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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
3) FIXAR o prazo de GO (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres públicos
municipais do débito imputado, cabendo ao Prefeito Municipal de Soledade/PB, Sr. José
Ivanildo Barros Gouveia, ou seu substituto legal, no interstício máximo de 30 (trinta) dias
após o término daquele período, zelar pelo seu integral cumprimento, sob pena de
responsabilidade e intervenção do Ministério Público Estadual, na hipótese de omissão, tal
como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n.o 40,
do colendo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.
7) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal, COMUNICAR
à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da ausência de
retenção e recolhimento de contribuições previdenciárias devidas pelos agentes políticos do
Poder Legislativo de Soledade/PB ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, bem como a
respeito da carência de pagamento de grande parte das obrigações patronais, incidentes
sobre a folha de pagamento da Casa Legislativa, nela incluídos os subsídios dos Vereadores,
durante o exercício financeiro de 200G.
8) Também com base no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, cabeça, da Lei Maior, REMETE ( \
cópias das peças técnicas, fls. 110/117 e 252/255, do parecer do Ministério Público Especial, \~ /
fls. 257/259, e desta decisão à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba, IW~
para as providências cabíveis. .,111
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Represen ante do Ministério Público Especial ~
TRIBUNAL DE CONTAS
Os peritos da Divisão de Auditoria da Gestão Municipal VI - DIAGM VI, com base nos
documentos insertos nos autos, emitiram o relatóri inicial de fls. 110/117, constatando,
sumariamente, que: a) as contas foram apresentad s ao TCE/PB no prazo legal; b) a Lei
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Orçamentária Anual - Lei Municipal n. 380/20 5 - estimou as transferências em
R$ 334.220,00 e fixou a despesa em igual valor; ) a receita orçamentária efetivamente
transferida, durante o exercício, foi da ordem de R$ 61.500,00, correspondendo a 108,16%
da previsão originária; d) a despesa orçamentária, r alizada no período, atingiu o montante
de R$ 362.020,66, representando 108,32% dos ga tos fixados; e) o total da despesa do
Poder Legislativo alcançou o percentual de 7,99% d somatório da receita tributária e das
transferências efetivamente arrecadadas no exercíciolanterior pela Urbe - R$ 4.528.964,36;
f) os gastos com folha de pagamento da Câmara ~unicipal abrangeram a importância de
R$ 247.891,02 ou 68,57% dos recursos transferidos: g) a receita extra-orçamentária,
acumulada no período, compreendeu o montante de R$ 66.696,12; e h) a despesa
extra-orçamentária, executada durante o exercício, atínqlu a soma de R$ 66.175,46.
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Tribunal dentro do prazo e com a comprovação da publicação do relatório referente ao
primeiro semestre; e c) a execução orçamentária evidenciou, no final do exercício, a
inexistência de disponibilidades financeiras e a subsistência de compromissos a pagar de
curto prazo, no montante de R$ 510,27.
É o relatório.
Ainda assim, o atual Chefe do Legislativo Mirim de Soledade/PB, Sr. José Garcia do
Nascimento, deve ser recomendado a evitar a mácula ao final do seu mandato com vistas a
garantir o atendimento do disposto no art. 42, da festejada Lei de Responsabilidade
Fiscal - Lei Complementar Nacional n.O 101, de 04 de maio de 2000 -, in verbis:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos
últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa
que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
É necessário ressaltar que a comprovação da publicação desse instrumento deve ser envia
a esta Corte, dentro de prazo estabelecido, consoante determinação contida na Res!,OttJ~~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Normativa RN - TC - 07/04, em seu art. 18, § 1°, cuja desobediência implica em multa
automática e pessoal para o responsável, conforme dispõe o seu art. 32, caput,
respectivamente, verbatim:
Art. 18 - (omissis)
...
( )
Com efeito, deve ser enfatizado que a não realização do mencionado procedimento licitatório
. exigível vai, desde a origem, de encontro ao preconizado na Constituição da República
Federativa do Brasil, especialmente o disciplinado no art. 37, inciso XXI, tpsis /itteris.
1-( ...)
o artigo 70, parágrafo único, da Carta Magna, dispõe que a obrigação de prestar cont
abrange toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, gu de,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União, os E os
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Ressalte-se que imperativa é não só a prestação de contas, mas também a sua completa e
regular prestação, já que a ausência ou a imprecisão de documentos que inviabilizem ou
tornem embaraçoso o seu exame é tão grave quanto a omissão do próprio dever de
prestá-Ias, sendo de bom alvitre destacar que a simples indicação, em extratos, notas de
empenho, notas fiscais ou recibos, do fim a que se destina o dispêndio não é suficiente para
comprová-lo, regularizá-lo ou legitimá-lo.
Visando aclarar o tema em disceptação, vejamos parte do voto do ilustre Ministro Moreira
Alves, relator do supracitado Mandado de Segurança:
I - como empregado: :~ ~
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a) (...) ~~
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que i.
não vinculado a regime próprio de previdência social; (grifamos) ~~.
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PROCESSOTC N.o 02011/07
A referida mácula pode, inclusive, ser enquadrada como ato de improbidade administrativa
que atenta contra os princípios da administração pública, segundo dispõe o art. 11, inciso I,
da lei que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração
pública direta, indireta ou fundacional - Lei Nacional n.o 8.429, de 02 de junho de 1992 -,
verbatim:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais:
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TRIBUNALDE CONTASDO ESTADO
I - (omissis)
In spede, os indícios podem levar à configuração do fato típico descrito no art. 359-0, do
Código Penal Brasileiro, incluído pela lei que dispõe, dentre outras, acerca das infrações
contra as normas de finanças públicas - Lei Nacional n.o 10.028, de 19 de outubro de
2000 -, verbis.
Feitas essas colocações, merece destaque o fato de que duas das eivas encontradas nos
presentes autos são suficientes para o julgamento irregular da prestação de contas
sub examine, conforme determinam os itens "2", "2.5" e "2.12" c/c o item "6" do parecer
que uniformiza a interpretação e análise, pelo Tribunal, de alguns aspectos inerentes às
Prestações de Contas dos Poderes Municipais (Parecer Normativo PN - TC n.O 52/2004),
senão vejamos:
2.1. (omissis)
...
( )
...
( )
...
( )
Art. 56 - O Tribunal pode também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000, o~) ''''''.,
(cinqüenta milhões de cruzeiros) aos responsáveis por: f/.0
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PROCESSOTC N.o 02011/07
I - (omissis)
1) Com fundamento no art. 71, inciso 11, da Constituição Estadual, e no art. 10, inciso I, da
Lei Complementar Estadual n. ° 18/93, JULGUE IRREGULARES as contas do ex-ordenador de
despesas da Câmara Municipal de Soledade/PB, durante o exercício financeiro de 2006,
Vereador Hélder Marcilio de Souto Barros.
2) IMPUTE ao ex-Chefe do Poder Legislativo da Comuna, Sr. Hélder Marcilio de Souto Barros,
débito relativo a despesas irregulares, no montante de R$ 3.802,03 (três mil, oitocentos e
dois reais e três centavos), sendo R$ 3.270,37, referentes a obrigações patronais
empenhadas, e R$ 531,66, concernentes a recolhimentos de retenções previdenciárias
contabilizados, ambos sem a correspondente comprovação da efetiva quitação.
3) FIXE o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário aos cofres públicos
municipais do débito imputado, cabendo ao Prefeito Municipal de Soledade/PB, Sr. José
Ivanildo Barros Gouveia, ou seu substituto legal, no interstício máximo de 30 (trinta) dias
após o término daquele período, zelar pelo seu integral cumprimento, sob pena de
responsabilidade e intervenção do Ministério Público Estadual, na hipótese de omissão, tal
como previsto no art. 71, § 4°, da Constituição do Estado da Paraíba, e na Súmula n.o 40,
do colendo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba - TJ/PB.
7) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal,
COMUNIQUE à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da
ausência de retenção e recolhimento de contribuições previdenciárias devidas pelos agentes
políticos do Poder Legislativo de Soledade/PB ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
bem como a respeito da carência de pagamento de grande parte das obrigações patronais,
incidentes sobre a folha de pagamento da Casa Legislativa, nela incluídos os subsídios dos
Vereadores, durante o exercício financeiro de 2006.
8) Também com base no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, cabeça, da Lei Maior, REMETA
cópias das peças técnicas, fls. 110/117 e 252/255, do parecer do Ministério Público Especial,
fls. 257/259, e sta cisão à augusta Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba,
para as provi ncias cabívels.
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