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Governo Federal Revisoras de Língua Portuguesa
Presidente da República Janaina Tomaz Capistrano
Luiz Inácio Lula da Silva Sandra Cristinne Xavier da Câmara
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- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação
O
volume de um sólido corresponde, intuitivamente, à “quantidade de espaço” que
ele ocupa. Para medir essa quantidade, iremos compará-la com uma unidade de
medida, obtendo um número – o volume do sólido. Nesta aula, trataremos dos
volumes das pirâmides, prismas, cilindros, cones e esferas. Para calcular os volumes das
figuras espaciais citadas acima, lançaremos mão de axiomas equivalentes aos utilizados no
estudo das áreas de figuras planas (aula 9), além de um axioma especial chamado Princípio
de Cavalieri.
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você compreenda o significado
do conceito de volume e saiba calcular os volumes das principais
figuras espaciais. Esperamos, também, que você seja capaz de
utilizar os resultados e atividades desenvolvidas para resolver e
interpretar outros problemas e situações do cotidiano.
S caso, dizemos que o seu volume é igual a 15 copos. Se 3 copos equivalem a 1 litro
de água, os 15 correspondem a 5 litros. Dessa forma, o volume do balde é igual
a 5 litros. Assim, o volume de um sólido é um número que obtemos em comparação a
outro, considerado como unidade de medida. Na experiência acima, as unidades de medida
utilizadas foram o copo e o litro.
As experiências seguintes esclarecem bem o conceito de volume.
Considere um tanque ou uma caixa d’água completamente cheia e suponha que você
possa medir qualquer quantidade de água que venha a transbordar. Mergulhe nesse tanque
uma pedra, dessas que se usa para calçamento de ruas (um paralelepípedo), e observe a
quantidade de líquido que transborda. A quantidade de água derramada é o volume da pedra.
A Figura 1 ilustra essa situação.
Figura 1
H G
F
E
C
D
A B
Figura 2
O
cálculo de volumes não é tão simples quanto o cálculo de áreas. Nesse caso, introduzimos,
via axioma, a área de um retângulo e, a partir desse resultado, determinamos a área
dos outros polígonos. Para o cálculo de volumes, essa estratégia não funciona, ou seja,
pouco se avança a partir do volume do paralelepípedo. Por isso, para calcularmos os volumes
dos demais sólidos, precisamos de mais um axioma, conhecido como Princípio de Cavalieri.
Antes de enunciá-lo, observe as figuras a seguir e tente entender por que elas têm
o mesmo volume. Saiba que elas possuem mesma altura e suas interseções com planos
paralelos às suas bases (que estão sobre um mesmo plano) são polígonos de mesma área.
Atividade 1
Justifique por que as áreas das regiões obtidas pela interseção de
1 planos paralelos à base de um prisma têm a mesma área que esta.
1.
Proposição 1 – O volume de um prisma é igual ao produto da área A de sua base pela sua
altura h.
Vejamos a prova! Seja o plano que contém a base do prisma. Construindo ao seu lado um
paralelepípedo com área da base igual a A e altura h, notamos que as áreas das secções obtidas
no prisma e no paralelepípedo por planos paralelos a são iguais às das bases dos respectivos
poliedros, conforme vimos na atividade 1. Pelo princípio de Cavalieri, os dois sólidos têm o
mesmo volume. Como o volume do paralelepípedo é Ah, o do prisma também é Ah.
Proposição 2 – O volume de uma pirâmide é igual a um terço do produto da área da base
pela altura.
Provaremos esse resultado, primeiramente, para pirâmides de base triangular. Antes,
porém, observe a Figura 9 e resolva a atividade proposta.
h
H
G Q F
E
C P B
Figura 9
O triângulo EFG resultou da interseção da pirâmide com um plano paralelo à sua base
ABC. H é a distância do vértice D ao plano determinado por ABC e h, a distância de D ao plano
determinado por EFG.
Os pares de triângulos ABC e EFG, DQF e DPB, DEF e DAB, DGE e DCA
1 da Figura 9, são semelhantes.
Das semelhanças anteriores, obtemos e .
2
Como
,
e
3