerclcio
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2 A previsão da Receita deduziu o valor de R$ 1.096.979,47 para formação do FUNDEF (fls. 121); ./
, Memória de cálculo da Receita Arrecadada, incluindo o FUNDEF: ({
Receita Corrente R$ 17.653.473,02
Receita de Capital R$ 1.436.996,65 \
Total R$ 19.090.469,67
~ C:lAssessorIPLENOlPrefeitura 2006\CIR-PCA-2006<l2491<l7.doc
" ,
Processo TC n° 02491/07
5.2 Aplicação de 25,46% da receita de impostos e transferência na Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino (MDE), portanto, foram atendidas as disposições do art. 212
da Constituição Federal, valendo observar que ocorreu um decréscimo de 6,56% em
relação ao exercício de 2005.
1 -Limite -Aplicado I
27,50%
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27,00% .....••.•••...
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::J 26,00% 2569% ••••••.. ...•..••.....
i 25,50% -25,46%
t:! 25,00%
~ 24,50%
24,00%
23,50%
5.3 Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde atingiram o percentual de 15,06%
da receita de impostos e transferências, portanto atendeu ao estabelecido no art. 77, inciso
Ill, § l° do ADCT. Neste item cumpre ressaltar, que, em relação aos exercícios de 2004 e
2005, o percentual de aplicação está diminuindo progressivamente, de 2004 para 2005
diminuiu 5,13%, de 2005 para 2006 decresceu em 7,38%.
I -Limite -Aplicado I
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17,50%
17,00%
16,500k
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16,00%
15,50%
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13,50%
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2004 2005 2006
Exercícios
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C:\Assessor\PLENO\Prefeitura 2006\CTR-PCA-2006-0249 1-07 .doe
~UNALDECONTASDOESTADO
Processo TC nO 02491/07
5.4 Destinação de 66,08% dos recursos do FUNDEF na remuneração e valorização dos
profissionais do Magistério, satisfazendo, desse modo, a exigência do art. 7° da Lei
9.424/96, cumpre ressaltar, que, nos exercícios de 2004 e 2005 a gestão municipal não
vinha atingindo o percentual constitucional, apresentando os percentuais de 59,97% e
58,97%, respectivamente.
68,00%
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56,00%
54,00% I
APLICAÇÃO FUNDEF
1- Transferido - Recebido I
li)
2.400.000
2.100.000
1.800.000
1.949.42'-
.......;-- ---
2.236.374 ,;).297.985
eo 1.500.000
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1:088.758
900.000
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600.000
2004 2005 2006
Exercícios
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C:\Assessor\PLENO\Prefeítura 2006\CTR-PCA-2006-02491-o7.doe
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TIUBUNALDECONTASDOESTADO
Processo Te nO 02491/07
6. Sobre os balanços e dívida municipal foi observado:
6.1 O balanço orçamentário apresentou superávit equivalente a 7,20% da receita
orçamentária arrecadada;
6.2 O balanço financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de R$ 1.957.774,10,
distribuídos entre Caixa (0,01%) e depósitos em Bancos (99,99%);
6.3 O balanço patrimonial apresenta superávit financeiro no valor de R$1.445.866,13;
6.4 A dívida municipal importou em R$ 13.384.732,09, correspondentes a 71,92% da
receita orçamentária total arrecadada, registrada nas proporções de 3,82% para Dívida
Flutuante e 96,18% para Dívida Fundada. Quando confrontada com a dívida do exercício
anterior, constata-se um acréscimo de 8,37%.
7. A Auditoria informou que, mesmo tento sido fixado subsídios, no exercício em análise, não
ocorreram pagamentos de agentes políticos, visto que o Prefeito optou pela remuneração que
recebe do Ministério da Saúde e o vice-prefeito eleito faleceu no final do exercício de 2004.
8. Os dispêndios com obras públicas totalizam R$ 1.802.446,72 os quais representaram 10,85% da
Despesa Orçamentária Total. Desse total foram pagos no exercício, R$ 1.793.741,935. Tais obras
estão sendo analisadas por esta Corte através do Processo TC n° 04078/07 (fls. 468/477);
9. Os Repasses ao Poder Legislativo representaram 7,98% das receitas de impostos e transferências
do exercício anterior.
3 - Da gestão geral, o órgão de instrução constatou algumas irregularidades, tendo
permanecido após análise da defesa as seguintes:
1. Despesas sem licitação no montante de R$ 250.424,146, que equivale a 6,21% da despesa
licitável do exercício (Item I).
2. Saldo fictício do FUNDEF, devendo a diferença ser devolvida às suas contas de origem (Item 11).
3. Incompatibilidade de informações entre RGF e PCA (Item III).
5Conforme consulta ao SAGRES do total pago no exercício referente a obras e instalações foi pago com recursos de
Convênio o total de R$ 989.942,24 (fls. 2217/18);
6 Despesas não líeítadas:
C:\Assessor\PLENO\Prefeitura 2006\CTR-PCA-2006-02491-07.doc
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~UNALDECONTASDOESTADO
Processo Te nO 02491/07
4. Apropriação indébita de R$ 93.066,81 do valor retido do empregado a título de contribuição
previdenciária. (Item IV).
5. Não empenhamento e recolhimento das obrigações patronais ao INSS (Item V).
1) Esta Corte assim se pronunciou em relação à gestão 2004 e 2005 (fls. 1906/1913), do
mesmo gestor:
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..::.:·.:::.::I.?~~~~!.:::·:.:····:":·.:·::
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if 2004 jI Parecer
• ·.........................•...................... · · contrário (Parecer PPL TC 20/2007)
· ·..· · ··· !
1
! 2005
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
I Parecer favorável (Parecer PPL TC 45/2008)
1••••••••••• _ ••_ ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• __ ••••••• ,.••••••••• .,. ••••••••••• __ ••••••••••••••••••••••••••••••••• _ •••••••••• _ •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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Os autos não tramitaram para ao Órgão Ministerial, tendo sido disponibilizados os relatórios da
Auditoria, no aguardo de pronunciamento oral.
v O T O DO RELATOR
Quanto à gestão fiscal, restou evidenciado que o gestor cumpriu totalmente as
determinações da LRF, o que fundamenta o entendimento no sentido de declarar atendimento integral
das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por outro lado, destaco um dos serviços contratados à margem de licitação, que se tratou de
contratação para serviços de limpeza urbana, cujo total pago no ano foi de R$ 49.564,80, sendo que a
licitação respectiva foi no valor de R$ 16.000,00, estando sem cobertura para estes serviços o valor de R$
33.564,80. Assim, entendo que cabem recomendações à gestão municipal de que obedeça a legislação,
bem como adote providências de melhor planejar os procedimentos licitatórios, de forma a obter a
proposta mais vantajosa para a administração.
Com relação à apropriação indébita de R$ 93.066,81, apontada pela Auditoria, concernente Lf ')
ao valor retido do empregado a título de contribuição previdenciária, não recolhido dentro do exercício,
entendo que, efetivamente não ocorreu apropriação indébita, uma vez que para um montante de retenções
da ordem de RS 511.221,88 foi recolhido ao INSS o valor de RS 418.155,07, o que me leva a
É como voto.
DECISÃO DO TRIBUNAL
8 O valor empenhado, como obrigações patronais, perfaz R$ 537.721,73 correspondentes a 7,64% da folha de
pagamento:
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9 Nem a Auditória nem a defesa não identificou quais seriam estas contas, a defesa somente esclarec
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. Ana Teres~ Nóbrega
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