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«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas

''tesouro dos remédios da alma''.


De facto é nelas que se cura a ignorância,
a mais perigosa das enfermidades e a origem de
todas as outras.»
Jacques-Bénigne Bossuet
França
[1627-1704]

A avaliação não é um “mal necessário”, mas um instrumento de conhecimento, compreensão


e aperfeiçoamento.

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Apesar de não existirem modelos perfeitos, o actual modelo de auto-avaliação deve


ser encarado como um instrumento pedagógico regulador capaz de apoiar o trabalho do
professor bibliotecário, com vista ao aperfeiçoamento de uma “missão” que, apesar de
morosa e, em alguns casos, ainda pouco reconhecida, é fundamental na escola do século XXI.
Pedagogicamente, este modelo permitirá avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o
seu impacto não só na aprendizagem dos alunos, como a sua real influência no funcionamento
da própria escola. Assim, com a identificação das necessidades e dos pontos a melhorar, cada
BE poderá construir o seu próprio caminho, com vista ao sucesso.
A pertinência deste modelo prende-se com a sua finalidade – “proporcionar às
bibliotecas escolares (BE) um instrumento regulador e de melhoria contínua, que lhes permita
avaliar a forma como estão a concretizar o seu trabalho e que resultados estão a alcançar,
constituindo-se como um meio indispensável de qualificação das BEs e das próprias escolas, no
cumprimento da sua missão e objectivos.”1
Os quatro domínios objecto de avaliação (Apoio ao Desenvolvimento Curricular;
Leitura e Literacias; Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade e
Gestão da Biblioteca Escolar) são indiscutivelmente fulcrais na acção da BE, no entanto ao
analisar o documento e mesmo admitindo a sua pertinência e vantagens, considero-o bastante
complexo, receando alguns constrangimentos na sua aplicação, principalmente no tempo que
deverá ser disponibilizado na recolha e tratamento das evidências. Se somarmos a isso a
inexperiência do Coordenador e o facto de ser esta a primeira vez que o modelo será aplicado
no Agrupamento, é natural que surjam alguns medos.
1

1
in http://www.rbe.min-edu.pt/np4/76
Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares |
Rui Manuel de Almeida Festa
No entanto, tranquiliza-me o carácter mais flexível do modelo e a certeza de que
poderei aprender com os “erros”, uma vez que a reflexão também é uma das palavras de
ordem.
Em relação à sua integração e aplicação no Agrupamento, acredito que, uma vez
identificados os pontos fracos a melhorar e estabelecidos os objectivos e prioridades para cada
ano lectivo e aproveitando alguns dos pontos fortes da nossa realidade, identificados na tarefa
anterior, poder-se-ão retirar aos longos destes próximos quatro anos os benefícios desejados.

Finalmente, é sabido que «O papel fundamental do bibliotecário é contribuir para a


missão e para os objectivos da escola, incluindo os processos de avaliação, e para desenvolver
e promover os da biblioteca escolar.»2, para tal são várias as palavras-chave associadas às
competências do professor bibliotecário e às estratégias seleccionas para que o modelo em
análise seja proficuamente aplicado.

P R O F I S S I O N A L I S M O A
R E C O N H E C I M E N T O S V
O R G U L H O A V O A C P P L
F O R M A Ç Ã O B I B L I O T E C Á R I O
E S T R A T É G I A S E S J I N L E R O R O D R
S U C E S S O R Ã E A F A M R M T M E G
S E R I E D A D E E O C Ç L B P O U I O R A
O B S E R V A Ç Ã O S T Ã U O O N L Ç A N
R E A L I Z A Ç Ã O V 0 Ê R I H Ã N I
I N A C A O Ç Z
D C Ç A A A
A I Ã Ç Ç
D A O Ã Ã
E O O

A título de conclusão, é nossa função garantir, como afirma Micheal B. Eisenberg, que
todos os actores intervenientes no processo de aprendizagem “fully comprehend that effective
library programs are critical to boosting student learning and achievement.”3, pelo que
deveremos estar conscientes do nosso papel e da importância da BE na vida de cada uma das
nossas escolas.

2
The IFLA/Unesco School Libraries Guidelines, trad. Maria José Vitorino, in
http://www.oei.es/pdfs/rbe3.pdf
3
in http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html
Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares |
Rui Manuel de Almeida Festa

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