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Introdução
A saúde é um conceito positivo, um recurso quotidiano que implica “um estado completo de
bem-estar físico, social e mental e não apenas a ausência de doença e/ou enfermidade (OMS, 1993).
Dentro desta perspectiva, a Educação para a Saúde deve ter como finalidade a preservação da saúde
individual e colectiva.
Em contexto escolar, Educar para a Saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de
conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua
saúde e ao tal bem-estar físico, social e mental. A ausência de informação incapacita e/ou dificulta a
tomada de decisão. Daí, a importância da abordagem da Educação para a Saúde em meio escolar.
Um projecto escolar global deve ser tarefa realizada por uma equipa. Um projecto é um
trabalho de equipa que implica adesão individual e empenhamento colectivo.
Esta equipa irá estruturar os canais de comunicação entre docentes e não docentes, escola e meio
circundante; irá planear, organizar e avaliar actividades, assim como promover a cooperação entre
todos.
O Grupo propõe abordar algumas temáticas acima referidas em simultâneo com o Director/a de
Turma, uma vez que detém um conhecimento mais profundo das necessidades e especificidades dos
seus alunos.
De acordo com a Lei nº 60/2009, a Educação Sexual integra-se no âmbito da Educação para a
Saúde e …”é objecto de inclusão obrigatória nos projectos educativos dos agrupamentos de escolas e
escolas não agrupadas, nos moldes definidos pelo respectivo conselho geral…”(cfr. Art.6, lei
nº60/2009).
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CONSTITUIÇÃO DO GRUPO
Nomes Cargos
Anabela Tavares da Silva Coordenadora do 3º Ciclo/ Prof de EMRC
Andreia Cabral Oliveira Prof de Ciências Naturais
M Fernanda Luz Rosa Dir Pedagogica
Pais/ Enc de Educação com trabalhos no ramo da saúde e da psicologia
Como escola Católica e Salesiana consideramos que estes temas devem ser transversais e
resultado de articulação de vários saberes e envolvendo vários docentes e especialistas /
profissionais de saúde, convidados para momentos específicos que actuarão depois de prévio
diálogo com a equipa responsável do Projecto e por isso estamos de acordo que a promoção da
saúde, em meio escolar “não se deve circunscrever apenas a uma disciplina ou a um projecto específico,
mas integrar o programa global de escola em que as áreas fundamentais devem depender, em grande medida, das
necessidades sentidas pela sociedade ou comunidade em que o estabelecimento de ensino se
insere” 1.
Consideramos ainda que “a ausência de relação harmónica entre a Educação Sexual e a
construção progressiva de um projecto de vida com sentido, conduz ao empobrecimento da
sexualidade, reduzida que fica à dimensão dos mecanismos corporais e reprodutores, que se
pretende controlar”2.
Área da sexualidade
A Educação Sexual é uma componente da Educação para a Saúde, inclui diversos aspectos da
sexualidade e das relações interpessoais. Ao falarmos de Educação Sexual falamos nas emoções e afectos, no corpo, na
forma de nos expressarmos os sentimentos.
Os anos que vão desde a primeira infância à adolescência têm uma importância capital, sob
todos os aspectos, para o desenvolvimento da criança. É durante esse período que a criança
adquire as orientações e atitudes básicas em relação a si mesma e em relação aos outros: o
respeito por si mesma ou a dúvida sobre si mesma, o amor ou o ódio, a confiança e a auto-estima ou o
complexo de inferioridade. Assim a família pode favorecer ou retardar o potencial e as capacidades
de cada criança. Consciente ou inconscientemente, a família é modelo dos papéis a desempenhar
e da forma como se desempenham.
A Educação Sexual é uma responsabilidade da família. Os pais são para os filhos, figuras de
identificação, pelo que possuem um papel preponderante no processo de aquisição da identidade
sexual. Mas, todos nós sabemos que muitas vezes os pais não assumem esta tarefa ou não se
sentem preparados para tal e a educação sexual acontece por outros meios, correndo o risco de
ser insuficiente, pouco esclarecedora e ineficaz. A escola, enquanto espaço de grande importância
na socialização das dos jovens é também um local de grande permanência temporal onde se
realiza uma boa parte das aprendizagens básicas. É durante parte da vida escolar que rapazes e raparigas, física e
emocionalmente, vivem o turbilhão das mudanças próprias do crescimento, por isso a Escola pode ter
um papel de colaboração com as famílias, também nesta área.É importante que haja uma boa
articulação entre pais, professores ou outros profissionais que lidam no dia-a-dia com as crianças ou
os adolescentes.
A Educação Sexual ultrapassa o âmbito da reprodução e das alterações físicas que
1
Loureiro, 2004
2
Comissão Episcopal da Educação Cristã, 2005
2
acontecem durante a puberdade. Falar de educação sexual é considerar também, as alterações
emocionais e o relacionamento social. Como dimensão humana eminentemente relacional e
íntima, a sexualidade tem uma vertente emocional e é um elemento essencial na formação da
identidade global, do auto-conceito, da auto-estima, das competências sociais e, de forma geral,
do bem-estar físico e psicológico dos indivíduos. O que somos, pensamos e desejamos é fruto
de um processo contínuo de aprendizagens, interacções e reflexões realizado em todos os círculos de vida e
actividade humanas. Os tempos de formação, no Externato, dedicados a este tema, deverão exercer
a função de integração e mediação entre o que se aprende no contexto familiar, nas relações entre os
pares e nos contextos social de aprendizagem formal (a Igreja, por exemplo) e informal
(nomeadamente o universo mediático e das novas tecnologias).
FINALIDADE DO PROJECTO
CONCRETIZAÇÃO DO PROJECTO
A Educação Sexual em meio escolar tem de considerar o respeito por cada um. É transversal à
vida, aberta ao pensar, ao diálogo e ao questionamento que integra a formação social e moral. Daí
que o modelo curricular de i mpl e men t aç ão d o pro j ec t o é a interdisciplinaridade numa articulação
entre a escola, a família e outros agentes educativos: profissionais da área da saúde e outros serviços
especializados.
A Educação para a Saúde na escola será tanto mais profícua, quanto maior for o empenho
dos elementos da comunidade educativa e do seu meio envolvente.
O projecto deverá ser concretizado ao longo do próximo ano lectivo (2009/2010), nas aulas de
Formação Cívica, Ciências Naturais e da Natureza e ainda em formações específicas
envolvendo pessoal especializado do Centro Hospitalar do Alto Minho e outras entidades
ligadas à área da Saúde e da Psicologia.
Caracterização:
A adolescência é uma fase da vida dos jovens caracterizada por mudanças rápidas no campo físico e
psicológico. Este comportamento deve ter em conta um acompanhamento diferenciado, uma vez
que, o nível socioeconómico e a composição do agregado familiar são aspectos determinantes
na construção da identidade pessoal dos nossos jovens.
Constata-se que a Escola, integra alunos provenientes de famílias fragmentadas, de
diferentes origens e com problemas ao nível da afectividade. Verifica-se ainda uma percentagem
de famílias c om dificuldades financeiras, alguns com pais desempregados.
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PLANIFICAÇÃO
Conteúdos LINHAS DE ACÇÃO INTERVENÇÕES / actividades/ recursos RESPONSÁVEIS CALENDÁRIO AVALIAÇÃO
1- Prevenção 1.1.1.Apresentação do plano à Comunidade
da gripe A 1.1. Dando a conhecer e Educativa; Direcção, D. Turma,
actuando o Plano de Comunidade 1º Período Avaliação
contingência da gripe A 1.1.2.Informando os pais/encarregados de Educativa contínua ao
Educação, por circular e na reunião de longo de todo
Setembro; o ano
2-
Alimentação
2.1.1. Divulgação de notícias e informações
e Actividade 2.1.Sensibilizando para a Directores de Turma, 1ºPeríodo e
Física diversas sobre a alimentação e saúde;
adopção de hábitos alimentares professores de CN sempre que for
saudáveis necessário
2.1.2. Conhecer perturbações causadas por
excesso ou por falta de nutrientes;
- Comemorar o Dia Mundial da
Alimentação: 16 de Outubro
2.2.Conhecendo as normas do
2.2.1. Formação sobre como estar no
refeitório e promovê-lo como Directores de Turma,
refeitório;
local de socialização Funcionárias
Famílias
2.3.2.Incentivar o consumo de peixe e de
2.3. Conhecendo hábitos
sopa e promover o consumo da fruta;
alimentares correctos
(visualização de algum documentário)
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3-Relações
interpessoais 3.1. Reconhecendo a 3.1.1. Fichas e actividades nas aulas de Famílias e toda a C.
importância da família, como Formação Cívica; Educativa
- Família núcleo central onde se cresce 3.1.2.Questionário e debate sobre a família:
na afectividade. qual o valor da família hoje para os nossos
alunos.
Director de Turma e
3.3.1.Valorizar o positivo de cada um no
3.3. Promovendo a auto-estima Comunidade Ao longo de
final da semana ou na aula de Formação
e responsabilidade. Educativa todo o ano
Cívica e atribuir pequenas responsabilidades
-Eu e os na Escola e em casa: elaboração do Placard
outros + na sala…
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3.5. Fazendo experiências de 3.5 até 3.8- Acompanhamento pessoal ao
comunicação assertiva: longo do ano
- Respeitando, aceitando ou
recusando sentimentos, afectos 3.5.1. Pesquisar sobre o que é a Director de Turma
e decisões dos outros. assertividade, diálogo e exemplos.
- Dialogando de forma serena - Organizar cartazes com recortes de
com pessoas de outro sexo. revistas, sobre a alegria de viver e outro
- Expressando, com liberdade e sobre o sofrimento que as relações podem
confiança os sentimentos, provocar.
afectos, decisões, em - Exposição e diálogo sobre os mesmos.
momentos de paz e nos
conflitos internos e externos.
3.6. Reflectindo sobre a 3.6.1. Pesquisas sobre violência na escola: Director de Turma,
violência no meio escolar. Bulling, cyberbulling; debate, cartazes. Professores Línguas,
EMRC
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4. Aspectos 4.1.Reflectindo sobre o que é a 4.1.1. Brainstorming; visão da Igreja e da Professora de EMRC 2º e 3º Período
históricos
culturais e sexualidade e afectividade. sociedade; debate. e Ciências Naturais
sociais sobre - Escolha de uma música que fale sobre os
sexualidade conceitos.
- Entrevista aos avós sobre o Namoro do seu
tempo e de hoje: diferenças.
- Promovendo a aceitação
positiva da sexualidade como
uma vertente importante na
vida;
- Melhorando o conhecimento
das diferentes dimensões e
expressões da afectividade e
sexualidade humanas;
- Apresentando a sexualidade
como energia que ultrapassa a
genitalidade e a reprodução
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sexualidade
5.1. e 5.2. Usando material didáctico 2º e 3º Período
5- O corpo 5.1. Identificando o aparelho diversificado e também os manuais de
em reprodutor feminino e Ciências e de EMRC.
crescimento: masculino
Fisiologia da
reprodução 5.2.Referindo os mecanismos
Mudanças da função reprodutora
físicas e 5.3.Identificando as alterações 5.3.1.Debate em pequenos grupos e com a
psico-sociais psico – sociais na adolescência. ajuda de uma psicóloga, se possível, acerca
na puberdade das mudanças na adolescência.