Você está na página 1de 9

Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PEDRÓGÃO GRANDE

BIBLIOTECA ESCOLAR - 2009/10

( Sessão 4 – 1ª Tarefa )

Plano de Avaliação da BE

1. Diagnóstico / Objecto de avaliação

A escolha do subdomínio A foi condicionada pela metodologia da formação


e é neste contexto que justifico essa opção. No entanto não é apenas este
aspecto que realmente pretendemos avaliar, mas aquele que está mais ligado
às metas delineadas no Projecto Educativo do Agrupamento, o domínio A.
Tendo em conta o Plano de Actividades do ano lectivo anterior e a
avaliação da BE efectuada, o subdomínio A.2. (Promoção da Literacia da
Informação) apresenta-se como uma das áreas mais frágeis da BE a que estou
associada. Esta constatação não se encontra fundamentada pela auto-
avaliação realizada no ano anterior, mas pela minha percepção resultante do
contacto sistemático com os alunos e docentes: os alunos que continuam a
manifestar dificuldades na recolha, selecção e tratamento da informação para
elaboração dos trabalhos, os docentes que indicam estes factores como
inibidores das aprendizagens. As actividades propostas e desenvolvidas pela
BE neste domínio, nos últimos anos, foram insuficientes ou pouco adequadas
às reais necessidades dos alunos, dado o fraco impacto registado nas suas
aprendizagens. Assim, considero premente fazer uma avaliação sistemática
das práticas da BE, por forma a identificar de forma mais clara os pontos fortes
e fracos e formular um plano de melhoria.

1
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

2. Tipo de avaliação

O plano tem por base uma avaliação de carácter quantitativo e


qualitativo.

Avaliação quantitativa - tem por base a avaliação dos inputs, dos processos
e dos outputs- número de: requisições na BE e para sala de aula, visitas à BE,
reuniões com os docentes e Direcção; actividades de promoção da literacia da
informação realizadas, percentagem de turmas e docentes envolvidos nessas
actividades e utilização dos serviços da BE e equipamentos.

Avaliação qualitativa – medir os “outcomes” – conhecer o benefício para os


utilizadores da sua interacção com a BE, aferindo o impacto do trabalho da BE
nas competências dos alunos no âmbito da literacia da informação.

2
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

3. Indicadores, Evidências, Métodos e instrumentos de recolha de evidências; Intervenientes; Calendarização.


Indicadores Evidências da Métodos e instrumentos Intervenientes; Calendarização
de recolha de evidências
BE

A.2.1. Organização de
actividades de formação de - Actividades previstas no Ao longo do ano, a
utilizadores na Plano de Actividades - -Plano de actividades da BE. partir de Fevereiro
escola/agrupamento. actividades de formação de - Registos de - Professora
utilizadores com reuniões/contactos. Bibliotecária
turmas/grupos/alunos e com - Registos de
docentes no sentido de projectos/actividades. - 2 Elementos da
promover o valor da BE, Equipa BE;
motivar para a sua utilização,
esclarecer sobre as formas
como está organizada e
ensinar a utilizar os diferentes
serviços.

- Observação de utilização - Grupo alunos e


- Desenvolvimento de
da BE (O2). docente. (10% dos
competências pelos docentes
alunos das turmas do
e alunos.
3º CEB)
- Materiais de apoio
- Materiais informativos produzidos e editados.
e/ou lúdicos de apoio à
formação dos utilizadores,
produzidos pela BE.

3
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

Factores críticos de Evidências da Métodos e instrumentos Intervenientes; Calendarização


sucesso de recolha de evidências
BE

A.2.2. Promoção do ensino


em contexto de Professora Ao longo do ano, a
competências de informação - Definição de um currículo de Bibliotecária partir de Fevereiro
da escola/agrupamento. competências transversais - Plano de Actividades da
adequado a cada ano/ciclo de BE; 2 Elementos da
escolaridade – articulação - Referências à BE: Equipa BE;
com outras estruturas. - no projecto educativo e
curricular
-nos projectos
curriculares das turmas.
- Proposta de um modelo de
- Registos de
pesquisa de informação a ser
reuniões/contactos.
usado por toda a escola/
agrupamento.
- Registos de
projectos/actividades.

- Actividades de treino
- Estatístcas de utilização da
contextualizado de BE para aulas de EA e AP.
competências de informação.

- Materiais de apoio ao - Materiais de apoio


trabalho de exploração dos produzidos e editados.
recursos de informação pelos
alunos.

4
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

Factores críticos de Evidências da Métodos e instrumentos Intervenientes; Calendarização


sucesso de recolha de evidências
BE

A.2.3. Promoção do ensino - Os projectos escolares - Plano de actividades da


em contexto de incluem actividades de BE. Ao longo do ano, a
competências tecnológicas e consulta e produção de - Referências à BE nos partir de Fevereiro
digitais na informação e de intercâmbio e projectos curriculares das
escola/agrupamento. comunicação através das TIC: turmas.
Professora
. - Apoio aos utilizadores na Bibliotecária
selecção e utilização de
recursos electrónicos e media. 2 Elementos da
Equipa BE;
- Actividades de educação
para e com os media. - Registos de projectos /
actividades.

- Actividades de formação
para docentes e alunos no
domínio da literacia
tecnológica e digital.

- Materiais informativos e de - Materiais de apoio


apoio à adequada utilização produzidos e editados.
da Internet:

5
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

Factores críticos de Evidências da Métodos e instrumentos Intervenientes; Calendarização


sucesso de recolha de evidências
BE

A.2.4. Impacto da BE nas - Uso adequado de


competências ferramentas e media
tecnológicas, digitais e digitais pelos alunos. Ao longo do ano a
de informação - Observação de utilização da partir de Fevereiro
dos alunos na BE (O1). Professora
- Os alunos identificam as
escola/agrupamento. diferentes fases do - Trabalhos escolares dos Bibliotecária
processo de pesquisa e alunos (T1).
tratamento de - Estatísticas de utilização da 2 Elementos da Equipa
Informação. BE. BE
- Questionário aos docentes
- Os alunos utilizam (QD1). Alunos do 2º e 3º CEB
diferentes tipos de - Questionário aos alunos
(QA1). (10% dos alunos)
informação.
Docentes
- Os alunos reconhecem os
problemas éticos e legais (20% dos docentes das
relativos ao acesso e uso
turmas)
da informação e das novas
tecnologias.

- Progressos dos alunos no


uso de competências
tecnológicas, digitais e de
informação.

6
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

Factores críticos de Evidências da Métodos e instrumentos Intervenientes; Calendarização


sucesso de recolha de evidências
BE

Professora
A.2.5. Impacto da BE no (Nos alunos) Bibliotecária
desenvolvimento de - Observação de utilização da Ao longo do ano a
valores e atitudes - Modalidades de BE (O2). 2 Elementos da Equipa partir de Fevereiro
indispensáveis à trabalho diversificadas. BE
formação da cidadania e - Questionário aos docentes
à aprendizagem ao longo - Ambiente de confiança e (QD1). Alunos do 2º e 3º CEB
da vida. de respeito mútuo,
cumprindo normas de - Questionário aos alunos (10% dos alunos)
actuação, de convivência e (QA1).
de trabalho Docentes do 2º e 3º
- Regimento da BE. CEB
- Valores de
cooperação, autonomia e (20% dos docentes das
responsabilidade, turmas)
- Atitudes de
curiosidade, iniciativa, - Recolha de informação do
criatividade e contacto regular e informal
reflexão crítica, com docentes.

Nota: A avaliação deste subdomínio será aplicada apenas aos alunos dos 2º e 3º CEB, porque os alunos do 1º CEB utilizam as
TIC em contexto de sala de aula nas escolas respectivas.

7
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

4. Calendarização das acções do Plano de Avaliação.

2009 2010

N D J F M A M J J A S

1. Escolha do Domínio a avaliar

2. Apresentação do MABE ao Conselho Pedagógico


e à escola.
3. Adaptação e criação de instrumentos de recolha
de evidencias/ Selecção da amostra.
4. Registo e arquivo de todos os documentos que
irão constituir as fontes de verificação.
5. Aplicação dos questionários a alunos e docentes.

6. Tratamento estatístico dos inquéritos.

9. Análise reflexiva das evidências recolhidas,


atribuição do nível de desempenho.
10. Preenchimento do Modelo de Relatório de Auto-
Avaliação.
10. Apresentação do relatório final ao Conselho
Pedagógico e à comunidade educativa.
11. Elaboração de um Plano de Acção de Melhoria,
assente nos pontos fracos identificados e nas
sugestões do Conselho Pedagógico.

5. Intervenientes

Professor Bibliotecário: Implementa o processo; analisa e interpreta os resultados;


elabora o relatório final, divulga os resultados no Conselho Pedagógico.

Equipa da BE: Coadjuva o PB nas funções/acções anteriores.

Director/Direcção: Acompanha e apoia o processo.

Conselho Pedagógico: Analisa e propõe/sugere acções de melhoria; divulga o


MABE e o resultado final.

Docentes e Alunos do 2º e 3º Ciclos: Colaboram, respondendo aos questionários.

Coordenador Interconcelhio: Amigo Crítico. Apoia o PB na implementação do


processo, na análise e interpretação de resultados e na elaboração de conclusões,
(sobretudo encaminhando e sugerindo).

8
Prática e Modelos da Autoavaliação das BE, DREC - Turma 4, Deolinda Campos

_____________________________________________________________________________

6. Limitações

A aplicação do MAABE, pela primeira vez, irá certamente colocar problemas e algumas
limitações à equipa da Biblioteca e ao Professor bibliotecário. Antecipadamente,
considero que essas limitações estão ligadas à falta de tempo para implementar de forma
sistemática, ao longo do ano, as diferentes fases do processo. Com a disponibilidade de
13 horas semanais será difícil gerir o tempo, assegurando o desenvolvimento das
actividades previstas no PABE e a auto-avaliação. Os elementos da equipa não possuem
qualquer formação no âmbito da auto-avaliação, facto que irá requerer mais algum tempo
para lhes dar conhecimento dos procedimentos em que irão colaborar. A tarefa afigura-
se bastante difícil, mas terá que ser levada a cabo e para isso terão que se fazer
algumas adaptações no sentido de abreviar as etapas, sem compromisso para a
qualidade da auto-avaliação.

Bibliografia:

McNamara, Carter, Basic Guide To Program Evaluation, adapted from the Field
Guide to Nonprofit Program Design, Marketing and Evaluation.

Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, Rede de Bibliotecas Escolares,


Novembro de 2009

Texto da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


metodologias e operacionalização (Parte I)

A formanda:

Maria Deolinda Campos

22 de Novembro de 2009

Você também pode gostar