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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02598/06

Objeto: Prestação de Contas Anuais


Relator: Auditor Renato Sérgio Santiago Melo
Responsável: Maria Aparecida Pinto Rodrigues

EMENTA: PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL - PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS - PRESIDENTE DE CÂMARA DE VEREADORES -
ORDENADOR DE DESPESAS- APRECIAÇÃO DA MATÉRIA PARA FINS
DE JULGAMENTO - ATRIBUIÇÃO DEFINIDA NO ART. 71, INCISO 11,
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA E NO ART. 1°,
INCISO I, DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N.O 18/93 -
Insubsistência de irregularidades - Legalidade, legitimidade e
economicidade dos atos de gestão - Equilíbrio das contas, ex vi do
disposto no art. 16, inciso I, da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do
Estado. Regularidade. Ressalva do parágrafo único do art. 126 do
Regimento Interno do TCE/PB.

Vistos, relatados e discutidos os autos da PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS DA PRESIDENTE


DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTANA DOS GARROTES/PB, relativa ao exercício financeiro
de 2005, SRA, MARIA APARECIDA PINTO RODRIGUES, acordam, por unanimidade, os
Conselheiros integrantes do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, em sessão
plenária realizada nesta data, na conformidade da proposta de decisão do relator a seguir,
em:

1) JULGAR REGULARES as referidas contas.

2) INFORMAR à supracitada autoridade que a decisão decorreu do exame dos fatos e provas
constantes dos autos, sendo suscetíveis de revisão se novos acontecimentos ou provas,
inclusive mediante diligências especiais do Tribunal, vierem a interferir, de modo
fundamental, nas conclusões alcançadas.

Presente ao julgamento o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


Publique-se, registre-se e intime-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino

João Pessoa, '."! ~ de "-" .;Ó>: '~_'_ de 2008


TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02598/06

Conselheiro LlII"I"\n

presente:!1-- ~ ~
Represe1ante do Ministério Público Especial r----
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N.O 02598/06

Cuidam os autos da análise das contas da Presidente da Câmara Municipal de Santana dos
Garrotes/PB, relativa ao exercício financeiro de 2005, Vereadora Maria Aparecida Pinto
Rodrigues, apresentada a este ego Tribunal através do Ofício n.O 018/2006, fl. 02, datado de
27 de março do mesmo ano.

Os peritos da então Divisão de Acompanhamento da Gestão Municipal IV - DIAGM IV, com


base nos documentos insertos nos autos, emitiram o relatório inicial de fls. 91/95,
constatando, sumariamente, que: a) as contas foram apresentadas ao TCE/PB no prazo
legal; b) a Lei Orçamentária Anual - Lei Municipal n.o 343/2005 - estimou as transferências
em R$ 200.600,00 e fixou a despesa em igual valor; c) a receita orçamentária efetivamente
transferida, durante o exercício, foi da ordem de R$ 216.272,56, correspondendo a 107,81%
da previsão originária; d) a despesa orçamentária realizada atingiu o montante de
R$ 210.532,52, representando 104,95% dos gastos fixados; e) o total da despesa da
edilidade alcançou o percentual de 7,79% do somatório da receita tributária e das
transferências efetivamente realizado no exercício anterior pela Urbe - R$ 2.703.403,67;
f) os gastos com folha de pagamento da Câmara Municipal abrangeram a importância de
R$ 142.310,00 ou 65,80% das transferências recebidas; g) a receita extra-orçamentária,
acumulada no exercício, compreendeu o montante de R$ 14.478,89; e h) a despesa
extra-orçamentária, executada durante o exercício financeiro, atingiu a soma de
R$ 15.933,65.

Quanto à remuneração dos Vereadores, verificaram os técnicos da DIAGM IV que:


a) os Membros do Poder Legislativo da Comuna receberam subsídios de acordo com o
disciplinado no art. 29, inciso VI, da Lei Maior; b) os estipêndios dos membros da edilidade
estiveram dentro dos limites instituídos pela Lei Municipal n.O 004/2004; e c) a remuneração
total recebida no exercício pelos Edis, incluindo o subsídio da presidente, alcançou o
montante de R$ 121.720,00, correspondendo a 3,16% da receita orçamentária efetivamente
arrecadada no exercício pelo Município - R$ 3.846.610,60.

No tocante aos aspectos relacionados à gestão fiscal, destacaram os inspetores da unidade


de instrução que: a) a despesa total com pessoal do Poder Legislativo alcançou a soma de
R$ 165.840,90 ou 4,10% da Receita Corrente Líquida da Comuna - R$ 4.046.246,88; e
b) os Relatórios de Gestão Fiscal - RGF dos dois semestres foram devidamente publicados e
enviados ao Tribunal dentro do prazo, contendo todos os demonstrativos exigidos pela
legislação de regência.

Ao final, os técnicos da Corte apontaram, como irregularidade, a incompatibilidade de


informações ente o Relatório de Gestão Fiscal - RGF e a Prestação de Contas Anuais - PCA.

Devidamente citados, fls. 96/100, 102/105, 115/123 e 125/128, a Presidente da Câmara


Municipal de Santana dos Garrotes, Sra. Maria Aparecida Pinto Rodrigues, e o responsávet
técnico pela contabilidade da referida Edilidade, Dr. Nilsandro Luiz de Sousa (Lima, \
apresentaram contestações, fls. 106/114 e 129/144, respectivame~e. A . 0-...
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PROCESSO TC N.O 02598/06

interessados alegaram, em síntese, a retificação da Receita Corrente Líquida - RCL e a


republicação do Relatório de Gestão Fiscal do 20 semestre do período.

Ato contínuo, os autos retornaram aos especialistas do Tribunal, que, ao esquadrinharem a


referida peça processual de defesa, recalcularam o valor da Receita Corrente Líquida - RCL
e, ao final, consideraram sanada a irregularidade apontada na peça exordial.

É o relatório.

Compulsando o álbum processual, constata-se ab initio que as contas apresentadas pela


Presidente da Câmara Municipal de Santana dos Garrotes/PB, Vereadora Maria Aparecida
Pinto Rodrigues, tornaram evidente a regularidade na aplicação dos valores mobilizados pela
edilidade durante todo o exercício financeiro de 2005. Com efeito, conforme destacado pelos
peritos da unidade técnica de instrução deste Sinédrio de Contas, a execução orçamentária,
financeira, operacional e patrimonial encontra-se dentro dos ditames constitucionais, legais e
normativos pertinentes.

Ademais, verifica-se que os documentos necessários ao exame do feito foram apresentados


tempestivamente e comprovam a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos
praticados pela mencionada administradora dos recursos, merecendo, por conseguinte, o
seu julgamento regular, ex vi do disposto no art. 16, inciso I, da Lei Orgânica do
TCE/PB - Lei Complementar Estadual n.? 18/93 -, in verbis:

Art. 16 - As contas serão julgadas:

I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão


dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a
economicidade dos atos de gestão do responsável;

Contudo, caso surjam novos fatos ou provas que interfiram, de modo significativo, nas
conclusões alcançadas, esta decisão poderá ser alterada, conforme determina a parte final
do parágrafo único do art. 126 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado da
Paraíba - RITCE/PB.

Ex positis, proponho que o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba:

1) Com fundamento no art. 71, inciso Il, da Constituição Estadual, e no art. 1°, inciso I, da
Lei Complementar Estadual n,O 18/93, JULGUE REGULARES as referidas contas.
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2) INFORME à supracitada autoridade que as supracitadas decisões decorreram do exa~e\ .

dos fatos e provas constantes dos autos, sendo suscetíveis de rev.i.sãO.~novosCQ' "" " ".?' '\,"''\
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PROCESSOTC N.o 02598/06

provas, inclusive mediante diligências especiais do Tribunal, vierem a interferir, de modo


fundamental, nas conclusões alcançadas.

É a proposta ..--1 )

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