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Os protocolos foram especificados pelo IEEE, em 1980, na norma 802.x, criando padrões que
especificam as topologias, tecnologias e protocolos do nível MAC, visto que a subcamada LLC é
compartilhada por todos os padrões.
A evolução dessa padronização introduziu as redes sem fio (wirelles) sobre o padrão 802.11.
Essa padronização definiu a tecnologia de frame que atualmente é a mais utilizada: “Ethernet”.
Além deste padrão, foi definido também o token ring, muito utilizado no passado, principalmente em redes
baseadas em produtos IBM, mas que tem seu uso limitado nos dias de hoje. De todas as tecnologias de
frame, o 802.4 (token bus) foi a tecnologia com menor aceitação, não ganhou mercado e os fabricantes não
se interessaram em criar produtos para ela.
As tecnologias de frame foram ameaçadas no início dos anos 90 com a criação do ATM
(Assyncronous Transfer Mode) que prometia ser uma solução de excelente performance para redes locais,
garantindo qualidade de serviço e priorização de tráfego de células de tamanho fixo, ao contrário dos
quadros/frames que eram de tamanho variável e que possibilitavam a priorização do tráfego.
Entretanto, o ATM, era muito caro e com o desenvolvimento do Fast Ethernet a 100 Mbps e o
Gigabit Ethernet 1 Gbps, as tecnologias de frame triunfaram, caindo, a tecnologia ATM, em desuso. O
Ethernet e suas variações dominam, atualmente, 95% de todas as redes locais existentes e instaladas que
utilizam a tecnologia de frame.
1 ETHERNET
As placas de rede Ethernet são as mais utilizadas atualmente, sobretudo em redes pequenas e
médias. Numa rede Ethernet quando uma estação precisar transmitir dados, ela irradiará o sinal para toda a
rede. Todas as demais estações ouvirão a transmissão, mas apenas a placa de rede que tiver o endereço
indicado no pacote de dados receberá os dados. As demais estações simplesmente ignorarão a transmissão.
O padrão 802.3 é especificado nas topologias em Barramento e Estrela.
Método de funcionamento:
Quando uma estação deseja transmitir no meio, a primeira ação que a estação deve fazer é ouvir
o meio, ou seja, verificar o sinal de portadora do barramento. Se não houver sinal de portadora no
barramento, quer dizer que não existe nenhuma estação utilizando o meio naquele momento, portanto a
estação pode transmitir.
Enquanto uma estação está transmitindo no meio, as outras estações não transmitem,
aguardando o cabo ficar livre. Como existe portadora no barramento, quer dizer que está ocorrendo uma
transmissão. Por causa disso as outras estações aguardam o final da transmissão para utilizarem o meio.
Parece ser o processo ideal, entretanto nada é perfeito. Imagine o caso onde duas estações
desejam transmitir na rede num determinado instante, e nesse instante não existe portadora no cabo. Nesse
caso, as duas estações vão tentar enviar seus quadro no meio ao mesmo tempo, gerando um fenômeno
conhecido como Colisão.
Quando a colisão ocorre, uma estação “suja” o que a outra estava transmitindo. Como o meio é
compartilhado, os sinais se misturam, gerando uma informação sem utilidade nenhuma. O CSMA/CD
possui um mecanismo que consegue detectar que ocorreu a colisão. A partir do momento da detecção, é
enviado um sinal no meio que termina de sujar o quadro e sinaliza para todas as estações que houve colisão
na rede.
O Fast Ethernet trabalha com velocidade de 100 Mbps. Nessa tecnologia encontramos switches
e hubs que está padronizado e onde existem interfaces em fibra óptica = 100FX e em par trançado (UTP) =
100 base T.
O Gigabit Ethernet traz o funcionamento apenas na topologia switching, portanto no caso temos
conexões ponto a ponto e não observamos, portanto, o fenômeno da colisão. No caso dos padrões da
interface Gigabit Ethernet existem os padrões de interfaces 1000 base SX para alcances curtos em fibra
óptica (2 a 3 km) e interfaces 1000 base LX para alcances longos de 15 a 20 km. Existe ainda a interface
1000 base CX para cabos UTP com alcance de 25 metros.
2 Token Ring
É uma tecnologia baseada em uma topologia em anel ou anel-estrela. O padrão estabelece dois
tipos de cabeamento que podem ser utilizados: o cabo UTP ou o cabo de par trançado blindado STP.
Cada estação do token ring está conectada a estação adjacente, criando um anel.
No anel as mensagens circulam por todas as estações. Quando uma estação recebe uma
mensagem no anel, ela é responsável por copiá-la novamente no anel, mesmo que a mensagem não seja para
ela, ou as placas de rede token ring recebem todas as mensagens e copiam-nas, passando adiante o anel. A
mensagem é destinada à estação quando o endereço MAC destino for o da estação que está recebendo a
mensagem, porém ela deve ainda ser recopiada no anel para confirmação de recebimento.
Para acessar o meio de transmissão, a estação deve estar de posse de um quadro especial que
circula pelo anel chamado TOKEN. Como esse quadro é único, esse mecanismo consegue garantir que
haverá apenas uma mensagem sendo transmitida no anel em um determinado momento, portanto não existe
o processo de colisão.
Método de transmissão:
Quando uma estação precisa enviar um quadro, ela aguarda o token chegar. Quando o token
chega, ela deve ainda verificar se ele está livre ou transportando dados. Se o token estiver livre, a estação
seta o status do token como ocupado e envia junto com ele a sua mensagem, com o endereço MAC da
estação destino.
Quando a estação recebe o token e verifica que a mensagem enviada é para ela, a estação lê a
mensagem e muda o status do token como mensagem lida. A partir daí, quando a mensagem retornar à
estação que a enviou, como o status do token está como lido, a estação retira a mensagem do anel e seta o
status do token como livre, liberando outras estações para transmitir.
Nesse tipo de topologia não existem colisões e a performance da rede depende:
• Do tráfego gerado pelas estações;
• Da quantidade de estações no anel;
• Da velocidade de transmissão
O token ring foi padronizado para operar em duas velocidades: 4 Mbps ou 16 Mbps.
Exercício
1. Qual a vantagem da camada enlace ser dividida em duas subcamadas?