A Arquitetura Tem A Função de Oferecer Condições Térmicas Compatíveis Ao Conforto Térmico Humano No Interior Dos Edifícios Não Importando Quais Forem As Condições Climáticas Externas
A Arquitetura Tem a Função de Oferecer Condições Térmicas Compatíveis Ao Conforto Térmico Humano No Interior Dos Edifícios Não Importando Quais Forem as Condições Climáticas Externas
A Arquitetura Tem A Função de Oferecer Condições Térmicas Compatíveis Ao Conforto Térmico Humano No Interior Dos Edifícios Não Importando Quais Forem As Condições Climáticas Externas
A Arquitetura tem a funo de oferecer condies trmicas compatveis ao conforto trmico
humano no interior dos edifcios no importando quais forem as condies climticas
externas. O conforto trmico um atributo necessrio em edificaes e a radiao solar uma de suas importantes variveis, influindo no ganho de calor do edifcio, alm de promover iluminao natural. As construes refletem o rigor do clima apresentando materiais e projetos distintos, cada qual de acordo com as necessidades da edificao em funo do clima da regio em que se insere. O Sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifcio representando sempre certo ganho de calor energia, que ser funo da intensidade da radiao incidente e das caractersticas trmicas dos paramentos do edifcio. A orientao do edifcio influi sensivelmente na quantia de calor por ele recebida e o uso adequado da orientao em funo da radiao solar implica em conforto para a edificao e menores consumos de energia, dependendo das propriedades das superfcies atingidas pela radiao, diferentes processos podero ocorrer, de absoro, reflexo e transmisso da radiao solar. Independentemente de qual desses processos seja predominante, h sempre um ganho de calor. Brises Dentre as solues que podem ser testadas destacam-se os sistemas de proteo solar, ou brise-soleil, que podem ser trabalhados na edificao por intermdio de diferentes formas, tais como: horizontais, verticais e mistos. Um importante conceito a ser destacado o Fator Solar, que definido como o quociente entre a quantidade de energia solar que atravessa a janela e que nela incide. Enquanto um vidro de 3 mm, transparente, tem fator solar de 0,87, um protetor solar externo madeira de 0,09. Ou seja, para o vidro simples 87% da energia incidente penetra no ambiente em forma de ondas curtas e longas. J com base no uso de protetor solar externo como veneziana, por exemplo, a energia incidente passa para apenas 9%.
Vrios so os tipos de dispositivos de controle da radiao solar. Alm de proteger e direcionar a luz solar eles podem se tornar elementos arquitetnicos interessantes. Os brises so os mais utilizados. O brise-soleil um elemento construtivo constitudo por lminas geralmente paralelas, externas edificao, com a finalidade de impedir a radiao solar direta na edificao. Possui tambm outras funes alm da reduo de ganhos de calor como o controle do excesso de luminosidade, o controle da ventilao e da visibilidade. Existem trs tipos de brises, os verticais, horizontais e mistos. Cada tipologia protege de forma mais adequada determinado ngulo de obstruo. Para definir os tipos de protetores a serem projetados, vrios aspectos devem ser considerados, como eficincia, plasticidade, privacidade, durabilidade, custos, entre outros. A primeira etapa definir qual o horrio e perodo do ano que se quer proteger o ambiente da radiao solar, para em seguida estudar a insolao de cada fachada traando no grfico solar as linhas com as orientaes das vrias fachadas a serem trabalhadas. 4.4.1. Brises horizontais Os protetores horizontais so mais eficientes nas horas do dia em que o sol est mais alto e menos eficientes nas horas prximas ao nascer e pr-do-sol. Esse tipo mais eficiente para grandes alturas solares. Bloqueando raios mais baixos ocorre reduo da luminosidade e da ventilao. 4.4.2 Brises verticais Maior eficincia nas fachadas onde a maior parte da incidncia solar se afasta da perpendicular fachada (fachadas norte, sul, sudeste, nordeste e sudoeste), sobretudo nas horas prximas a aurora e ao alvorecer. 4.4.3 Brises mistos so a combinao simultnea de brises horizontais com verticais sendo mais eficientes nas fachadas norte e sul do edifcio. Lminas verticais e horizontais atuam de forma complementar. Isso permite a utilizao mnima de painis para realizar o sombreamento o que resulta em vantagens nos custos, havendo tambm maior iluminao natural. Os protetores tero um melhor desempenho trmico caso tenham cores claras, pois absorvero uma menor quantidade de radiao solar, refletindo uma boa parte da radiao incidente. Tambm ao serem colocados afastados das vedaes transmitiro menos calor s mesmas. Para isso necessrio saber os coeficientes de reflexo e absoro dos materiais da edificao.
Os vidros de controle solar so vidros refletivos indicados para locais em que h grande incidncia de raios solares, como fachadas de prdios, janelas, sacadas e coberturas. Reduzem a entrada de calor para o interior do ambiente e controlam a entrada da luz para o interior das edificaes. Como resultado, podem proporcionar economia de energia, conforto trmico, lumnico e acstico.
No h como eleger um tipo de vidro de controle solar ideal para cada tipo de edificao. No entanto, especialistas do algumas sugestes e apontam tendncias. Abraho afirma que, em edifcios comerciais, necessrio o uso de vidros de controle solar com um bom fator solar e que tenha uma entrada de luz nem muito baixa, o que levaria ao excesso de uso de iluminao artificial, nem muito alta, o que levaria ao ofuscamento dos usurios. "Hoje, os vidros mais utilizados nesse tipo de edifcio so os de mdia seletividade, mas h uma grande tendncia de se utilizar vidros de maior seletividade, para dar um maior aspecto de neutralidade para as obras e manter a eficincia energtica dos edifcios", analisa. Para hospitais, Abraho diz que tambm h uma preocupao com o fator solar dos vidros, mas, em especial nos quartos, deve-se ter uma maior preocupao com a entrada de luz natural pelas janelas. "Hoje, os hospitais j procuram o uso de vidros seletivos em sua fachada", afirma. Em residncias, seria interessante o uso de vidros com alta entrada de luz e com controle solar, mas com nveis de controle menor do que os exigidos no caso anterior. " possvel utilizar nas residncias vidros seletivos e vidros com baixa seletividade, com mdia seletividade, mas com transmisso de luz maior do que os usados em prdios comerciais", indica. O consultor da Cebrace ressalta que, conforme a regio no Brasil, h uma mudana nas necessidades. O ideal, segundo ele, que seja feito um estudo para cada obra que leve em conta as solues arquitetnicas do edifcio e o clima da regio onde est. " Outra caracterstica apontada por ele que, em residncias na regio Sul, uma soluo em vidro duplo (insulado) poderia ajudar a manter a temperatura interna mais agradvel, em especial no inverno, pois ajudaria a manter a casa mais quente no inverno, ao mesmo tempo em que ajudaria a diminuir a entrada de calor no vero.
Especificao Marinoski afirma que, antes de especificar um vidro, preciso conhecer e entender as suas caractersticas de desempenho quanto transmisso de luz, de calor, e a reflexo e absoro da radiao solar nas suas superfcies. Questes de segurana (resistncia mecnica, grau de estilhaamento em caso de quebra, etc) e a forma de fixao tambm necessariamente deveriam ser consideradas em funo do ponto de aplicao do material. "Alm disso, informaes sobre a regio em que se localiza a obra (clima, entorno, etc), a orientao solar das fachadas e a finalidade de uso da edificao devem ser objeto de estudo", complementa. Eloise Amado, arquiteta titular do escritrio Amado & Marcondes Arquitetos Associados, alerta para a finalidade de uso do ambiente, que determinaria a necessidade da insolao e em que horrio e estao. "Um dormitrio tem necessidade muito diferente de um local de trabalho, por exemplo", ressalta. A partir da, seriam determinadas as medidas necessrias: isolamento trmico, sombreamento, aproveitamento da luz natural, abertura para visuais externas, aproveitamento da radiao solar. Com a definio do objetivo a se alcanar com o tratamento da fachada, seriam ento definidas as solues arquitetnicas com relao aos elementos que a compem. "O vidro, como um destes elementos, ter um papel muito importante. Existe uma variedade enorme de vidros que atendem s mais diferentes funes como isolamento trmico e reflexo e em diferentes graus. A determinao do efeito pretendido pela fachada orientar qual o material a ser especificado", diz a arquiteta. A especificao de um vidro, prossegue Eloise, atende ainda s questes tcnicas de dimensionamento, estrutura, resistncia a ventos e at aos limites impostos pela logstica de transporte e condies locais de instalao. Por esta razo, explica a arquiteta, existem os consultores especializados que iro orientar na escolha do produto que desempenhar a funo desejada de forma mais econmica e eficiente. Jos Antnio Passi e Fernando Passi, scios-diretores da Divinal Vidros, lembram do fator esttico, para que os diferentes tipos de vidros sejam harmnicos entre si e tragam um resultado satisfatrio. "No que se refere esttica, por exemplo, h alguns anos utilizavam-se mais vidros espelhados, que escureciam o ambiente. J atualmente, a tendncia procurar vidros menos refletivos (com baixa emissividade), que so mais claros e tm mais tecnologia agregada. Os fabricantes, observando esta necessidade, buscam novas tecnologias para tornar esta possibilidade real, e hoje existem vrios vidros que possibilitam este desempenho", diz Fernando. Jos Antnio cita mais um fator que seria preciso analisar: o que se quer obter no projeto e o que se pretende reduzir. "Quanto se pretende reduzir em incidncia de luz, quanto de entrada de calor, quanto de entrada de rudo, quanto se pretende usar de quantidade de vidro e o que se espera esteticamente do projeto. Aps a coleta destas informaes, possvel obter a escolha correta dos tipos de vidros a serem utilizados", conclui.