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energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na
saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ai presente
Ciclo da Água
Cada gota da água que se vê existe há milhões de anos. Ela existe graças a um ciclo contínuo. O
Sol esquenta a superfície terrestre fazendo com que a água evapore. A evaporação transforma a
água que está no solo e nos oceanos em gás, que mistura-se à atmosfera. O gás, então torna-se mais
frio e condensado formando nuvens.
As nuvens viajam pela atmosfera até que as gotículas de água ficam tão grandes que caem: é a
precipitação. Dependendo da atmosfera, a água transforma-se em chuva, granizo ou neve.
A água que cai na terra é absorvida pelo solo, formando lençóis subterrâneos, lagos e rios e sendo
usada para beber, cozinhar, lavar louça e roupa, irrigar plantações e etc. Nós estocamos água em
mananciais para garantir o acesso à água e a usamos também para produzir energia elétrica.
Entende-se por Ciclo do oxigênio o movimento do oxigênio entre os seus três reservatórios
principais: a atmosfera (os gases que rodeiam a superfície da terra), a biosfera (os organismos vivos
e o seu ambiente próximo) e a litosfera (a parte sólida exterior da terra).
Este ciclo é mantido por processos geológicos, físicos, hidrológicos e biológicos, que movem
diferentes elementos de um depósito a outro. O oxigênio molecular (O2) compõe cerca de 21% da
atmosfera terrestre. Este oxigênio satisfaz as necessidades de todos os organismos terrestres que o
respiram no seu metabolismo.
O principal fator na produção de oxigênio é a fotossíntese, que regula a relação gás carbônico/gás
oxigênio na atmosfera.
O oxigênio é o elemento mais abundante em massa na crosta terrestre e nos oceanos e o segundo na
atmosfera.
O processo pelo qual o nitrogênio ou azoto circula através das plantas e do solo pela ação de
organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogênio ou ciclo do azoto. O ciclo do nitrogênio é
um dos ciclos mais importantes nos ecossistemas terrestres. O nitrogênio é usado pelos seres vivos
para a produção de moléculas complexas necessárias ao seu desenvolvimento tais como
aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.
O principal repositório de nitrogênio é a atmosfera (78% desta é composta por nitrogênio) onde se
encontra sob a forma de gás (N2). Outros repositórios consistem em matéria orgânica nos solos e
oceanos. Apesar de extremamente abundante na atmosfera o nitrogênio é frequentemente o
nutriente limitante do crescimento das plantas. Isto acontece porque as plantas apenas conseguem
usar o nitrogênio sob duas formas sólidas: íon de amônio (NH4+) e ion de nitrato (NO3-), cuja
existência não é tão abundante. Estes compostos são obtidos através de vários processos tais como
a fixação e nitrificação. A maioria das plantas obtém o nitrogênio necessário ao seu crescimento
através do nitrato, uma vez que o íon de amônio lhes é tóxico em grandes concentrações. Os
animais recebem o nitrogênio que necessitam através das plantas e de outra matéria orgânica, tal
como outros animais (vivos ou mortos).
Ciclo do fósforo
Encontra-se na sua maior parte nas rochas e se dissolve com a água da chuva, sendo levado até os
rios e mares. Boa parte do fósforo de que precisamos são ingeridos quando nos alimentamos de
peixe. Nossos ossos armazenam cerca de 750 g de fósforo sob a forma de fosfato de cálcio. A falta
de fósforo provoca o raquitismo nas crianças e nos adultos tornando seus ossos quebradiços.
Na ausência da influência antropogênica (causada pelo homem), no ciclo biológico existem três
reservatórios ou “stocks”: terrestre (20.000 Gt), atmosfera (750 Gt), oceanos (40.000 Gt). Este
ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono entre os diversos stocks, através dos
processos da fotossíntese e da respiração.
Na ausência da influência antropogênica (causada pelo homem), no ciclo biológico existem três
reservatórios ou “stocks”: terrestre (20.000 Gt), atmosfera (750 Gt), oceanos (40.000 Gt). Este
ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono entre os diversos stocks, através dos
processos da fotossíntese e da respiração.
Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as
suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade
da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para
determinado uso. Os principais indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir, separados
sob os aspectos físicos, químicos e biológicos.
Parâmetros Físicos
c) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou
manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas
ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor
inferior a 5 unidades.
d) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas
finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas. O padrão de potabilidade:
turbidez inferior a 1 unidade.
e) Sólidos:
Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da amostra.
Podem ser divididos em:
· Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de coagulação,
floculação e decantação.
Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou
em estado coloidal presente na amostra de efluente.
f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este
parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas
carregadas eletricamente Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a
condutividade elétrica na água.
Parâmetros Químicos
a) pH (potencial hidrogeniônico): representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH; varia de 7 a 14;
indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que 7);
o pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela
introdução de resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar
incrustações nas tubulações; a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.
b) Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade da
água de neutralizar os ácidos; em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água,
tem influência nos processos de tratamento da água.
f) Nitrogênio: o nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia,
nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode
ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização;
o nitrato, na água, pode causar a metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do
aumento do nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de
animais.
h) Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em concentrações mais
elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a fluorose dentária (manchas escuras
nos dentes).
i) Oxigênio Dissolvido (OD): é indispensável aos organismos aeróbios; a água, em condições
normais, contém oxigênio dissolvido, cujo teor de saturação depende da altitude e da temperatura;
águas com baixos teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria orgânica; a
decomposição da matéria orgânica por bactérias aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo
consumo e redução do oxigênio dissolvido da água; dependendo da capacidade de autodepuração
do manancial, o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero,
extinguindo-se os organismos aquáticos aeróbios.
j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição,
e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades, no
entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio
dissolvido, pelos organismos decompositores.
O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica,
pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos aeróbios.
Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água: Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO).
Parâmetros Biológicos
Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos.
Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais são fixados por entidades públicas, com
o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas
que venham a prejudicá-lo.
Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os padrões de
potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes dos de balneabilidade (água
para fins de recreação de contato primário), os quais, por sua vez, não são iguais aos estabelecidos
para a água de irrigação ou destinada ao uso industrial. Mesmo entre as indústrias, existem
requisitos variáveis de qualidade, dependendo do tipo de processamento e dos produtos das
mesmas.
Uma forma de definir a qualidade das águas dos mananciais, é enquadrá-los em classes, em
função dos usos propostos para os mesmos, estabelecendo-se critérios ou condições a serem
atendidos.
O que é Bioacumulação?
A Bioacumulação é o fenômeno através do qual os organismos vivos retêm, dentro de si, certas
substâncias tóxicas sem conseguir eliminá-las. Com isso, mesmo que um organismo viva num
ambiente pouco poluído, ao longo da sua vida ele pode, através da sua alimentação ou respiração,
contaminar-se com doses cada vez maiores de substâncias nocivas, até adoecer e morrer.
O tipo de bioacumulação mais grave, no entanto, é aquele que ocorre ao longo das cadeias
alimentares. Vejamos um exemplo: numa determinada região do mar a concentração do inseticida
DDT é muito pequena - cerca de 0,000 003 parte por milhão de partes de água, ou simplesmente
ppm. Nessa mesma região, os pequeninos animais que vivem na superfície do mar (zooplâncton)
absorvem e acumulam parte desse DDT, apresentando uma concentração de 0,04 ppm.
Finalmente, as aves aquáticas, que se alimentam dos peixes maiores, chrgam a apresentar 25ppm
de DDT em seus organismos. A partir desta taxa tão alta, a casca dos ovos dessas aves torna-se
frágil, acabando por comprometer o nascimento dos filhotes e a própria capacidade de reprodução
de uma espécie. Muitas dessas espécies de aves estão hoje ameaçadas de extinção pela poluição e
seus efeitos.
Podemos concluir, então, que mesmo uma contaminação ambiental aparentemente insignificante
pode ter conseqüências ecológicas graves, dependendo do agente contaminador.
- O que é eutrofização?
A eutrofização refere-se ao que poderíamos chamar de "fertilização" das águas dos rios, lagos,
represas ou mesmo do mar, e ocorre continuamente com o depósito de várias substâncias nutritivas
(através das chuvas, quedas de folhas, etc.) que vão alimentar as algas, os peixes e outros
organismos aquáticos.
Quando essa "fertilização" acontece lentamente, de modo a contribuir para o equilíbrio ecológico
do ambiente aquático, é chamada de eutrofização natural .
Ocorre, porém, que certas atividades humanas, como a agricultura, fazem chegar até as águas
superficiais uma quantidade de nutrientes muito maior que a normal. Arrastados pelas enxurradas,
os adubos agrícolas (contendo principalmente fósforo e nitrogênio) chegam até os rios e lagos,
provocando o que se chama de eutrofização cultural, ou seja, uma superfertilização da água. Isso
acarreta um desenvolvimento anormal de organismos autótrofos, que acabam por consumir a maior
parte do oxigênio da água.
O resultado é que, em um dia ou dois, a água estará escura, pela presença de bactérias, e os peixes
mortos, pela falta de oxigênio.
A conseqüência da eutrofização cultural em larga escala é que a água, antes boa para beber e rica
em oxigênio, torna-se malcheirosa e de gosto ruim.
Como vimos, mesmo que não lancemos às águas substâncias tóxicas, o simples despejo de
nutrientes pode afetar-lhes seriamente as características.
CAPÍTULO I
Art. 2º Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está
sujeita à vigilância da qualidade da água.
Art. 3º Esta Norma não se aplica às águas envasadas e a outras, cujos usos e padrões de qualidade
são estabelecidos em legislação específica.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as seguintes definições:
I. água potável água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e
radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;
II. sistema de abastecimento de água para consumo humano instalação composta por conjunto de
obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de água
potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em
regime de concessão ou permissão;
III. solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano toda modalidade de
abastecimento coletivo de água distinta do sistema de abastecimento de água, incluindo, entre
outras, fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais
horizontal e vertical;
IV. controle da qualidade da água para consumo humano conjunto de atividades, exercidas de
forma contínua pelo(s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de
abastecimento de água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável,
assegurando a manutenção desta condição;
VII. coliformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermentam a
lactose a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de
origem exclusivamente fecal;
VIII. Escherichia Coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com
produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas, produz indol a partir do triptofano, oxidase
negativa, não hidroliza a uréia e apresenta atividade das enzimas ß galactosidase e ß glucoronidase,
sendo considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual
presença de organismos patogênicos;
IX. contagem de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de bactérias que são capazes
de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos orgânicos contidos
em meio de cultura apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5oC por 48
horas;
X.cianobactérias - microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como
cianofíceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente
naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com
efeitos adversos à saúde; e
XI. cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos adversos à saúde
por ingestão oral, incluindo:
CAPÍTULO III
Seção I
Do Nível Federal
II-estabelecer as referências laboratoriais nacionais e regionais, para dar suporte às ações de maior
complexidade na vigilância da qualidade da água para consumo humano;
III-aprovar e registrar as metodologias não contempladas nas referências citadas no artigo 16 deste
Anexo;
Art. 6º São deveres e obrigações das Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal:
III-estabelecer as referências laboratoriais estaduais e do Distrito Federal para dar suporte às ações
de vigilância da qualidade da água para consumo humano; e
Seção III
Do Nível Municipal
II. sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsável pela operação do sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água, assim como, pelos órgãos ambientais e gestores de recursos
hídricos, em relação às características da água nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade
do abastecimento de água quanto aos riscos à saúde da população;
a)a ocupação da bacia contribuinte ao manancial e o histórico das características de suas águas;
b)as características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de controle da qualidade da água;
VI.garantir à população informações sobre a qualidade da água e riscos à saúde associados, nos
termos do inciso VI do artigo 9 deste Anexo;
IX.informar ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano sobre anomalias e
não conformidades detectadas, exigindo as providências para as correções que se fizerem
necessárias;
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% de todas as doenças que se alastram nos
países em desenvolvimento são provenientes da água de má qualidade. As doenças mais comuns,
de transmissão Hídrica, são as seguintes:
o Propriedades de virulência;
o Sorotipos O:H;
o Interações com a mucosa intestinal;
o Síndrome clínica;
o Epidemiologia;
As espécies são classificadas por sorotipagem, usando anticorpos, especialmente contra antígenos "O"
somático e "H" flagelar, de várias cepas ( Reed, l994 ).
A primeira delas é conhecida como Escherichia coli enteropatogênica (EPEC), e é conhecida como
causadora de surtos de diarréia neonatal que ocorre freqüentemente em berçários hospitalares. Muitos
adultos possuem EPEC no trato intestinal, porém não expressam os sintomas da doença. Acredita-se
que adultos adquirem imunidade a este microrganismo.
O mecanismo de patogenicidade da EPEC não esta completamente definido, mas acredita-se que a
aderência à mucosa intestinal seja um importante fator para a colonização do trato intestinal. Estudos
"in-vivo" tem mostrado que cepas de EPEC possuem um tipo específico de ligação e facilidade de
aderência à mucosa das células epiteliais intestinais. A bactéria destroi as micovilosidades sem invasão
posterior e adere intimamente à membrana das células intestinais, com a membrana envolvendo
parcialmente cada bactéria (Doyle, l991 ).
o
o Escherichia coli enteroinvasiva ( EIEC ):
Outro grupo de Escherichia coli patogênicas são as enteroinvasivas ( EIEC ). A EIEC tem um
comportamento patológico muito semelhante a Shigella. Os sintomas são calafrio, febre, dores
abdominais e disenteria. A dose infectante é alta, geralmente 10 6 – 10 8 microrganismos/g ou ml. O
período de incubação varia de 8 a 24 horas com média de 11 horas e a duração da doença é
usualmente de vários dias. O curso da infecção é muito semelhante ao da Shigelose. O microrganismo
invade células do epitélio intestinal, multiplica-se dentro destas células e invadem células epiteliais
adjacentes provocando ulcerações do cólon, resultando finalmente em diarréia de sangue.
Aproximadamente 11 sorotipos são responsáveis por infecções de EIEC e o principal deles é O: 124.
o Escherichia coli enterotoxigênica ( ETEC ):
A Escherichia coli enterotoxigênica ( ETEC ) é geralmente mais associada à " diarréia do viajante" do
que a doenças alimentares nos Estados Unidos. Os sintomas de ETEC são similares aos da cólera:
diarréia aquosa, desidratação, possivelmente choque, e algumas vezes vômito. A dose infectante é
muito alta estando entre 10 8 e 10 10 microrganismos. O período de incubação varia de 8 a 44 horas,
com média de 26 horas e a duração da doença é curta, aproximadamente 24 a 30 horas.
produz uma ou mais toxinas, que vão agir no intestino delgado induzindo a libertação de fluido. Não
ocorre invasão nem dano à camada epitelial do intestino delgado, apenas ocorre colonização e
produção O microrganismo coloniza a superfície epitelial do intestino delgado e de toxinas.
conter o plasmídio codificante para a produção de uma Três fatores são necessários para que ETEC
cause diarréia em um hospedeiro. Primeiro, o microrganismo deve ser toxigênico, ou seja, deve ou
duas toxinas. Segundo, o hospedeiro deve ingerir um número suficiente de células ( 10 6 ou mais )
para que ocorra a doença. E finalmente, o microrganismo deve estar em contato com a mucosa do
intestino delgado. Isto é alcançado através de fatores de colonização. Estes fatores de colonização são
fimbriais bastante específicas, proteináceas, de estrutura semelhante ao cabelo, não flagelar, mas
simplesmente prolongamentos filamentosos na superfície da célula, que permite a adesão da ETEC à
mucosa do epitélio intestinal. Diversos tipos de fatores de colonização tem sido identificados, e
demonstrando ser bastante espécie específicos ( Doyle e Cliver, 1990 ).
Pode haver produção de um ou dois tipos de toxinas, dependendo do plasmídio contido. Uma toxina é
termo-lábil, e é inativada por aquecimento à 60°C por 30 minutos. Esta toxina é muito semelhante à
toxina da cólera e pode ser neutralizada com antitoxina para toxina da cólera por serem
imunologicamente relacionadas. O segundo tipo de toxina produzido por alguns tipos de ETEC é
termo-estável e pode resistir à temperatura de 100°C por 30 minutos.
Vários surtos de toxinfecção alimentar devido à ETEC tem sido relatados. No Estado de Wisconsin
em 1980, mais de 400 pessoas se tornaram doentes após a ingestão de alimentos de um restaurante
mexicano. Foi determinado que a contaminação ocorreu através de um dos cozinheiros, que
apresentava quadro diarréico durante um período de duas semanas antes do surgimento do surto
( Doyle e Cliver, 1990).
A atividade decompositora das bactérias (bem como a dos fungos) permite que a matéria
orgânica presente nos organismos mortos seja transformada em matéria inorgânica, como os sais
minerais, que são liberados no ambiente e podem ser absorvidos por uma planta. Assim, as bactérias
decompositoras contribuem para a reciclagem da matéria na natureza.
Algumas bactérias heterotróficas vivem como parasitas, retirando de outros seres as
substâncias nutritivas de que necessitam e causando-lhes doenças.
Existem também bactérias heterotróficas que se associam com outros seres vivos,
estabelecendo uma relação chamada mutualismo, em que ambos são beneficiados. Nas raízes do
feijão, por exemplo, existem bactérias que fixam o nitrogênio do ar, transformando-o em nitratos. O
feijoeiro, então, absorve parte dos nitratos, que contribuem para o seu desenvolvimento. Por sua vez, a
planta fornece às bactérias parte do alimento que fabrica através da fotossíntese.
Esta técnica baseia-se no princípio de que as bactérias presentes em cada amostra podem ser
separadas umas das outras por agitação, resultando uma suspensão de células bacterianas individuais,
uniformemente distribuídas na amostra original.
A determinação do número mais provável (NMP) de coliformes de uma amostra é efetuada
através da aplicação da técnica de tubos múltiplos. Esta técnica consiste na inoculação de volumes
decrescentes de amostra, em série de tubos, em meio de cultura adequado ao crescimento dos
microrganismos pesquisados.
Define-se organismos coliformes, que fermentam a lactose com produção de gás em 24-48
horas a temperatura de 35±0,5 oC.
Está técnica visa estimar ou detectar a densidade de bactérias em uma amostra, calculada a
partir da combinação de resultados positivos e negativos.
5.1.1 Procedimento
Essa técnica permite a determinação do número mais provável que é estimada pela densidade
de bactérias em uma amostra calculada a partir de resultados positivos e negativos, utilizando para
isso o fator 10 de diluição.
Para se determinar coliformes totais e fecais de uma amostra são utilizados duas etapas
(ensaio presuntivo e confirmativo), estas são complementadas por uma terceira etapa, o ensaio
completo.
O material mal lavado, o material não estéril e a temperatura de incubação são procedimentos
importantes que podem interferir no bom desenvolvimento da análise.
a) Ensaio Presuntivo
Consiste na semeadura de volumes determinados de amostra em série de tubos de Caldo
Lactosado (Lactose Broth) ou caldo Lauril Triptose, ambos contendo púrpura de bromocresol, que
são incubadas na estufa à temperatura de 35±0,5oC, durante 24-48 horas, ocorrendo um
enriquecimento de organismos fermentadores de lactose.
A acidificação com ou sem produção de gás, decorrente da fermentação da lactose, é prova
presuntiva positiva para a presença de bactérias do grupo coliforme.
b) Ensaio Confirmativo
Consiste na transferência de cada cultura com resultado presuntivo positivo, para o Caldo
Lactosado Bile Verde Brilhante, sendo incubados na estufa à temperatura de 35±0,5oC, durante 24-48
horas. A produção de gás, a partir da fermentação da lactose, é prova confirmativa positiva para a
presença de bactérias do grupo coliforme (Coliforme Total).
A crescente eutrofização dos ambientes aquáticos tem sido produzida por atividades humanas,
causando um enriquecimento artificial desses ecossistemas. As principais fontes desse
enriquecimento tem sido identificadas como as descargas de esgotos domésticos e industriais dos
centros urbanos e das regiões agriculturáveis .
Esta eutrofização artificial produz mudanças nas qualidades da água incluindo : a redução de
oxigênio dissolvido, perda das qualidades cênicas, aumento do custo de tratamento, morte extensiva
de peixes e aumento da incidências de florações de microalgas e cianobactérias.
Vários gêneros e espécies de cianobactérias que formam florações produzem toxinas. As toxinas de
cianobactérias, que são conhecidas como Cianotoxinas, constituem uma grande fonte de produtos
naturais tóxicos produzidos por esses microorganismos e, embora ainda não estejam devidamente
esclarecidas as causas da produção dessas toxinas, têm-se assumido que esses compostos tenham
função protetora contra herbivoria, como acontece com alguns metabólitos de plantas vasculares
(Carmichael,1992).
Algumas dessas toxinas, que são caracterizadas por sua ação rápida, causando a morte por parada
respiratória após poucos minutos de exposição, têm sido identificadas como alcalóides ou
organofosforados neurotóxicos. Outras atuam menos rapidamente e são identificadas como peptídeos
ou alcalóides hepatotóxicos. Estes são os dois principais grupos de cianotoxinas até agora
caracterizados : Neurotoxinas e Hepatotoxinas.
PROTOZOÁRIOS
São organismos unicelulares, microscópicos, com tamanho variando de 5 a 500 mm, embora a
maioria das espécies apresente de 30 a 300 mm de comprimento. Algumas espécies formam colônias
sendo suas células fundamentalmente independentes e similares na estrutura e função.
A forma das células é bastante variável sendo as mais comuns: esférica, oval, alongada ou achatada.
São tipicamente translúcidos (transparentes) mas algumas espécies podem apresentar coloração
devido a ingestão de alimento, material de reserva ou pigmentos (clorofila).
Micrometazoários: São microrganismos formados por várias células que, agrupadas, formam
verdadeiros tecidos.
Células diferentes possuem funções diferentes. No processo de lodos ativados são representados pelos
anelídeos, rotíferos, nematóides e tardígrados.
BACTÉRIAS FILAMENTOSAS
As bactérias filamentosas estão presentes no processo de lodos ativados no interior dos flocos
formando a macroestrutura. Sua presença contribui para uma boa eficiência do processo, já que
possuem alta capacidade de consumir a matéria orgânica e, conseqüentemente produzir um efluente
final de boa qualidade.
Bulking filamentoso
É o excesso de bactérias filamentosas que ultrapassam os limites dos flocos. A formação do bulking
prejudica a sedimentação e compactação dos flocos, levando ao intumescimento do lodo
O QUE SÃO BIOINDICADORES?
Os bioindicadores mais utilizados são aqueles capazes de diferenciar entre oscilações naturais
(p.ex. mudanças fenológicas, ciclos sazonais de chuva e seca) e estresses antrópicos.
Conceitos de contaminação
Contaminação - É a presença não intencional de qualquer material estranho nos alimentos, de origem
química, física ou biológica, que os tornam inadequados para consumo humano.
Os efluentes líquidos poderão ser lançados desde que obedeçam aos seguintes padrões:
4.1 pH entre 5, 0 e 9, 0 4.2 Temperatura inferior a 40ºC
4.2 Materiais sedimentáveis até 1, 0 ml/l, em teste de 1 hora em "Cone Imhoff".
4.3.1 Ausência de materiais sedimentáveis em teste de 1 hora em "Cone Imhoff" para
lançamentos em lagos, lagoas, lagunas e reservatórios.
4.3.2 Em casos de lançamentos subaquáticos em mar aberto ou em rios e estuários onde se possa
assegurar o transporte dos sólidos o limite para materiais sedimentáveis será fixado em cada
caso pela FEEMA.
4.3 Materiais flutuantes: virtualmente ausentes
4.4 Cor: virtualmente ausente
4.5 Óleos e graxas
4.6.1 Óleos minerais até 20 mg/l
4.6.2 Óleos vegetais e gorduras animais até 30 mg/l
4.6 Concentração máxima das seguintes substâncias:
SUBSTÂNCIA CONCENTRAÇÃO MÁXIMA
4.7.1 Alumínio total 3, 0 mg/l Al
4.7.2 Arsênio total 0, 1 mg/l As
4.7.3 Bário total 5, 0 mg/l Ba
4.7.4 Boro total 5, 0 mg/l B
4.7.5 Cádmio total 0, 1 mg/l Cd
4.7.6 Chumbo total 0, 5 mg/l Pb
4.7.7 Cobalto total 1, 0 mg/l Co
4.7.8 Cobre total 0, 5 mg/l Cu
4.7.9 Cromo total 0, 5 mg/l Cr
4.7.10 Estanho total 4, 0 mg/l Sn
4.7.11 Ferro solúvel 15, 0 mg/l Fe
4.7.12 Manganês solúvel 1, 0 mg/l Mn
4.7.13 Mercúrio total 0, 01 mg/l Hg
4.7.14 Níquel total 1, 0 mg/l Ni
4.7.15 Prata total 0, 1 mg/l Ag
4.7.16 Selênio total 0, 05 mg/l Se
4.7.17 Vanádio total 4, 0 mg/l V
4.7.18 Zinco total 1, 0 mg/l Zn
4.7.19 Amônia 5, 0 mg/l N
4.7.20 Cloro ativo 5, 0 mg/l Cl
4.7.21 Cianetos 0, 2 mg/l CN
4.7.22 Índice de fenóis 0, 2 mg/l C6H5OH
4.7.23 Fluoretos 10, 0 mg/l F
4.7.24 Sulfetos 1, 0 mg/l S
4.7.25 Sulfitos 1, 0 mg/l SO3
4.7.26 Pesticidas organoclorados 0, 1 mg/l (por composto) e carbamatos
4.7.27 Pesticidas organofosforados 1, 0 mg/l e carbamatos totais (somatório dos
pesticidas analisados individualmente)
4.7.28 Hidrocarbonetos alifáticos 0, 1 mg/l (por composto) halogenados voláteis, tais
como:1, 1, 1-tricloroetano; diclorometano, tri-cloroetileno e tetracloroetileno
4.7.29 Hidrocarbonetos alifáticos 1, 0 mg/l Cl halogenados voláteis totais
4.7.30 Hidrocarbonetos halogenados 0, 05 mg/l (por composto) não listados acima tais
como: pesticidas e ftalo-ésteres
4.7.31 Hidrocarbonetos halogenados 0, 5 mg/l Cl totais, excluindo os hidrocarbonetos
alifáticos halogenados voláteis
4.7.32 Sulfeto de carbono 1, 0 mg/l
4.7.33 Substâncias tensoativas que 2, 0 mg/l reagem ao azul de metileno
4.7.34 Outras substâncias limites para cada caso específico a serem fixados pela CECA
por indicação da FEEMA.
4.8 Nos lançamentos em trechos de corpos d'água contribuintes de lagoas, além dos
limites enumerados, obedecidas as diretrizes específicas da CECA para cada bacia
hidrográfica, serão observados os limites máximos para as seguintes substâncias:
Fósforo total 1, 0 mg/l
P Nitrogênio total 10, 0 mg/l N