Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
acelerados
( VPC =Vertical Para Cima )
Prof. Luiz Ferraz Netto
leobarretos@uol.com.br
Introdução
É bastante comum o uso das palavras para cima e para baixo. Existe pouca
ambigüidade quanto ao uso de ambas, em situações corriqueiras de
experimentos locais, referenciados a sistemas coordenados, em repouso (ou
em movimento retilíneo e uniforme) em relação à superfície da Terra. Essa
ambigüidade já será marcante se tomarmos as impressões de observadores
distintos sobre a superfície da Terra.
Tanto o caule como a raiz iniciam seu crescimento seguindo a direção B’C’,
uma vpc e outra vpb. Com o crescimento, as partes do caule, irão para
pontos de raios cada vez menores e com isso o ângulo θ com a vertical
diminuirá. O caule tende assintoticamente à vertical do observador
estacionário, enquanto que a raiz, por apresentar pontos cada vez mais
afastados do centro de rotação, tenderão para a horizontal. Esse é o
fenômeno do geotropismo num referencial acelerado.
Movimento circular uniforme horizontal (curvas inclinadas)
Para manter o movimento circular uniforme de um veículo e seu conteúdo,
com massa total M, em pista horizontal, um agente externo deverá exercer
nele uma resultante centrípeta (direção radial, sentido para o centro da curva)
de intensidade Fcp = m.ω 2.r.
O agente externo é o pavimento, e a força de atrito, via de regra, é o
mecanismo através do qual a força é aplicada no veículo. Num modelo mais
simples, para tal força tem-se, Fmáx.= µ .Fn, onde Fmáx.. é a intensidade da força
máxima de atrito que pode ser despertada entre pneus e pavimento, µ é o
coeficiente de atrito (grandeza adimensional) característico do par de
materiais em contato ( suposto constante) e Fn a intensidade da força normal
de compressão.
Sendo a força de atrito, a resultante centrípeta destinada a produzir a
aceleração centrípeta adequada ao movimento, sua intensidade não poderá
exceder a força máxima de atrito disponível, assim :
M.ω 2.r ≤ µ .M.gg (13)
Para que o veículo descreva essa curva no plano horizontal, a (13) deve ser
obedecida. Para tanto, com um dado valor de r, a velocidade escalar do
veículo não poderá superar um certo valor limite. Acontece que o valor do
coeficiente de atrito que, até então foi suposto constante, pode ser reduzido
pela presença, no pavimento, de areia, óleo, água, resíduos de outros pneus
etc. e, com isso o segundo membro da (13) também será diminuído. O veículo
começa a derrapar. A boa solução é inclinar o pavimento da curva. Há duas
razões científicas para se construir curvas inclinadas numa estrada:
A primeira é para criar uma situação na qual vpc seja perpendicular à
superfície da rodovia. O sistema de equilíbrio das pessoas (labirinto) está
acostumado com movimentos não acelerados em superfícies horizontais e
disso deriva o bem estar nas situações em que vpc é perpendicular à
superfície sobre a qual nos apoiamos. Nas ocasiões onde o autor teve
oportunidades de andar de avião, um fato foi observado, tanto nos pousos
como nas decolagens; ao olhar através da janela podia- se observar que o
avião estava mudando de direção e que suas asas estavam inclinadas coisa
de 45° em relação à horizontal, entretanto, não existia a sensação de que o
avião estava fazendo curva ou inclinando-se, porque a vpc tinha permanecido
perpendicular ao assoalho e ao assento da poltrona.
A segunda razão é para permitir que o veículo faça a curva com uma
dependência mínima (idealmente zero) do coeficiente de atrito entre os pneus
e o pavimento.
A fig.6 ilustra alguns diagramas de forças envolvidos no ato de um veículo
realizar uma curva com pista inclinada.